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Influência Indígena na Língua Portuguesa e na Cultura Brasileira

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Apresentação em tema: "Influência Indígena na Língua Portuguesa e na Cultura Brasileira"— Transcrição da apresentação:

1 Influência Indígena na Língua Portuguesa e na Cultura Brasileira
Título do Seminário

2 Chegada dos Portugueses ao Brasil
Quem são os índios População em 1500 Juliana Fonte: Sylfaen

3 Principais povos indígenas:
Tupi-Guarani : Ocupavam o Litoral e algumas áreas do interior. Jê ou Tapuia: ocupavam o Planalto Central. Nu-Aruaque: ocupavam parte da Bacia Amazônica. Caraíba: ocupavam o norte da Bacia Amazônica.

4 Descobrindo os índios

5 Preliminares... Significado da palavra índio;
População estimada, em 1500, segundo Darcy Ribeiro; Principais etnias (divididas por diferenças lingüísticas e culturais)

6 Etnia Guarani Especulações sobre o surgimento da etnia;
Um povo dividido pela colonização; Ser Guarani... Distribuição dos povos.

7 Jê ou Tapuia O significado do nome; Localização; Os Ritos Funerários.

8 Caraíbas Significado do nome; Localização; Antropofagia;
Primeiros nativos a terem contato com os espanhóis; Dizimação da etnia.

9 Nu-Aruaque Significado do nome Localização
Rivalidade entre povos (Caraíbas) A Cultura da Mandioca.

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11 A primeira impressão é a que fica!

12 Humildade “Posto que o Capitão-mor desta frota e os outros capitães escrevam a vossa Alteza dando notícia do achamento desta vossa nova terra, que nesta navegação agora se achou, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Alteza da melhor maneira que puder, ainda que para o bem contar e falar, o saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e tenha certeza que não porei aqui, seja para embelezar ou enfear, mais do que aquilo que vi e me pareceu."

13 Sobre os índios "A feição deles é parda, um tanto avermelhada, com bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam o lábio de baixo furado e metido nele seus ossos (...) agudos na ponta como furador. (...) Os seus cabelos são lisos. E andavam tosquiados (...) e rapados até por cima das orelhas (...) "

14 O palhaço Diogo Dias "Do outro lado do rio, andavam muitos deles, dançando e folgando, uns diante dos outros, sem se tomarem pelas mãos. (...) Dirigiu-se, então, para lá, Diogo Dias, homem gracioso e de prazer. Levou consigo um gaiteiro e sua gaita. E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam, e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem, fez-lhes ali, andando no chão, muitas piruetas e salto mortal, de que eles se espantavam e riam muito. Mas como Diogo Dias tocasse neles e os segurasse com essas brincadeiras, logo se tornaram esquivos como animais monteses (...)"

15 Gente Inocente "Parecem-me gente de tal inocência que, se nós os entendêssemos, e eles a nós, seriam logo cristãos, porque parecem não ter nenhuma crença. E portanto, se os degradados que aqui hão de ficar aprenderem bem sua fala e os entenderem, não duvido que eles (...) hão de se tornar cristãos em nossa santa fé. Portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja fazer crescer a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles . (...) Eles não lavram, nem criam. Nem há aqui boi, vaca, cabra, ovelha, galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado a conviver com o homem. (...) Nesse dia, enquanto ali andavam, dançaram e bailaram sempre com os nossos, de maneira que são muito mais nossos amigos do que nós seus (...)"

16 Sonho das Origens... Os brancos desenham suas palavras porque seu pensamento é cheio de esquecimento. Nós guardamos as palavras dos nosso antepassados dentro de nós há muito tempo e continuamos passando-as para os nossos filhos. As crianças, que não sabem nada dos espíritos, escutam os cantos do xamãs e depois querem ver os espíritos por sua vez. É assim que, apesar de muito antigas, as palavras dos xapiripë sempre voltam a ser novas. São elas que aumentam nossos pensamentos. São elas que nos fazem ver e conhecer as coisas de longe, as coisas dos antigos. É o nosso estudo, o que nos ensina a sonhar. Deste modo, quem não bebe o sopro dos espíritos tem o pensamento curto e enfumaçado; quem não é olhado pelos xapiripë não sonha, só dorme como um machado no chão.

17 As Línguas Indígenas Raul

18 Línguas Atualmente, mais de 180 línguas e dialetos são falados pelos povos indígenas no Brasil. Elas integram o acervo de quase seis mil línguas faladas no mundo contemporâneo. Antes da chegada dos portugueses, contudo, só no Brasil esse número devia ser próximo de mil. As línguas guardam entre si origens comuns, integrando famílias lingüísticas, que, por sua vez, podem fazer parte de divisões mais englobantes, os troncos lingüísticos (Troncos e famílias).

19 Troncos e famílias Dentre as cerca de 180 línguas indígenas que existem hoje no Brasil, umas são mais semelhantes entre si do que outras, revelando origens comuns e processos de diversificação ocorridos ao longo do tempo. Os especialistas no conhecimento das línguas (lingüistas) expressam as semelhanças e diferenças entre elas através da idéia de troncos e famílias lingüísticas. Quando se fala em tronco, têm-se em mente línguas cuja origem comum está situada há milhares de anos, as semelhanças entre elas sendo muito sutis. As divisões são: Tronco Tupi Tronco Macro-Jê Outras Famílias

20 Tronco Macro-Jê

21 Tronco Tupi

22 OUTRAS FAMÍLIAS

23 Línguas do tronco Tupi Comparação de palavras de diferentes línguas
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – Para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 44.

24 Línguas da Família Tupi-Guarani (Tronco Tupi)
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 32.

25 Línguas da Família Jê (Tronco Macro-Jê)
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 58.

26 Línguas da Família Karib

27 Línguas da Família Aruak

28 Multilingüismo Os povos indígenas sempre conviveram com situações de multilingüismo. Isso quer dizer que o número de línguas usadas por um indivíduo pode ser bastante variado. Há aqueles que falam e entendem mais de uma língua ou que apenas entendem muitas línguas e só falam uma ou algumas delas. Assim, não é raro encontrar sociedades ou indivíduos indígenas em situação de bilingüismo, trilingüismo ou mesmo multilingüismo.

29 Portugueses e Índios Simone

30 Existia um pequeno sistema de feitorias comerciais, nas
Existia um pequeno sistema de feitorias comerciais, nas quais os europeus negociavam, por exemplo, foices, machados, espelhos e facas, em troca de pau-brasil, inhame, pimenta e animais como macacos, papagaios e beija-flores. Padrão Geral

31 Após 1532, iniciou-se a efetiva colonização do Brasil
Após 1532, iniciou-se a efetiva colonização do Brasil. Os índios passaram a ser vistos não mais como parceiros comerciais, mas como mão-de-obra para a colonização. Padrão Geral

32 Os índios contribuíram com suas técnicas agrícolas
Os índios contribuíram com suas técnicas agrícolas adaptadas aos trópicos. Plantio da mandioca. Adoção do processo agrícola indígena chamado coivara, baseado na queimada, no plantio em montículos e no longo descanso da terra de cultura. Padrão Geral

33 Grandes fomes que surgiam após as guerras.
Para os índios, o contato com os portugueses foi devastador, a começar pelos aspectos populacionais. Características que fizeram com que uma grande quantidade de índios fosse eliminada: Padrão Geral Guerras motivadas pela busca de escravos. Grandes fomes que surgiam após as guerras. Fuga dos índios para regiões de recursos desconhecidos.

34 Algo que também contribuiu com este fato foram as doenças trazidas pelos portugueses, tais como:
Varíola Catapora Gripe Coqueluche Sarampo Malária Padrão Geral

35 A língua Brasílica Padrão Geral

36 O idioma inicialmente adotado por toda a população envolvida no processo colonial foi a língua dos índios Tupinambás (tronco Tupi), chamada de Brasílica. Os filhos que nasciam da união entre portugueses e esposas índias recebiam o Tupi como língua materna e, posteriormente, os que fossem meninos aprenderiam o português Padrão Geral

37 Padrão Geral A Companhia de Jesus

38 Implantaram as primeiras instituições de ensino do país.
Chegaram ao Brasil em 1549. Implantaram as primeiras instituições de ensino do país. Na visão deles, os índios eram pagãos a serem convertidos. Acreditavam que não existia salvação fora da igreja. Padrão Geral

39 Pateo do Collegio (Colégio Jesuíta) Imagem de 1840
Padrão Geral Pateo do Collegio (Colégio Jesuíta) Imagem de 1840

40 Padre José de Anchieta Padrão Geral

41 Em 1545 publicou: A arte de gramática da
Em 1545 publicou: A arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Autor, ainda, de cerca de versos em tupi, entre poemas, peças dramáticas e obras religiosas de caráter diverso. Padrão Geral

42 Padre Antonio de Araújo
Publicou, em 1618, o Catecismo na língua Brasílica Padrão Geral Padre Luís Figueira Publicou, em 1621, A arte da língua brasílica

43 Oração do “Pai Nosso” Oré r-ub Ybak-y-pe t-ekó-ar I mo-eté-pyr-amo Nde r-era t'-o-îkó T'-o-ur nde REINO T'-o-nhe-monhang Nde r-emi-motara yby-pe Ybak-y-pe i nhe-monhanga îabé Oré r-emi-'u 'Ara îabi'õ-ndûara E-î-me'eng kori orébe Nde nhyrõ Ore angaîpaba r-esé Orébe Ore r-er-ekó-memûã-sara supé Ore nhyrõ îabé Ore mo-'ar-ukar umẽ îepé TENTAÇÃO pupé Ore pysyrõ-te îepé Mba'e-aíba suí AMEN Îesu. Padrão Geral Retirado de Catecismo na língua Brasílica, de Padre Antonio de Araújo

44 Línguas Gerais no Brasil Colônia
Padrão Geral

45 Língua Geral Paulista Originada na língua dos índios Tupi de São Vicente e do alto rio Tietê. Era um pouco diferente da dos Tupinambá. Penetrou em áreas jamais alcançadas pelos índios tupi-guarani, influenciando a linguagem corriqueira de brasileiros. Padrão Geral

46 Língua Geral Amazônica
Desenvolveu-se inicialmente no Maranhão e Pará, a partir do Tupinambá. Desde o final do século XIX, passou a ser conhecida também pelo nome de Nheengatu (ie’engatú = “língua boa”). Apesar das transformações, continua sendo falada nos dias de hoje, especialmente na bacia do rio Negro (rios Uaupés e Içana). Padrão Geral

47 Declínio da Língua Geral
Padrão Geral

48 Fatores que contribuíram ao declínio da língua geral
Regiões que não apresentaram emprego intenso indígena ou missões jesuíticas, ou aquelas em que foi cedido espaço ao trabalho escravo africano e menor importância dos jesuítas. Português em concorrência com a língua geral. Padrão Geral

49 O Índio na Literatura Brasileira

50 Indianismo na Literatura
O índio era retratado como valente e nobre, livre das corrupções sociais e dos vícios da civilização branca.Ele surge como digno representante da nação brasileira, símbolo da nossa liberdade.

51 José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, estado do Ceará em 1º de maio de 1829.
É considerado o precursor do romantismo no Brasil dentro de quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. José de Alencar utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil. Em suas obras, valorizou a língua falada no Brasil, a despeito de escritores da época que usavam a língua de Portugal. Algumas de suas obras destacadas são: Indianistas: Ubirajara, Iracema, O Guarani. Psicológicos: Diva, Lucíola, Senhora, A Viuvinha. Regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho, Til. Históricos: As Minas de Prata, A guerra dos Mascates.

52 IRACEMA A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os pituguaras.

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54 Toponímias e Outros Termos Originados do Tupi-Guarani
Raul

55 TOPONÍMIA Atibaia: água limpa Capivari: rio das capivaras
Atibaia: água limpa Capivari: rio das capivaras Tietê: Para alguns estudioso, "rio fundo" e para outros, "rio verdadeiro". Bauru : cesto de frutas. Jaú: comedor, comilão, peixe fluvial. Itabira: pedra empinada, pedra que se ergue. Itu: salto, corredeira, cascata. Itapemirim: laje pequena. Ipanema: Rio imprestável, impraticável. Irajá: Ninho das abelhas, colméia.

56 ANTROPONÍMIA Araci: Mãe do dia, o nome da estrela d'alva Cauã: Gavião
Araci: Mãe do dia, o nome da estrela d'alva Cauã: Gavião Ceci: Mãe superior Guarabira: Nome de peixe Iaciara: Espelho da lua Irani: Abelhinha Jaci: Lua Janaina: Rainha dos lares Juçara: Nome de uma palmeira de onde se extrai o palmito Jurema: Espécie de planta

57 SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS
Abacaxi: fruta cheirosa Caboclo: procedente do mato Canga: o osso, caroço, núcleo, seco, enxuto Catapora: o fogo interno, febre eruptiva, erupção Pipoca: da pele estalando Caiçara: cerca feita pelos indígenas em torno da taba Itaú: rio das pedras Biboca: de lugar, casa acanhada, casa de barro, moradia humilde Caipira: de vergonhoso, roceiro, aldeão Paçoca: de bolo esmigalhado à mão

58 A Cultura Indígena Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio teria despido O português. Erro de português, poesia de Oswald de Andrade Fabrício

59 Organização das Etnias
Não há divisão social Não há acumulação de riqueza Regime Pré-Sedentário Educação dos jovens por meio da imitação, tradições e lendas Divisão sexual do trabalho

60 Religião – Etnia Guarani
Acreditavam em vários outros deuses (forças da natureza). Nhanderu (deus) – Criou o homem para viver em harmonia com a natureza. Rituais de passagem – gestação, nascimento, casamento, iniciação a vida adulta etc. Pajé – Homem mais sábio da tribo, ele é a ligação entre o índio e os deuses (natureza).

61 Pajelança contra os maus espíritos - Etnia Paresi
VIII Festa do Índio - Bertioga

62 Música, Danças e Instrumentos
Todas as melodias e letras dos cânticos eram passados, em sonho, aos pajés ou aos grandes guerreiros pelos deuses. Trocano: instrumento de comunicação. De acordo com o local que se golpeia e a variação, é possível ouvir mensagens que são ouvidas até 1k de distância Maracá – Instrumento mais nobre. Agitado pelo Pajé, na hora das invocações, dos sacrifícios e curas, “exorcizava” do corpo da vítima os espíritos maus.

63 Dança da Etnia Macuxi VIII Festa do Índio - Bertioga

64 Folclore Lendas ligadas à natureza: O caipora:
Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir os agressores da Natureza e o caçador que mata por prazer. É muito poderoso e forte. Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos demônios, a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante".

65 Culinária Alimentação baseada em farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne.

66 Influências Indígenas Marcantes na Cultura Brasileira
O costume de dormir em rede Arte da cestaria e da cerâmica Diversos usos da mandioca na culinária Banho diário – o brasileiro é o povo que mais toma banho no mundo As cores alegres e as plumas do carnaval Expressões idiomáticas: “Andar na pindaíba” - pindaíba é uma madeira utilizada para fazer varas de pesca. Quando o índio voltava apenas com ela, sem sorte na pescaria, dizia: “Voltei na pindaíba!”

67 Etnia Paresi – Talk Show da Festa do Índio em Bertioga
Informações e comparações da cultura da etnia Paresi com a cultura do não-índio brasileiro: Casamento – A mulher índia não pode casar-se com um branco, mas o índio pode casar-se com uma mulher branca. A mulher aos 20 anos é considerara velha. Homossexualidade – De acordo com o chefe da aldeia, não existe no meio deles, mas eles acreditam todos devem ser respeitados. Os índios que desejam estudar, seguir profissões, devem passar por um contínuo processo de conscientização para não perder sua cultura de origem.

68 O Índio Hoje Camila

69 Como são vistos: Populações indígenas são vistas ora de forma preconceituosa ora de forma idealizada pela população brasileira.  As populções rurais, que têm os índios quase como competidores (em matéria de recursos, terras etc.), os veêm de forma preconceituosa. Dizem que os índios só querem guerrear, que eles não querem trabalhar. Chamam os indígenas de “ladrões”, “preguiçosos” e “traiçoeiros” e tentam assim justificar quaisquer ações contra eles.  A população urbana, que vive distanciada das terras indígenas, tem uma visão idealizada do índio. Consideram os índios donos de todas as terras e acham que, por serem seus primeiros habitantes, sabem cuidar da natureza sem depredá-la. Também acreditam que os índios são parte do passado, que estão desaparecendo, muito embora este dado já tenha sido comprovado contraditoriamente.

70 Hoje: No Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas. Número que constitui aproximadamente 0,25% da população brasileira.  Estão contabilizados nesse número apenas os indígenas que vivem em aldeias. Estima-se que há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, incluindo em áreas urbanas.  Há em torno de 63 referências de índios que nunca tiveram contato o resto da população, além daqueles que tentam obter, junto ao órgão federal indigenista, reconhecimento de sua condição indígena.

71 Como são vistos: A mentalidade das pessoas quanto à existência dos índios já está mudando. Hoje, a população está se conscientizando de que os indígenas são seus contemporâneos. Vivem no mesmo país, participam da economia, da elaboração de leis e passam por problemas semelhantes, como as conseqüências da poluição ambiental. No momento, há uma preocupação dos brasileiros em buscar informações atualizadas e confiáveis sobre os índios para entender quem são, como vivem, enfim, inserir ainda mais o índio em suas vidas.

72 Diversidade e identidade:
O Brasil possui uma grande diversidade étnica e lingüística. Pelo menos 180 línguas são faladas pelos membros das 225 sociedades indígenas existentes, as quais pertecem a mais de 30 famílias lingüísticas diferentes. Conceitos importantes: As sociedades indígenas modificam-se constantemente e reelaboram-se com o tempo, como qualquer outra cultura no mundo. É relevante lembrar que isso aconteceria mesmo que os índios não tivessem feito contato com outras sociedades, européia e africana, por exemplo. Não é porque uma determinada sociedade indígena fala português ou veste roupas iguais às dos membros da sociedade com que entrou em contato que perdeu sua identidade ou que deixou de ser indígena. Ocorreu aí o contato entre diversidades culturais.

73 Língua: A língua é o meio básico de organização dos humanos. É através dela que podemos conhecer todo um universo cultural. Há diversas maneiras de classificar as línguas. Hoje, os lingüistas preferem adotar a classificação genética. Consiste na reunião das línguas que tenham uma mesma língua, já extinta, como origem. Desta forma, as línguas são agrupadas em famílias lingüísticas, e essas famílias são reunidas em troncos lingüísticos. Há índios que falam somente sua língua, desconhecendo o português. Outros falam o português como sua segunda língua.

74 Língua: Troncos em que as famílias de línguas indígenas são classificadas: Tupi Macro-Jê As famílias Karib, Pano, Maku, Yanoama, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura, Nambikwara e Guaikuru não puderam ser atribuídas a nenhum tronco. Importante: o fato de duas sociedades indígenas diferentes falarem línguas pertencentes a uma mesma família não implica que essas sociedades consigam entender-se mutuamente.

75 Demarcação e regularização de terras:
A regularização das terras indígenas, por meio da demarcação, é um fator muito importante para a sobrevivência física e cultural dos diversos povos indígenas que vivem no Brasil. Essa questão tem sido muito discutida atualmente. Os índios reivindicam esse direito. Assegurar o direito à terra para os índios significa não só assegurar sua subsistência, mas também garantir o espaço cultural necessário à atualização de suas tradições.

76 SITUAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS (Resumo Geral)
Nº de T.I's % em revisão EM ESTUDO 123 ---- DELIMITADA 33 1,66 DECLARADA 30 7,67 HOMOLOGADA 27 3,40 REGULARIZADA 398 87,27 T O T A L 611 100 Veja mapa Demarcação e regularização de terras: O processo de demarcação consiste em 4 fases, que são: Identificação e delimitação Demarcação física Homologação Registro As linhas-mestre do processo administrativo de demarcação das terras indígenas estão definidas na Lei nº 6.001, de , que é conhecida como Estatuto do Índio, e no Decreto nº 1.775, de Esta legislação atribui à FUNAI o papel de orientar e executar a demarcação das terras, atividade executada pela Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF).

77 Finalização: Comentários gerais Polêmica do direito de patente VIII Festa Nacional do Índio

78 Ashaninka (AC) Os Ashaninka constituem, sem dúvida, um dos povos indígenas mais numerosos da floresta tropical da América do Sul. São encontrados em inúmeros rios da selva amazônica.

79 Bororo (MT) Conhecidos como Bororo Oriental, Orarimogodógu, Coroados ou Parrudos, habitam o Estado de Mato Grosso. Praticam os rituais da Furação de Orelha.

80 Gavião (PA) Habitam as Terras Indígenas Kanela – Buriti Velho, no Maranhão, demarcadas, registradas e homologadas. Se autodenominam Apâniekra ou Ramkókamekra.

81 Guarani (SP) Um dos primeiros povos indígenas a ter contato com os portugueses, sendo um dos mais populosos no Brasil. Na festa, são representados pela comunidade Rio Silveira, localizada em Berioga.

82 Kalapalo (MT) Os índios Kalapalo vivem no Parque Indígena do Xingu, no Estado do Mato Grosso. Eles classificam seus rituais públicos em dois tipos: egitsu (eventos que envolvem a participação de convidados de outras aldeias alto-xinguanas) e undufe (rituais incluem apenas os membros de uma aldeia particular).

83 Karajá (TO) Habitam a Terra Indígena do Paruqe do Araguaia na Ilha do Bananal, no Tocantins. Uma característica entre os Karajá é a diferenciação entre a fala das mulheres e crianças e a dos homens.

84 Kuikuro (MT) Os Kuikuro são, hoje, o povo com a maior população no Alto Xingu. Eles constituem um sub-sistema carib com os outros grupos que falam variantes dialetais da mesma língua (Kalapalo, Matipu e Nahukwá).

85 Macuxi (RR) Os Macuxis vivem no extremo norte de Roraima e na Guiana. Sendo cerca de 19 no Brasil e 9,5 mil na Guiana Francesa.

86 Paresi Haliti (MT) Vivem na Terra Indígena Paresi, no Mato Grosso. Entre os Paresi, o futebol de cabeça é praticado durante grandes cerimônias. A bola utilizada nos jogos é fabricada com a seiva de mangabeira.

87 Yanomami (RR) Os Yanomami formam uma sociedade de caçadores-agricultores da floresta tropical do Norte da Amazônia cujo contato com a sociedade nacional é, na maior parte do seu território, relativamente recente.

88 Yawalapiti (MT) Habitam o Parque Indígena do Xingu, localizado na região central do Brasil, no Estado do Mato Grosso. No local, existem 16 etnias, habitando 36 aldeias.

89 Yawanawa (AC) Habitam a parte sul da TI Rio Gregório. Essa terra indígena, localizada no município de Tarauacá, foi a primeira a ser demarcada no Acre, e ocupa a cabeceira deste afluente do Juruá.

90 Ye´Kuana (RR) Os índios Ye´Kuana vivem no noroeste do Estado de Roraima e na Venezuela. Eles são agricultores, coletores e praticam a caça e a pesca, possuem ainda pequenos animais domésticos, especialmente cães e aves.

91 Xavantes (MT) Os índios Xavantes habitam cerca de 70 aldeias em oito áreas que constituem seu território, Serra do Roncador e pelos Rios da Morte, Culuene, Couto Magalhães, Boitivi e Garças no leste mato-grossense.

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