Romantismo no Brasil (1836 – 1881)

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1 Romantismo no Brasil (1836 – 1881)
Marco inicial : o romantismo iniciou-se a partir da publicação da obra de Gonçalves de Magalhães: Suspiro Poéticos e Saudades(1836). Marco final : a publicação de Memória Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis,em 1881, inaugura o realismo no Brasil, dando-se fim ao romantismo.

2 Contexto Histórico Transferência da família real ao Brasil (1808); A elevação do Brasil à categoria de reino( 1816); A Independência ( 1822); principal fator político que determina os rumos políticos, econômicos e sociais do Brasil; Na segunda metade do século XIX, houve um surto de desenvolvimento: ampliação do comércio exterior e a imigração europeia, o aumento da exportação do café e o início da industrialização; As novas atividades que surgiram, a partir da exportação de café,mudaram o panorama da vida social;

3 A vida urbana passou ter uma grande importância; afinal Rio de Janeiro era a sede da Corte e a capital do Brasil. Contexto Cultural Lançamento da Niterói – Revista Brasiliense, na qual teorizava a respeito de uma reforma nacionalista e espiritualista da literatura brasileira. Embora os escritores românticos tivessem sido influenciados por romancistas portugueses como : Garret, Herculano e Camilo.Os escritores românticos tiveram a intenção de construir uma literatura nacional, cultivando a poesia poética, a religiosa, o indianismo, a desilusão, o cinismo, o negativismo boêmio etc.

4 Principais autores Poesia Gonçalves Dias Álvares de Azevedo Castro Alves Sousândrade Prosa Joaquim Manuel de Macedo José de Alencar Bernardo Guimarães Manuel Antonio de Almeida

5 Características Gerais
Subjetivismo: a expressão do “eu”; a realidade captada e filtrada através da percepção particular do indivíduo. Sentimentalismo: o “ coração” é a medida de tudo, justifica todas as ações. Idealização: imagina tudo mais perfeito - a mulher , o herói, o tempo, o espaço. Evasão: fuga da sociedade com a qual está em conflito; sentimento de solidão. Natureza: cúmplice, refúgio, confidente do eu-lírico, reflexo de seu mundo interior; motivo de ufanismo nacionalista. Liberdade: desprezo ás convenções acadêmicas, para ser livre em sua expressão artística. Nacionalismo: valorização das manifestações populares de arte e cultura, busca das raízes da nacionalidade.

6 Primeira Geração Romacista: Nacionalismo e Patriotismo
( Indianismo e Regionalismo). Romantismo: assume e exprime a ideologia burguesa. Primeira Geração Romacista: Nacionalismo e Patriotismo Os primeiros poetas românticos foram marcados pelo predomínio do: nacionalismo, do patriotismo e da ênfase que deram à natureza brasileira em suas poesias – uma paisagem tropical- onde se realça a exuberância, o exotismo, em oposição à paisagem europeia. Nesse contexto emergiu o indianismo.

7 Características da Primeira Geração Principais autores e obras
Nacionalismo; Aversão à influência portuguesa; Religiosidade e misticismo; Indianismo; Temas: o índio, a saudade, a natureza, o amor impossível. Influência de Chateaubriand r Lamartine. Principais autores e obras Gonçalves de Magalhães: Suspiros Poéticos e Saudades( 1836); Confederação dos Tamoios ( 1856). Gonçalves Dias: -Primeiros cantos ( 1846). -Segundos cantos( 1848) - Sextilhas de Frei Antão (1848).

8 Exercícios Propostos 1) Movimento literário que o coincide com a nossa independência política: Romantismo d) Parnasianismo. Simbolismo e) Realismo. Modernismo. 2) Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são verdadeiras, exceto: Expressão do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do Brasil. Análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira. Desenvolvimento do teatro nacional. Expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas. Caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.

9 3) (Fei- SP) Assinale o item que contém somente características românticas:
Subjetivismo, bucolismo, sentimentalismo. Subjetivismo,nacionalismo, pastoralismo. Culto à natureza, nacionalismo, culto ao contraste. Conceitismo, liberdade de formas, cultismo. Nacionalismo, culto à natureza, liberdade de formas. 4) (UEM-PR) Canção do Exílio (Coimbra, julho de 1843) Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá

10 Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais encontro eu cá; Em cismar- sozinho, à noite – Mais prazer eu lá;

11 Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá, Sem que desfrute dos primores Que não encontro cá; Sem qu`inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Sobre o poema, escrito em Coimbra, Portugal, é correto afirmar: O poema retrata o sofrimento do eu lírico em função da distância da mulher amada. O termo “ Sabiá”, recorrente nos versos, refere-se figurativamente ao amor feminino. A utilização dos termos “cá’ e “ lá” atém-se principalmente à necessidade de criar rimas, mais do que ao desejo do poeta de estabelecer o contraste entre espaços distintos. Para o eu lírico, estar exilado não significa necessariamente estar longe da terra, mas das suas referências de infância, fator que acentua a expressão saudosista do poema.

12 A ênfase na exuberância da paisagem é estrutura a partir do jogo de contrastes entre a natureza e a natureza europeia.Os versos da segunda estrofe reiteram a grandiosidade paisagística brasileira, além de enfatizarem a identidade do eu lírico. 5) ( UFRS) Sobre a poesia de Gonçalves Dias é correto afirmar que : Cantou a natureza brasileira como cenário das correrias e aventuras do indígena bravo e leal. Denunciou a iniquidade da escravidão em poemas altissonantes e repletos de metáforas aladas. Elogiou os esforços do colonizador português em suas campanhas militares. Cantou a bondade da mãe e da irmã, esteios femininos do núcleo familiar matriarcal.

13 6) ( Ufam) O Romantismo foi introduzido no Brasil em 1836, com a publicação do livro:
Os Timbiras, de Gonçalves Dias. Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães.