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PublicouDomingos Silveira Cerveira Alterado mais de 7 anos atrás
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Conseqüências Desenvolvimentais de Experiências Parentais Precoces Capítulo 8: Heidi Keller Disciplina: Culturas da Infância - NEPeDi Francieli Hennig Viviane Vieira
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O conceito de tempo de vida desenvolvimental está baseado na suposição de que há tarefas desenvolvimentais universais que tem evoluído e que tem sido resolvidas por modos de uma cultura específica, afim de representar adaptações para um contexto ecocultural paticular. Tarefa → Estágio ciclo de vida = Período de tempo focal. A primeira tarefa desenvolvimental integrativa é a formação da matriz primária de relacionamento.
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A organização lógica do desenvolvimento resulta ao longo pathways, ou seja, em continuidade estrutural (Keller, 1991). A seleção precoce ou tardia de uma realização desenvolvimental para determinar continuidade estrutural deveria ser integrada em um modelo teórico. Desde que nosso pathway model está baseado em objetivos desenvolvimentais alto-explicáveis, a tarefa subsequente de desenvolvimento deve favorecer achievements de auto-desenvolvimento.
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As crianças são esperadas a a manifestar comportamentos específicos em idades precoces dependendo dos padrões de cada cultura. Pathways tem sido contruídos, especialmente para estudar diferentes culturas e diferentes estágios de vida. Poucas pesquisas tem estudado as conseqüências comportamentais das variações culturais nas experiências infantis precoces.
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Desenvolvimento do Auto-reconhecimento Estudos mostram que crianças entre 15 e 18 meses respondem a sua imagem no espelho como se soubessem que é a sua própria face. Evidência que a criança tem um auto-conhecimento, o qual forma categoria de auto-conceito em termos de consciência que o self é separado, é uma entidade física com ações, palavras, idéias e sentimentos. O comportamento de auto-reconhecimento em frente ao espelho após ser marcado com algo vermelho na face (o clássico teste rouge), pode ser uma evidência da aquisição do auto-conhecimento.
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Existem muitas evidências que embora as crianças sejam capazes de apresentar auto-referencial no teste rouge, elas não tem conhecimento de propriedades de superfícies espelhadas. O auto-reconhecimento no espelho é um método único para avaliar a auto-referência, podendo ser avaliado, até mesmo em culturas que diferem quanto à familiaridade de crianças com o espelho.
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Desenvolvimento da Auto-regulação Habilidade da criança de seguir costumes e respeitar normas (Kopp, 2001). Inclui flexibilidade, adiar ações e modulação das emoções conforme a demanda do ambiente. Os estilos parentais tem uma função crítica no desenvolvimento social e no desenvolvimento do comportamento de auto-regulação. A flexibilidade da criança é correlacionada a maternal, principlamente ao afeto a ao controle/supervisão integrativa. Mães que manifestam afeto, apoio e orientação, mais prováveis de obter flexibilidade em seus filhos.
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Uso de estratégias de controle e a manifestação de sentimentos positivo na interação mãe-criança difere substancialmente entre culturas. A ênfase na flexibilidade é mais consistente para crianças de comunidades culturais interdependentes e inflexibilidade é considerada como uma transgressão. Espera-se que a flexibilidade seja desenvolvida precocemente nos ambientes culturais que tem um modelo cultural interdependente quando comparados a ambientes culturais que possui um modelo cultural independente (onde a não-complacência é tolerada como expressão do desenvolvimento da autonomia da criança).
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Para avaliar o tempo tarefas desenvolvimentais universais, como conseqüência de experiências parentais precoces, foram estudados o auto- reconheciomento e a auto-regulação em 3 ambientes culturais diferentes: 46 famílias de classe média gregas (modelo independente), 32 rurais (modelo interdependente) e 12 famílias de classe média da Costa Rica (varição do modelo autônomo).
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Interações face-a-face e brincadeiras com objetos são mais prevalentes em culturas independentes - promovem o desligamento e a individualidade – e deste modo, a formação precoce do auto-reconhecimento no espelho. Em comunidades interdependentes, a experiência de contato e estimulação corporal apoia o auto-conceito baseado na familiaridade e no comunalismo. Crianças de comunidades com modelo de autonomia sociocultural (estilo distal e proximal) desenvolvem ao mesmo tempo autonomia e familiaridade.
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Procedimento – auto-reconhecimento A: Criança aponta ou tenta limpar seu nariz (ato ao self); B: Criança aponta ou estrega a imagem de seu nariz (ato à imagem); C: Criança olha no espelho sem reação especial (olha sem agir); D: Criança faz algo mais (evita o espelho, não olha, toca o espelho explorando-o, nenhuma reação especial). . Ato ao self = auto-reconhecimento; ato à imagem, olhar sem agir e nenhuma reação especial = falta de auto-reconhecimento.
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Procedimento – auto-regulação Complacência com solicitações A: Criança age de acordo com a solicitação sem precisar ser relembrada ou forçada (complacência regulada internamente); B: Criança geralmente atende à solicitação, mas para várias vezes e tem que ser lembrada ao menos uma vez para terminar a tarefa (complacência regulada externamente); C: Criança começa a agir de acordo com a solicitação, mas não conclui corretamente (Complacência parcialmente regulada); D: Criança não obedece a solicitação (falta de complancência).
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Complacência com proibições A: Criança espera sem ter que ser lembrada (complacência regulada internamente); B: Criança somente espera quando a mãe a lembra várias vezes para não comer o alimento (complacência regulada externamente); C: Criança não espera (falta de complancência). Complacência foi alta na comunidade rural, moderada no Costa rica e baixa na amostra da Grecia.
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Meninas mostraram mais comportamento regulado internamente que os meninos (p <.05), e os garotos exibiram mais complacência regulada externamente que as meninas (p <.01). Proibições: A complacência regulada internamente decresce substancialmente através das culturas, sendo mais proeminente nas crianças rurais, menos frequente na Costa Rica e rara na Grecia, sendo que a complacência regulada externamente e a falta de complacência foram menos frequentes nas crianças rurais, mais frequente nas da Costa Rica e a maioria nas crianças gregas.
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Crianças da Costa Rica precisaram ser relembradas várias vezes por suas mães. As gregas não obedeceram o pedido. Os resultados confirmaram as diferenças esperadas entre as culturas em relação ao auto-reconhecimento e auto-regulação. Quanto mais estimulação de objetos a criança experiencia precocemente,mais provavelmente ela reconhecerá ela mesma na idade de 18 -20 meses. O coeficiente para face-a-face também foi significante. O que confirma os dados da literatura.
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Resultados trazem a evidência que experiências sociais nos primeiros meses têm impacto na performance de tarefas subsequentes. Os dados confirmam que o desenvolvimento comportamental das crianças coincidem com a diferença na ênfase no desenvolvimento do auto-reconhecimento e da auto- regulação dada por diferentes culturas. Crianças gregas demonstaram mais auto-reconhecimento que os outros grupos, crianças do Camarão, mais auto- regulação que outros grupos e as crianças da Costa Rica situaram-se entre os 2 grupos com relação ao auto- reconhecimento e auto-regulação.
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Estilo parental proximal = Mais auto-regulação entre 18-20 meses. Estilo parental distal = Mais auto-reconhecimento entre 18-20 meses. Estilo parental proximal/distal = entre os 2 grupos em relação ao desenvolvimento 2 grupos em relação ao desenvolvimento do auto reconhecimento e auto-regulação. do auto reconhecimento e auto-regulação.
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Experiências de Contingência e Auto- Reconhecimento no Espelho O mecanismo de responsividade ao sinal facial positivo da criança é outra dimensão parental que apoia o modelo cultural de independência. Portanto, a experiência de contingência deveria ser observada no mesmo momento em que ocorre o auto- reconhecimento no espelho. Estudo: 41 famílias germanicas de classe média e 31familias rurais do Camarão. Os bebês (3 meses) foram filmados em situações de brincadeira livre. O As filmagens foram analisadas de acordo com contingências não-verbais (cap. 4).
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15% dos bebês rurais reconheceram-se no espelho, sendo que 72% de Berlim o fizeram. Estudo por 6 semanas com 40 crianças alemãs de Osnabrueck e 30 crianças rurais. 75% das mães de Osnabrueck e 3% das mães rurais tinham um alto nível de escolaridade. 60% crianças de Osnabrueck eram primeiros filhos e 24% rurais eram primeiros filhos. 2.53 das crianças rurais tinham irmãos e apenas 0.55 dos Osnabrueck tinham. O teste rounge foi aplicado na casa das famílias ao longo das 6 semanas. Crianças de ambos os grupos aumentaram o auto-reconhecimento, mas as crianças rurais substancialmente mais que as de Osnabrueck.
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O Papel do Pai no Auto-Reconhecimento de Crianças Alemãs Lamm em 2006, estudou 24 pais alemães e seus primogênitos (12 meninas e 12 meninos) com 3 meses de idade. Foram observadas interações de brincadeira livre, as etnoteorias dos pais e auto-reconhecimento no espelho com 18 - 20 meses. 85% das crianças cresceram com um modelo parental distal e somente 36% das crianças que cresceram com um modelo predominantemente proximal, foram capazes de reconhecer-se no espelho.
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Crianças que se reconheceram no espelho tinham experienciado menos contato corporal e mais estimulação com objetos por seus pais. As etnoteorias parentais dos pais de auto- reconhecimento focalizou mais contato face-a-aface e menos contato corporal comparados aos pais de crianças que não se reconheceram. Pais alemães interagem com seus primogênitos através dos 2 estilos: proximal focalizando o contato corporal e distal, enfatizando estimulação com objetos e contato face-a-face.
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Atitudes e práticas parentais influenciam o desenvolvimento da criança, dentro do nicho de desnvolvimento pela transmissão da mesma informação cultural através de diferentes canais. (Harkness & Super, 1996). Estes estudos confirmam que experiências parentais que são relatadas no modelo cultural independente: contato face-a-face, resposta contingente durante o contato face- a-face e estimulação com objetos, aceleram o tempo evolucionário (milestone) de desenvolvimento do auto- reconhecimento. Entretanto, a estimulação corporal acelera o tempo do desenvolvimento da auto-regulação.
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Ambientes com modelo cultural interdependente enfatizam uma agenda comum e uma hierarquia social. Ambientes com modelo cultural de independência enfatizam distinção entre pessoas de uma mesma classe social, para isso o auto-reconhecimento é estimulado precocemente. A ativação de um mesmo comportamento pode ser diferente em diferentes culturas. Em uma socialização interdependente a agenda obediência aos pais pode ser precursora da complacência, como pode ser a agenda da autonomia na socialização independente.
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Desenvolvimento da Memória Autobiográfica Crianças começam a desenvolver uma estável e confiável memória de seus eventos rotineiros antes dos 3 anos. A criança começa a armazenar experiências na forma narrativa a partir do momento que sua linguagem permite a criança de participar em discussões com membros da família. Pesquisas: Asiáticos e Asiáticos Americanos X Europeus Americanos/ Coreanos X Europeus Americanos.
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Desenvolvimento mais cedo é baseado em: maior volume, especificidade, elaborado emocionalmente e a narração focada em si nas experiências mais recentes. Desenvolvimento tardio é baseado em: pouco conteúdo, relacionado a rotina, inexpressivo emocionalmente e narrações focadas nas relações. O processo autobiográfico pode ser distinguido em duas diferentes maneiras de organização: diferenciada e integrada. Ambos trabalham juntos e são elementos chave das funções de memória autobiográfica e finalidades sociais.
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Suposição que o desenvolvimento da memória autobiográfica desenvolve como parte da estrutura narrativa da família. Independente (elaborative mothers): falam freqüentemente sobre o passado com a criança, provêm extensa e detalhada informação sobre eventos da história da criança e incentivam que os filhos produzam narrativas similares. Interdependente (low-elaborative mothers): falam relativamente pouco e provêm poucos detalhes sobre os eventos passados para a criança. Elas tendem a pontuar questões com uma única resposta correta ou incorreta. Link com auto-reconhecimento. Pesquisa com famílias da Alemanha e de Camarões.
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Teoria da Mente Habilidade de compreender seus estados mentais e de outras pessoas com as quais interagem e de utilizarem essa informação para explicar e predizer o comportamento. Implica dois tipos de estados mentais: crenças e desejos. Experiência da Falsa Crença. Falsa CrençaFalsa Crença Teoria da Mente é um desenvolvimento universal que envolve a filogênese humana.
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Aspectos Evolutivos/Filogenéticos da Teoria da Mente. Experiência com primatas sugerem que estes apresentam um graus de Teoria da Mente. Ambientes sócio-culturais influenciam no desenvolvimento da Teoria da Mente.
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Falsa crença relacionada com status sócio-econômico da família e o número de irmãos. Estilo parental pode afetar o desenvolvimento da Teoria da Mente. O estilo de narrativa da mãe também influencia na Teoria da Mente. Pesquisa Japoneses X Ocidentais.
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Conclusão Todas essas pesquisas demonstram que experiências parentais precoces, respeitando as diferentes culturas, têm reflexo nas etapas do desenvolvimento da criança. Os pais exercem influência direta no desenvolvimento das crianças, porém passam menos tempo com as crianças em comparação com as mães e sua atenção é voltada ao alcance das tarefas do desenvolvimento do filho. Estudos com mais variação de amostra são necessários para se conhecer mais profundamente a ênfase cultural na ligação entre autonomia e relacionamento na solução de tarefas desenvolvimentistas.
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