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A metáfora paterna Paula Chiaretti.

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Apresentação em tema: "A metáfora paterna Paula Chiaretti."— Transcrição da apresentação:

1 A metáfora paterna Paula Chiaretti

2 O Complexo de Édipo em Freud
Em 1897, em carta a Fliess, Freud fala sobre seu pressentimento de que estaria prestes a encontrar a origem da moralidade. Mais a frente, a respeito desse sonho, entende por retroação que: O sonho, é claro, mostra a realização do meu desejo de encontrar um pai que seja o causador da neurose e, desse modo, pôr fim às dúvidas que ainda persistem em mim sobre esse assunto (FREUD, 1950/1974, p. 350).

3 Édipo Rei Sófocles 427 a. C. Oedipus et Sphinx, de Ingres (1808)

4 Tragédia Propósito educativo.
Encenação religiosa contra todos os excessos. Ideais apolíneos: moderação e ética religiosa. Segundo Aristóteles, duas características definem o gênero teatral: “a eficácia em despertar terror e piedade no público e a catarse (efeito moral e purificador que proporciona o alívio dos mesmos).” (MORAES, 2002, p. 54).

5 A expressão Complexo de Édipo só aparece em 1910 e por influência de Jung em "Um tipo especial de escolha de objeto feita pelos homens“. Nesse primeiro momento, o Édipo aparece muito atrelado à temática da impossibilidade de realização do desejo inconsciente. O que tem como vantagem, por outro lado, o abandono da Teoria da sedução (real) e o tratamento da Teoria da fantasia.

6 “[…] é um conjunto ideativo de fantasias inconscientes”
“[…] é um conjunto ideativo de fantasias inconscientes”. Destaque à universalidade.

7 Em “A Organização Genital Infantil: Uma Interpolação na Teoria da Sexualidade” (1923); “A Dissolução do Complexo de Édipo (1924); “Algumas Conseqüências Psíquicas da Distinção Anatômica entre os Sexos” (1925); “Sexualidade Feminina” (1931) e “Feminilidade” (Conferência XXXIII) (1933), Freud tratará de formalizar o complexo Édipo e indicar as diferenças entre meninos e meninas.

8 Dissimetria do Édipo Fruto da tomada em consideração de apenas um órgão sexual, o masculino. A ameaça de castração no menino é a saída do complexo (ele renuncia à mãe para salvar o membro), enquanto que na menina é a entrada (é porque ela pode ganhá-lo que ela se orienta em direção ao pai). “A virilidade e a feminização são os dois termos que traduzem o que é, essencialmente, a função do Édipo. Encontramo-nos aí no nível em que o Édipo está diretamente ligado à função do Ideal do eu – ele não tem outro sentido” (LACAN, 1999 [ ], p. 171).

9 Em 1913, em Totem e Tabu, Freud trata do pai totêmico – pai perverso, autoritário que implica em uma relação não dialética. O mito da horda primeva trata da origem da exogamia: Nesse mito, os filhos eram expulsos ou castrados. Só o pai primevo poderia desfrutar das mulheres da horda. Os filhos se rebelam matando e comendo o pai em uma refeição ritualística de maneira a introjetar as proibições. Erguem então um totem que simboliza o ato que não deve ser repetido.

10 Falo Distinção do complexo de Édipo nas meninas e meninos – confusão entre falo e pênis. “Engodo imaginário”. Falo – signo da falta. O que importa é a falta no Outro.

11 Em « Função e campo da fala e da linguagem » de 1953.
Lacan escreve: "A lei primordial é aquela que, ao regular a aliança, superpõe o reino da cultura ao reino da natureza entregue à lei do acasalamento; essa aliança é idêntica a uma ordem de linguagem e a interdição do incesto é apenas seu pivô subjetivo".

12 Lacan Sintoma e palavra - mesma base. Signo linguístico de Saussure. Primazia do significante. “O sujeito nasce no que, no campo do Outro, surge do significante. Mas por esse fato mesmo, isto – que antes não era nada senão sujeito por vir – se coagula em significante” (LACAN, 1998c). Construção especular sobre si.

13 “Uma coisa é pensar o Édipo como um conjunto ou um complexo de ideias que, uma vez recalcadas, passa a funcionar, ao mesmo tempo como ‘complexo nuclear de cada neurose’ e orientador da vida mental em geral; outra coisa é pensarmos o Édipo como uma ‘estrutura estruturante’ (o termo não é de Freud) externa ao sujeito e que o determina enquanto tal” (GARCIA-ROZA, 1994, p. 218).

14 Os três tempos do complexo de Édipo em LACAN.

15 Dialética do “ser ou não ser o falo da mãe”
Primeiro tempo “[...] o sujeito se identifica especularmente com aquilo que é o objeto do desejo de sua mãe. [...] Para agradar a mãe, se vocês me permitem andar depressa e empregar palavras figuradas, é necessário e suficiente ser o falo” (LACAN, 1999 [ ], p. 198). Dialética do “ser ou não ser o falo da mãe”

16 Segundo tempo “[...] no plano imaginário , o pai intervém efetivamente como privador da mãe, o que significa que a demanda endereçada ao Outro, caso transmitida como convém, será encaminhada ao tribunal superior, se assim posso me expressar. “[...] aquilo que desvincula o sujeito de sua identificação liga-o, ao mesmo tempo, ao primeiro aparecimento da lei, sob a forma desse fato de que a mãe é dependente de um objeto, que já não é simplesmente o objeto do seu desejo, mas um objeto que o Outro tem ou não tem”.

17 Vai e vem da mãe “A pergunta é: qual é o significado? O que quer essa mulher aí? Eu bem que gostaria que fosse a mim que ela quer, mas está muito claro que não é só a mim que ela quer. Há outra coisa que mexe com ela – é o x, o significado” (LACAN, 1999 [ ], p. 181). A criança está no lugar de objeto parcial da mãe.

18 Fort-da Controle simbólico do objeto perdido.
“A criança [...] lançava, [...] com grande destreza, o carretel amarrado ao cordão, por baixo da borda de sua caminha, onde este desaparecia, enquanto ele pronunciava um o-o-o-o rico em sentido; a seguir, ele retirava o carretel para fora da cama, puxando o cordão, e saudava então sua reaparição com um alegre ‘aqui’ [da]. Assim era o jogo completo: desaparecimento e retorno” (FREUD apud DOR, 1989, p. 89).

19 Substituição significante
Dupla substituição: da mãe pelo carretel e do jogo pelas presenças e ausências da mãe. Jogo: ativo. Substituição do ser pelo ter. Passagem de objeto para sujeito.

20 Há na mãe o desejo de uma Outra coisa
Há na mãe o desejo de uma Outra coisa. “O desejo é o desejo do desejo da mãe.” “Há nela [na mãe] o desejo de Outra coisa que não satisfazer meu próprio desejo, que começa a palpitar para a vida” (LACAN, 1999 [ ], p. 188).

21 “Esse algo a mais, que é preciso que exista, é exatamente a existência por trás dela, de toda a ordem simbólica de que ela depende, e a qual, como está sempre mais ou menos presente, permite um certo acesso ao objeto de seu desejo, o qual já é um objeto tão específico, tão marcado pela necessidade instaurada pelo sistema simbólico, que é absolutamente impensável de outra maneira quanto a sua prevalência. Esse objeto chama-se falo [...]” (LACAN, 1999 [ ], p. 181).

22 “O elemento significante intermediário [S’] cai, e o S [significante paterno] se apodera, pela via metafórica, do objeto de desejo da mãe, que então se apresenta sob a forma do falo” (LACAN, 1999 [ ], p. 181).

23 Ponto nodal do Édipo “[...] o pai entra em função como privador da mãe, isto é, perfila-se por trás da relação da mãe com o objeto de seu desejo como aquele que castra, coisa que digo apenas entre aspas, pois o que é castrado, no caso, não é o sujeito, e sim a mãe” (LACAN, 1999 [ ], p. 191)

24 To be or not to be o falo da mãe
Há antes a identificação ao falo da mãe. Com a metáfora paterna se passa da dialética do ser ou não ser para a do ter ou não ter. A dialética do ter ou não ter implica sempre na possibilidade de não ter: “[...] para tê-lo, primeiro é preciso que tenha sido instaurado que não se pode tê-lo, de modo que a possibilidade de ser castrado é essencial na assunção do fato de ter o falo” (LACAN, 1999 [ ], p. 193).

25 Terceiro tempo “é dela que depende a saída do Complexo de Édipo” (LACAN, 1999 [ ], p. 200). A posse do objeto fálico pelo sujeito materno depende do pai – ele pode dar a ela ou não. Se no segundo tempo o que está em jogo é a privação da mãe, no terceiro está o acesso ou não. “[...] o pai pode dar à mãe o que ela deseja e pode dar porque o possui” (LACAN, 1999 [ ], p. 200).

26 Da privação ao desejo: “é na medida em que intervém, no terceiro tempo, como aquele que tem o falo, e não como aquele que o é, que pode se produzir algo que reinstaura a instância do falo como objeto desejado pela mãe, e não mais apenas como objeto do qual o pai pode privá-la” (LACAN).

27 O pai Lacan escreve que “[...] o pai é uma metáfora. [...] Uma metáfora [...] é um significante no lugar de outro significante” (LACAN, 1999 [ ], p. 180).

28 “A função do pai no Complexo de Édipo é ser um significante que substitui o primeiro significante introduzido na simbolização, o significante materno. Segundo a fórmula que um dia lhes expliquei ser da metáfora, o pai vem no lugar da mãe S no lugar de S’, sendo S’ a mãe como já ligada a alguma coisa que era x, ou seja, o significado na relação com a mãe” (LACAN, 1999 [ ], p. 180). S2 . S1  S2 (1/x) S1 x

29 “É na medida em que o pai substitui a mãe como significante que vem a se produzir o resultado comum da metáfora, aquele que se expressa na fórmula que está no quadro” (LACAN, 1999 [ ], p. 181). S . S’ S 1 S’ x x

30 Pai A lei da mãe já implica em uma certa simbolização ainda que apareça de forma descontrolada – já está implícita a ordem da lei ali. O Nome-do-Pai (único significante do pai) aparece como um para além dessa lei da mãe e seu capricho, ou seja como a lei. Pai - Proibidor do objeto da mãe.

31 A metonímia do desejo Se o objeto para sempre perdido não pode ser resgatado resta ao sujeito deslizar pelos objetos substitutos que nunca preenchem de maneira exata o buraco deixado. Trata-se aqui da metonímia do desejo. Desejo é sempre insatisfeito. “A metáfora do Nome-do-Pai intima a criança a tomar a parte (objeto substitutivo) pelo todo (objeto perdido). Assim como ‘uma vela no horizonte’ consiste em designar o todo (o navio) pela parte (a vela), o desejo persiste em designar o desejo do todo (objeto perdido) pela expressão do desejo da parte (objetos substitutivos)”.


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