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Artigo de Opinião Profa. Cláudia.

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1 Artigo de Opinião Profa. Cláudia

2 DANDO A VOLTA POR CIMA Revista Encontro - Fevereiro de 2006 Cibele Ruas
Algumas pessoas são resistentes, aparam os golpes da vida; outras simplesmente desabam. Não adianta ser duro como o aço: o impacto pode ser pior. É necessária alguma elasticidade, suficiente para absorver o golpe, mas é preciso recuperar o equilíbrio. Resiliência é o nome técnico para a capacidade de absorção do choque e recuperação da forma original. Que golpes? Famílias disfuncionais, divórcio, viuvez, perda de filhos,desemprego, problemas financeiros, violências sofridas, mudança de cidade, ou de país - há muita coisa que pode nos atingir e abalar. Não há como evitar os percalços da vida. Nossa força pessoal é intimamente relacionada com a autoconfiança: quanto mais psicologicamente estáveis, mais resistentes seremos às tensões.

3 Sabe-se que a resiliência psíquica é um habilidade que se enraíza no temperamento inato, em experiências passadas e em resultados positivos obtidos ao longo da vida. Ela também pode ser aprendida: com a psicoterapia, por exemplo, as pessoas tornam-se mais aptas para lidar com desafios. A resiliência é como se fosse um músculo psíquico, que pode e deve ser exercitado. Mas é melhor encará-la como arte de bem viver: as pessoas fortes não se deixam limitar pelas adversidades; estabelecem metas que vão sempre um pouco mais além, na certeza de que os tempos ruins são passageiros. Há quem se considere vítima, e há quem se considere sobrevivente de uma infância atribulada - aí reside a diferença. Resiliência é a capacidade de superar a adversidade e conseguir fortalecer-se com a luta. Há filhos de famílias perturbadas que não se imobilizaram com os problemas. Aprenderam a proteger-se e emergiram como adultos fortes, capazes de ter vidas gratificantes. Não é mágica, mas luta e esforço consciente.

4 Há uma verdadeira indústria de vítimas, que tende a fazer que as pessoas se digladiem com traumas durante toda a vida: as fraquezas passam a ser nutridas a pão de ló. Na verdade, somos consideravelmente fortes, embora possamos não saber disto, e é esta força interior que devemos buscar. O marco principal das pesquisas sobre a resiliência em condições de risco (pobreza, abusos físicos, alcoolismo na família, etc.) foi da psicóloga Emmy Werner, Ph.D., da Universidade de Nebraska. Ela constatou que um terço das crianças estudadas, que foram acompanhadas durante duas ou três décadas, não foi afetado por suas péssimas condições de vida. Nos outros dois terços, muitas tiveram problemas na adolescência, em geral envolvendo comportamentos antissociais (pequenos roubos, participação em gangues, distúrbios do comportamento, etc.). No entanto, aos 30 ou 40 anos, grande parte dessas pessoas se regenerou, determinada a não repetir a história de fracasso de seus pais.

5 Famílias problemáticas infligem considerável dano, mas as pessoas resistentes sentem-se desafiadas por esses problemas e respondem a eles ativa e criativamente - essa atitude se incorpora à sua personalidade, aumentando-lhes a força íntima. Até o ponto em que é apreendida, a resiliência se desenvolve a partir do desafio para manter a autoestima e a integridade do eu, a despeito da influência negativa do meio ambiente. As fórmulas utilizadas incluem absorver os sucessos e assumir as culpas; manter a independência, traçando limites claros entre si e os problemas; conseguir certo distanciamento emocional, sem deixar de atender às demandas da própria consciência. Os sobreviventes cultivam o autoconhecimento, o hábito de se questionar profundamente, procurando responder do modo mais honesto possível às próprias indagações.

6 Pessoas que sobreviveram às situações de risco em geral, não fizeram todo o trabalho sozinhas: um dos pontos cardeais da pesquisa mostra que, não tendo apoio familiar, procuraram e receberam ajuda de professores, vizinhos, pais de amigos, parentes, ou de profissionais, como orientadores escolares ou psicólogos. Cibele Ruas é Psicóloga.

7 No título “Dando a volta por cima” e no destaque “Famílias problemáticas infligem considerável dano, mas as pessoas resistentes sentem-se desafiadas e respondem a elas criativamente”, antecipa-se o tema que será abordado no artigo: a possibilidade de absorver os golpes da vida e recuperar o equilíbrio de forma gradativa. Esse tema é apresentado no primeiro parágrafo do texto, que constitui a introdução do artigo.

8 No desenvolvimento, que representa a maior parte do texto, a autora vai expondo suas opiniões e os argumentos em defesa de suas ideias, procurando deixar claro para o leitor o seu ponto de vista. Segundo a narradora, as pessoas em geral podem ser muito fortes, principalmente se tiverem autoconfiança e lembrarem que os problemas logo passam. Ela refere-se também a uma pesquisa cujo resultado confirmou o fato de que pessoas cujas famílias são problemáticas muitas vezes reagem de forma positiva e superam as dificuldade.

9 Ao expor seus argumentos em defesa de um ponto de vista ou dar opiniões sobre um assunto e registrar sua assinatura, a autora criou um texto jornalístico que constitui um exemplo de artigo de opinião, também chamado artigo opinativo ou simplesmente artigo. É possível notar ainda certo envolvimento emocional na exposição do ponto de vista: “Não adianta ser duro como aço: o impacto pode ser pior”, o que faz concluir que, na opinião dela, a questão enfocada exige um comportamento equilibrado das pessoas e é de grande relevância.

10 Na conclusão, no último parágrafo, a autora expõe sua opinião final: muitas pessoas necessitam de apoio para vencer os desafios que a vida lhes impõe. ARTIGO DE OPINIÃO é um gênero textual que pertence ao âmbito jornalístico e se caracteriza pela exposição de um ponto de vista sobre determinado assunto.


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