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2. – O Povo da Antiga Aliança (Geografia e História de Israel)

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Apresentação em tema: "2. – O Povo da Antiga Aliança (Geografia e História de Israel)"— Transcrição da apresentação:

1 2. – O Povo da Antiga Aliança (Geografia e História de Israel)
Uma viagem pela Terra Santa e pela sua História Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço

2 2ª sessão – O Povo da Antiga Aliança: Geografia e História de Israel
Sumário: A terra da Bíblia 1.1 - O «Crescente Fértil» e os caminhos da Palestina 1.2 - Nomes da Terra Santa 1.3 - Limites geográficos 1.4 - Zonas geográficas: a) A Transjordânia b) O Vale (ou depressão) do Jordão c) Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita) d) A zona costeira e) Mapa resumo do relevo e das zonas geográficas da Palestina 1.5 – As localidades bíblicas História de Israel: breve panorama 2.1 – A origem do Povo de Deus: Abraão e os Patriarcas 2.2 – Moisés e o Êxodo A ocupação de Canaã: de Josué aos Juízes 2.4 – A Monarquia O Cisma: os dois reinos 2.6 – O Exílio na Babilónia e a época do Império Persa 2.7 – O período helenístico e a Restauração do grande Israel: os Macabeus 2.8 – O período romano 2.9 – Cronologia sintética do Povo da Antiga Aliança Síntese final Bibliografia recomendada

3 1. A terra da Bíblia

4 1.1 - O «Crescente Fértil» e os caminhos de Palestina
ISRAEL SITUA-SE NO «CRESCENTE FÉRTIL»: ISRAEL É PONTO DE PASSAGEM: Berço geográfico das grandes civilizações; é uma região de“meia-lua” que abrange a Mesopotâmia – mesos + potos = no meio de rios (Tigre e Eufrates), a Terra Santa e parte do Egipto. Região fértil, propícia para a agricultura. Caminho do Mar (a «Via Maris»); Caminho Real («Via Régia». Isto leva a que esteja um pouco à mercê das pressões do poderio imperial dos povos vizinhos…

5 NOMES DA TERRA PROMETIDA AO LONGO DA HISTÓRIA…
1.2 – Nomes da Terra Santa NOMES DA TERRA PROMETIDA AO LONGO DA HISTÓRIA… a) Na Bíblia: «Terra Santa» (Zac 2, 12; Act 7, 33); «Terra de Canaã» (Gn 12, 5; 13, 12; Act 13, 19); «Terra Prometida» (porque Deus fez aliança com Abraão: a tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egipto até o grande Eufrates); «Terra dos Hebreus» (Gn 40, 15); «Terra de Judá» (sul de Israel actual, referente à tribo de Judá. Rt 1, 7); «Terra de Israel» (Ez 11, 16-20; Mt 2, 20-21); etc. Palestina não é nome bíblico. É de «Filisteia» que deriva «Palestina», por mercê da obras de certos escritores gregos e latinos b) Outros: «Kinahhi» «Khuru» «Amurru» «Harus» «Retenu» «Palassthu» (Filisteia)

6 «Do Arnon ao sopé do Hermon» Largura: 30 a 50 km na parte Norte;
1.3 – Limites geográficos LIMITES GEOGRÁFICOS a) A Norte: com o Líbano e a Síria e os contrafortes montanhosos do Líbano meridional, o Monte Hermon e a profunda garganta de Litani; Historicamente, os limites de Israel estão ligados às vicissitudes do Povo de Israel (a maior extensão territorial foi nos reinados de David e Salomão e depois no tempo de Herodes). Comprimento: «De Dan a Bersabé» (Cisjordânia) (cerca de 320km ou 380 km se se soma o deserto do Negueb) «Do Arnon ao sopé do Hermon» (Transjordânia) Largura: 30 a 50 km na parte Norte; 60 a 80 km na parte Sul b) A Este: limitada pelo deserto siro-arábico que acompanha a antiga via das caravanas até ao «Wadi el-Hesa» ( a torrente «Zéred» bíblica), situada a sudoeste do Mar Morto; c) A Sul: com o Deserto do Neguev, que vai confundir-se com o deserto sinaítico; d) A Oeste: com o Mar Mediterrâneo, desde a foz do Nahr el-Qasimiyeh até ao Wadi el-Arish (a bíblica «torrente do Egipto»). É uma região banhada pelo Mediterrâneo a oeste, tendo ao norte a Fenícia e Síria, a leste e sul a Arábia, e ao sul partes do Egipto.

7 O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia
1.4 - Zonas geográficas A Transjordânia O Vale do Jordão Montanhas da Cisjordânia, (ou Palestina propriamente dita) A zona costeira O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia

8 a) A Transjordânia Alturas de Golán ► Região composta por montanhas desérticas, não muito altas, separadas por um bom número de torrentes; ► Região de temperaturas extremas (muito calor durante o dia e muito frio durante a noite); ► Cinco zonas (de norte para sul): Zona de Basan Situa-se aqui o Vale de Basan, de que fala, por ex., Am 4, 1ss Zona de Galaad Zona de Amon 1) Dt 2, 24 ; Num 22, 36 – referem-se a esta terra; 2) Livro de Rute – aí se desenrola parte deste livro. Zona de Moabe 1) Gn 36, 43 - «Esaú foi o antepassado dos habitantes de Edom» 2) Flávio Josefo – João Baptista esteve preso em Maqueronte, a leste do Mar Morto Zona de Edom

9 b) O Vale (ou depressão) do Jordão
Rio Jordão Monte Hermón Mar da Galileia LAGO HULE - Hoje convertido em «Vale do Hule»; pouco resta do lago; Aqui perto está cidade de Haçor (Gn 11, 1ss; 1 Re 9, 15; 2 Re 15, 29; 1 Mac 11, 67) - É uma das nascentes do Jordão, situada no Líbano; 2224 m altitude (tem sempre neve). - Vale do Jordão: depressão profunda, largura média 16 Km, onde corre o Rio Jordão desde o Hermón, ao Mar Morto; desce de 329 m até 393 m abaixo do mar; afluentes principais: Jarmuc e o Jaboc; comprimento cerca de 300 km - LOCAL DE BAPTISMO DE JESUS CRISTO E PREGAÇÃO DE JOÃO BAPTISTA - Diversos nomes: «lago de quineret» (em forma de liraq; Nm 34, 11), «Lago de Genesaré», «Mar da Galileia», «Lago de Tiberíades» (devido à cidade romana das margens em honra de Tibério); 21km x 11 km, prof. máxima de 45 metros; 212 mt abaixo do nível do mar; água prevalentemente doce; ZONA DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO Cidades bíblicas próximas: Korasaim, Betsaida, Cafarnaúm (não aparece no AT; importante no NT: Mt 9, 1 – aqui Jesus faz milagres) Mar Morto 76km x 17 km; Ponto mais baixo da superfície terrestre (393 m abaixo do nível das águas do mar); intensa concentração de sais, que leva a ausência total de formas de vida.

10 c) Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita)
► Regiões: Galileia NAZARÉ REGIÃO DA GALILEIA MONTE TABOR Formam uma cadeia única que parte dos montes do Líbano a norte e estende-se para sul, atravessando três regiões: Galileia, Samaria e Judeia; a única fractura transversal é a planície de Jezrael. - É a parte onde se desenrolam os principais e decisivos acontecimentos da história bíblica Samaria VISTA DO MEGUIDO REGIÃO DA SAMARIA Montes de Efraim Judeia MURO DAS LAMENTAÇÕES BELÉM JERUSALÉM Montes de Judá Deserto do Negueb

11 Planície ou Vale de Jesrael ou Esdrelon Planície ou Costa Filisteia
d) A zona costeira ► Regiões: Planície de Aser Planície ou Vale de Jesrael ou Esdrelon Palco das principais batalhas nas quais se disputou a posse do país Monte Carmelo Por aqui andou o profeta Elias Planície de Saron Planície ou Costa Filisteia “país baixo”: região de colinas entre a costa e os Montes de Judá Shefela Negueb Ocidental

12 e) Mapa resumo do relevo e das zonas geográficas de Israel
Lago Hule Planície de Aser Vale do Hule Galileia M. Carmelo 528m M. Tabor 588m Mar da Galileia BASAN Rio Jarmuc Planície de Dor Vale do Jordão Planície de Esdrelon (Jizreel) e) Mapa resumo do relevo e das zonas geográficas de Israel GALAAD Planície de Saron Samaria Montes de Efraim Rio Jaboc CISJORDÂNIA TRANSJORDÂNIA Rio Jordão AMON Judeia Planície filisteia Sefela Montes de Judá Mar Morto MOAB Deserto de Judá ARABÁ Deserto do Negueb EDOM

13 1.5 - As localidades bíblicas

14 2. História de Israel: breve panorama

15 2.1. A ORIGEM DO POVO DE DEUS: ABRAÃO E OS PATRIARCAS
Séc. XIX ou XVIII a.C. (datas aproximadas) A história do povo bíblico começa com Abraão (mas é só com Josué, no «Pacto de Siquém», que o Povo de Israel começa a existir como tal). Ele é, por excelência, o antepassado do povo bíblico. Com ele começa a História dos Patriarcas (“os chefes de família do Povo de Israel”); por exemplo: Abraão, Isaac, Jacob, os seus 12 filhos (especialmente José), Moisés… Ele é o «arameu errante»: «Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso» (Dt 26,5). Pertencia a um clã de semi-nómadas: durante parte do ano eram nómadas e criavam ovelhas; no restante tempo faziam tímidas tentativas de vida sedentária e de cultivo da Terra. A sua migração pode ser relacionada com a dos Amoritas, semitas ocidentais designados por «Proto-arameus»; os semitas, de que procede o Povo de Deus, expandiram-se da Arábia Meridional para ocidente (“semita”, de Sem, um dos filhos de Noé). …e instala-se em Haran. O «Crescente Fértil» facilita as migrações… Por volta de 1850 a.C. (data “aproximada”), Abraão parte de Ur dos caldeus (na Mesopotâmia)… 2 A viagem de Abraão tem motivos económicos (procura de melhores pastos e de melhor vida) e também religiosos (chamamento do Senhor, sendo conhecido pelo «Pai da fé»). Mas Abraão e os seus não são, a princípio, monoteístas: num ambiente politeista, eles reconhecem um deus entre todos os outros: El; é o «Deus dos Pais» (de Abraão, de Isaac e de Jacob), protector de um determinado clã; é mais um henoteísmo (adora-se apenas um deus principal, que é o mais poderoso, mas sem negar a existência de outros). O caminho para o monoteísmo começa… …mais tarde vai ao Egipto… 3 1 Em Haran ouve o chamamento do Senhor e vai morar para a «Terra Prometida», para Siquém; 4 5 …e ao regressar instala-se em definitivo em Hebron.

16 2.2. MOISÉS E O ÊXODO ÊXODO, É o acontecimento fundante da História de
Sécs. XVII a.C. ao XIII a.C. (datas aproximadas) Mas a vida complica-se e na XVIII dinastia expulsam os Hicsos, alcançando uma verdadeira perseguição à «Casa de Israel» na XIX dinastia (principalmente Seti I e Ramsés II): É o tempo da “servidão”. JOSÉ, o preferido do seu pai Jacob, é vendido como escravo pelos irmãos para o Egipto (séc. XVI a.C.). Começa como escravo, até ser elevado à categoria de primeiro-ministro (especialmente pela sua interpretação dos sonhos do Faraó). Mais tarde, o pai e os irmãos vão viver para o Egipto, para a «região de Góssen». No contexto das movimentações semitas (especialmente dos Hicsos, estrangeiros vindos do leste), em vagas sucessivas, os descendentes do patriarca Jacob instalam-se no Egipto (durante 400 anos – Gn 15, ou 430 – Ex 12). A «Casa de Israel» vai aumentando ao longo de todo este tempo, muitas vezes integrados na vida local. É o ÊXODO, acontecimento fundante da História de Israel. É aí que surge MOISÉS, líder e libertador, que em nome de Javé, os conduz pelo Deserto (onde Deus revela o Seu nome – Javé - no Sinai e a Sua Lei; aí dá-se a «Aliança», celebra-se a Páscoa – «passagem»; 1º do Senhor sobre o Egipto; 2º da Travessia para a Terra Prometida) até à Transjordânia (entre 1230 e 1220 a.C.). Antes de chegar à Terra Prometida, Moisés morre no Monte Nebo. Travessia do Mar: seria o Vermelho ou o «Mar dos Juncos»? Distingue-se em: 1) Êxodo «expulsão» (estes grupos penetraram primeiramente na Terra prometida); 2) Êxodo «fuga» (do grupo de Moisés) Há muitos outros itinerários propostos…

17 2.3. A OCUPAÇÃO DE CANAÃ: DE JOSUÉ AOS JUÍZES
Sécs. XIII a.C. a XI a.C. (datas aproximadas) 2.3. A OCUPAÇÃO DE CANAÃ: DE JOSUÉ AOS JUÍZES JOSUÉ sucede a Moisés e introduz os hebreus na Palestina, atravessando o Jordão. A Bíblia atribui-lhe a conquista da «Terra Prometida», de um modo épico; mas a realidade mostra que a conquista foi bastante mais difícil e demorada… Geograficamente, as tribos dividiram-se em três grupos: - Meridional (Judá, Simeão e metade da tribo de Dane Rúben); - Central («o grupo de Josué», formado pelas tribos de Benjamim, Efraim, Manassés, Gad); - Setentrional (Isaacar, Zabulão, Asser, Neftali e metade da de Dan). Provavelmente, os vários grupos não ingressaram todos ao mesmo tempo na Terra Prometida. Com o Pacto de Siquém (Jos 24), as tribos (ou clãs) começam a identificar-se como um só Povo. Em momentos cruciais surgem nas diversas tribos homens carismáticos, líderes libertadores, que preparam e conduzem a guerra: os JUÍZES. Dividem-se em maiores (Otoniel, Eúde, Débora e Barac, Gedeão, Jefté e Sansão) e menores (todos os outros). O último juiz, SAMUEL (também profeta), constitui a transição para a realeza: volta o povo para o culto ao Verdadeiro Deus; combate e vence os Filisteus; escolhe Saúl para primeiro rei.

18 A partir do Séc. XI a.C. até ao X a.C. (Reino unido) 2.4. A MONARQUIA SAÚL (c AC): - É o primeiro rei de Israel, que governou durante cerca de 30 anos; Foi escolhido pelos chefes de Israel, em torno do carismático profeta e último juiz, Samuel, que o ungiu como rei; Conquistou grandes territórios aos filisteus, com a ajuda do filho Jónatas; Aos poucos distancia-se do povo, cresce a inimizade entre ele e David e os filisteus reconquistam terreno; Morre na batalha de Guilboá. As tribos vêem a necessidade de se unir, colocando alguém à frente que as governe e as oriente, devido às fortes investidas dos povos vizinhos, especialmente dos filisteus. Impõe-se a necessidade da Monarquia. DAVID (c ): - Começa por ser soldado de Saúl; No plano militar e político: * Com a morte de Saúl, as tribos do Sul elegem-no como Rei; só mais tarde é que se impôs ao Norte, unificando assim todas as tribos num território; Conquista Jerusalém aos jebuseus; * Elimina definitivamente os filisteus; Funda um império desde o mar Morto até à Síria, aproveitando o enfraquecimento da Assíria e do Egipto; Fixa a realeza à sua família (profecia de Natan); No plano administrativo: * Torna Jerusalém capital do reino; Organiza o seu reino, criando diferentes funções (chefes de exército, secretários, cronistas…); Chega a fazer um recenseamento; No plano religioso: * Reorganiza o culto; * Começam os preparativos para a construção do Templo; * Transporta a Arca da Aliança para Jerusalém. SALOMÃO (c ): Filho de David e Betsabé, que fora esposa de Urias, sucede o pai no trono; É conhecido pela sua sabedoria; No plano político e administrativo divide o país em 12 distritos administrativos e prossegue uma política de centralização; o comércio marítimo é também intenso; No plano religioso constrói um grandioso Templo; consegue certa unidade religiosa; Contudo: As despesas eram enormes, pelo que sobrecarrega o povo com impostos (inclusive para construir o seu palácio, maior que o Templo…); A sua vida privada deteriora-se (tem um grande harém de mulheres (cerca de 1000 ???), algumas das quais levam-no à idolatria; Morre após 40 anos de reinado.

19 2.5. O CISMA – OS DOIS REINOS FIM DO REINO DO SUL
Do séc. X a.C (933 a.C.) ao Séc. VI a.C. Os pesados tributos de Salomão estão na base da revolta: o filho de Salomão, Roboão, não ouve o pedido das tribos do norte para lhes suavizar os encargos e dá-se a cisão; assim, a partir de 933 a.C. há dois reinos: O Reino do Sul ou Judá, com capital em Jerusalém, cujos reis são descendentes de David; os reinados são maiores do que no Sul; destaque para o rei JOSIAS, que em 622 aC empreende uma reforma religiosa (encontra durante obras do Templo, um escrito, provavelmente do Deuteronómio): destrói todos os lugares de culto, deixando apenas o Templo de Jerusalém (para eles, se Deus é só um, só pode viver num santuário); neste Reino destaca-se a acção dos profetas Isaías, Miqueias, Jeremias, Naum, Habacuc e Sofonias; O Reino do Norte, ou Israel, com Samaria por capital (primeiro Siquém), cujos reis não descendem de David (19 reis divididos por 9 dinastias, sendo 8 deles assassinados, pelo que há menor estabilidade e os reinados são mais pequenos do que no Sul); Jeroboão foi o primeiro rei: criou dois lugares de culto a Javé (um em Betel e outro em Dan), mas deixou-se levar pela idolatria; neste Reino destaca-se a acção dos profetas Amós, Oseias, Elias e Eliseu; O império de David desintegra-se, pois além disso, há outros territórios que declaram a independência (Moab, Amon, etc.).. FIM DO REINO DO SUL Cai sob o poder da Babilónia (587 a.C.) FIM DO REINO DO NORTE Cai sob o poder dos Assírios (722 a.C.) O Templo de Jerusalém é destruído.

20 2.6. O EXÍLIO NA BABILÓNIA E A ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA
Sécs. VI a.C. a Séc. IV a.C. CATIVEIRO (OU EXÍLIO) DA BABILÓNIA (587 A.C. a 538 A.C.): Deportação para a Babilónia dos principais responsáveis de Judá, à volta de 20000, em três vagas sucessivas; Lá conservam a cultura e crença nacionais, mas sem o Templo, começam a reunir-se aos Sàbados, início das Sinagogas; na generalidade falam em aramaico; Surge a preocupação de conservar e purificar tudo o que se refere à Lei de Moisés e também captam-se elementos antigos das culturas vizinhas; destaque para a acção dos profetas Ezequiel, Deutero-Isaías e Abdias; É redigido o Talmude da Babilónia, texto normativo dos judeus; Começa a «Diáspora» dos judeus, ou “Dispersão”; Em 538 A.C., Ciro, rei da Pérsia, conquista a Babilónia e dá liberdade aos judeus de voltarem a Judá (pelo Édito de Ciro). ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA: Corresponde a um regresso de alguns exilados da Babilónia; Ciro começa a reconstruir os fundamentos do Templo, mas é interrompido pela oposição dos samaritanos; A reconstrução do Templo de Jerusalém deu-se sob a liderança de Zorobabel (descendente da família real), entre 520 e 515 A.C.; Não é restaurada a Dinastia de David; entre 445 e 443 AC, são reconstruídas as muralhas de Jerusalém, sob o comando de Neemias; No pós-exílio destaca-se a acção dos profetas Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel, Jonas, Baruc, Daniel e Trito-Isaías; ESDRAS é o encarregado de formular, promulgar e fazer respeitar as Leis de Moisés: é a Tora, ou Pentateuco (em 398 AC?); As bases do judaísmo estão lançadas: há uma organização política sem realeza, cujos dois pólos são de carácter religiosos, o Templo e a Lei.

21 2.7. O PERÍODO HELENÍSTICO E A RESTAURAÇÃO DO GRANDE ISRAEL: OS MACABEUS
Séc. IV a.C. ao Séc. I a. C. Em 333 a.C., a Palestina é conquistada por Alexandre Magno, senhor de um vastíssimo Império. Após a sua morte, o reino é dividido entre os Lágidas do Egipto, a sul e os Selêucidas na Síria, a norte. A Palestina fica sob o domínio dos Lágidas («ptolomeus») (320 a.C. a 300 a.C.). Em 300 a.C. funda-se uma colónia em Alexandria, importante centro comercial e cultural, em que a cultura grega é difundida. Aí faz-se a tradução da Bíblia em grego (dos LXX). Em 200 a.C. a Palestina passa para o domínio dos Selêucidas. Estes decretam a perseguição sistemática dos judeus. O auge é atingido em 168 a.C., quando Antíoco IV Epifânio ordena a helenização sistemática e forçada da Samaria e Judeia. É proibido observar as crenças judaicas, como o Sábado. Uma família de sacerdotes, os Asmonianos (Macabeus) começa uma revolta de luta armada, com Matatias e a sucessão de seus filhos, especialmente JUDAS MACABEU, que purifica o Templo em 164 a.C. (de que deriva o Hanoukah, festa judaica) e torna Israel independente. Israel é agora tão grande como no tempo de David…

22 2.8. O PERÍODO ROMANO No reinado de Herodes, o Grande, nasce
A partir de 63 A.C. Ao séc. VII d.C. A casa de Antípatro, alto funcionário pró-romano, consegue grande aceitação dos romanos. O seu filho, Herodes (o grande), é nomeado rei dos Judeus pelo senado romano em 40 a.C., mas na dependência dos romanos. Começa o “século de Herodes”: reconstrói o Templo, constrói Cesareia marítima, continua a helenização do país, sempre tendo em vista o interesse dos romanos… Morre em 4 a.C.. À sua morte, o reino foi dividido pelos seus três filhos: Arquelau, Herodes Antipas (o tal, de João Baptista…) e Filipe. Em 63 a.C., a Palestina é incorporada à Província Romana da Síria, por POMPEU. No reinado de Herodes, o Grande, nasce JESUS CRISTO, nos Anos 8, 7 ou 6 a.C. (parece que Dionísio, o Exíguo, no século IV, enganou-se na contagem do Tempo em 6 ou 7 anos).

23 3. Síntese final Através da Geografia Bíblica ...
Através da História de Israel ... Podemos localizar os relatos no espaço e no tempo… …compreender as regiões nas quais ocorreram os factos relatados na Bíblia… …e os lugares específicos indicados no texto bíblico e suas actuais localizações geográficas. Podemos compreender as sociedades que viveram nestas épocas; O contexto do Antigo Testamento… A religião bíblica, é uma religião da História: Deus revela-Se através dos acontecimentos de um povo, como veremos; O conhecimento da história do povo hebreu é de fundamental importância para se compreender a história do cristianismo e sua evolução.

24 4. Bibliografia recomendada


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