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“ Post-development” as a concept and social practice Arturo Escobar 1.

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1 “ Post-development” as a concept and social practice Arturo Escobar 1

2 SUMÁRIO CRITICA AO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO CRÍTICA AO CONCEITO DE PÓS DESENVOLVIMENTO FIM DA MODERNIDADE E EMERGÊNCIA DO GLOBAL 2

3 3 Para se entender o conceito de Pós-desenvolvimento há que fazer o seu enquadramento nos estudos para o desenvolvimento. Para tal Escobar divide os últimos 50 anos em 3 períodos correspondentes a 3 correntes teóricas: 1.Teoria da modernização – anos 50 e 60 (aliança entre crescimento e desenvolvimento) Efeitos benéficos do capital, ciência e tecnologia 2.Teoria da dependência - anos 60 e 70 As raízes do subdesenvolvimento devem ser entendidas no encontro entre dependência externa e exploração interna e não na falta de capital ou tecnologia. 3.Abordagem crítica do desenvolvimento – segunda metade dos anos 80 e 90 Desenvolvimento como discurso de origem Ocidental que opera como poderoso mecanismo na produção cultural, social e económica do terceiro mundo. CRITICAS AO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO

4 1992 “The Development Dictionary” (trabalho coletivo editado por Wolfgang Sachs) surge a ideia de que os últimos 40 anos podem ser considerados como os anos do desenvolvimento, mas estes estão a chegar ao fim. Para responder à questão do que virá a seguir, alguns autores começam a falar da era do “Pós-Desenvolvimento” 1997 “Post Development Reader” (trabalho coletivo de Rahnema com Bowtree) procura-se dar conteúdo à noção de pós-desenvolvimento. O debate foi crescendo e trouxe consigo académicos e actores do desenvolvimento de vários campos e escolas teóricas. 4

5 5 A noção de pós-desenvolvimento emerge diretamente das críticas pós-estruturalistas, bem como da constatação de um crescente descontentamento em muitos países do terceiro mundo. “A desconstrução” do desenvolvimento permitiu aos pós-estruturalistas postular a possibilidade de uma “era do pós- desenvolvimento. -Quais os processos históricos que levaram a que a Ásia, África e América Latina sejam consideradas como “Terceiro Mindo” nas teorias e práticas do desenvolvimento? Nos anos 45-60 os “Experts” do desenvolvimento começam a aterrar massivamente na Ásia, África e América Latina, dando realidade ao conceito de terceiro mundo; O discurso do desenvolvimento torna possível o surgimento de todo um aparato institucional que o concretiza, como são as agências de Bretton Woods (FMI, Banco Mundial) e as outras organizações internacionais e locais como as Nações Unidas, ONG, associações, etc. Verifica-se uma profissionalização dos problemas do desenvolvimento com o surgimento de conhecimentos especializados e campos de actuações, o que tornou possível juntar a teoria à prática, através de uma série de projetos e intervenções, as quais acabam por, efetivamente, afectar os países ditos do terceiro mundo. Verifica-se uma forma de exclusão que acompanha todo o processo de desenvolvimento, especialmente a exclusão do conhecimento e das vozes daquele que, paradoxalmente, o desenvolvimento deveria servir.

6 6 Postula-se uma nova era do pós-desenvolvimento, uma era em que o desenvolvimento já não seria a organização central da vida social e já não fosse construído apenas segundo uma visão ocidental. Inicia-se um período onde se revaloriza as culturas e tradições nativas dos povos. Passa-se a valorizar os movimentos sociais e mobilizações populares como suporte de avanço para uma nova era. Assim, a ideia de desenvolvimento traz as seguintes concepções: 1.Possibilidades de criar diferentes discursos e representações que já não sejam mediadas pelas construções ideológicas do desenvolvimento; 2.Necessidades de mudar os conhecimentos, práticas e “política económica da verdade” que definem o regime do desenvolvimento; 3.Necessidade de mudar os paradigmas do conhecimento, dando enfoque à produção do conhecimento por aqueles que até então eram objecto do desenvolvimento, tronando-os agentes do seu próprio progresso. 4.Analisar a adaptação, subversão e resistências que as populações locais apresentam em relação aos programas de desenvolvimento, e realçar estratégias alternativas apresentadas pelos movimentos sociais em reacção aos projectos de desenvolvimento.

7 7 CRÍTICAS AO PÓS-DESENVOLVIMENTO Na segunda metade dos anos 90 começam a surgir vozes críticas às ideias do pós desenvolvimento, enquadradas numa mudança contextual do conhecimento operada nessa década relacionada com o surgimento de novos campos de conhecimento como os estudos culturais, teoria e ética feminista e estudos ambientais, entre outros. O autor diz podermos estar perante um quarto memento da história sociológica do desenvolvimento. 1.O foco no discurso fez com que se menosprezasse os verdadeiros problemas do desenvolvimento que são a pobreza e o capitalismo. 2.A visão excessivamente generalizada do desenvolvimento fez esquecer o facto de existirem diferenças nas estratégias e instituições 3.Romantização das tradições locais e dos movimentos sociais, ignorando que o local está igualmente impregnado de relações de poder.

8 8 O contexto dos debates sobre a epistemologia científica nos anos 90 Pós-estruturalismo, estudos culturais, critica do género e etnicidades, estudos ambientais. Crítica à observação do real – A questão da pobreza, da fome e da violência não são só discursos, são problemas reais. A realidade é mais complexa que a teoria: O que acontece é hibrido, fluido... O discurso cria o objecto de análise e acções a partir dele. Crítica ao problema do desenvolvimento A ciência eurocêntrica valida a realidade através do discurso. Crítica à romantização do local A definição das necessidades do outro a partir da formulação das ONG e das organizações internacionais, leva a uma definição de necessidades com base no ocidente, de uma forma paternalista. As necessidades materiais são culturalmente construídas. Muitos movimentos sociais não procuram projectos com base em necessidades materiais, mas lutam por direitos civis, culturais e sociais (identidade, economias alternativas).

9 9 Contributo do debate sobre o pós-desenvolvimento nos anos 90 Um clima mais ecléctico e aproximações mais pragmáticas, o que permitiu reconstruir uma agenda dos movimentos sociais que liga a agenda política e económica às questões culturais. Aprofundamento da relação entre desenvolvimento e modernidade, que produz uma nova concepção de como o desenvolvimento pode ser concretizado e transformado.

10 10 O FIM DA MODERNIDADE E A EMERGÊNCIA DO GLOBAL Possibilidades do pós-desenvolvimento? É A GLOBALISAÇÃO UM NOVO ESTÁDIO OU UM NOVO MOMENTO? Existem vários abordagem para esta questão, o autor acredita que estamos perante uma nova realidade. Boaventura de Sousa Santos defende que estamos no fim de um paradigma o qual é científico e sociopolítico. Estamos perante a emergência da transição Tensão entra a regulação social e a emancipação social, as formas de regulação já não são suficientes. A globalização não é o último estagio o capitalismo moderno, mas o início de algo novo. Alain Joxe defende que o mundo actual está unido por uma forma de caos, um caos imperial dominado pelos Estados Unidos da América. Ao “terceiro mundo” está reservado o caos mundial, ou seja, o mercado livre, escravatura e genocídio selectivo.

11 11 O conceito de pós-desenvolvimento é conceito útil que ajuda a pensar a modernidade, mas é necessário ir mais longe. Se aceitarmos a ideia de que se tem de ultrapassar a modernidade, ou a ideia de que, efectivamente estamos num período de transição paradigmática, isto significa que os conceitos de desenvolvimento e terceiro mundo fazem parte do passado. Temos de pensar a modernidade a partir da sua exterioridade (do que está para além), como um conjunto de multiplicidades. O desafio do pós modernismo é pensar a multiplicidade de trajectórias onde cada local tem de se pensar a si em relação com os outros lugares.


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