As culturas e as sociedades As culturas juntam os que partilham a mesma mundivisão As sociedades reúnem os que estão submetidos ao mesmo poder As crenças.

Apresentação em tema: "As culturas e as sociedades As culturas juntam os que partilham a mesma mundivisão As sociedades reúnem os que estão submetidos ao mesmo poder As crenças."— Transcrição da apresentação:

1

2 As culturas e as sociedades As culturas juntam os que partilham a mesma mundivisão As sociedades reúnem os que estão submetidos ao mesmo poder As crenças com os seus símbolos e os poderes com os seus rituais pretendem unificar as pessoas com base nos menores denominadores comuns Os territórios (o «país») são espaços simbólicos, pontuados por memórias colectivas veiculadas pelos ancestrais ou ficcionadas pela sociedade

3 Cultura(s) Individuais, de grupo, regionais, nacionais Intersecção entre indivíduo e sociedade criando as identidades, únicas e momentâneas, que são vivas e dinâmicas como a sua base biológica mas não evolutivas no sentido da perfeição Compõem e dão coesão aos grupos Funcionam como sistemas de códigos convencionados e adquiridos

4 Identidade segundo Castells Identidades de Legitimação (hegemonia) Resistência (alternativas) Projecto (novas) Produzem: Sociedades estruturadas Equilíbrios e escapismos Sujeitos à procura de sentidos

5 Sociedades nacionalizantes vs. grupos culturais Sociedade mainstream, criação sustentada pelo poder, opõem-se às tribus maioritárias e minoritárias A sociedade mainstream forma a Nação: representação de conveniência, comunidade de pertença imaginada Mas existem outras pertenças fracturantes: familiares e linhageiras, associativas e ideológicas. Fontes de diversidade nas nações Território nunca é homogéneo Língua não é homogénea Indivíduos e a sua história particular são diferentes

6 Minorias são sempre relativas Conceito operativo? Quanto mais as chamadas minorias se assumam como tais e se fechem umas às outras tanto melhor dorme a única e real minoria, a classe dominante Paulo Freire, Pedagogia da Esperança, Rio de Janeiro 2003, p. 153

7 Homogeneização Leis, escola, os media (mitos legalistas, instrucionistas e informativistas) As leis (civis e religiosas) contrariam e limitam os actos, sem sucesso As escolas formatam as expressões do pensamento individual, com pouco sucesso Os media condicionam as reflexões e a consciência crítica, com maior sucesso

8 Traços culturais dos grupos Artefactos: objectos e seus usos, vestuário distintivo, etc. Línguas, dialectos específicos (regionais, sociais, profissionais), calão; autoglossia, isoglossia, alloglossia Contos e lendas estruturantes (hoje notícias) Rituais e cerimónias (religiões, efemérides, etc.) Hábitos e costumes que não são tradições impostas Alimentação e proibições alimentares Práticas e proibições sexuais Sistemas de parentesco e linhagem, formas de transmissão da propriedade

9 Factores identitários Racial (percepção social de diferenças biológicas) ou étnico (raça + cultura) Geográfico (clima, factores de maior ou menor isolamento) Linguístico (reflecte uma visão do Mundo) Histórico (experiência colectiva conhecida pelo grupo) Religioso (crenças e valores comuns) Totémico (crença na existência de antepassados comuns) Género (cultural, não deriva do sexo biológico) Relações de poder familiares, clânicas, grupais, sociais

10 Racialidade Leitura social de traços naturais, a raça é um constructo ideológico-científico, baseado nos fenótipos: Cor da pele e dos olhos Cor e forma dos cabelos / pelos Altura e estrutura óssea Formas do crânio e do rosto Geralmente fomenta uma leitura discriminatória na qual se pretende, com base em características físicas, detectar traços morais e de carácter, que são culturais e individuais

11 A discriminação Embora com pretextos raciais ela foi sempre cultural Implica atribuir qualidades e defeitos aos indivíduos a partir das características supostas dos grupos reais ou imaginados a que eles supostamente pertencem

12 A discriminação enquanto prática social Discriminar é reconhecer diferenças entre 2 pessoas, grupos de pessoas ou qualquer outro conjunto. É dar um tratamento diferente em circunstâncias iguais. É atribuir diferenças e pertenças que não existem, criando categorias e forçando as pessoas a integrarem-se nelas. É julgar antecipadamente os outros (preconceito). Pode ser negativa ou positiva, prejudicando ou favorecendo injustamente.

13 Miscigenação – o português é um mestiço Iberos + celtas = celtiberos Celtiberos + orientais (fenícios, gregos cartagineses) Celtiberos + romanos = Luso-romanos Luso-romanos + germânicos (vândalos, suevos) + outros (alanos e godos) e judeus Luso-romanos germanizados + berberes Cruzados e monges europeus (França e Inglaterra) Assimilação dos berberes Vinda de negros após as navegações; assimilação dos judeus (Pombal) e negros Invasões francesas Luso-tropicalismo (Brasil, África, Índia)

14 Portugal colónia política e cultural Fenícia e grega (idade do bronze e ferro) Romana (romanização) Berbere e árabe (islamização) Galega e francesa (1ª dinastia) Inglesa e espanhola (2ª e 3ª dinastias) Francesa, inglesa e alemã (4ª dinastia) Francesa (1ª República) Inglesa e americana (actualidade, globalização)

15 A génese do português Ao longo de imigrações e emigrações várias certas populações de várias origens raciais, vivendo em 4 continentes em épocas distintas, falando línguas diferentes e professando religiões diversas consideraram-se portuguesas, por utilidade ou por necessidade identitária

16 Formação da ideia de português Habitante da cidade do Porto < Portus Calem Súbdito do Conde Portucalense > Rei de Portugal Destruição ou absorção de identidades fracturantes: 1 – mouriscos 2 – judeus e cristãos-novos 3 – hereges Colónias: habitantes em via de portugalização indígenas assimilados Cidadão do Estado português, uma ficção jurídica Emigrante (até à terceira geração) ou naturalizado