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Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê. Colégio Santa Cecília Literatura Brasileira Professor: Paulo César (Pecê) ARCADISMO.

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1 Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê

2 Colégio Santa Cecília Literatura Brasileira Professor: Paulo César (Pecê) ARCADISMO

3 Contexto histórico-filosófico (século XVIII):  Advento do Iluminismo, movimento intelectual que enfatizou a dimensão racional do ser humano, a partir da ideia de que tudo pode ser explicado e compreendido à luz da razão.  Publicação da grande Enciclopédia, sob a direção de Denis Diderot e Jean Le Rond d’Alembert. A publicação buscava encarnar o espírito iluminista, trazendo definições sobre as diversas áreas do conhecimento.  Independência dos Estados Unidos, evento que motivou diversos movimentos de independência em colônias do continente americano.  Revolução Francesa, movimento político que contribuiu para mudanças determinantes na estrutura do Estado moderno.  Inconfidência Mineira, movimento político da burguesia mineira contra os abusos da coroa portuguesa.

4 Características do Arcadismo O Arcadismo, ou Neoclassicismo, foi um movimento artístico surgido no fim do século XVII, na Itália, e difundido pela Europa e pela América, que teve como principais efeitos a contraposição aos exageros do Barroco e a retomada de valores da cultura clássica. Seu nome advém da palavra Arcádia, nome de uma região grega a que se atribui a qualidade de lugar de realização do ideal poético da vida pastoril. Chamaram-se também arcádias as diversas sociedades de poetas surgidas na época, como a Arcádia Romana e a Arcádia Lusitana. As principais características do movimento são:  Racionalismo – poesia fundamentada na razão, na contenção dos sentimentos.  Busca da simplicidade, ideal de vida simples e natural (aurea mediocritas).  Bucolismo, preferência por ambientes campestres e rústicos (locus amænus).  Aversão à cidade e seus conflitos (fugere urbem).

5  Pastoralismo – os poetas adotam pseudônimos e escrevem como se fossem pastores, seguindo o exemplo de poetas da antiguidade greco-romana. Além disso, adotam também uma musa a quem dedicam seus versos.  Convencionalismo amoroso – a situação amorosa descrita é quase sempre a mesma: o pastor dirigindo-se a sua musa.  Equilíbrio, serenidade.  Aversão aos exageros, busca de uma linguagem simples e direta (inutilia truncat).  Consciência da efemeridade da vida e necessidade de aproveitar seus prazeres (carpe diem).  Influência da cultura clássica greco-romana.  Uso do soneto com versos decassílabos.

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8 LXII (Cláudio Manuel da Costa) Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes oiteiros; Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte rico, e fino. Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino. Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia, Que da cidade o lisonjeiro encanto; Aqui descanse a louca fantasia; E o que té agora se tornava em pranto, Se converta em afetos de alegria. oiteiro : colina, pequeno monte. gabão : espécie de casaco ou capote. Almendro e Corino : nomes de pastores gregos. choupana : pequena casa ou cabana rústica. valia : valor. lisonjeiro : adulador, que lisonjeia. té : até

9 Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’ expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte, Dos anos inda não está cortado: Os pastores, que habitam este monte, Respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja até me tem o próprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste; Nem canto letra, que não seja minha, Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Mas tendo tantos dotes da ventura, Só apreço lhes dou, gentil Pastora, Depois que teu afeto me segura, Que queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono De um rebanho, que cubra monte, e prado; Porém, gentil Pastora, o teu agrado Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve: Papoula, ou rosa delicada, e fina, Te cobre as faces, que são cor de neve. Os teus cabelos são uns fios d’ouro; Teu lindo corpo bálsamos vapora. Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de Amor igual tesouro. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!


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