A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

PARÓQUIA: REDE DE COMUNIDADES

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "PARÓQUIA: REDE DE COMUNIDADES"— Transcrição da apresentação:

1 PARÓQUIA: REDE DE COMUNIDADES
GRUPO DE REFLEXÃO PARÓQUIA: REDE DE COMUNIDADES

2 INICIANDO A CONVERSA “Venham e vejam!” (João 1,39)
Nossas Paróquias hoje têm como propósito tornar-se, cada vez mais, “Paróquias--redes-de-comunidades”. E que cada comunidade seja uma “rede-de-grupos-de-reflexão”. O grupo de reflexão não existe para si mesmo. Ele existe é para a missão. A missão é obra de Deus através da Igreja. Os grupos de reflexão devem ser as bases de nossa Igreja Missionária. Para isso os nossos grupos precisam estar sempre atentos à formação para a missão. Quando o grupo se descobre como um grupo missionário, ele não tem como desanimar.

3 Primeira parte TENTATIVA DE DEFINIÇÃO O que é Grupo de Reflexão
O que é Comunidade Eclesial de Base Paróquia: Rede de Comunidades “Pelo Batismo recebi uma missão: Vou trabalhar pelo Reino do Senhor!”

4 Segunda parte FORMAÇÃO Do Templo para as Casas Visitas Missionárias A Identidade dos Grupos de Reflexão As palavras comovem, os exemplos arrastam

5 PRIMEIRA PARTE TENTATIVA DE DEFINIÇÃO Grupos de Reflexão / CEBs / Paróquia: rede de comunidades
I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO "A Palavra de Deus crescia e se firmava com grande poder" (Atos 19,20)

6 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO
“Grupo de Reflexão” é um pequeno grupo de pessoas que fazem opção de se organizarem de forma permanente para, a partir da Bíblia, refletir e viver a Palavra de Deus. O objetivo do grupo de reflexão é o aprofundamento da Palavra de Deus e o treinamento para a missão. O grupo de reflexão existe para formar leigos missionários. Para as reuniões semanais do grupo e para o plenário mensal dos vários grupos da comunidade, nós temos os Roteiros que nos vêm da Diocese. É maravilhoso ver como a nossa Diocese apóia os grupos de reflexão.

7 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO 1. ORGANIZAÇÃO MÍNIMA
Para que possa haver verdadeira e frutuosa reflexão, os grupos são pequenos. De 10 a 12 pessoas. Passando de 12 membros devidamente amadurecidos, é bom criar um novo grupo. Mas criar, em comum acordo com a coordenação em nível de comunidade, como veremos logo a seguir, no número dois. Cada grupo precisa de um(a) animador(a) e um(a) secretário(a). Esses são os responsáveis pela organização de tudo com antecedência. Organizar as reuniões semanais dos grupos e a participação dos plenários mensais. Nada de improvisação.

8 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO
2. COORDENAÇÃO EM NÍVEL DE COMUNIDADE Tendo a comunidade vários grupos de reflexão, deverá haver na comunidade uma "equipe de coordenação dos grupos de reflexão” da comunidade toda. Essa coordenação não pode ficar nas mãos de uma só pessoa, é claro. É bom que essa coordenação seja de 3 a 5 pessoas. A grande função dessa equipe de coordenação é cuidar para que na comunidade não surjam grupos "avulsos", desligados dos outros, e desligados das orientações da paróquia. Cuidado, pois, para não criar grupos descartáveis, só para constar. Um grupo só para batizar seus filhos, por exemplo. Isso banalizaria um trabalho que é muito sério. Portanto, alguém que já tem uma caminhada e deseja fundar um novo grupo, converse com a equipe de coordenação dos grupos em nível de comunidade. Essa equipe de coordenação vai ajudar a surgir um novo grupo bem unido ao corpo eclesial, no caso à paróquia.

9 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO
3. AS REUNIÕES SEMANAIS As reuniões do grupo são todas as semanas, e sempre com as mesmas pessoas. Grupo sério não dispensa nem troca as reuniões semanais por nada. Quando um novato se interessar em entrar para o grupo, passem para ele o que é um grupo de reflexão, e como está o andamento do seu grupo. Não deixem a pessoa meio perdida. Se ela procurou, é porque está querendo alguma coisa a mais, não é mesmo? Os assuntos das reuniões dos grupos exigem continuidade. Exigem permanência dos membros e fidelidade às reuniões (Hb 10,25). Não nos esqueçamos de que estamos falando de reuniões de estudo, de reflexão e treinamento para a missão. Por isso o animador e o secretário devem, de vez em quando, pedir a um ou outro membro do grupo para dirigir a reunião. Assim essa pessoa vai se soltando aos poucos...

10 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO Reuniões semanais
Evitar comes-e-bebes nas reuniões de grupos de reflexão. A preocupação com essas coisas pode prejudicar a evangelização. Local da reunião: por causa da continuidade dos assuntos, as reuniões semanais sejam feitas nas casas dos próprios membros do grupo. Portanto, não tem muito sentido fazer reuniões de grupo na casa de quem ainda não é do grupo de reflexão. Para as demais casas de pessoas que não são de grupo vamos levar o quê? E com as pessoas afastadas de nossa Igreja, como proceder? Para essas casas, vamos levar os frutos do grupo, a saber, uma visita amiga, uma visita que seja um anúncio da Boa Nova de Jesus.

11 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO Reuniões semanais
Para que essas VISITAS sejam uma boa nova agradável que toque no coração das pessoas, é bom notar que cada casa é uma realidade. E cada pessoa daquela casa é também uma realidade. E quem vai fazer as visitas deverá ter jeito e certo preparo para a missão de abordar as pessoas em suas casas. Se a visita for respeitosa e agradável, as pessoas visitadas vão, depois, tomar suas decisões. Algumas até se animam a entrar para um grupo de reflexão... Quem sabe?... Portanto, o que se leva até às casas dos mais afastados é uma visita amiga, repetimos.

12 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO Pauta das reuniões semanais
Para as reuniões semanais é só seguir o roteiro que nos chega da Diocese. Importante seguir o roteiro, levando em conta o horário para começar e para terminar. Uma boa reunião dura mais ou menos uma hora. Reunião semanal (toda semana) passando de uma hora acaba cansando o grupo. O(a) secretário(a) não deixe de anotar a resposta da “pergunta para o plenário” que deverá ser levada ao plenário, como veremos a seguir. No plenário as respostas das perguntas são colocadas no quadro. Ou levem para o plenário um cartaz com essas respostas do grupo.

13 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO 4. O PLENÁRIO MENSAL
O Plenário Mensal é para os membros dos vários grupos de reflexão da comunidade, e outras pessoas que, livremente, queiram participar. O Plenário poderá ser num dia de semana ou no domingo, num horário que não prejudique a Celebração da Palavra de toda a comunidade. Não tem sentido forçar ou induzir a comunidade toda a participar dos Plenários. Com certeza, o que é tratado nos Plenários não é do interesse de todos. Notar que o plenário deverá acontecer num clima de muita espiritualidade. Ele é como que uma grande celebração. Para que o plenário seja frutuoso, a coordenação dos grupos de reflexão da comunidade elabore uma pauta capaz de fazer dele um encontro suculento e atraente. E que, no final, o plenário deixe um “gostinho de quero mais”.

14 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO 4. O PLENÁRIO MENSAL
Para o Plenário sugerimos a seguinte pauta: LOCAL decorado, destacando bastante a Bíblia. Os roteiros da Diocese trazem sugestões para cada plenário. Sugerimos que a decoração faça lembrar o tema litúrgico ou do mês temático (Campanha da Fraternidade, Mês da Bíblia, Mês das Missões, Mês de Maria, etc.). ACOLHIDA... ORAÇÃO ao Espírito Santo. TEXTO BÍBLICO: Ver o sugerido no roteiro para o dia do plenário. APRESENTAÇÃO DAS RESPOSTAS de cada grupo com os resultados das reuniões semanais. Aqui se colocam as respostas àquela pergunta chave estudada em cada reunião do mês (da reunião da primeira semana; depois, da reunião da segunda semana, e assim por diante...). - Essa colocação pode ser no quadro, ou através de cartazes, ou em forma de encenações... – Aqui vale muito a criatividade...

15 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO 4. O PLENÁRIO MENSAL
Para o Plenário sugerimos a seguinte pauta: Em tudo isso, não se esquecer de que a Bíblia deverá estar sempre presente e em destaque nessas apresentações. Ela é a Palavra que sustenta nossa caminhada. APRESENTAÇÃO E APRECIAÇÃO de algum trabalho missionário bem significativo realizado pelo grupo durante o mês. Fazendo isso, um grupo anima o outro, com certeza. - Aqui deve ser bem destacado o trabalho de VISITAS MISSIONÁRIAS que determinados membros do grupo já estão fazendo. PRECES... Pai Nosso, Ave Maria... BÊNÇÃO e CANTO DA PAZ

16 I - O QUE É UM GRUPO DE REFLEXÃO 5. EM SÍNTESE
O grupo de reflexão é um treinamento de missionários. Um dos frutos do grupo é a saída em visitas missionárias. Deus se faz muito presente em nosso meio quando procuramos os irmãos. Para manter a vida do grupo nós temos as reuniões semanais, os plenários mensais, os cursos e encontros de formação. Diz a Bíblia: “Não abandonemos as nossas assembléias, como alguns costumam fazer. Antes, procuremos animar-nos mutuamente...” (Hebreus 10,25). – Não podemos parar! UMA NOTA SOBRE OS CÂNTICOS Vale aqui lembrar a importância dos cânticos. Isso porque os cânticos são como que o rosto de um grupo e de uma comunidade. O grupo de reflexão deverá cantar hinos que despertem em todos o sentido da Igreja na Base. (Ver o livro de cânticos de nossa Paróquia). Assim, no grupo, os hinos devem ser aqueles que criem consciência crítica nos participantes... Nos plenários e encontros de formação, devem ser hinos que convoquem e impulsionem os grupos para a missão. Nos momentos de espiritualidade, escolher hinos que levem o grupo à oração, e fortifiquem a mística missionária dos irmãos de grupo. SSSSSSSS

17 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) Andando pelos bairros e pelas estradas da zona rural de nossas Paróquias encontramos uma igreja católica. Algumas ainda trazem uma placa: “Comunidade São...” Isso é maravilhoso, pois aquela pequena igreja construída com bom gosto e com muito sacrifício, é um sinal de que naquele bairro ou naquele córrego existe uma comunidade de nossa Igreja. Trata-se de uma “Comunidade Eclesial de Base”

18 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) Pois bem, esse assunto de comunidades nos interessa muito. Elas têm um belíssimo nome: “Comunidades Eclesiais de Base”. Vejamos o que isso tem a nos dizer: Comunidades - porque se trata de gente perto de gente, onde não há mais o anonimato das grandes multidões. Eclesiais - porque são de Igreja, portanto, firmadas na fé, na Palavra de Deus. Elas agem a partir da fé. (Nota: “eclesial” significa: “de Igreja”). De Base - porque são da base da Igreja. Elas são a Igreja em tamanho menor. Também porque se misturam com os problemas do povo da base. É gente que vive os problemas do povo do lugar. Pelo que se nota, o nome diz tudo. Nas CEBs todos se entrosam na base da fé, para servir a todos como fazia Jesus.

19 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) NOTA IMPORTANTE: A CEB é a Igreja em tamanho menor. Mesmo sendo pequena, ali naquela pequena Igreja-Comunidade deve haver os vários serviços religiosos de que o povo necessita para sua vida de Igreja Assim, em cada Comunidade temos de ter Celebrações da Palavra, Celebrações Eucarísticas, Batismos, as várias pastorais comuns a todas as comunidade. Lembramos a importância das pastorais sociais e associações religiosas que atingem não só os membros da Igreja, mas também todas as famílias do lugar (por exemplo, as pastorais da familiar, catequese, Pessoa idosa, juventude, criança e Terra, vicentinos e outras).

20 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) NOTA IMPORTANTE: Quanto mais a comunidade se ligar à Pessoa de Jesus Cristo, mais ela vai se preocupar com as demais ovelhas como Jesus se preocupou. Uma CEB bem madura caminha com seus próprios pés. É claro que em comunhão com toda a paróquia e, em conseqüência, em comunhão com a Diocese. A coordenação da Comunidade deverá ficar muito atenta a isso. A ação principal dos membros de uma Comunidade Eclesial de Base não é "forçar" todo mundo para vir aos templos, e para nossas liturgias. O essencial para os membros das CEBs é partirem logo para onde estão as ovelhas marginalizadas ou desmotivadas e que até perderam o gosto pela vida.

21 AS CEBs E OS GRUPOS DE REFLEXÃO
II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) AS CEBs E OS GRUPOS DE REFLEXÃO As CEBs, através dos grupos de reflexão, abrem os olhos e o coração de seus membros para o seguimento da Pessoa de Jesus. A exemplo de Jesus e dos apóstolos, essas comunidades, através de seus grupos bem organizados, procuram atingir as raízes do mal que gera esse mundo tão injusto. Assim, os membros das CEBs, sobretudo através dos grupos de reflexão, se preocupam com a situação das crianças. Fazem isso valorizando e apoiando a Pastoral da Criança, e outras iniciativas afins...

22 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) Os membros das CEBs realmente vivas e com ardor missionário, dão uma atenção especial aos jovens que são induzidos a cada hora a se desviar do caminho do bem. Os membros das CEBs, sobretudo através dos grupos de reflexão, se preocupam com muitos idosos que, depois de uma vida de dedicação à família e à própria comunidade, caem na solidão, e até sofrem de depressão por causa dessa solidão. Uma CEB que tem coração pastoral não deixa essas pessoas maravilhosas caírem na solidão ou depressão.

23 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) ATENÇÃO! Não confundir uma CEB com uma associação de moradores de bairro ou zona rural, ou outra associação ou sindicato. A CEB não é uma associação de classe. Ela ajuda os moradores do lugar a se organizar em associações. Mas a CEB mesma não é uma associação a mais naquele lugar. Tanto é assim que na hora de lutar pelos direitos do povo, na hora das reivindicações, a maior força está na organização do povo em associações livres e conscientes.

24 II - O QUE É COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE Comunidade Cristã: "um só coração e uma só alma" (Atos 4,32) ATENÇÃO! Estamos entendendo? O que importa não é a CEB aparecer como se ela fosse uma associação de casse, um sindicato ou um partido político. Ela age como fermento na massa. O que importa é que a massa seja fermentada e se organize para o bem de todos que moram naquele lugar. Sim, quando a Palavra de Deus "circula" nas veias da comunidade, tudo se transforma. É para isso que existem os grupos de reflexão. SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

25 UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?”
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) Ultimamente, na criação de novas paróquias, o que mais sobressai é a idéia de que a “paróquia é uma rede de comunidades”. UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?” Temos de pensar em rede de comunidades sim, mas pensar em comunidades que tenham uma certa definição. Comunidade não é um templo ou um grupo de gente presa num templo, sem nenhuma preocupação com os de fora.

26 UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?”
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?” Um meio todo especial para conseguirmos comunidades vivas e bem definidas é o cuidado da organização dos grupos de reflexão permanentes. São pequenos grupos humildes, que se reúnem semanalmente em torno da Palavra de Deus. Grupos que sabem sair de si à procura dos irmãos.

27 UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?”
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) UMA “REDE DE COMUNIDADES”, MAS, QUE “COMUNIDADES?” Como as humildes sementes, os grupos de reflexão são enterrados no chão da humildade. Uma vez “germinados”, eles dão origem àquelas comunidades vivas, de que falam os Atos dos Apóstolos. Os grupos de reflexão não se esquecem de manter as raízes bem fincadas no chão. A multiplicação dos grupos acontece por causa da identidade humilde, baseada na perseverança. Sim, os grupos de reflexão têm uma força interna, com certeza. Com essa força interna, os grupos dão consistência às várias comunidades de uma paróquia e fazem com que essa paróquia seja, de fato, uma "rede de comunidades", mas de comunidades que tenham uma certa definição, - repetimos. Que sejam Comunidades "leves e missionárias". É o que veremos a seguir...

28 COMUNIDADES LEVES E MISSIONÁRIAS
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) COMUNIDADES LEVES E MISSIONÁRIAS A leveza das comunidades transforma a Paróquia num rede-de-comunidades, Uma paróquia assim procura dar prioridade à evangelização. Mais ainda: tudo é feito de modo a não deixar que uma estrutura pesada impeça os passos dos leigos que estão entrando na caminhada evangelizadora. Na Paróquia leve e missionária é incentivado um trabalho de procura das ovelhas que estão ficando distantes de nós, sem a evangelização. Sim, é preciso dar prioridades às ovelhas. É esse um princípio fundamental. Dar prioridade às "ovelhas" é uma grande sabedoria. Está na Bíblia. (Ver Ez 34,1-7 / Mt 9,36-37).

29 TUDO ISSO É ASSUNTO E VIVÊNCIA DOS "GRUPOS DE REFLEXÃO ".
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) TUDO ISSO É ASSUNTO E VIVÊNCIA DOS "GRUPOS DE REFLEXÃO ". Um ponto que não podemos esquecer: o que é especifico dos grupos de reflexão é, antes de tudo, a ligação da vida com a Palavra de Deus. Com a força da Palavra e a partir da fé, os grupos de reflexão despertam seus membros para que não escondam seus dons. Eles animam a caminhada da comunidade. Por isso muitos membros de grupos vão se engajando em pastorais, sobretudo nas “visitas missionárias”.

30 TUDO ISSO É ASSUNTO E VIVÊNCIA DOS "GRUPOS DE REFLEXÃO
III - PARÓQUIA: UMA “REDE DE COMUNIDADES” - QUE É ISSO? "Rede lançada em águas profundas" (Luc 5,4) TUDO ISSO É ASSUNTO E VIVÊNCIA DOS "GRUPOS DE REFLEXÃO Os grupos conscientes levam as pastorais a terem mais base e agirem mais na base. Sobretudo as pastorais sociais que são mais abrangentes. Portanto, ao falar de grupos de reflexão, estamos tratando de grupos que se reúnem em torno da Palavra de Deus. É nesse contato com a Palavra que está a força dos grupos de reflexão. Quer na cidade grande, quer na pequena cidade, quer na zona rural, os grupos unidos pela força da Palavra, dão base a nossas comunidades eclesiais. Eles dão sentido À PARÓQUIA, REDE DE COMUNIDADES LEVES E MISSIONÁRIAS.  ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

31 SEGUNDA PARTE F O R M A Ç Ã O
I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja" LENDO O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS, LÁ DOS COMEÇOS... Lendo o livro dos Atos dos Apóstolos, notamos uma coisa interessante e significativa: os apóstolos e os primeiros cristãos, logo depois da ressurreição e ascensão de Jesus, se reuniam numa casa "onde costumavam hospedar-se" (Atos 1,13). Foi "nesse mesmo lugar" (nessa mesma casa onde se encontravam) que aconteceu a vinda do Espírito Santo (Atos 2,1-4). Depois, mesmo sendo cristãos, continuaram a conviver com os judeus, freqüentando normalmente o grande Templo de Jerusalém. Mas, não demorou muito, os apóstolos e os primeiros cristãos foram se organizando em pequenos grupos que se reuniam em determinadas casas.

32 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
LENDO O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS, LÁ DOS COMEÇOS... Sim, os Atos dos Apóstolos nos mostram essa dinâmica usada pelos apóstolos: partir do grande Templo para as casas... No grande Templo estava uma multidão de desconhecidos, ou conhecidos que não se entrosavam como irmãos... Nas casas eram os pequenos grupos de irmãos que, naturalmente, iam se transformando em líderes de comunidade... Nesses pequenos grupos que se reuniam dentro das casas é que acontecia o milagre do crescimento da reflexão da Palavra de Deus. Aliás o grupo já era fruto da Palavra. Depois, cada grupo se transformava em grupo semeador da Palavra. Assim, através desses grupos, a Palavra se fazia presente nas casas, em todas as ruas da cidade e pelos campos. E a Palavra ia influenciando na cultura do povo.

33 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
LENDO O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS, LÁ DOS COMEÇOS Um episódio acontecido com São Pedro Um pequeno grupo muito forte se reunia na casa de Maria, a mãe do João Marcos. Um dia, Pedro escapou milagrosamente da prisão, refletiu, e foi direto para a casa de Maria onde o grupo já estava rezando. Foi uma surpresa alegre para todos. A Rosa (ou Rode), ao abrir a porta, quase desmaiou de susto e de alegria (Ver Atos 12,12-17). Aquele grupo que se reunia na casa da mãe de João Marcos era um grupo acolhedor e animador de todos. Isso ficou bem registrado no livro dos Atos dos Apóstolos.

34 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
LENDO O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS, LÁ DOS COMEÇOS São Paulo não parava Ele foi um grande missionário das pequenas comunidades e dos pequenos grupos. Ele era apaixonado pela Palavra de Deus. E a Palavra por ele anunciada fazia nascer pequenos grupos por toda parte. Grupos que se reuniam em casas fixas e conhecidas. Por exemplo: Em Filipos as reuniões eram permanentes na casa da Lídia que havia se batizado, ela e toda a sua família (Atos 16,11-40). Ela franqueou a sua casa para as reuniões. E por aí vai o livro dos Atos falando das casas onde os grupos se reuniam... Tratava-se de uma prioridade, com certeza...

35 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
LENDO OS "ATOS DOS APÓSTOLOS" DE HOJE Sim, os primeiros cristãos davam muita importância às reuniões nas casas. Hoje, depois de vinte séculos, temos grandes templos, catedrais, santuários e belíssimas capelas construídas com muito bom gosto. Mesmo assim, percebemos que essas belas construções ainda não representam solução para a evangelização. A pequena comunidade continua sendo o instrumento básico para manter viva a Palavra de Deus, e fazê-la crescer pelo mundo afora. É com alegria que notamos que a experiência daquele tempo, está brotando hoje em muitos lugares. Estamos vendo a Igreja se articulando em pequenas comunidades... Estamos vendo pequenas comunidades articuladas em grupos de reflexão. Vemos raízes que não param de brotar por toda parte.

36 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
Os grupos de reflexão se parecem com as abelhas. Vejamos: depois de certo tempo de "vivência" em determinada árvore produzindo mel, o grupo de abelhas resolve se multiplicar. Desse modo surge outro grupo de abelhas que vai pousar em outra árvore para produzir o mesmo mel gostoso. Eis uma lição da natureza para todos nós. Aprendendo com as abelhas. Elas são unidas e empenhadas na produção do mel. Grande lição para nós de grupo de reflexão, pois os assuntos das reuniões dos grupos, como todos notamos, exigem continuidade, exigem permanência dos membros e fidelidade às reuniões (Hb 10,25). Não nos esqueçamos de que estamos falando de reuniões de estudo, de reflexão e treinamento para a missão.

37 I - DO TEMPLO PARA AS CASAS "Põe sangue novo nas veias da tua Igreja"
Perguntas práticas Seu grupo de reflexão já se firmou suficientemente de modo a produzir esse mel gostoso e forte capaz de alimentar o povo que sente tanta fome de Deus? E, quem sabe, até os nossos filhos também estão sentindo falta desse mel gostoso e substancioso?! (Salmo 18,11 / ou 19,11). Seu grupo de reflexão já existe há quanto tempo? Ele está bem enraizado? Ele já deu origem a outro grupo? Deu origem a qual grupo? Quando? Como está esse novo grupo nascido dele? Onde ele está, continua unido, produzindo o mesmo mel gostoso?

38 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
GRANDE TAREFA DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Nós de grupos de reflexão temos as reuniões todas as semanas para estudar, refletir a Palavra de Deus, rezar e planejar o trabalho missionário. Neste sentido, dizemos que o grupo de reflexão é uma escola de missionários. Nas reuniões semanais do grupo sempre é lembrada a saída em missão, pois o grupo de reflexão não pode ficar parado. Então, uma das grandes tarefas do grupo de reflexão é a visitação. Os membros do grupo deverão ser treinados para a visitação... Não estamos no tempo antigo da civilização predominantemente rural. A mentalidade da cidade vai penetrando a zona rural também.

39 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
GRANDE TAREFA DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Por isso, é importantíssima a visita às casas das famílias dos irmãos de nosso lugar, tanto da roça como da cidade. Eis porque se diz que grupo de reflexão é “grupo de rua” ou “grupo de córrego”. Por aí se vê que não podemos ficar fechados dentro de nossos templos, ou fechados dentro de nossos grupos de reflexão. Não podemos deixar de enxergar tantas ovelhas sedentas de atenção, de carinho e de evangelização. Em vista de tudo isso, notamos a importância da partida do Templo para as casas. Percebemos a urgência das saídas para visitas missionárias. Vejamos...

40 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
CARISMA E TREINAMENTO PARA ESSA MISSÃO Por tudo que acabamos de observar, nota-se a necessidade do carisma e de bastante treinamento para um trabalho tão importante que é a visita missionária. Saem em visita aqueles que já estão preparados. Os mais novatos no grupo esperem um pouco. Eles vão sair depois que ficarem mais treinados. Assim teremos visitas bem feitas e de qualidade. Com certo tempo e experiência, esse trabalho de visitadores bem treinados pode ir se articulando mais ainda, formando assim uma "Equipe Missionária" bem mais organizada... Seja como for, os missionários já preparados saem enviados por seu grupo de reflexão e enviados pela Equipe de Coordenação dos grupos de sua comunidade. Eles não saem de modo avulso.

41 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
A ORDEM DE VISITAR VEIO DE JESUS CRISTO Jesus organizou os discípulos e os enviou dois-a-dois (Mc 6,7). Enviou-os para um setor determinado (Mt 10,5-6). Ele disse que tipo de gente os seus discípulos deveriam atingir de modo imediato. É que Jesus estava de olho nas pessoas que estavam perdidas como ovelhas sem pastor (Mt 9,36). Lição para nós: sair em visita, mas sair bem organizados e bem preparados. Não sair sozinho(a). Sair dois a dois é muito de acordo com o que Jesus fez com seus discípulos. Usar a cabeça: se for preciso, convide mais uma pessoa de grupo, e que esteja disponível para ir com vocês. Usar também o coração: ter muita compaixão dos desanimados e abatidos como Jesus teve (Mt 9,36).

42 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
A ORDEM DE VISITAR VEIO DE JESUS CRISTO Jesus dizia que o “sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Mc 2,27). Em outras palavras: a lei foi feita para a gente, e não a gente para a lei. – Assim, Jesus nos ensinou que, acima da rigorosa lei do sábado judaico, estava a Lei do Amor. (Ler e meditar Mateus 12,9-14). Lição para nós: ao visitar a família, evitar falar de normas e mais normas, de leis e mais leis da Igreja. Não ficar falando de curso disso, curso para aquilo. Uma visita dessas acaba irritando as pessoas. Então, qual é a finalidade das visitas às casas? As visitas missionárias são, primeiramente, para criar comunidade. São para as famílias visitadas se sentirem amadas pela comunidade e pela Igreja.

43 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
A ORDEM DE VISITAR VEIO DE JESUS CRISTO Jesus levava a sério cada pessoa. Ele fazia como aquele pastor que foi atrás da ovelha que havia se afastado das outras (Mt l8,12-14). Era apenas uma ovelha. O dedicado homem gastou tempo procurando essa única ovelha que havia desaparecido. Que empenho! Que valorização da ovelhinha! Notar no texto do evangelho que Jesus contou essa parábola justamente para os fariseus que não se reocupavam com as pessoas marginalizadas. Além de não ligar para os pobres e pecadores, os fariseus ainda se escandalizavam com o fato de Jesus se misturar com essas pessoas (Mc 2,16-17). Por isso, Jesus já começou a contar a parábola puxando pela reflexão daqueles ouvintes: “O que vocês acham?” (Mt 18,12). Lição para nós: ir atrás das ovelhas perdidas. Ir com respeito e amor, pois elas são nossas irmãs. Ela são de Deus como nós também somos. Não nos iludamos: há muita gente que não está caminhando conosco, mas vai caminhar, vai se engajar na comunidade. Vai até passar em nossa frente. Quem sabe?

44 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
ALGUNS LEMBRETES... O sonho de muitas famílias: Muitas famílias raramente (ou nunca) receberam visitas de um católico. Isso é triste, mas vai melhorar, se Deus quiser. Aliás, já está melhorando muito. - O certo é que o(a) visitador(a) vai realizar o que a família sempre sonhou: ser escutada pela Igreja. Mesmo uma família "irregular" quer ser valorizada pela Igreja. Cuidado para não ficar corrigindo a família. Não ficar levando normas de Igreja para os visitados. Visita não é para isso. No fundo mesmo, o que a família mais quer de nós é atenção. Grande princípio: dar toda atenção às ovelhas. Então, façamos visitas bem evangelizadoras. Visitas que sejam uma Boa Nova para as famílias. Depois, só depois, é que essas famílias vão procurar conscientemente os sacramentos, para si e para os seus filhos.

45 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
ALGUNS LEMBRETES... Trajes: muito cuidado com os trajes durante as visitas. Trata-se de uma atividade religiosa. Estamos num ato religioso. Não estamos em pic-nic. – Notar como as pessoas da casa nos recebem com tanto cuidado e carinho... Não podemos decepcioná-las. Portanto, muito cuidado com o modo da gente se vestir. Nada de luxo. Trajes simples e decentes. Alegria: O missionário tem de ser alegre. Não confundir seriedade com fechamento. Nos momentos de descontração o povo nos quer ver bem alegres e irradiando felicidade. Certo? – Sobretudo ao fazer visitas, sejamos alegres. “Onde houver tristeza, que eu leve alegria” (assim rezava São Francisco). Fiquemos preparados, pois, muitas pessoas vão nos procurar nas reuniões de comunidade, ou no momento das celebrações ou nos grupos de reflexão. Não podemos decepcionar essas pessoas, que certamente vão nos procurar... Numa palavra: tenhamos a coragem de Jesus para dizer a essas pessoas que nos procurarem: “Venham e vejam!” (João 1,38-39).

46 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
O QUE DIZEM OS NOSSOS BISPOS "É importante ressaltar que as pessoas não buscam em primeiro lugar as doutrinas, mas o encontro pessoal, o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida. O 'encontro' é o primeiro dom ou carisma que o Espírito concede às pessoas (...). O cristão deve dar grande valor ao encontro com as pessoas (...). O cristão que tomou consciência de sua missão de evangelizador, deverá, não apenas acolher bem quem se aproxima, mas ir ao encontro dos outros e retomar a prática evangélica das visitas às casas (Mt 10,11-14; Mc 6,10-11; Lc 10, ). A 'visitação' tem profundo sentido teológico: a pessoa enviada por Deus representa o próprio Deus que visita seu povo. (CNBB, Doc 71, n. 99).

47 II - VISITAS MISSIONÁRIAS Missão especial dos Grupos de Reflexão
UM BELO TEXTO BÍBLICO Texto que o missionário não pode esquecer: “A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes. Ela penetra até o ponto onde a alma e o espírito se encontram, e até onde as juntas e as medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos. Não existe criatura que possa esconder-se de Deus; tudo fica nu e descoberto aos olhos dele; e a ele deve prestar contas” (Hebreus 4,12-13). Em linguagem bem nossa: A Palavra de Deus, quando bem assimilada por nós, vai nos organizando em grupos de reflexão; ela contagia os membros dos grupos com um tal ardor missionário que os leva a sair dois a dois em missão por todos os cantinhos de nosso bairro, de nosso córrego. Nenhum lugar fica esquecido, nenhuma casa é deixada de lado...

48 III - A IDENTIDADE DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Identidade e espiritualidade
“UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA” O livro dos Atos nos mostra como a Igreja deverá ser. O Livro dos Atos nos apresenta a Igreja como um organismo vivo. Nesse precioso livro da Bíblia nós vemos que os pequenos grupos “eram um só coração e uma só alma” (Atos 4,32). Esses grupos estavam sempre dando testemunho de Jesus Cristo ressuscitado (Atos 4,33). Por causa da grande fé em Jesus, e por causa da grande união entre eles, os grupos eram muito respeitados, bem aceitos por todos (Atos 4,33). E o Senhor ia colocando mais gente dentro desses grupos tão simpáticos. (Ver Atos 2,47). Os pequenos grupos dos seguidores de Jesus tinham uma definição. Inclusive eles eram chamados de grupo dos seguidores "do Caminho" (Atos 19,9 / 19,23 / 24,14 / 24,22).

49 III - A IDENTIDADE DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Identidade e espiritualidade
COMPARANDO COM A MESA Nos Atos há um texto que sabemos até de cor: está em Atos 2,42-47, onde lemos que “Os cristãos eram per-se-ve-ran-tes.” “Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos. Eram perseverantes na comunhão fraterna. Eram perseverantes no partir o pão (fração do pão = missa). Eram perseverantes nas orações...” Aqui estão quatro pontos básicos que sustentam os grupos de reflexão e a comunidade. Esses quatro pontos são como as quatro pernas de uma mesa. Assim também é a comunidade. Ela precisa de quatro pernas. É o que lemos em Atos 2,42. Vejamos: Primeira “perna” da comunidade ou do grupo: A escuta da Palavra de Deus. Os primeiros cristãos eram cuidadosos em ouvir a Palavra de Deus que saía bem quentinha da boca dos apóstolos... No grupo de reflexão, essa Palavra é para ser lida, relida, ouvida e rezada. Estamos fazendo isso? Se não estivermos fazendo isso, lá se foi a primeira “perna” de nosso grupo.

50 III - A IDENTIDADE DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Identidade e espiritualidade
COMPARANDO COM A MESA Segunda “perna” da comunidade ou do grupo: a comunhão fraterna. Essa comunhão fraterna é vital para o grupo. Não adianta o pessoal do grupo querer “comungar” a eucaristia se o grupo não tiver essa comunhão fraterna. O povo não acredita num grupo frio, onde falta o afeto, onde ninguém é amigo de ninguém. Nossa amizade deverá ser muito visível em nossos grupos de reflexão. Essa comunhão fraterna faz parte de nossa identidade. Se não estiver acontecendo isso no grupo, lá se foi mais uma “perna” desse grupo.

51 III - A IDENTIDADE DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Identidade e espiritualidade
COMPARANDO COM A MESA Terceira “perna” da comunidade ou do grupo: a Eucaristia. Lá no tempo dos Atos dos Apóstolos, ao se referir à Eucaristia, eles usavam a expressão: “fração do pão” ou “partir o pão”. Então, participar da Eucaristia é receber o “Corpo de Cristo” para que o “grupo” todo possa ter “espírito de corpo” (o que significa espírito comunitário ou mentalidade eucarística). Sem a vivência eucarística, lá se foi a terceira e importante “perna” do grupo. (Notar que o espírito ou mentalidade eucarística não significa só a participação da comunhão eucarística. De fato, uma pessoa que não tem condições de receber a comunhão eucarística, poderá ter grande vivência eucarística visitando o Santíssimo e se dedicando aos outros, sendo como que uma “hóstia viva”. Entendido?)

52 III - A IDENTIDADE DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Identidade e espiritualidade
COMPARANDO COM A MESA Quarta “perna” da comunidade ou do grupo: a oração. Grupo sem espiritualidade, sem momentos de oração, não vai para frente. Se o grupo de reflexão descuidar da vida de oração, já perdeu a última “perna”. E ninguém vai querer se identificar com um grupo totalmente caído, vazio e quase morto. É ISSO AÍ... Se o grupo descobriu sua identidade, muita gente se identifica com ele. Em vista disso, o que fazer? Levar em conta o afeto, as preferências pessoais, os interesses comuns. Nada de constranger as pessoas para entrarem nesse ou naquele grupo. O que importa, pois é fazer com que nossos grupos sejam muito afetuosos, agradáveis, firmes, perseverantes e atraentes. Se a comunidade não cuidar dos grupos de reflexão ajudando-os a serem evangelizadores, ela poderá crescer em número de batismos e primeiras eucaristias de crianças, mas depois irá diminuindo com as saídas de jovens e adultos não evangelizados... Era por isso que São Paulo dizia: “Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar o evangelho" (1Cor 1,17). "Ai de mim se eu não evangelizar..." (1Cor 9,16).

53 HISTÓRIA DO CASAL INQUIETO... - REFLEXÃO...
IV - AS PALAVRAS COMOVEM, OS EXEMPLOS ARRASTAM "Para que vejam vossas boas obras..." (Mt 5,16) HISTÓRIA DO CASAL INQUIETO... - REFLEXÃO... Sr. Gustavo era um homem que estava querendo encontrar o rumo de sua vida de comunidade. Certo dia Sr. Gustavo chegou em casa falando para sua esposa, Da. Mariana: “Olha, eu estou começando a me encontrar na vida. Saí com uns amigos e descobri que eles são realmente amigos. Eles me ajudaram a ver umas coisas que antes eu não via… Eles me disseram que estavam indo para uma reunião de ‘grupo de reflexão’. Fui com eles à tal reunião, acabei gostando”. Da. Mariana, para a surpresa dela e do marido, falou a mesma coisa. Disse que “tinha ido passear na casa de umas amigas e fez a mesma descoberta”. É que naquela comunidade já existem vários grupos de reflexão, uma verdadeira rede de grupos. E os dois, num mesmo domingo, mais ou menos no mesmo horário, caíram na rede de Deus.

54 HISTÓRIA DO CASAL INQUIETO... - REFLEXÃO...
IV - AS PALAVRAS COMOVEM, OS EXEMPLOS ARRASTAM "Para que vejam vossas boas obras..." (Mt 5,16) HISTÓRIA DO CASAL INQUIETO... - REFLEXÃO... Que tal essa feliz experiência do casal, Gustavo e Mariana? A história do Gustavo e Mariana é bem semelhante àquela dos primeiros discípulos que Jesus foi convidando para participarem do trabalho de evangelização. É que lemos em João 1,35-51. O texto relata o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Nesse encontro cada discípulo ia se tornando uma espécie de “padrinho” do outro. Cada um que se encontrava com Jesus se lembrava do colega, e dava um jeito para que esse colega também se encontrasse com Jesus. Observem bem o texto! Vendo o interesse deles por saber onde Jesus morava, ele ia respondendo: “Venham e vejam!” - Eles iam, viam e permaneciam... E até registravam as horas do feliz encontro. Um exemplo está no texto citado acima: “eram mais ou menos 4 horas da tarde” (João 1,39). - Foi o que aconteceu também com o Gustavo e Mariana...

55 HISTÓRIA DE UM CASAL LÍDER. - REFLEXÃO...
IV - AS PALAVRAS COMOVEM, OS EXEMPLOS ARRASTAM "Para que vejam vossas boas obras..." (Mt 5,16) HISTÓRIA DE UM CASAL LÍDER. - REFLEXÃO... Sr. Maurício e Da. Rosária moravam na roça. Agora moram na cidade. Com seus três filhos, eles formam uma família invejável. Os três filhos são batizados, sendo que o mais velho já é crismado. Da. Rosária é da Equipe de Pastoral do Batismo em sua comunidade. Ela está vibrando. O Sr. Maurício anima a Associação de Moradores do seu bairro. Faz isso como um verdadeiro leigo engajado. Com isso eles atingem as famílias e a sociedade do seu bairro. Todo mundo está vendo esse grande testemunho do casal exemplar. Como não podia ser diferente, a associação liderada pelo Maurício está incomodando certos políticos que gostariam de ver a população amortecida, parada e conformada com a exploração. Sim, a associação está se mexendo, e mexendo com todo esse pessoal mal-intencionado.

56 HISTÓRIA DE UM CASAL LÍDER. - REFLEXÃO...
IV - AS PALAVRAS COMOVEM, OS EXEMPLOS ARRASTAM "Para que vejam vossas boas obras..." (Mt 5,16) HISTÓRIA DE UM CASAL LÍDER. - REFLEXÃO... Sr. Maurício e esposa não se cansam de repetir que o grupo de reflexão está sendo para eles e os filhos uma constante evangelização. A cada dia eles vão descobrindo o que significa ser igreja dentro do templo, e fora do templo. Muitas e muitas vezes aparecem incompreensões, mas a missão que assumiram é muito maior do que tudo isso. A missão, assumida com amor e coragem, tem ajudado o casal a vencer todas essas dificuldades. Se não fosse a formação que eles adquiriram, já teriam abandonado tudo. No entanto acontece justamente o contrário: eles estão cada vez mais firmes na caminhada. . Afinal, como esse casal conseguiu tal maturidade na fé? O Sr. Maurício e Da. Rosária entenderam o que significa ser de grupo de reflexão. Estudaram a Bíblia em grupo, partilharam a Palavra. O coração deles ferveu, os olhos se abriram (Lc 24,13-35). Sim, é dentro da sociedade que está o campo específico do leigo cristão. Nada de “fugir” do mundo, mas entrar dentro dele como fermento. Eis a lição que está nos dando o casal Maurício e Da. Rosária. Por aí se vê que os grupos de reflexão, com as reuniões semanais, são uma escola de treinamento dos missionários ardorosos.

57 IV - AS PALAVRAS COMOVEM, OS EXEMPLOS ARRASTAM "Para que vejam vossas boas obras..." (Mt 5,16)
CONCLUSÃO Hoje, quando se fala em presença da Igreja em determinado local, logo se fala da comunidade ou grupo que se reúne na rua tal, casa do fulano de tal. - Grande responsabilidade para os grupos de reflexão que têm a missão de dar base à comunidade eclesial! Nos grupos de reflexão bem desenvolvidos, as pessoas vão aprendendo a partir "do centro para a margem". Vão aprendendo a sair "do templo para as casas". Em reuniões de grupos de reflexão, os leigos vão descobrindo o gostinho de ser leigos maduros, livres e responsáveis pela Igreja e sua missão. Felicidades para você que é de grupo de reflexão! Que Deus abençoe a você e toda sua família! PALAVRAS DOS NOSSOS BISPOS: "Seja incentivada e reforçada a prática da leitura pessoal e orante da Bíblia conforme as orientações do Concílio e, especialmente, a prática dos “círculos bíblicos” ou das reuniões de grupo, para a leitura da Bíblia e a reflexão sobre a vida hoje, com o decorrente compromisso cristão. Também dioceses e paróquias incentivem as formas mais adequadas e acessíveis de formação bíblica, inclusive para multiplicar o número de animadores ...” - ( CNBB, Doc. 71 – ns ).


Carregar ppt "PARÓQUIA: REDE DE COMUNIDADES"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google