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Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice Adriana Bogliolo Sirihal Duarte UFMG

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Apresentação em tema: "Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice Adriana Bogliolo Sirihal Duarte UFMG"— Transcrição da apresentação:

1 Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice Adriana Bogliolo Sirihal Duarte UFMG bogliolo@eci.ufmg.br

2 SAVOLAINEN, Reijo. Information Behavior and Information Practice: Reviewing the “Umbrella Concepts” of Information-Seeking Studies. Library Quaterly, v. 77, n. 2, p. 109-132, 2007. COX, Andrew M. Information in social practice: A practice approach to understanding information activities in personal photography. Journal of Information Science, v. 39, n. 1, p. 61-72, 2012. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

3 Conforme Savolainen, os termos “information behavior” (comportamento informacional) e “information practice” (práticas informacionais) vem sendo utilizados para caracterizar as formas com que as pessoas geralmente lidam com a informação. Foram concebidos como “conceitos guarda-chuva” (1) recorrendo a diferentes discursos que fornecem um contexto mais amplo para os estudos de informação e (2) sugerindo diferentes aproximações para questões metateóricas e metodológicas. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

4 O autor continua afirmando que embora estes termos venham sendo frequentemente utilizados, nós carecemos de uma análise mais profunda de sua natureza discursiva. Perguntas que poderiam ser feitas incluem: Qual a origem destes termos? Os pesquisadores têm refletido sobre o conteúdo e significado destes conceitos ou têm utilizado os termos de um modo irrefletido? Os pesquisadores tem devotado atenção às implicações discursivas de suas escolhas terminológicas? Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

5 À primeira vista  sobreposição Discutir suas diferenças  “minúcia acadêmica” (academic hairsplitting) Conceitos não são sinônimos Principalmente, não são neutros ontologicamente e epistemologicamente, uma vez que recorrem a diferentes perspectivas metateóricas. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

6 O termo Informaton Behavior (comportamento informacional) vem sendo usado desde meados dos anos 1960. Wilson considera o estudo de usuários desenvolvido na Royal Society Scientific Conference em 1948 como o primeiro exemplo de pesquisa de comportamento informacional. No entanto, os estudos de Menzel no primeiro volume do ARIST não fazem nenhuma referência direta ao termo comportamento informacional, Menzel menciona os termos “communications behavior” (comportamento comunicacional) e “communicational activities” (atividades comunicacionais). Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

7 Em 1968, William Paisley destacou que "a ciência da informação encontra a ciência comportamental no estudo das necessidades e usos de informação“. Ele se referia aos conceitos de “coleta de informações" e "comportamento de disseminação de informações" e observou que "precisamos urgentemente de teorias do comportamento de processamento de informações que gerem proposições relativas à seleção de canais, a quantidade de buscas, os efeitos sobre a produtividade da qualidade da informação, a quantidade, a moeda e diversidade, o papel dos fatores motivacionais, etc.". Assim, com razão, Paisley pode ser visto como um dos primeiros defensores da abordagem comportamental para o estudo de usuários. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

8 Na década de 1970, o conceito de comportamento informacional gradualmente começou a estabelecer sua posição no vocabulário dos pesquisadores com foco em necessidades, busca e uso de informação. Por exemplo, Nan Lin e William D. Garvey afirmaram que "a questão que deve mais preocupar os pesquisadores é a conceituação de comportamento informacional dos cientistas e tecnólogos“. No início da década de 1970 havia estudos que incidiam sobre "o comportamento do usuário" em vários contextos. No entanto, a análise do conceito de comportamento informacional permaneceu fragmentária. Não houve discussão da necessidade e legitimidade do conceito, nem ninguém refletiu sobre o porquê os estudos de usuários deveriam ser abordados em particular do ponto de vista do comportamento, ou do que exatamente se entende por comportamento em relação à informação. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

9 Em 1976, na reunião anual da Sociedade Americana de Ciência da Informação, Stephen Feinman e seus colegas definiram "o comportamento de busca de informação" como "ações específicas realizadas por um indivíduo que são especificamente destinadas a satisfazer necessidades de informação“. Eles caracterizaram diferentes tipos de "comportamentos informacionais": intrapessoais, interpessoais e extrapessoais. Nesta primeira tentativa de desenvolver um modelo de comportamento de busca de informação, as definições - apesar de louváveis esforços - permaneceram esquemáticas, e as características específicas de comportamento informacional não foram explicadas. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

10 Até o momento, talvez o mais influente defensor do conceito de comportamento informacional é Wilson. Em uma revisão traçando a evolução da pesquisa sobre necessidades e busca de informação desde 1920, Wilson aponta que ele tem "pelo menos popularizado (se não tiver introduzido)" o conceito de comportamento de busca por informações em seu modelo apresentado em 1981. Então, Wilson assumiu a ambiciosa tarefa de colocar "a base para uma teoria da motivação para o comportamento de busca por informação." Ele propôs que o comportamento de busca por informação resulta do reconhecimento de necessidades para as quais um usuário pode identificar vários tipos de "caminhos de busca de informação ". Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

11 De modo distinto que os estudos que o precederam, Wilson enfatizou a importância de investigar o comportamento de busca por informação ao invés da necessidade dos usuários por obter informação. Uma motivação diferente é tentar compreender “porque o usuário da informação se comporta da maneira que ele ou ela faz”. Esta deveria ser a área de pesquisa básica do comportamento de busca e uso da informação. Para Wilson, a pesquisa deveria permanecer aplicada, onde o motivo da investigação é pragmaticamente relacionado com projeto e desenvolvimento do sistema. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

12 O conceito de comportamento informacional consolidou a sua posição como um conceito guarda-chuva na década de 1980. Do ponto de vista do discurso emergente sobre o comportamento informacional, o modelo de "comportamento de busca por informações", proposto por James Krikelas é particularmente importante. Krikelas definiu o comportamento de busca por informação como "qualquer atividade de um indivíduo que é realizada para identificar uma mensagem que satisfaz uma necessidade percebida". A informação foi entendida como "qualquer estímulo que reduz a incerteza", enquanto "necessidade" foi definida como um "reconhecimento da existência dessa incerteza na vida pessoal ou profissional de um indivíduo“. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

13 Semelhante ao modelo de Wilson, as necessidades eram vistas como gatilhos centrais do comportamento de busca de informações. Assim, para explicar e legitimar os seus conceitos, ambos os autores se basearam em uma das categorias básicas de pesquisa comportamental, ou seja, necessidade. Krikelas estava mais ansioso para compartilhar o vocabulário behaviorista tradicional ao se referir à informação como um "estímulo". No entanto, o modelo de comportamento de busca por informação de Krikelas não corresponde a um modelo esquemático estímulo-resposta enfocando um comportamento observável, porque "um estímulo que reduz a incerteza é um processo internalizado que não pode ser observado“. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

14 Em artigo de 2000, colocando em conjunto os principais tópicos de investigação do comportamento informacional, Wilson o termo como "a totalidade do comportamento humano em relação às fontes e canais, incluindo tanto a busca ativa quanto passiva, como também o uso da informação“. Assim definido, o comportamento informacional englobaria a comunicação face-a-face com os outros, bem como a recepção passiva de informações, sem qualquer intenção de agir sobre a informação dada. Neste quadro, o comportamento de busca por informação, comportamento de busca em um sistema de informações, e comportamento de uso da informação são concebidos como constituintes de comportamento informacional. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

15 Ao propor este último modelo de comportamento informacional, Wilson observou que" cada disciplina tem suas próprias razões para explorar o que será chamado "comportamento informacional" e que "qualquer análise da literatura de comportamento de busca por informação deve basear-se em algum modelo geral do que poderia ser chamado de ‘comportamento informacional‘." Isto sugere que existe uma verdadeira necessidade de um conceito amplo que abranja as necessidades, busca, recuperação e uso de informação como um todo. No entanto, os critérios pelos quais tal conceito guarda- chuva possam ser nomeados e a escolha de "comportamento informacional" como o rótulo não foram discutidos. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

16 O conceito de práticas informacionais aparece fugazmente literatura dos estudos de usuários no início dos anos 1960 e 1970. No entanto, uma discussão mais detalhada sobre a natureza deste conceito começou na primeira década do século XXI. Curiosamente, esta discussão pode ser vista como uma indicação da necessidade de encontrar uma alternativa ao conceito dominante de comportamento informacional. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

17 As raízes teóricas do conceito de práticas informacionais podem ser rastreadas até a década de 1980: Na sociologia, Anthony Giddens tematizou a dialética entre estrutura e ação; Com base em estudos antropológicos de processos de trabalho, Lucy Suchman introduziu o conceito de ação situada; Jean Lave conceituou as questões da aprendizagem situada; Finalmente, o conceito de comunidades de prática, tal como estabelecido por Lave e Etienne Wenger e desenvolvido em um contexto organizacional por John Seely Brown e Paul Duguid, revelou como as pessoas aprendem e compartilhar informações e também negociar os significados, valores e objetivos em ambientes de colaboração, tais como locais de trabalho. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

18 De acordo com Talja, a principal característica que distingue a abordagem das práticas informacionais é que ela representa "uma linha de investigação mais orientada sociologicamente e contextualmente“. Tuominen, Talja e Savolainen (2005) apontam que, particularmente a partir da perspectiva construcionista, o conceito de práticas informacionais é preferido sobre o de comportamento informacional, uma vez que "o primeiro pressupõe que os processos de busca e uso de informações são constituídos socialmente e dialogicamente, em vez de com base nas idéias e motivos de atores individuais. Todas as práticas humanas são sociais, e são originários de interações entre os membros da comunidade". Desta forma, no conceito de prática, a principal atenção é dirigida às pessoas não individual e monoliticamente, mas como membros de vários grupos e comunidades que constituem o contexto de suas atividades mundanas. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

19 A esta luz, uma característica básica do discurso sobre práticas, em geral, bem como "práticas informacionais", em particular, é a ênfase colocada sobre o papel dos fatores contextuais na busca, uso e compartilhamento de informações, que é distinta das abordagens individualistas e, muitas vezes descontextualizadas, que são características dos pressupostos das abordagens do comportamento informacional. Esse tipo de mudança conceitual é evidenciada, por exemplo, pelo desenvolvimento da metodologia Sense Making de Brenda Dervin. Sua pesquisa foi inicialmente caracterizada como um estudo de "comportamento comunicativo“. No entanto, no final de 1990, Dervin adotou um ponto de vista crítico para com a categoria de "comportamento" e preferiu o conceito de "prática“. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

20 A esta luz, uma característica básica do discurso sobre práticas, em geral, bem como "práticas informacionais", em particular, é a ênfase colocada sobre o papel dos fatores contextuais na busca, uso e compartilhamento de informações, que é distinta das abordagens individualistas e, muitas vezes descontextualizadas, que são características dos pressupostos das abordagens do comportamento informacional. Esse tipo de mudança conceitual é evidenciada, por exemplo, pelo desenvolvimento da metodologia Sense Making de Brenda Dervin. Sua pesquisa foi inicialmente caracterizada como um estudo de "comportamento comunicativo“. No entanto, no final de 1990, Dervin adotou um ponto de vista crítico para com a categoria de "comportamento" e preferiu o conceito de "prática“. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

21 Savolainen localiza o termo “information practice” mencionado em um artigo de Herner e Herner (1967) ao referenciarem um estudo de Thomas J. Allen publicado em 1966, assim como uma menção a um estudo de Harold Wooster de 1967 publicado em um capítulo do ARIST de 1970. Ele acredita que a proponente mais ativa do conceito de práticas informacionais seja Pamela MacKenzie. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

22 McKenzie defende uma abordagem construtivista para práticas informacionais, com foco nas maneiras em que as pessoas constroem discursivamente descrições de autoridade cognitiva. A este respeito, ela segue a abordagem metodológica proposta por Tuominen e Savolainen, que exploam o uso da informação como ação discursiva. Em estudos empíricos realizados na primeira década do século XXI, McKenzie identificou diversos tipos de práticas informacionais, relacionados tanto com a busca quanto com a exploração ativa. Exemplos encontrados na área de exploração ativa incluem, por exemplo, elaboração de listas, realização ativa de perguntas, e manutenção do processo “em condução“. Com base em um amplo repertório deste tipo, podemos perguntar onde traçar a fronteira significativa entre as práticas informacionais e comunicacionais, porque elas parecem sobrepor-se, em muitos casos. Em contraste, as sobreposições parecem inevitáveis em contextos de interação de busca de informação, em particular, nas conversas face-a- face. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

23 As conotações da palavra "comportamento" e o foco central na busca de informação para satisfazer as necessidades fazem com que “comportamento informacional” seja problemático como um termo “guarda-chuva” para este campo. Alguns autores preferem agora o termo “práticas informacionais”, mas este parece privilegiar aquelas poucas práticas sociais que são principalmente informativas. Um dos insights do trabalho de McKenzie (“Information in everyday life”) é que a informação é recolhida e utilizada principalmente como um conjunto de sub-processos contribuindo de formas complexas para uma prática social mais ampla, ao invés de ser o centro da atenção de atores sociais. Parece, portanto, mais plausível se pensar em termos de "informações na prática social". Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

24 Isso traz à tona que a maioria, se não todas as práticas sociais incluem ações de informação, mas que a natureza delas é moldada pelo especial caráter da prática. Atividades de informação são mais do que apenas buscar informações. Assim, muitas práticas sociais envolvem busca e compartilhamento de informações, gerenciamento de informações, criação de informação e letramento informacional, mas o que essa informação é, onde é procurada, como é partilhada, como ela é gerenciada e avaliada, se é mesmo vista como "informação" ou assim chamada é que varia de acordo com o sabor da prática em questão. Portanto, a proposta de Cox, em seu artigo de 2013, é a de criar uma definição de práticas sociais e uma noção de informação em práticas sociais. Information Behavior, Information Practice and Information in Social Practice

25 Em 2012, Savolainen publica Conceptualizing information need in context na Information Research (v. 17, n. 4, dez./2012). A primeira Conferência ISIC (Information Seeking in Context) foi realizada em Tampere, na Finlândia, em 1996. No final da conferência, foi acordado que a conferência deveria ser bienal. Professor Tom Wilson ofereceu Universidade Sheffield como o local e a segunda conferência foi devidamente realizada lá em 1998, quando a Comissão Permanente foi estabelecida. Em 2010 o evento, embora mantenha a sigla ISIC, passa a ser chamado de Information Behaviour Conference. Os anais dos trabalhos apresentados de 1996 a 2012 podem ser encontrados no seguinte endereço: http://www.informationr.net/isic/papers.html.http://www.informationr.net/isic/papers.html No ISIC 2014, Savolainen apresenta o trabalho Approaching the affective factors of information seeking: The viewpoint of the Information Search Process model, advogando que este é o momento de se debruçar sobre os aspectos emocionais do processo de busca de informação. O autor não discute, então, a questão terminológica (comportamento informacional versus práticas informacionais).


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