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Segundo Estudo de Caso: Reino da Noruega e Brasil

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Apresentação em tema: "Segundo Estudo de Caso: Reino da Noruega e Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 Segundo Estudo de Caso: Reino da Noruega e Brasil

2 Similaridade - entre Noruega e Brasil – em termos de PLs.
Em nível interno, em ambos os casos, houve ocorrência similar: a escolha da variante predominante e sua eleição como a língua nacional e oficial.

3 Contraste - entre Noruega e Brasil – em termos de PLs.
Noruega – Política de Diferenciação Linguística – ora sob domínio dinamarquês, ora sob domínio sueco. O objetivo maior da Noruega (colonizada) em relação à Dinamarca (colonizadora), em termos de língua: DEMARCAR A DIFERENÇA (dela em relação à Dinamarca), querendo ter uma língua própria < uma língua norueguesa diferente do Dinamarquês. Objetivo Noruega - Criação da DISSEMELHANÇA / DIVERSIDADE LINGUÍSTICA.

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5 Noruega em alguns pontos históricos
- Língua de origem escandivana, mas no século VI já constituía um idioma próprio. Entre 1380 e – ficou anexada ao domínio da Dinamarca, inclusive de língua dinamarquesa, a partir de 1397. Séc. XVI: dinamarquês como norma para os noruegueses na sua escrita; classes cultas, sobretudo as urbanas, adotaram o dinamarquês; nas zonas rurais, as classes populares continuaram com seus dialetos noruegueses. Suécia domina a Dinamarca (e seu território anexado, a Noruega) . Com o Tratado de Kiel: emancipação da Noruega do domínio dinamarquês. Noruega entra em uma união pessoal com a Suécia, criando-se, então, o Reino da Suécia e Noruega. UNIÃO PESSOAL – designa uma forma de governo em que duas ou mais populações são governadas por um mesmo soberano, tendo neste a única ligação comum entre ambas, e permanecendo teoricamente independentes. 1905/ o Parlamento declara emancipação da Noruega e também da Suécia. Promulgação da 1ª Constituição da Noruega – um alívio para os noruegueses: tornar-se uma nação.

6 Noruega em alguns pontos históricos
Não restam dúvidas de que a MOTIVAÇÃO maior da Noruega para criar uma nação, tornar-se uma nação, era no intuito de afastar possíveis anexações. Era um basta à possibilidade de ser anexada a outras nações. O objetivo de ser uma nação, para ser cumprido, exigia ter uma língua própria. Língua própria: condição, requisito para que uma nação se institua. Foi preciso, então, que se instaurasse uma Política de Diferenciação Linguística... em relação à antiga metrópole (e isso vamos ver que contrariamente à colônia brasileira em relação à metrópole portuguesa).

7 A língua norueguesa Norueguês ou NORSK = pertencente ao grupo nórdico das línguas germânicas: 5 milhões de falantes. Proximidade com o sueco e o dinamarquês. Duas modalidades do Norueguês: 1) Escrita norueguesa (a “língua dos livros”, o BOKMAAL) se aproxima da escrita dinamarquesa. 2) A forma norueguesa (NINORSK, “o novo norueguês” com gramática advinda dos dialetos) procura se afastar da pronúncia dinamarquesa, assemelhando-se mais à sueca. Mas embora a pronúncia de todas as três línguas possa diferir significativamente, são mutuamente inteligíveis.

8 De forma geral, 2 formas oficiais (com a mesma consideração legal e docente), desde 1885 (o bilinguismo): BOKMAAL (na escrita; literalmente a “a língua dos livros”, da administração, negócios e meios de comunicação)  (“dano-norueguês, i.é, forma aprimorada do dinamarquês (em estrutura e léxico, embora com pronúncia norueguesa); vitória da posição “elitista”). Também chamada antes, desde séc.XIX, de RIKSMAAL (“a língua do reino"), o “dano-norueguês”, forma mais usada em Oslo, e na qual se expressaram numerosos autores, como o dramaturgo Henrik Ibsen. Predominante no Leste do País. 2. NYNORSK (1929) (“novo norueguês”, usado por 20% da pop. e apoiado pelo PC, com gramática sistematizada advinda de alguns dialetos falados no país; antes chamada de LANDSMAAL, “língua da terra, do campo”) Teatro era em LANDSMAAL. Predominante no Oeste do País.

9 Ainda sobre o surgimento do NYNORSK
Como consequência de um grande sentimento nacionalista, aflorou, entre as classes populares, o desejo de reconhecer sua língua como sinal de identidade (mas não o BOKMAAL, “língua dos livros”). Em meados do século XIX e em resposta a tais desejos, o linguista Ivar Aasen iniciou a construção de uma nova língua escrita que se configurasse como norma nacional, o LANDSMAAL (“língua da terra, do campo”), baseada nos dialetos noruegueses falados na costa O.do país e isenta de danicismos. Com este esforço, conquistou o apoio popular e esta língua se converteu na 2ª língua em importância na N. C/ apoio principalmente da população rural do O. da Noruega, que sentia que a língua escrita oficial era demasiado diferente dos dialetos que o povo utilizava no dia a dia.

10 SUMARIZANDO: as duas línguas oficializadas: BOKMAAL (escrita culta) e NYNORSK (escrita popular e fala) - o bilinguismo. Conselho Nacional (Academia de Letras) 1947 – Apesar de respeito ao bilinguismo oficial, cada município pôde declarar sua(s) língua(s), chamadas pelo governo de dialetos. Caso do SAMI (8 municípios) e KYEN (em 1 município). O indicador social de Alfabetização: 99% x 90% do Brasil). Cada município norueguês pode eleger qual a variedade escrita será empregada e ensinada na escola, sendo o ensino da outra variedade obrigatório no ensino secundário: 83% em Bokmaal; 17% em Nynorsk (embora não absolutamente monolíngue, terá um domínio menor de escrita talvez que os alfabetizados na forma elitizada). Depois de várias tentativas de unificação das línguas, em 2002, houve mais uma derrota do plebiscito, quando se criaria o SAMNORSK.

11 Noruega & UE & Euro Em 1972 e 1994, a Noruega assinou tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país à UE. A coroa norueguesa (símbolo kr < kroner = coroa), a moeda oficial. Em 30/07/2009: 1€ = 8,76kr R$1 = 3,31kr

12 Sumarizando, em termos de PLs.
Noruega– Política de Diferenciação Linguística Brasil – Política de Unificação Linguística

13 Pontos a serem destacados acerca das PLs. muito particulares do Brasil
(1) Não necessidade de estabelecimento de uma língua própria para contrastar com a da antiga metrópole/Portugal. (2) Não necessidade de lidar com a questão de classe e/ou diversidade regional (o que faz parte do elitismo inerente à sociedade brasileira). (3) O uso pelo Brasil das gramáticas portuguesas.

14 Pontos a serem destacados acerca das PLs. muito particulares do Brasil
Sobre as primeiras gramáticas brasileiras, produzidas no Brasil: elas levavam em conta os “brasileirismos”, mas não pretendiam que fosse uma outra língua. Ex.: Gramática de João Ribeiro. Apesar de Policarpo Quaresma, continuamos a aceitar que os donos da língua eram outros. “As gramáticas brasileiras do século XIX não representavam, de forma alguma, uma política linguística anti-lusitana ou qualquer forma de contestação ou ruptura - se assim fosse, estaríamos falando brasileiro e não português.” A publicação de livros no Brasil só começou com a Editora Brasiliense de M.Lobato. (v.“História do Livro no Brasil”).

15 Pontos a serem destacados acerca das PLs. muito particulares do Brasil
(4) O distanciamento da gramática brasileira da portuguesa se deu aos poucos, quase por inércia, sem nenhum gesto dramático ou ostensivo de ruptura. Houve uma Lei na década de quarenta (194__) que estabeleceu que o critério não seria mais Portugal. Consequência? O impacto público foi pequeno. (5) Fora o processo de unificação - o Acordo Ortográfico - nada mais se fez no sentido de diferenciar o PB do PE.

16 Pontos a serem destacados acerca das PLs. muito particulares do Brasil
(6) quanto ao critério para a concepção da gramática-padrão no Brasil: sempre foi, e continua a ser, ostensivamente elitista. (7) Que fizeram os modernistas quanto a isso? Fizeram menções e um gesto - mas apenas um gesto - na direção do reconhecimento dos falares populares, mas que nem minimamente considerava a possibilidade de sua incorporação.

17 Pontos a serem destacados acerca das PLs. muito particulares do Brasil
(8) Atualmente, temos a campanha de Marcos Bagno, que é mais contra a normatização, do que pela instituição de uma norma baseada nos falares populares. (9) Unificação Note-se a ambiguidade da motivação do projeto de unificação ortográfica: - seu interesse é estabelecer uma área de unidade linguística que coloque o Português no mapa mundial das grandes línguas, com grande número de falantes e grande influência. - o mais interessado foi sempre Portugal, mas nem lá vingou - eles realmente continuam considerando o PB muito desleixado.

18 Ainda sobre a questão da Unificação
HOLANDÊS x FLAMENGO BELGA Após longo e penoso processo, foi promovida a unificação do holandês com o flamengo belga, línguas cujas diferenças são maiores do que o PB e o PE. 15 milhões de falantes na Holanda 6 milhões, na Bélgica.

19 Ainda sobre a Unificação entre as línguas
O interesse maior era das respectivas indústrias editoriais. O pano de fundo político era a constituição da União Europeia, que tornava menos relevantes os países e mais relevantes as manchas linguísticas. Moral: a línguas têm plasticidade suficiente para serem separadas quando conveniente e juntadas quando conveniente. Assistimos ora ao argumento da singularidade irredutível dos falares, ora ao da unidade fundamental daquela língua e daquele povo. o que evidencia, mais uma vez, que o dado nacional, pelo menos no que depende da língua, não tem nada de natural. p/ reflexão: O que faria povo brasileiro emancipado em relação a sua língua?


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