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Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão.

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Apresentação em tema: "Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão."— Transcrição da apresentação:

1 Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão.
Prova Roleta-Russa? Por que atualidades? Alunos sempre perguntam à professores de Atualidades, quais são os temas “quentes”, quais tem maior chance de cair na prova. Mas todos os editais sempre pedem “questões relacionadas a fatos políticos econômicos e sociais, ocorridos a partir de tal data...” Fatos econômicos, políticos e sociais... Genérico, eu diria... É complicado pensar na quantidade de fatos políticos, econômicos e sociais que acontecem a cada ano ou período estipulado pelos editais. O mundo está cada vez mais agitado, mais multipolar, com muitas nações desenvolvendo primazias ou sofrendo transformações. Mesmo no Brasil, passamos por um período conturbado e contradório, com uma intensa violência e desrespeito aos direitos humanos, escândalos de corrupção, crescimento econômico, discussões de cunho social e comportamental. Portanto, é preciso ter em mente que é preciso sempre buscar notícias e se atualizar, e esta presente apresentação de slides se mostra apenas como um lampejo que busca da melhor forma possível ensinar caminhos de estudo para uma prova que de tão vasta, é sempre um “tiro no escuro, uma roleta russa.” Os concursos públicos cada vez mais exigem profissionais que estejam conectados e interessados pelas grandes questões que assolam o século XXI. A amplitude que a Internet tomou nesse inicio de milênio, fez com que pessoas de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros tivesse acesso a um turbilhão de informações, agenciadas através do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em determinados países geraram até revoluções. Esse novo mundo virtual (que se mistura ao próprio mundo real) foi capaz de ampliar a globalização da informação. Hoje você pode, da sua casa, escutar rádios on-lines do mundo todo em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas esse mesmo mundo novo, é feito e é fruto de um mundo distorcido pelas questões do capitalismo especulativo-finaceiro-tecnológico, que tornam o mundo um lugar bastante difícil de se viver e de se entender de tantos contrastes. A prova de Atualidades – ou Conhecimentos Gerais é portanto um artifício dos órgãos públicos para tentar selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mídia, que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente as questões políticas, econômicas e sociais do mundo e de seu país.

2 A Polêmica é o combustível para o reconhecimento de um assunto atual
“Atualidades” é um aspecto dos processos seletivos que procuram avaliar a capacidade dos candidatos de acompanhar as mudanças mundiais e nacionais – em suas diferentes facetas – economia, política, cultura, mídia. Geralmente seus temas envolvem temas polêmicos, que foram temas da mídia em geral. É importante estar atento à esses temas, e procurar aprofundar as informações, que muitas vezes são retratadas de forma superficial pelos meios de comunicação.

3 A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma obra faraônica a ser construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará – em plena floresta amazônica – o lago da usina terá uma área de 516 km² (1/ da área da Amazônia Legal). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas ( MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu ( MW). Seu custo é estimado em R$ 19 bilhões (2010), ou seja R$ 1,7 milhões por MW instalado e R$ 4,3 milhões por MW efetivo. A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2015. A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. Impactos sociais O transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas. De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população atingida e pela subestimação da área diretamente afetada. Usina de Belo Monte. Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia Transamazônica. O estado de greve dos trabalhadores começou na última quinta-feira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga. Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis em seis meses.O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas, mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a manutenção de serviços essenciais como segurança, atendimento médico e alimentação aos operários alojados. A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de trabalho de Belo Monte. 

4 Farcs libertam reféns na Colômbia.
Para entender as Farc... Os 10 militares colombianos libertados hoje pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a Bogotá nesta segunda-feira, onde passarão por exames médicos. Eles eram os últimos reféns militares da guerrilha e foram resgatados por uma missão humanitária da qual o Brasil participou. As Farc me notificaram em 11 de novembro (de 2011) que iriam me libertar disse o sargento da polícia José Libardo Forero, sequestrado em 1999, à Rádio Caracol. Ao desembarcar, alguns deles traziam animais da selva. Um dos resgatados correu alguns metros envolto em uma bandeira da Colômbia. Essa operação em um único dia permitiu que dez famílias voltassem a estar juntas depois de estarem separadas por tantos anos. A agonia dessas famílias termina hoje. Isso nos dá grande satisfação — disse Jordi Raich, chefe do Comitê Internacional da delegação da Cruz Vermelha. Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os reféns foram libertados “numa zona rural entre os limites dos departamentos de Meta e Guaviare”. “Estas pessoas foram entregues a uma missão humanitária formada por membros da (ONG) Colombianas e Colombianos pela Paz e delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, acrescentou o comunicado da organização. Libertação é novo gesto das Farc A libertação dos reféns é entendida como uma nova sinalização das Farc, considerada a insurgência mais antiga da América Latina. Em fevereiro, os rebeldes haviam se comprometido a não mais realizar sequestros. A guerrilha divulgou hoje um comunicado reiterando essa decisão. Esse gesto não pode ser subestimado. O governo realmente deveria entender isso (a promessa de fim dos sequestros) como um sinal de que as Farc realmente estão interessadas no diálogo e em avançar no processo para acabar com os conflitos — diz o analista de conflito Juan Carlos Palou. Mas muitos colombianos ainda se mantêm céticos quanto à possibilidade de a guerrilha, que supostamente ainda tem 700 reféns civis, abandonar as armas após ter se aproveitado de diálogos anteriores para se fortalecer. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, exige que as Farc liberte todos os prisioneiros e deixe de fazer ataques a alvos civis e militares antes de qualquer diálogo. Ao comunicado de hoje, Santos respondeu que a medida não é suficiente. A luta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) iniciada da mobilização de camponeses comunistas liderados por Manuel Marulanda, o Tiro Certo, estende-se até os dias de hoje. Esse grupo inconformado com a penosa situação econômica e social da Colômbia decidiu, ao longo de 40 anos de luta, controlar o território sul do país, criando esferas de poder paralelo. No entanto, é importante lembrar que a Colômbia não abriga somente esse grupo guerrilheiro. Outros grupos de orientação diversa também se instalaram no território colombiano.  Atualmente, muitos criticam as FARC como sendo um grupo de ação terrorista e sustentado pelo tráfico de drogas. A natureza combatente das FARC e a disputa entre os outros grupos paramilitares e guerrilheiros do país impedem algum tipo de julgamento preciso sobre os “verdadeiros” objetivos e práticas do grupo. No entanto ficam em evidência os seqüestros, mortes e pressões diplomáticas associadas ao grupo. De fato, as diferenças dos grupos armados presentes na Colômbia demonstram a fraqueza das instituições políticas dentro do país. As FARC são desdobramentos de uma história política latino-americana onde há a falta de representatividade de suas instituições incitam certas parcelas da população, independente de sua orientação progressista ou conservadora, a pegarem em aramas e garantirem seus interesses.  Nos anos 80, a guerrilha tentou as vias representativas oficias com a criação da União Patriótica. Não obtendo grandes conquistas retornaram ao uso da guerrilha para sustentarem seu projeto revolucionário. No fim dos anos 90, durante o governo do presidente Pastrana, tentou-se uma negociação pacífica capaz de dar fim ao problema causado pelas mortes e o desgaste militar entre o Estado e os grupos armados. Em 2000, os Estados Unidos decidiram interferir na questão criando um plano de cooperação com a Colômbia. O Plano Colômbia instituiu fundo de ajuda através do qual os Estados Unidos enviaria recursos e tecnologia militar contra os guerrilheiros. Ainda assim, as FARC sobrevivem hoje às pressões que rondam o seu projeto de tomada do poder na Colômbia.

5 Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda disputam Malvinas
A campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner, para obrigar a Grã-Bretanha a entregar as Malvinas talvez alcance nesta segunda-feira (2) seu ponto máximo durante os 30 anos de aniversário da falida ocupação argentina ao arquipélago do Atlântico Sul. Cristina estava disposta a encabeçar manifestações patrióticas que ocorrerão nesta segunda e a discursar novamente exigindo que os britânicos reconheçam a soberania argentina das Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland. Os esquerdistas convocaram uma marcha até a embaixada britânica em Buenos Aires. Ganhadores do Prêmio Nobel da Paz acusaram a Grã-Bretanha de militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britânicos. No entanto, nenhuma dessas ações parecem aproximar o país latino-americano da recuperação do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por forças britânicas - que o administra há 150 anos como sua colônia e assegura que não há nada para negociar, já que as ilhas são um território autônomo britânico ultramar e determinam seu próprio destino. Grande parte dos moradores da ilha desejam continuar sob comando britânico. Sem um avanço verdadeiro, as partes têm intensificado seu discurso e endurecido suas posturas. Em s e redes sociais, os argentinos chamam os moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo "kelpers". A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaçar com seu regresso às ilhas nas últimas quatro décadas. Em 1930, o país estabeleceu um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a educação das crianças e tentava construir vínculos. A Grã Bretanha negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lançar a invasão em 2 de abril de Acreditava-se que os soldados argentinos seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que os locais queriam continuar sendo britânicos e que uma frota naval havia zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas. A junta enviou milhares de novos recrutas sem apoio logístico nem sequer com roupa suficiente para se proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com força, mas não tiveram oportunidade de vencer. As forças argentinas se renderam em 14 de junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255 britânicos. Três habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado. Na década de 1990 houve outras tentativas de construir vínculos: vários acordos para dividir os direitos de pesca e exploração petrolífera, vínculos marítimos e aéreos, entre outros. mas quase todos os acordos foram abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Néstor Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Ações deste tipo se intensificaram desde então. "Trinta anos e estamos igual, nos preocupa voltar a viver o mesmo, outra invasão. Não queremos que se repita.", disse a moradora Mary Lou Agman à agência de notícias Associated Press. Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de manifestações neste domingo com bandeiras britânicas e das Malvinas, enquanto observavam um desfile da Força de Defesa local que marchou na rua principal.

6 Aprovação das Cotas Universitárias
Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado em A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é discriminatória. As cotas raciais fazem parte de um modelo de ação afirmativa criado nos anos 1960, nos Estados Unidos. A proposta era de amenizar o impacto da desigualdade social e econômica entre negros e brancos. Hoje, apesar da reserva de vagas ser considerada ilegal nos Estados Unidos, as universidades americanas usam as ações afirmativas para selecionar alunos negros e hispânicos com potencial.No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo.Para concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições, passar por entrevistas.O problema é que, em uma sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido ocorreu em Dois irmãos gêmeos univitelinos (idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveram-se como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma entrevista, somente um deles foi considerado negro e conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a pressão fez a universidade rever a decisão.   O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira. O resultado do julgamento sanciona a prática, adotada por instituições públicas de ensino superior, de manter reservas de vagas para estudantes negros, pardos e índios. O objetivo é corrigir injustiças históricas provocadas pela escravidão na sociedade brasileira. Um dos efeitos desse passado escravocrata é o fato de negros e índios terem menos oportunidades de acesso à educação superior e ao mercado de trabalho. Brasileiros brancos têm, em média, dois anos a mais de escolaridade do que negros e pardos, de acordo com dados de Foi esse argumento – de que o sistema de cotas é uma forma de combater a herança escravagista do século 19 – que prevaleceu entre os ministros do Supremo, cuja decisão foi unânime. Aprovação das Cotas Universitárias

7 Portal da Transparência.
O "Portal da Transparência" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salários dos servidores do Executivo federal. A publicidade da remuneração de funcionários públicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de regulamentação da Lei de Acesso à Informação, editado em 16 de maio . A nova legislação tem como objetivo ampliar o acesso da população a informações públicas. Os salários dos militares das Forças Armadas ainda não foram incluídos no portal. De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salário bruto de R$ ,13 no mês de maio. Com as deduções por conta dos impostos, o valor líquido chegou a R$ ,49. Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgação dos salários dos servidores federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o prazo para incluir essas informações expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site na seção "Servidores". O cidadão pode consultar os salários pelo nome ou CPF do servidor, por órgão ou função. Além do vencimento básico, serão divulgadas remunerações eventuais, como férias e gratificação natalina e deduções obrigatórias. Além disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve dinheiro à União por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui jetons (gratificações extraordinárias). O site não vai divulgar descontos de caráter pessoal, como pensões e empréstimos consignados. Por enquanto, não serão exibidas informações sobre verbas indenizatórias, tais como auxílios alimentação, transporte e creche, ajudas de custo ou diárias de viagens. De acordo com a CGU, essas informações têm até 30 de agosto para serem publicadas. Portal da Transparência.

8 Outras Notícias – Abril de 2012
2 de Abril Atirador mata 7 e deixa 3 feridos em universidade nos Estados Unidos. 4 de Abril Na Somália, atentado à bomba mata 10 pessoas, entre as vítimas o Presidente da Federação de Futebol Said Mohamed e o Presidente do Comitê Olímpico da Somália Aden Yabarow. 11 de Abril Terremoto de magnitude 7.0 na escala richter atinge a costa oeste do México. No Peru, operários de uma mina presos a 6 dias, são resgastados. Terremoto de magnitude 8.6 na escala richter atinge a costa de Sumatra na Indonésia.[ 12 de Abril Na Coreia do Norte, lançamento de foguete que levaria satélite meteorológico ao espaço sofre falha e cai no Mar Amarelo um minuto após o lançamento. 14 de Abril Centenário do Santos Futebol Clube. 17 de Abril Terremoto de magnitude 6.5 na escala Richter atinge região central do Chile. 19 de Abril Índia testa seu primeiro míssil nuclear de longo alcance, o Agni V, cujo o lançamento foi realizado a partir da Ilha Wheeler na costa leste do país.[48] 20 de Abril No Paquistão, avião com pelo menos 126 pessoas cai antes de pousar no aeroporto internacional Benazir Bhutto emRawalpindi.

9 França elege socialista François Hollande
Maio de 2012 O socialista François Hollande foi eleito presidente da França neste domingo ao derrotar o atual chefe de Estado, o conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições francesas. Hollande se converte assim no segundo presidente socialista da V República Francesa, fundada pelo general Charles De Gaulle em 1958, depois de François Mitterrand, chefe de Estado de 1981 a Esquerda volta ao poder na França O socialista François Hollande foi eleito presidente da França neste domingo ao derrotar o atual chefe de Estado, o conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições francesas. Esquerda toma as ruas da França para celebrar vitória de Hollande Os simpatizantes da esquerda na Françatomaram as ruas do país neste domingo para comemorar a vitória do socialista François Hollande nas eleições presidenciais contra o conservador Nicolas Sarkozy em uma demonstração de júbilo que teve seu auge na simbólica Praça da Bastilha de Paris. Pesquisa aponta vitória da esquerda francesa também nas legislativasA esquerda francesa alcançará a vitória na primeira rodada das eleições legislativas de junho com 46% das intenções de voto, oito pontos a mais que em 2007, aponta uma pesquisa do Instituto BVA divulgada neste domingo. Hollande afirmou que sua vitória marca o início de "um movimento que se ergue em toda a Europa" e pelo mundo em busca dos valores de esquerda. "Vamos nos lembrar, pelo resto de nossas vidas, deste grande encontro aqui na Bastilha, que irá inspirar outros povos, de toda a Europa, para a mudança que se anuncia". "Em todas as capitais, além dos chefes de Estado e de Governo, há pessoas que graças a nós têm esperança, nos olham e querem terminar com a austeridade“.Há 31 anos, a esquerda ocupou a Bastilha para celebrar a vitória de Mitterrand, presidente da França de 1981 a Em seu primeiro discurso como presidente eleito, na cidade de Tulle (centro), Hollande disse que está "ciente de que toda a Europa nos observa (...) e de que em diversos países europeus há um sentimento de alívio e de esperança, de que, por fim, a austeridade não deve ser mais uma fatalidade“."Neste 6 de maio, os franceses escolheram a mudança para me levar à presidência da República" e estou "orgulhoso por ter sido capaz de devolver esta esperança". "Prometo ser o presidente de todos".

10 Após uma crise iniciada no setor bancário e imobiliário Norte-Americano em 2008 (a crise dos sub-primes), vários bancos quebraram, gerando um sequência em massa de fechamento de grandes empresas e bancos. A Europa, com a zona do Euro instituída também foi afetada pela Crise, e os Estados deixam de lado a teoria Neo-liberal e passam a socorrer os banqueiros e outros grandes investidores do setor financeiro e industrial. Tal dinheiro estatal injetado na iniciativa privada, viria por diminuir a capacidade de investimento estatais no setor público europeu e americano, afetando principalmente países menos industrializados da zona do Euro como Irlanda, Grécia, Portugal, que possuem um grande endividamento público e pouca capacidade de inovação produtiva. Todo esse contexto vem criando um ciclo recessivo que ameaça a zona do Euro, bem como a organização do Capitalismo Financeiro atual. Crise Econômica no Capitalismo Central – A Crise Americana e a Crise do Euro.

11 Crise do Euro – Origens e Consequências.
 UE (União Europeia) aprovou, no dia 9 de maio de 2010, um fundo emergencial de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) para salvar a Grécia de uma crise fiscal que ameaçava colocar a Europa em nova crise econômica.  A Grécia gastou muito além do que seu orçamento permitia nos últimos anos. Para pagar as contas, o Estado contraiu empréstimos com instituições bancárias. E, para piorar a situação, a crise de 2008 provocou desemprego e queda de receitas.  Com o objetivo de equilibrar as contas, o governo anunciou um pacote que congela salários e aumenta impostos. Foi o que causou violentas manifestações em Atenas, que deixaram três mortos no dia 5 de maio.  O que tornou inevitável a ajuda para resgatar a economia grega foi o risco de que a crise se espalhasse pela Europa, afetando, principalmente, países em situações fiscais semelhantes, como Irlanda, Espanha e Portugal. Para entender melhor... Veja a seguir alguns pontos para entender a crise que afeta a Europa e os “Piigs” – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia + Espanha. Portugal  enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma economia em contração . O recém empossado primeiro-ministro Pedro Passos Coelho terá que implantar reformas fiscais e sociais amplas e urgentes, incluindo mais medidas de austeridade para restaurar a saúde fiscal do país e encorajar o crescimento econômico. Os termos do acordo de ajuda financeira acertado com a União Europeia e credores incluem aumento dos impostos, congelamento de aposentadorias e cortes nos benefícios dos funcionários. O novo governo terá que implementar o pacote econômico que prevê uma ajuda financeira de 78 bilhões de euros ao país. Diferentemente de outros países, não houve qualquer estouro de bolha em Portugal. O que houve foi um processo gradual de perda de competitividade, com o aumento dos salários e redução das tarifas de exportações de baixo valor da Ásia para a Europa. Com o baixo crescimento econômico, o governo tem tido dificuldade para obter a arrecadação necessária para arcar com os gastos públicos crescentes, em parte por causa de uma sucessão de projetos, incluindo melhorias no setor de transportes, com o objetivo de aumentar a competitividade portuguesa. Quando estourou a crise financeira global, em setembro de 2008, Portugal passou a enfrentar problemas com sua dívida pública, que ficou cada vez mais difícil de ser financiada. Crise do Euro – Origens e Consequências.

12 Italia e Irlanda – crise do Euro.
Itália O agravamento da situação da economia italiana tem colocado em dúvida as soluções propostas até agora pela União Europeia para a crise. A Itália possui uma dívida de 1,9 trilhão de euros, muito maior que a de Grécia, Irlanda e Portugal juntos. A quebra da Itália , terceira maior economia do bloco, que representa cerca de 20% da União Europeia, poderia abalar seriamente a estrutura do euro. Para blindar a Itália, os líderes europeus decidiram em outubro ampliar o Fundo de Estabilidade Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, mediante um mecanismo que estimule a compra da dívida dos países mais frágeis, oferecendo uma garantia de 20% sobre perdas eventuais. Diante da gravidade da situação, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou em 13 de novembro o economista e ex-comissário da União Europeia Mario Monti como primeiro-ministro do país, em substituição a Silvio Berlusconi , que ocupou o cargo por cerca de dez anos, e passava por uma crise de credibilidade após se envolver em sucessivos escândalos, além de ter seu nome associado em denúncias de corrupção. Monti te como função principal implementar o plano de austeridade aprovado em 12 de novembro pelo parlamento italiano. O pacote contém medidas duras para cortar 59,8 bilhões de euros e equilibrar o orçamento do país até 2014. Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%, congelamento dos salários de servidores até 2014, aumento da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026, maior rigidez na aplicação das leis contra evasão fiscal, além de um imposto especial para o setor de energia. Irlanda A República da Irlanda foi uma das maiores casos de sucesso recente na Europa, nos anos pré-crise. Tanto que devido a esse fato o país foi apelidado de "Tigre Celta". Mas esse crescimento econômico era dependente de uma frágil bolha imobiliária que ruiu em O país foi do boom ao desastre financeiro em um período de apenas três anos. O preço dos imóveis caiu rapidamente cerca de 60% e os empréstimos de risco, concedidos principalmente para as construtoras, se acumularam nas carteiras dos principais bancos. Para ajudar as principais instituições financeiras e evitar um colapso em todo o sistema foi necessário um aporte emergencial de 45 bilhões de euros, mais de R$ 100 bilhões, o que aprofundou ainda mais o já elevado déficit no orçamento do governo irlandês.As finanças do país também estão sendo afetadas pela queda na arrecadação de impostos. À medida que a economia se retrai, cresce o desemprego e aumentam os temores de que o país esteja à beira de uma volta à recessão. O país já adotou uma série de programas de austeridade desde o início da crise da dívida, mas o governo terá de fazer muito mais nos próximos anos para cumprir as difíceis metas estabelecidas pela União Europeia (UE), pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), que são credores do país.Em 7 de novembro, a União Europeia fez uma emissão de bônus dez anos no valor de 3 bilhões de euros destinados ao programa de assistência financeira à Irlanda. A operação foi realizada por meio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), com vencimento dos títulos em 4 de fevereiro de e rentabilidade de 3,6%. Italia e Irlanda – crise do Euro.

13 Grécia e Espanha – Crise do Euro.
Pessoas procurando vagas em agência de empregos na Espanha: desemprego recorde. Com a taxa de desemprego mais alta entre os países industrializadas (22% da população ativa), ameaça de resgate financeiro e risco crescente de recessão, a Espanha vive sua pior crise em mais de quatro décadas. A fragilidade econômica vem causando umarápida mudança social na Espanha, empurrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo economicamente. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de um em cada cinco espanhóis, (21% da população), ou cerca de 10 milhões de pessoas, era classificado como pobre em julho, e analistas estimam que este índice chegue a 22% até o fim do ano. Em 1991, o índice era de 14%. Uma em cada quatro famílias no país não tem dinheiro suficiente para saldar as dívidas no fim de cada mês. Essas estatísticas recentes contrastam com o perfil de um país que até seis anos atrás criava cerca de 500 mil empregos por ano e que em uma década de crescimento contínuo importou 5 milhões de imigrantes. Algumas medidas para tentar ajustar o país ao momento de baixo crescimento como congelamento de pensões, aumento na idade de aposentadoria, que passou dos 65 para 67 anos, corte de 5% nos salários do funcionalismo, aumento de impostos, entre outras, foram decretadas nos últimos meses. Mas essas decisões acabaram com a popularidade dos políticos socialistas, que chegaram ao poder em 2004, num momento de expansão econômica impulsionada pelo que, no futuro, se transformaria em uma bolha imobiliária. A forte expansão do setor da construção na Espanha fez com que o PIB do país crescesse mais de 60% nos últimos 15 anos. Entre 1994 e 2007, os imóveis tiveram uma valorização de mais 170%. Após a realização de eleições parlamentares em 20 de novembro e sob o comando do novo primeiro-ministro Mariano Rajoy , de perfil conservador, a Espanha deve ter pela frente períodos de mais ajustes fiscais, com cortes de gastos do governo e crescimento mais lento. A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial. 1 - Por que a Grécia está nessa situação? A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008. 2 - O que a Grécia está fazendo para reverter a crise? O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado. 3 - Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas? Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida. 4 - A crise na Grécia pode se espalhar? Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal. Grécia e Espanha – Crise do Euro.

14 Outras Notícias de abril/maio de 2012
Aprovação pessoal de Dilma sobe e atinge 77%, aponta Ibope: Margem de erro é dois pontos percentuais; CNI encomendou pesquisa. Ficou estável em 56% o índice dos que consideram governo ótimo ou bom. Brasil não possui novas vagas para internação de jovens infratores: Dado foi divulgado nesta terça-feira (10) pelo CNJ. Ceará tem maior taxa de ocupação de estabelecimentos no país, com 221%. Supremo decide por 8 a 2 que aborto de feto sem cérebro não é crime: Com a decisão, STF libera a interrupção de gravidez de feto anencéfalo. Lei criminaliza aborto, com exceção dos casos de estupro e risco para mãe. Morre aos 66 anos, o antropólogo Gilberto Velho: Ele era membro da Academia Brasileira de Ciências. Brasileiros fazem protestos contra a corrupção pelo país: Manifestantes marcham contra supersalários, foro privilegiado e ficha suja. Em São Paulo, polícia entrou em confronto com os participantes do protesto. Cachoeira e Delta são depoimentos mais pedidos por membros da CPI: Bicheiro e ex-dirigentes da empresa lideram requerimentos de convocação. CPI se reúne e deve votar 168 requerimentos protocolados. Maio Dilma sanciona lei que cria novo fundo de previdência do servidor: Mudança no sistema de aposentadoria vale apenas para novos servidores. Congresso Nacional concluiu votação do Funpresp no fim de março. Para baixar juros, governo muda rendimento da poupança: Desde 1861, a poupança rende, pelo menos, 6% ao ano, segundo Caixa. Com alteração da regra, esse 'piso' pode ser rompido nos próximos meses. Marcha da Maconha termina em confusão com PMs em Ipanema: Segundo polícia, manifestantes quebraram vidro de viatura do Choque. Agentes revidaram com gás de efeito moral. Governo reduz IPI de carros e tributo sobre operações de crédito: Objetivo é reduzir preço dos carros em aproximadamente 10%, diz Mantega. Segundo ele, custo total das desonerações é de R$ 2,1 bilhões em 3 meses.

15 Outras notícias – Maio de 2012
15 de Maio O Ex-Ministro do Interior da Colômbia, Fernando Londoño, sofre um atentado a bomba que deixa 2 pessoas mortas em Bogotá. 20 de Maio Terremoto de magnitude 6.2 na escala Richter atinge o nordeste do Japão. Terremoto de magnitude 5.9 na escala Richter atinge o norte da Itália. Abdelbaset Ali Mohmed Al Megrahi, o único condenado pelo atentando terrorista de Lockerbie na Escócia que matou 270 pessoas, morre aos 59 anos. 21 de Maio Terremoto de magnitude 5.8 na escala Richter atinge a Bulgária. 23 e 24 de Maio Eleições presidenciais no Egito. 25 de Maio Início Rock in Rio Lisboa V. 28 de Maio Terremoto de magnitude 6.7 na escala richter atinge o norte da Argentina. 30 de Maio Ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, é condenado a 50 anos de prisão por ter cometido crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a 1° guerra civil do país que durou de 1989 a 1996. Asteroide '2012 KT42' passa a 14 mil quilômetros da Terra. 31 de Maio Egito suspende estado de emergência instaurado em 1981 após o assassinato do ex-presidente Anwar al-Sadat por radicais islâmicos. Bolívia nacionaliza empresa de eletricidade com capital espanhol Morales determinou ocupação da Transportadora de Eletricidade. Empresa é gerida por filial do grupo Rede Elétrica Espanhola.

16 Rio+20 e a Cúpula dos Povos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começou no último dia 13 de junho no Rio de Janeiro. O evento, que acontece até o dia 22 de junho, reúne líderes mundiais para discutir medidas que promovam o progresso aliado à preservação do meio ambiente nas próximas décadas. O evento marca os 20 anos da realização da Rio-92 (ou Eco-92). Os dois principais temas em debate são: economia verde e cooperação global. Economia verde é um modelo de crescimento econômico baseado na baixa emissão de carbono e no uso inteligente dos recursos naturais. Isso depende, por sua vez, de uma organização entre os países para garantir que os protocolos sejam seguidos por todos os governos. O desafio da conferência é fazer com que países como Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, convirjam em seus interesses para assumir os compromissos estabelecidos pela cúpula. Um documento com as metas a serem atingidas nas próximas décadas deve ser divulgado ao final do evento Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida.  Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.  A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos Rio+20 e a Cúpula dos Povos.

17 A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva criticou nesta quarta-feira (20) o acordo firmado entre os 193 países que participam da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Segundo ela, o documento proposto pelo Brasil e aceito pelos outros países privilegiou apenas a economia, e não a sustentabilidade. "A crise econômica está sendo privilegiada [na negociação]. O documento é uma pá de cal na Rio+20", disse, em rápida entrevista concedida no fim da tarde, no Riocentro, onde ocorre o Segmento de Alto Nível da conferência, com chefes de Estado e governo dos países participantes. Em entrevistas anteriores, a ex-ministra havia usado a mesma expressão para dizer que a Rio+20 era uma "pá de cal na Rio92“."O erro não é colocar 100 bilhões no FMI, é não colocar 100 bi em um fundo ambiental. Venceu a tese norte-americana. Prevaleceu a tese de que esforços são bilaterais. Que cada país tem que fazer as suas ações. Há um consenso de que o documento não é satisfatório", disse. Reação das ONGs Assim como Marina, organizações não-governamentais (ONGs), descontentes com os resultados da Rio+20 até agora, querem que a expressão "com plena participação da sociedade civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento-base da conferência. "As ONGs não apoiam esse texto de maneira nenhuma", disse Wael Hmaidan, da Climate Action Network International, que discursou em nome do chamado "major group" de organizações sociais na abertura da sessão de alto nível da conferência, na manhã desta quarta. Segundo Hmaidan, o documento aprovado pela diplomacia, intitulado "O Futuro que Queremos", está "totalmente fora de contato com a realidade". "Exigimos que as palavras 'com plena participação da sociedade civil' sejam removidas do texto", disse Hmaidan, para uma audiência que incluía vários ministros, presidentes e outros chefes de Estado. Uma petição online, até agora assinada por mais de 35 ONGs (incluindo duas brasileiras: Vitae Civilis e Idec), critica o processo de negociação da ONU e pede mais participação da sociedade civil nas decisões. A frase que as ONGs querem alterar é o primeiro parágrafo do documento que descreverá os resultados da Rio+20, se aprovado formalmente pelos chefes de Estado ao final da conferência, nesta sexta-feira. O trecho diz: "Nós, chefes de Estado e de governos e representantes de alto escalão, tendo nos reunido no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012, com plena participação da sociedade civil, renovamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com assegurar a promoção de um futuro economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável para o nosso planeta e para as gerações presentes e futuras". Manifestação nas ruas Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta, em protesto coletivo realizado em função da Rio+20. Segundo estimativa da Polícia Militar divulgada às 18h30, cerca de 20 mil pessoas acompanhavam a passeata.Carros de som, bandeiras, faixas, artistas e até uma escola de samba apoiavam as mais variadas causas, em um clima pacífico. Segundo o Centro de Operações Rio, devido aos protestos, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas chegou a ter duas faixas interditadas, mas, às 16h35, foi liberada. Ativistas de meio ambiente, trabalhadores rurais e urbanos, estudantes, professores e índios desfilavam pela avenida separados por espécies de alas, um grupo na frente do outro, lembrando, do alto, os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí. Alguns cantavam em coro (com direito a coreografia), outros apitavam de cara pintada e líderes de movimentos comandavam os seus companheiros de ideais ao microfone.

18 Família real britânica comemora 60 anos do reinado de Elizabeth II
Procissão pelo rio Tâmisa custou mais de R$ 30 milhões; ingleses protestam Junho de 2012 A procissão de mil barcos que atravessaram o rio Tâmisa, neste domingo, emocionou ingleses que acompanham as comemorações dos 60 anos do reinado da rainha Elizabeth II. O jubileu de diamantes só havia sido comemorado antes pela rainha Victoria - que reinou de 1837 até sua morte, em Milhões de britânicos acompanham pela TV as comemorações, enquanto outros preferem organizar festas de rua em comemoração ao jubileu Vestindo trajes claros, Elizabeth II participa das comemorações deste domingo acompanhada de seu marido, o duque de Edimburgo, além dos príncipes Harry, William e Kate Midletton. A família viajará da Ponte Albert, no oeste do rio, até a Tower Bridge, no leste, a bordo de uma luxuosa embarcação real decorada com 10 mil flores. Desde a época dos romanos, o rio Tâmisa é parte crucial da história britânica. Na época, era comum procissões por suas águas serem usadas em demonstrações de poder de monarcas. Despesas e impostos Apesar da maioria da população inglesa respeitar e admirar a família britânica, o momento da travessia deve receber um grupo de manifestantes que protesta contra as despesas contraídas na comemoração do jubileu. A cifra de custo da procissão deve chegar a R$ 30 milhões. O valor é financiado por doações privadas, no entanto, os custos com segurança recaem sobre impostos pagos pelos britânicos.

19 Comissão da Verdade A Comissão da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o período da ditadura militar, enfrenta obstáculos para realizar, com êxito, a apuração dos casos. Atualmente, recebe críticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formará o grupo. O projeto, aprovado pela Câmara no último mês e que, atualmente, aguarda votação no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comissão, indicados pela presidente da república, além de 14 assessores.  No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de “comissão da Meia-Verdade” serão insuficientes para o volume de tarefas e responsabilidade previstas para essa comissão, visto que o trabalho consiste no acesso a documentos sigilosos, convocação de pessoas para prestar depoimentos e a determinação de perícias e diligências. Como argumento, eles afirmam que, no Uruguai, por exemplo, comissão formada para a execução de um trabalho semelhante, contava com a cerca de 200 membros.  Além disso, afirmam o quanto será difícil que essas 21 pessoas consigam investigar as minúcias de todas as violações do período estabelecido. Diante disso, o governo lançou, também no último mês, uma medida cujo objetivo é agregar acadêmicos e pesquisadores à Comissão da Verdade, visando, assim, suprir o déficit humano do projeto. A medida busca a inclusão de universidades, movimentos sociais e ONGs que sejam ligadas à área dos direitos humanos.  A intenção do trabalho da Comissão da Verdade é formidável, mas, para obter resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padrão, na quantidade e, principalmente, na qualidade. O orçamento destinado à execução desse trabalho deve estar, portanto, à altura da importância dessas investigações para a história brasileira. Deve ser realizada uma apuração impecável e, para isso, é necessário que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da sociedade. 

20 Diminuição das Taxas de Juros e Plano Brasil Maior.
Como parte da nova política industrial do governo Dilma, chamada de "Plano Brasil Maior", que está sendo lançada nesta terça- feira em Brasília, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma série de medidas "que permitirão maior agilidade na concessão de financiamentos e redução de custos do investimento", segundo divulgação no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Indústria, sindicatos e comércio consideram redução da taxa de juros positiva São Paulo – Sindicatos e entidades que representam a indústria e o comércio aprovaram a redução da taxa básica de juros para 7,5% ao ano, anunciada hoje (29) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), porém, apontaram medidas que poderiam ajudar a impulsionar a economia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que a redução da taxa de juros é uma medida correta, mas insuficiente para garantir a retomada mais forte do crescimento econômico. Ele defende a redução do custo do gás e energia elétrica, a diminuição e simplificação da carga tributária e burocracia, manutenção do câmbio em patamares acima de R$ 2 e melhoria das condições de infraestrutura do país. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo declarou que o barateamento do crédito torna mais fácil a entrada do Brasil em um novo ciclo de recuperação econômica, gera mais empregos e torna mais fácil a negociação por melhores condições de trabalho e salários. “O governo deve continuar a praticar esta política de redução da Taxa Selic”, informou o sindicato. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a redução dos juros precisa também se refletir nos juros dos bancos. “Essa tendência consistente de queda nos últimos meses precisa ser acompanhada por drástico corte dos juros praticados pelos bancos no crédito a pessoas físicas e jurídicas”. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) considerou acertada a decisão do Banco Central. A entidade acredita que os juros mais baixos possibilitam que mais pessoas físicas e jurídicas adquiram financiamento, estimulando a produção e o consumo interno.  

21 Outras Notícias de Junho de 2012
Caixa reduz juros e amplia prazo de financiamento de imóveis: Prazo passa de 30 para 35 anos em operações com recursos de poupança. Anúncio foi feito nesta terça-feira (5) em Brasília. Percentual de cheques sem fundos é o maior desde 2009, diz SCPC: Em maio, 2,15% dos cheques emitidos foram devolvidos por falta de fundos. Indicador vem seguindo tendência de alta desde outubro de 2010. Morre aos 67 anos o cineasta Carlos Reichenbach: Segundo assessoria de imprensa, diretor morreu nesta quinta (14) à tarde. Ele foi um dos principais expoentes do cinema da Boca do Lixo, em SP. Sem sinal de câncer, Lula recebe alta de hospital em São Paulo: Ex-presidente da República havia se internado na tarde desta quarta (13). Exame revelou 'ausência de neoplasia (câncer)', diz comunicado. Governo anuncia programa de compras de R$ 8,4 bilhões: Objetivo, novamente, é tentar estimular o crescimento da economia. Mercado financeiro já acredita que expansão será de 2,18% neste ano. Supremo Tribunal Federal divulga salário de seus magistrados: Os onze ministros da Corte têm subsídio de R$ ,13. Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE: Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo. Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas

22 Outras notícias – Junho de 2012
2 de junho Hosni Mubarak, ex-presidente e ditador do Egito por 29 anos, é condenado a prisão perpétua pela morte de manisfestantes durante o protesto que resultou em sua renúncia. Terremoto de magnitude 5.8 na escala Richter atinge a região de Salta no noroeste da Argentina. Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II que marca o 60.º aniversário da sua ascensão ao trono do Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia 6 de junho Terremoto de magnitude 5.9 na escala richter atinge Taiwan. 24 de Junho Mohamed Morsi é eleito presidente do Egito e é o primeiro chefe de estado eleito democraticamente na história do país. Morre o último exemplar conhecido de tartaruga gigante de galápagos.

23 Cúpula do Mercosul aceita Venezuela como membro.
Julho de 2012 A reunião da Cúpula do Mercosul se reuniu em Brasília (sem a presença do Paraguai, suspenso desde o golpe sobre Fernando Lugo) e oficializou a entrada da Venezuela no bloco sulamericano. A produção petrolífera venezuelana, o governo de esquerda e o crescimento da economia venezuelana são os principais motivos da entrada do país no bloco. Com a adesão da Venezuela, o PIB do Mercosul será responsável por 83,2% de toda a América do Sul e sua população atingirá 270 milhões de pessoas (70% do continente). A alta demanda por alimentos e bens da Venezuela, que importa muito mais do que produz, aumenta as opções de comércio com o Brasil e a Argentina, principais fornecedores mundiais de alimentos. Em 2011, o comércio entre Venezuela, Brasil e Argentina foi favorável para os dois últimos países com excedentes de 3,325 milhões dólares e 1,847 milhão, respectivamente.  O Uruguai e o Paraguai registraram um déficit da balança comercial, principalmente devido à importação de petróleo. Caracas vai se tornar oficialmente membro permanente do Mercosul em 12 de agosto. O país terá até 2016 para cumprir com as regras comerciais do Mercosul, incluindo as normas, a nomenclatura e a Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco, além do reajuste tarifário para o comércio entre os parceiros e os acordos internacionais. No entanto, o Brasil espera que até janeiro de 2013 a Venezuela inicie este reajuste tarifário para o comércio interbloco.

24 Golpe de Estado no Paraguai
Partidos de esquerda, movimentos sociais, campesinos, agrários e indígenas, além de centrais sindicais e de trabalhadores rurais formaram neste sábado (24) a Frente pela Defesa da Democracia no Paraguai, segundo a representante da Coordenadoria de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri) Magui Valbuena. “A frente foi formada em uma reunião nesta manhã na sede da Central Nacional dos Trabalhadores, em Assunção. Estamos unindo todos os movimentos sindicais e de esquerda para lutar contra o novo governo. Fizemos uma reflexão sobre a situação de intensa agitação política e instabilidade que ocorreu no nosso país nos últimos dias e decidimos tomar uma posição pela defesa da democracia”, disse Magui “O novo governo é golpista e não o reconhecemos. Estamos declarando nossa resistência e nos articulando em todos os departamentos para realizar ações contra o que ocorreu”, explicou Segundo Magui, o processo que derrubou Lugoifoi “inconstitucional”. “Cremos que teremos repressões aos grupos socais pela frente e que perderemos todas as garantias de direitos humanos que o Lugo nos dava”, afirmou. 'Ditadura de ricos' A mesma opinião tem Pablo Ojeda, diretor do Movimento Campesino Paraguaio (MCP). “Houve um golpe de estado que atenta contra um espaço democrático que vínhamos conquistando”, disse Ojeda.“Aqui no Paraguai há uma ditadura dos ricos. Sempre os ricos. E o que aconteceu agora é um retrocesso da democracia.” Para a frente, o governo de Federico Franco é ligado aos ruralistas e não irá realizar as reformas agrárias e socais prometidas por Lugo. “Sabemos que ele (Federico) é identificado claramente com as empresas multinacionais e os grandes produtores no país. Ele vai sufocar o desenvolvimento da consciência social que temos. Há muito perigo pela frente”, acredita Magui. Ojeda complementa: “A família Franco não tem muitas terras, mas seus aliados, seus camaradas, por exemplos os milionários que estão no parlamento, têm muito. Eles que promoveram golpe de estado a Lugo”. A liderança da Conamuri disse que o período ainda é de articulação e que vários tipos de manifestações serão feitas pela Frente pela Defesa da Democracia, mas não soube dizer quando começariam os protestos. Para o diretor do MCP, o novo presidente “vai enfrentar uma dura batalha contra os companheiros do campo”.

25 Crise Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra ele foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável". O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista. A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo. Na tarde de sexta-feira, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo. Em discurso, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado. Ele pediu que seus partidários façam manifestações pacíficas e que "o sangue dos justos" não seja mais uma vez derramado no país. Brasiguaios Na estrada de terra que cruza as prósperas plantações de soja e milho de fazendeiros brasileiros em Ñacunday, no sudeste doParaguai, a monotonia da paisagem é bruscamente alterada por um gigantesco acampamento no alto de um morro, de onde emanam torres de fumaça. Lá, numa área reclamada pelo catarinense Tranquilo Favero, conhecido no país como 'o rei da soja', famílias de trabalhadores sem-terra se instalaram em barracas há oito meses para pressionar o governo a lhes conceder porções de terra na região. À entrada do acampamento, um sinal de que a convivência entre o grupo e o produtor de soja não anda muito boa: preso a uma forca, um boneco teve o nome Favero estampado em seu peito. Abaixo da inscrição, um recado ao fazendeiro: 'vai morrer assim‘. A tensão entre sem-terra e 'brasiguaios' (como são chamados os cerca de 350 mil brasileiros e seus descendentes que começaram a migrar para o Paraguai em busca de terras baratas nos anos 60) alcança seu ápice em Ñacunday e explica por que a maioria da comunidade apoiou o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira. No Paraguai, 80% das terras cultiváveis estão nas mãos de apenas 2% dos proprietários, segundo dados oficiais. "A história relata que, após a Grande Guerra (como o conflito é conhecido no Paraguai), a ruína foi tal que governos posteriores, como o de Bernardino Caballero, venderam terras para financiar o Estado", explicou à AFP Magdalena Fleytas, responsável pela gestão de um assentamento rural do Estado em San Pedro, cerca de 350 km ao nordeste de Assunção.No entanto, Fleytas afirmou que essas vendas de terra foram, na realidade, distorcidas em favor dos grandes fazendeiros que começaram a crescer na região."Muitas dessas grandes extensões ainda hoje estão nas mãos das mesmas famílias“. O Paraguai está suspenso do Mercosul. A decisão foi anunciada neste domingo (24) à noite pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A medida é um protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros – o Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. Os nove governos condenam de forma veemente a maneira como ocorreu o impeachment do presidente Fernando Lugo no último dia 22.

26 Crise na Síria. Julho de 2012 O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição, pediu uma reunião "urgente" do Conselho de Segurança da ONU para impedir o massacre de civis que o regime pretende cometer, segundo a organização, em Aleppo. Em um comunicado, o CNS afirma que "o regime sírio se prepara para cometer massacres" em Aleppo e pediu ao Conselho de Segurança que adote "as medidas necessárias para proteger os civis". Os combates foram retomados neste domingo (29) em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde os rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad permanecem entrincheirados em alguns bairros, em uma tentativa de resistir à ofensiva do exército. Pelo menos quatro pessoas morreram na Síria neste domingo, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No sábado (28), 168 pessoas morreram: 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados. Os opositores tentaram tomar o controle de uma delegacia no bairro de Salhin, localizada em um cruzamento estratégico, que teria permitido unir Salahedin ao bairro de Sahur, também sob controle insurgente, para unir suas forças. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sábado após o ataque das tropas sírias contra os bairros rebeldes desta cidade de 2,5 milhões de habitantes e considerada vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de helicópteros, as áreas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exército iniciou a ofensiva depois de receber reforços. Resto do país Os confrontos prosseguem em outros pontos do país. Na cidade de Homs, perto do quartel-general da polícia, um rebelde morreu, segundo o OSDH. Na localidade de Irbin, na região de Damasco, um civil foi morto a tiros. Dois civis morreram em confrontos em Idleb (noroeste). Segundo o OSDH, pelo menos 20 mil pessoas, incluindo 14 mil civis, morreram na Síria desde o início dos protestos contra o regime de Assad, em março de No sábado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição, pediu aos países "irmãos" e "amigos" que forneçam armas aos membros do Exército Sírio Livre (ESL), formado por desertores e civis.

27 Desde o início dos protestos antigoverno, em março de 2011, o regime sírio vem lançando uma ofensiva contra opositores que, segundo a ONU, já deixou mais de 9 mil mortos no país.Já o governo sírio divulgou em fevereiro sua própria estimativa de vítimas: 3.838, das quais eram civis e membros das forças de segurança. O que os opositores querem? Os protestos começaram pedindo mais democracia e liberdades individuais. Porém, quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes desarmados, a oposição passou a exigir a queda de Assad.O presidente se recusou a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Entre elas estão o fim do estado de emergência, que durou 48 anos, e uma nova constituição, que prevê a realização de eleições multipartidárias. Há uma oposição organizada? Depois que as manifestações se espalharam por todo o país, opositores e partidos políticos clandestinos formaram a frente antigoverno Conselho Nacional Sírio (CNS), de maioria sunita e apoiada pela Irmandade Muçulmana e que opera fora da Síria. Um segundo grupo, o Comitê de Coordenação Nacional, que age de dentro do país, foi formado por opositores que temem a orientação islâmica do CNS. Já a oposição armada ao regime é composta por militares desertores que se organizaram no Exército Livre da Síria, que coordena ataques contra as forças de segurança do regime a partir da Turquia. O que a comunidade internacional está fazendo? A Liga Árabe inicialmente se manteve em silêncio sobre a crise, mas em novembro de 2011 impôs sanções econômicas à Síria após o país não permitir a entrada de observadores no país. Os observadores foram autorizados um mês depois, mas não conseguiram frear a violência.Duas tentativas da comunidade internacional de aprovar resoluções contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU foram vetadas pela Rússia, que tem fortes laços econômicos e militares com o regime de Assad. No último mês de março, a Liga Árabe e a ONU nomearam o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan como enviado para negociar um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes. É um conflito sectário? O regime de Assad concentrou poder econômico, político e militar nas mãos da comunidade alauíta (10% da população). A maioria sunita (74%) se viu excluída e passou a acusar o governo de corrupção e nepotismo. Os protestos antiregime mais intensos vêm ocorrendo sistematicamente em cidades e áreas totalmente sunitas, onde praticamente não há alauítas ou cristãos.

28 Rio de Janeiro é eleito Patrimônio Cultural da Humanidade
Este domingo (1º) é um dia histórico para o Brasil. Esta é a data em que a cidade do Rio de Janeiro tornou- se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em São Petersburgo, na Rússia. As informações são do Iphan. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial. A votação estava prevista para acontecer no sábado (30), mas foi adiada para este domingo (1º). O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, se pronunciou logo após o anúncio da Unesco. Para ele, o título foi merecido: "A cidade que é um orgulho para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa", comemorou ele. Para a ministra, o resultado vem “coroar um belíssimo trabalho que evidencia a cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha e, com criatividade e talento criou paisagens - hoje mundialmente conhecidas - que a tornaram excepcional e maravilhosa”. Já o presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou espaços únicos no mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas associadas a um sítio natural”. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: Pão de Açúcar, Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botânico e a Praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem, ainda, o forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo. O Rio como Patrimônio da Humanidade O Iphan trabalha na candidatura do Rio como Paisagem Cultural da Humanidade há alguns anos, em parceria com a Associação de Empreendedores Amigos da Unesco, da Fundação Roberto Marinho, do governo e da prefeitura do Rio. Em setembro de 2009 o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está principalmente na soma da beleza natural da cidade com a intervenção de humana. Em janeiro de 2011, o Centro do Patrimônio Mundial da Unescp, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC. Candidata por inteiro O Rio foi a primeira cidade a se candidatar inteira a Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. O reconhecimento do Rio de Janeiro culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.Locais como Corcovado serão alvo de ações integradas visando a preservação. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco Até o momento, os sítios reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas agrícolas tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. Há cerca de dois anos, o Rio se candidatou ao título de Sítio Urbano Misto, que acabou não sendo aceito pela Unesco. O Iphan foi orientado então a valorizar as paisagens culturais. O Brasil conta atualmente com 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.

29 O Caso Carlos Cachoeira
Demóstenes Torres é cassado. O Senador Demóstenes Torres teve seu mandato cassado na tarde desta quarta-feira (11) e ficará inelegível até Dos 80 senadores presentes, 56 votaram pela cassação, 19 foram contra e houve cinco abstenções. O processo durou quase três meses. Demóstenes foi acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com o resultado, ele se tornou o segundo senador cassado na história do Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em 2000. As ligações de Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira apareceram nas operações Delta e Monte Carlo, da Polícia Federal. Primeiro, no plenário do Senado, Torres confirmou que era amigo e tinha recebido um presente de casamento de Cachoeira. As gravações da polícia, porém, mostraram muito mais. Em 22 de abril de 2009, Cachoeira pediu que Demóstenes acompanhasse um projeto de lei que permitia aos estados decidir sobre o funcionamento de bingos  As relações do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, servidores públicos e empresários serão investigadas por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso Nacional. O empresário foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás. O contraventor, apontado pela PF como chefe do grupo, ficou conhecido com o caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, considerado o primeiro escândalo do governo Lula, em Cachoeira é suspeito de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e contrabando. Entre as relações do empresário que serão investigadas está sua ligação com o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM). Interceptações telefônicas feitas com autorização judicial indicam que o parlamentar atuava no Congresso em favor de Cachoeira. Outras gravações revelaram o envolvimento de servidores públicos do Incra e de funcionários dos governos estaduais de Goiás e do Distrito Federal. O Caso Carlos Cachoeira

30 Outras notícias de Julho de 2012
Cientistas anunciam novas descobertas que comprovam o Bóson de Higgs O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, vence as eleições presidenciais no México com 38,21% O estudante de neurociência James Holmes de 24 anos, entra em uma sala de cinema na cidade de Aurora no estado americano do Colorado e mata 12 pessoas e fere outras 50 durante a exibição de estreia do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres, no Reino Unido. Morre o cardeal dom Eugenio Sales: Arcebispo emérito do Rio tinha 91 anos e sofreu um infarto em casa. Ele foi uma referência na defesa de perseguidos por regimes militares. Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027: Foram 56 votos pela cassação, 19 contra e 5 abstenções. Voto foi secreto. Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira. Oito morrem durante ataques em bairros de Osasco, diz polícia: Crimes aconteceram na região norte da cidade na Grande São Paulo. PM diz que criminosos aproveitaram salva de fogos por título do Palmeiras Marcha para Jesus reúne multidão de evangélicos em São Paulo: Segundo a PM, mais de 1 milhão de pessoas participaram do evento. Vias da Zona Norte da capital paulista ficaram com trânsito lento. Dilma diz esperar que Paraguai 'normalize situação institucional: Segundo ela, depois disso, país poderá 'reaver seus direitos no Mercosul. Presidente falou após cúpula do bloco que aprovou ingresso da Venezuela.

31 Kofi Annan abandona mediação do conflito na Síria, diz chefe da ONU
Agosto 2012 O mediador da Liga Árabe e da ONU para a crise síria, Kofi Annan, está deixando a missão, informou nesta quinta-feira (2) o secretário- geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Ele sai no final do mês, segundo Ban, que disse sentir "profundo pesar" pela decisão, em meio ao aumento da violência no país em crise. "O senhor Annan me informou e ao secretário-geral da Liga Árabe, senhor Nabil Elaraby, de sua intenção de não renovar seu mandato quando ele expirar em 31 de agosto de 2012", disse o comunicado. saiba mais Ele e Elaraby estão discutindo um sucessor, segundo o texto. Annan, que ocupava o cargo especial desde 23 de fevereiro, havia proposto um cessar-fogo entre o regime do presidente Bashar al Assad e rebeldes que tentam derrubar o governo, mas os atos de violência, de lado a lado, continuaram apesar de seus esforços. O plano de paz de Annan, de seis pontos, previa, sobretudo, o fim dos combates entre governo e oposição armada e uma transição política. 'Falta de apoio' Annan afirmou que apresentou sua renúncia porque não recebeu todo o apoio que a causa merecia. "Não recebi todo o apoio que a causa merecia. Há divisões na comunidade internacional. Tudo isso complicou minha tarefa", afirmou Annan em entrevista logo após o anúncio de sua saída. Rússia O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse lamentar a decisão. "Entendemos que essa é a decisão dele", disse Churkin a jornalistas. "Lamentamos que ele tenha escolhido fazer isso. Apoiamos muito fortemente os esforços de Kofi Annan. Ele ainda tem mais um mês de trabalho e espero que esse mês seja usado o mais efetivamente possível diante de tão difíceis circunstâncias." A Rússia tem bloqueado as tentativas do Conselho de Segurança da ONU de impor sanções ao governo sírio. EUA A Casa Branca responsabilizou Assad, a China e a Rússia pela saída de Annan e disse que ainda acredita que o presidente sírio deve deixar o poder. Síria O governo sírio lamentou a saída e responsabilizou Estados que tentam "desestabilizar" o país.

32 Presidente do Egito cancela declaração que limitava seus poderes
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, ordenou a aposentadoria de dois importantes generais, entre eles o Minisro da Defesa Hussein Tantawi, que comandou o país depois da queda de Hosni Mubarak, e cancelou uma declaração constitucional que limitava os poderes presidenciais, editada em junho pelo antigo governo militar. O presidente decidiu anular a declaração constitucional adotada em 17 de junho pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirigia então o país e no qual se apropriava do poder legislativo", afirmou o porta-voz Yaser Ali em um discurso exibido pela televisão pública. No caso dos generais aposentados, outros dois homens foram indicados para os lugares vagos. O ministro da Defesa Tantawi, que serviu como ministro de Mubarak por 20 anos e o chefe de equipe Sami Enam eram indicados como conselheiros de Mursi. O porta-voz disse que as mudanças têm efeito imediatamente. Também neste domingo, Mursi nomeou um vice-presidente, o juiz Mahmud Mekki, segundo a agência oficial Mena. Este é apenas o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos. O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto. Mohamed Mursi tornou-se oficialmente o primeiro presidente islamita e civil do Egito em junho deste ano, sucedendo Hosni Mubarak, derrubado no início de 2011 por uma revolta popular sem precedentes. A chegada ao poder de Mursi marcou uma virada na história da Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, oficialmente proibida em 1954 e, depois, relativamente tolerada no governo Mubarak, do qual foi o principal alvo. O próprio Mursi foi preso nesse período. Agosto 2012

33 Equador dá asilo político a Julian Assange
e desafia Reino Unido Em novembro de 2011, o presidente equatoriano Rafael Correa foi um dos únicos líderes mundiais - ao lado do então presidente Lula - a criticar os Estados Unidos pelas ações contrárias ao Wikileaks depois da crise iniciada com o vazamento de mais de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos.  Julian Assange é o criador do Wikileaks e seu principal porta-voz, Assange perdeu o seu último recurso na semana passada e, ao que tudo indica, será mesmo extraditado para Suécia para responder por dois supostos crimes sexuais que teria cometido. Os crimes supostamente cometidos por Assange com duas mulheres são tão polêmicos por causa de uma brecha na lei sueca, que equivale o sexo consensual sem camisinha ao estupro. Ele nega ter cometido os crimes. Defensores do Wikileaks em todo o mundo acusam a decisão da corte de ser politicamente motivada, pois poderia facilitar uma futura extradição para os Estados Unidos, onde Assange poderia responder por crimes contra a segurança nacional norte-americana por ter revelado segredos das guerras do Iraque e Afeganistão. O WikiLeaks é um órgão formado por jornalistas de diversos países, que tem como objetivo divulgar documentos que mostrem principalmente aquilo que o governo Americano não quer que o mundo saiba. Foi fundado em 2006 pelo jornalista australiano Julian Assange, porém o site só atraiu atenção do mundo em abril desse ano, quando foi divulgado um video onde um helicóptero Americano assasinava diversos civis no Iraque, dentre eles estavam dois jornalistas da REUTERS. O governo do Equador concedeu nesta quinta-feira, 16, asilo político ao fundador doWikiLeaks, o jornalista australiano Julian Assange. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño. Desde a noite de quarta, a Embaixada do Equador em Londres está cercada pela polícia. Em meio aos rumores de que Quito poderia conceder asilo político, Correa se reuniu na quarta com Patiño para discutir o tema. Assange está refugiado na embaixada desde 19 de junho.  Agosto 2012

34 O Mensalão passou a ser escancarado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho de 2005. Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão. Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30 mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os “mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dirceu, Ministro da Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema. O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 1° de agosto o início do julgamento do mensalão, maior escândalo de corrupção do governo Lula que resultou em ação penal contra 38 pessoas. O caso estourou em 2005, com a revelação de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base governista. A denúncia abalou o primeiro mandato de Lula, e fez com que José Dirceu, então ministro da Casa Civil, deixasse o cargo. O petista foi apontado como o chefe do suposto esquema de mesada. O pagamento garantiria que o governo tivesse maioria para aprovar projetos de seu interesse na Câmara. Uma semana depois que o caso estourou, Dirceu pediu para sair da Casa Civil e foi substituído por Dilma Rousseff.  Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupo também teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais. Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono das agências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos do governo, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, através de empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de “valerioduto”. O Caso do Mensalão.

35 Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros. Mensalão mineiro, também chamado de mensalão tucano, ou ainda valerioduto tucano, é o escândalo de corrupção que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por"peculato e lavagem de dinheiro“ O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” teve início em 26 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, incluindo a residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).  No inquérito da PF consta a transcrição de um diálogo no qual Arruda e um assessor conversam sobre o repasse de dinheiro a políticos aliados. É daí que vem o nome “mensalão”, em referência ao escândalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o Ministério Público Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.  O pivô do “mensalão do DEM” é Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF. A gravação na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a políticos foi feita por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em troca de uma redução de pena em um julgamento futuro.  

36 Outras Notícias de Agosto de 2012
Dilma é capa da revista Forbes e fica em 3º no ranking de mais poderosas Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua Atirador que matou 77 na Noruega é condenado a 21 anos de prisão Cientistas descobrem animais mais antigos já preservados em âmbar

37 Hollande anuncia crescimento quase nulo e plano de recuperação
Segundo presidente francês, crescimento do país será 'apenas superior a zero'. François Hollande anunciou agenda de recuperação econômica de 2 anos. Em sua primeira entrevista na TV desde 14 de julho, o presidente admitiu que há uma "inquietude" na França pelo aumento do desemprego, mas se defendeu ao dizer que não é possível fazer todos os ajustes necessários em pouco mais de quatro meses no cargo. Hollande confirmou o que já se sabia: o país necessita de cortes massivos de despesas e contribuições tributárias para encontrar um pacote de 30 bilhões de euros que lhe permita cumprir seu compromisso de reduzir sua dívida para 3% do PIB. O presidente francês anunciou que seu governo aplicará cortes no valor de 10 bilhões de euros em despesas em educação, segurança e justiça, como parte de um pacote global de contingência. Hollande acrescentou que outros 10 bilhões de euros devem ser obtidos com o pagamento de impostos pelos franceses, enquanto os 10 bilhões restantes virão de tributações suplementares das empresas do país. O presidente francês acrescentou, referindo-se a uma das principais medidas da campanha eleitoral que o levou à chefia do Estado, a cobrança de altos impostos das maiores rendas, as superiores a 1 milhão de euros, que será aplicada. "A medida de 75% (de tributação máxima sobre as rendas acima de 1 milhão) não está suspensa, os que quiseram segui-la farão isso por conta própria", disse o presidente depois que circularam na imprensa nos últimos dias informações em que se mencionava uma marcha à ré do governo socialista nesta medida. O chefe de Estado afirmou ainda que não haverá exceções à aplicação dessa medida e que afetará em torno de 2 mil, 3 mil pessoas. Prazo para recuperação O presidente também fixou em dois anos o prazo para a recuperação econômica do país. "Tenho como missão a recuperação do país. Vou estabelecer uma agenda de recuperação, de dois anos, para [recuperar] os empregos e contas públicas", disse Hollande, que vem recebendo críticas pela demora nas reformas econômicas do país.

38 Atos anti-EUA após filme ofensivo ao Islã deixam ao menos 5 mortos
Manifestações em protesto ao longa ofensivo a Maomé se espalham. Protestos violentos ocorreram durante visita do papa Bento XVI ao Líbano. Milhares de muçulmanos protestaram em vários países, para denunciar o filme produzido nos Estados Unidos que ofende o Islã e o profeta Maomé, o que desencadeou novos atos de violência. Houve três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, e uma no Sudão. No Líbano, um manifestante morreu em confronto e 300 muçulmanos incendiaram um restaurante da rede de fast food KFC em Trípoli, no norte do país. Em Cartum, no Sudão, cerca de 10 mil manifestantes atacaram as embaixadas britânica e alemã, que foi incendiada e teve sua bandeira nacional substituída por um símbolo islamita. Um manifestante morreu na dispersão pela policia. Papa Bento XVI pede a judeus, cristãos e muçulmanos o fim do fundamentalismo Em Túnis, capital da Tunísia, a polícia não conseguiu conter os manifestantes e muitos invadiram as dependências da embaixada americana, onde era possível ver uma densa fumaça preta em seu estacionamento. Três pessoas morreram e 28 ficaram feridas, segundo balanço do Ministério da Saúde. Em Sanaa, no Iêmen, a polícia disparou para o ar para dispersar centenas de manifestantes que se aproximavam da embaixada americana, informou um correspondente. Também foram utilizados jatos d'água para dispersar os manifestantes reunidos a 500 metros da missão diplomática, onde a bandeira americana foi queimada. Em Bangladesh, cerca de 10 mil manifestantes queimaram em Daca bandeiras americanas e israelenses e cercaram a embaixada dos Estados Unidos. Após a oração semanal, os manifestantes se reuniram em frente à mesquita de Baitul Mokaram, a mais importante do país. Na Indonésia, aproximadamente 350 islamitas radicais protestaram em Jacarta contra a "declaração de guerra" representada pelo filme. Na capital iraniana, Teerã, centenas de pessoas se reuniram, sob os gritos "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", segundo imagens da televisão estatal. Na Nigéria, a polícia precisou disparar para dispersar a multidão que se manifestava. No Cairo, Egito, onde são registradas manifestações em frente à embaixada americana desde terça-feira, confrontos esporádicos continuaram nesta manhã com as forças de ordem enviadas para os arredores da missão diplomática.

39 Manifestantes e polícia se enfrentam em dia de greve geral na Grécia
Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26) em Atenas, capital da Grécia, durante um dia de greve geral contra as medidas de austeridade exigidas pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país. Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A polícia usou bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram coquetéis molotov e pedras contra os policiais. Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao ministério das Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado, enquanto a maioria protestava pacificamente, antes de um reforço policial chegar e expulsar alguns jovens. Alguns jovens também atearam fogo a um quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, além de quebrarem janelas, enquanto os hotéis de luxo ao longo da praça foram protegidos por um cordão policial. Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles gritavam: "Não vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!” O dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras assumiu o poder, afeta consideravelmente o funcionamento da administração e os serviços públicos, com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento. As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos conservadores uma calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos com o fim do descanso. "Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós, amanhã serão os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy. Cerca de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para proteger o centro de Atenas. O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro, quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências bancárias depois que o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.

40 Planalto anuncia troca de Ana de Hollanda por Marta Suplicy na Cultura
O Palácio do Planalto anunciou na tarde desta terça (11) que a ministra da Cultura,Ana de Hollanda, deixou o cargo e será substituída pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). A informação foi dada pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. A demissão de Ana de Hollanda foi consumada após uma audiência da ministra com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A posse de Marta Suplicy está marcada para a próxima quinta (13), às 11h. A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda (esq.) e a substituta Marta Suplicy (Fotos: Agência Brasil) De acordo com a ministra Helena Chagas, Dilma conversou com Marta por telefone nesta terça, na hora do almoço, para “sacramentar” o convite. Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, o vazamento de uma carta enviada em 27 de agosto por Ana de Hollanda para a ministra Miriam Belchior (Planejamento), reivindicando verbas para a Cultura, incomodou o governo e em especial a presidente, o que teria motivado a demissão. A senadora Marta Suplicy reuniu-se pelo menos duas vezes com Dilma Rousseff no final do mês passado.No dia 22 de agosto, ela esteve às 17h no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial da presidente. Já em 30 de agosto, Marta passou a tarde com Dilma no Palácio da Alvorada, encontro que não constou da agenda presidencial.Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência a respeito da troca das ministras. Nota à imprensa A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos.

41 Outras notícias setembro de 2012
Sede do Estado-Maior da Síria é palco de combates em Damasco Dilma critica na assembleia da ONU políticas dos países ricos contra crise Irã bloqueia Google e prepara rede doméstica de internet Ministro paquistanês oferece prêmio por morte de diretor de vídeo anti-Islã Hit de sul-coreano Psy tem crítica social por trás de refrão viciante Sindicato nacional decide pelo fim da greve nas universidades federais Participação da mulher no emprego sobe, mas diferença salarial não muda

42 Após causar estragos em Cuba, furacão Sandy ameaça os EUA
O furacão Sandy se tornou uma grande ameaça para a Costa Leste dos Estados Unidos, depois de causar estragos na segunda maior cidade de Cuba e se dirigir para as Bahamas, segundo meteorologistas norte-americanos. O sistema ganhou força rapidamente depois de atravessar a Jamaica, passando sobre as águas quentes do Caribe e em seguida atingindo o sudeste de Cuba com ventos de 169 quilômetros por hora, que provocaram um apagão e derrubaram árvores na importante cidade de Santiago de Cuba nesta quinta-feira. Relatos vindos da cidade, que tem 500 mil habitantes e fica 750 quilômetros a sudeste de Havana, dão conta de danos significativos, com muitas casas danificadas ou destruídas. Uma rádio cubana disse que pelo menos uma pessoa morreu. Jamaica e Haiti também haviam registrado uma morte cada. Nas Bahamas, Sandy provocou o fechamento de escolas, escritórios públicos e aeroportos. "Estamos pedindo aos estabelecimentos, inclusive aos bancos, que permaneçam fechados nesta quinta e na sexta-feira", disse o premier das Bahamas Perry Christie, em declarações concedidas ao jornal local "Guardian Nassau". Meteorologistas do governo norte-americano alertaram que grande parte da Costa Leste dos Estados Unidos deve ser varrida pelo Sandy, com inundações, temporais e ventos fortes nos próximos dias. Ao contrário do Irene, que causou bilhões de dólares em prejuízos no nordeste em agosto do ano passado, o Sandy deve chegar à costa norte-americana já com força inferior à de um furacão. Mas ele deve se deslocar mais lentamente do que o Irene, o que aumenta o potencial para causar danos, segundo meteorologistas. Em Cuba, as comunicações ficaram prejudicadas depois da passagem do olho do perigoso furacão da categoria 2, logo a oeste de Santiago, causando ondas de até 9 metros, provocando apagões e inundações num amplo trecho de litoral, segundo o serviço meteorológico cubano. A tempestade também causou inundações generalizadas no sudoeste do Haiti, com relatos de perigosos deslizamentos em algumas áreas.

43 Massacre que matou 111 presos no Carandiru completa 20 anos
O massacre do Carandiru completa 20 anos sem nenhum réu condenado à prisão pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, para pôr fim a uma rebelião. Para lembrar a data, parentes das vítimas ligados a movimentos sociais e entidades de direitos humanos prometem protestos na capital paulista. Há duas décadas os familiares cobram da Justiça a condenação dos policiais militares acusados de assassinar os detentos. Nenhum agente das forças de segurança ficou ferido na ação. Todos os réus respondem ao processo em liberdade. Alguns se aposentaram e outros faleceram antes mesmo de serem julgados. A unidade prisional foi demolida e, no lugar, foi erguido um parque. Na última sexta-feira (28), um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome “Rede 02 de outubro”, divulgou um manifesto pelo fim dos massacres e contra a “reprodução e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade”. O manifesto marca o dia 2 de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das recomendações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, além de exigir a abolição dos registros de "resistência seguida de morte" e "auto de resistência“. Entre os movimentos que compõem a rede estão a Pastoral Carcerária e o Mães de Maio. Eles programaram, para esta terça-feira (2,) um ato ecumênico na Catedral da Sé, seguido de um "ato político" na praça em frente. Em 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incursão ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimarães. Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operação, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelos assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicídios, em um julgamento popular em 1ª instância. A condenação do coronel não incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusação alega que essas mortes foram provocadas pelos próprios presidiários. Em 2006, no entanto, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP considerou a ação estritamente legítima. “Os presos que se renderam e não foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos. Todo mundo fala no número de mortos. Ninguém fala do número de poupados, quase 2 mil”, disse o advogado Vicente Cascione, que defendeu o coronel. Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A namorada dele na época, Carla Cepollina, é acusada de matá-lo por ciúmes e será julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde ao processo em liberdade. 103 acusados e 117 vítimas À época, a reviravolta jurídica que absolveu Ubiratan gerou criticas e repercutiu no exterior. Recentemente, as atenções se voltaram novamente para o caso. Na quinta-feira (27), o juiz José Augusto Nardy Marzagão, do Fórum de Santana, marcou para a partir de 2013 o julgamento dos demais 103 réus no processo.

44 Nova classe média inclui ao menos 50% das famílias em favelas do país
Pelo menos metade das famílias que moram em favelas e ocupações no Brasil pertence à nova classe média, segundo levantamento do G1 com base em dados sobre renda do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam ainda que quase 5% dessa fatia da população estaria na classe alta. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita (por pessoa) entre R$ 291 e R$ por mês Quem vive com mais de R$ por mês pertence à classe alta. Nesse critério, uma família de cinco pessoas que ganhe, por exemplo, acima de R$ 5,1 mil, somada toda a renda, está na classe A. A secretaria estima que o Brasil tenha 104 milhões de pessoas na classe média, o que representa 53% da população brasileira. Parte dessa população, no entanto, estaria em favelas do país. sEm 2010, de acordo com o IBGE, cerca de 11,4 milhões de brasileiros (6% da população) moravam em aproximadamente 3,2 milhões de domicílios nos chamados aglomerados subnormais – favelas, invasões, grotas, comunidades, baixadas ou vilas. Dados sobre renda per capita no Censo 2010 (atualizados para 2012 com base na inflação) mostram que, em 51,2% dos domicílios em favelas e ocupações, vivem famílias de classe média. Outros 4,57% das famílias residentes nessas áreas estariam na classe alta. Conforme os critérios da SAE, vivem na linha da pobreza as família brasileiras que possuem renda per capita inferior a R$ 162. Na faixa entre R$ 162 e R$ 291 está a classe intermediária entre pobres e classe média, grupo chamado de vulnerável. Rio de Janeiro e São Paulo A Rocinha, maior favela do país, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, possui quase 23,4 mil domicílios. O levantamento mostra que cerca de 65% das famílias que moram na região pertenceriam à classe média. Outros 5,24% das moradias seriam de classe alta. Em Heliópolis, segunda maior favela de São Paulo, localizada na Zona Sul da cidade, famílias de classe média vivem realidades opostas. O promotor de vendas Valdeci Gasparino, de 41 anos, mora com conforto em uma casa com dois andares, TV de LCD, carro zero. Mas precisa lutar contra as dívidas que acumulou no cartão de crédito. Já sua vizinha, a aposentada Maria José Marques, de 72 anos, paga as contas com dificuldade e não tem luxos. O promotor conta que passou a infância num barraco. "A luz era puxada do poste, água era buscada num lugar com tambor. Nem tinha esgoto", relata. Anos depois, beneficiada por programas habitacionais, sua família passou a viver numa casa que, após diversas reformas, tem 2 andares com 5 cômodos cada. Nela estão eletrodomésticos e eletrônicos como netbook, TV de LCD de 42 polegadas e sistema de som. Na garagem, um carro zero km. Rico não mora em favela, mora nos prédios de luxo em frente à Rocinha“ Ao contrário do vizinho, a aposentada não tem plano de saúde e depende do SUS para cuidar de um problema que tem no coração. O único luxo é um computador, que é de um modelo mais antigo. A renda da casa gira em cerca de R$ 2,4 mil, o suficiente para manter, com dificuldade, a idosa, seu marido, dois filhos e dois netos. Em termos per capita, seria de R$ 400, um pouco acima dos R$ 291 que delimitam a classe média. Já a filha de Gasparino está prestes a se formar em administração em uma faculdade particular e o filho mais novo deve virar universitário no ano que vem. A melhoria de vida, no entanto, fez com que ele estourasse o limite de três cartões de crédito. "Você começa com uma coisa pequenininha, vai crescendo e acaba perdendo o controle, não tendo condições de pagar", diz o morador. Ou você come ou paga a conta“ Apesar da renda de sua família girar em torno de R$ 4 mil mensais, a dívida parece estar longe de acabar, principalmente por conta dos juros. "Não que a gente não queira pagar, é que as condições chegam num limite que ou você come ou paga a conta.” Ainda assim, o promotor de vendas diz ver vantagens em manter, na comunidade, um padrão de vida típico de bairros mais abastados. "Acredito que é mais perigoso hoje em dia morar no Morumbi ou em bairros mais nobres do que viver aqui. Bandidagem está em todos os lugares, mas não vai mexer com quem está aqui dentro.“de Já a aposentada diz que seu sonho é ver a sala com piso de ladrilho e o telhado mais firme. "O que mais quero é renovar minha casinha. Eu penso: 'Será que vou morrer deixando minha casinha desse jeito?'" Economista defende critérios Diana Grosner, da Secretaria de Ações Estratégicas (SAE) da Presidência da República, fez parte da comissão que definiu o critério da nova classe média e diz que os dados divulgados até o momento são preliminares. "Vale dizer que essa classe média que nós definimos, tudo que divulgamos, são projeções, porque o ano ainda não acabou“. A economista rebate as críticas ao conceito aplicado pelo governo. Segundo ela, o conceito é relativo e serve para que o estado brasileiro atenda às necessidades dessa população. "É uma classe média do Brasil. A classe alta não é rica em relação às pessoas que estão abaixo. Mas nós achamos o mais adequado, que reflete melhor a condição da família. O conceito per capita traduz melhor a situação. O que nós estamos fazendo não é um exercício sociológico. É para ter um recorte, para olhar a evolução", explica.

45 Eleições 2012 - PT vai comandar maior nº de cidades grandes; PMDB lidera nas pequenas
O Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou, nas eleições municipais encerradas neste domingo (28), o maior número de prefeituras em cidades grandes, mas a sigla perdeu eleitos em comparação com a última eleição. Dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, a sigla venceu a disputa em 16, incluindo a maior delas, São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad derrotou José Serra (PSDB). em 2008, haviam sido 20 prefeituras nas cidades grandes. O segundo partido que mais conquistou cidades com mais de 200 mil eleitores foi o PSDB (15). A legenda avançou em comparação com a última eleição, quando obteve 13 eleitos. A seguir aparecem PSB, com 11, e o PMDB, com 9. Este último foi o que mais perdeu entre as grandes cidades. Em 2008, a sigla elegeu 17 prefeitos. O PMDB foi vitorioso, porém, nas cidades pequenas, com eleitorado abaixo de 200 mil, e vai comandar prefeituras, contra 687 do PSDB, 620 do PT, 493 do PSD e 464 do PP. Nestas cidades, o PMDB avançou, e o PSDB perdeu prefeitos. Em 2008, as legendas elegeram, respectivamente, e 782 prefeitos. PSB lidera nas capitais O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições municipais de Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. O PSDB foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país. Pela primeira vez na disputa eleitoral nos municípios, o Partido Social Democrático (PSD) elegeu o prefeito de uma capital do país. Cesar Souza Júnior venceu o segundo turno em Florianópolis (SC). Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu neste domingo (28) seu primeiro prefeito em uma capital do país. Clécio Luís (PSOL) é o novo prefeito de Macapá (AP)com votos, o equivalente a 50,59% dos votos válidos. PMDB e PSDB encolhem; PT e PSB avançam No país, PMDB e o PSDB lideram o ranking de prefeituras conquistadas pelos partidos em 2012, embora tenham tido menos prefeitos eleitos nas eleições municipais deste ano em comparação com o pleito de 2008 O PT, que ocupa o 3º lugar do ranking, conseguiu conquistar mais prefeituras do que em Já o PSD sai de sua primeira eleição municipal na 4ª posição, com 497 prefeitos eleitos.

46 Governo publica lei que regulamenta as cotas nas universidades federais
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela presidente Dilma Rousseff. As universidades e institutos federais terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo que já estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na seleção. Atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificação para estudantes pretos, pardos e indígenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de cada curso e turno já deverão ser reservadas aos cotistas nos processos seletivos para ingressantes em As universidades terão 30 dias para adaptarem seus editais ao que diz a lei.

47 Outras notícias outubro de 2012.
Dilma diz que governo vai prorrogar IPI menor para carros até o fim do ano Estados Unidos emitem 1 milhão de vistos para brasileiros em um ano Comissão da Câmara aprova meta de investir 10% do PIB na educação - Plano ainda prevê 50% da renda de tributos do pré-sal para o setor.

48 Reeleito, Obama diz que volta à Casa Branca mais determinado e inspirado
O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o republicano Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta quarta-feira (7) que, para os Estados Unidos, "o melhor ainda está por vir" e que ele volta à Casa Branca "mais determinado e inspirado" para o segundo mandato. Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando seu programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu discurso. A plateia gritava para o presidente: "Mais quatro anos! Mais quatro anos!". Obama disse que parabenizou o candidato republicano, Mitt Romney, e seu candidato a vice, Paul Ryan, pela campanha. O democrata, falando a uma multidão, fez uma declaração de amor à primeira-dama, Michelle, e às filhas, Sasha e Malia, citou o "primeiro cachorro", Bo, e também agradeceu a sua equipe de campanha. Obama afirmou que nunca teve tantas esperanças sobre o futuro do país. "Apesar de todas as nossas diferenças, muitos compartilham esperanças para o futuro dos Estados Unidos", disse. O presidente celebrou o processo democrático no país e disse que quer "trabalhar com líderes dos dois partidos", pois há muito trabalho a fazer. Ele citou a necessidade de reduzir o déficit, reformar o código tributário, aprovar a reforma da imigração e diminuir a dependência do país do petróleo estrangeiro. O presidente reeleito também disse que quer conversar com o derrotado Romney. "Podemos trabalhar juntos para levar o país adiante", disse.

49 Milhões fazem greve contra medidas de austeridade anticrise na Europa
Policiais e manifestantes entraram em confronto nesta quarta-feira (14) na Espanha, em Portugal e na Itália, num dia em que milhões de pessoas faziam greve para protestar contra as medidas de austeridade dos governos europeus contra a crise econômica na região. Centenas de voos foram cancelados, fábricas e portos foram fechados, e o movimento de trens quase parou na Espanha e em Portugal, onde sindicatos fizeram sua primeira greve geral coordenada, de 24 horas, para protestar contra cortes nos gastos públicos. As lideranças sindicais dos dois países argumentam que as medidas de austeridade que os governos adotaram para tentar superar a crise apenas provocaram mais pobreza e aprofundaram os problemas da região. Milhões de pessoas aderiram às greves nos dois países. Na espanha, pelo menos 60 pessoas foram detidas e 34 ficaram feridas em confrontos, segundo o Ministério do Interior. Sindicatos de Grécia, Itália, França e Bélgica também planejaram paralisações ou manifestações como parte do "Dia Europeu de Ação e Solidariedade". Na Itália, policiais ficaram feridos em protestos em Milão, em Torino e na capital, Roma.

50 Xi Jinping é eleito novo líder do Partido Comunista da China
O Comitê Central do Partido Comunista da China designou nesta quinta-feira (15), como era esperado, Xi Jinping como o secretário-geral da formação e o "número um" da nova lista de sete membros do Comitê Permanente, principal órgão da agremiação, anunciou a agência Xinhua. Desta forma, Xi, de 59 anos, vai assumir a presidência da China em março de 2013, sucedendo a Hu Jintao, que deixa nesta quinta seu posto no Comitê Permanente e também a Secretaria Geral do Partido. Essas mudanças são o primeiro passo na transição da quarta para a quinta geração de líderes comunistas. Ele também foi alçado à condição de presidente da Comissão Militar Central, o órgão que controla as Forças Armadas da potência asiática. Em seu primeiro discurso como chefe do partido, Xi louvou "o caráter e a vontade do povo chinês durante seus anos de história" e demonstrou a intenção de dar continuidade ao processo de reformas e abertura vivido pela China nas últimas décadas. Ele disse que assume "enormes responsabilidades" diante da segunda economia do mundo, e admitiu que o Partido Comunista enfrenta "graves desafios", incluindo a corrupção. . Personalidade enigmática Primeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista por Mao Tsé-Tung, em 1949, a personalidade de Xi Jinping é um grande enigma, e sua carreira é própria de um integrante do partido que foi subindo à sombra de seu antecessor. Filho de um "herói revolucionário", Xi Jinping é um dos "pequenos príncipes" da aristocracia que governa um país em plena mutação. Sua esposa, Peng Liyuan, uma famosa cantora que tem a patente de general do exército, é mais popular que ele na China, e o casal tem uma filha que estuda nos Estados Unidos, na Universidade de Harvard, com nome falso. Ele seguiu uma carreira clássica de dirigente comunista, primeiro provincial, depois em Xangai, antes de integrar o "santa santorum" do PCC em 2007 e assumir a vice-presidência da república em Na política externa, não são esperadas mudanças espetaculares na questão diplomática. Em relação aos direitos humanos, Xi deverá decidir se manda colocar em liberdade o prêmio Nobel da Paz 2010, o intelectual dissidente Liu Xiaobo. Xi é apresentado, em geral, como um homem de compromisso aceitável pelas facções reformistas e conservadoras. Será apoiado por Li Keqiang, que em março substituirá Wen Jiabao no cargo de primeiro-ministro. Hu Jintao, por sua vez, passará aos bastidores do poder, como ocorreu com ex-dignitários do regime, entre eles o ex-presidente Jiang Zemin ( ), o mais poderoso de todos.

51 Condenado no mensalão, José Dirceu entrega passaporte
O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do processo do mensalão por corrupção ativa e formação de quadrilha, entregou , por meio da defesa, seu passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, ordenou que os 25 réus condenados no processo entregassem os documentos para evitar fugas para o exterior. A medida havia sido solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nesta quinta, em seu blog, Dirceu já dissera que iria entregar o passaporte, mas criticou a determinação de Joaquim Barbosa, classificada de "populismo jurídico" e "tentativa de intimidar" os réus. Pela decisão de Barbosa, os condenados terão de entregar os passaportes à Suprema Corte em até 24 horas após a notificação judicial. A decisão sobre a entrega dos documentos foi publicada na edição desta sexta do "Diário Oficial da União" e o prazo começa a contar na próxima segunda. Os réus têm até terça (13) para entregar o passaporte. Outros quatro réus também já haviam entregado o documento: Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, o advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), e o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genú.

52 Outras notícias de Novembro de 2012
Dilma e Alckmin selam acordo para transferir presos, diz governo de SP Número de mortos pela tempestade Sandy em EUA e Canadá chega a 82 Milhares vão às ruas contra o governo de Cristina na Argentina Ataques de Israel matam 3 em Gaza, e foguete cai na costa de Tel Aviv Secretário da Segurança Pública de São Paulo deixa o cargo - Antonio Ferreira Pinto deixa a função em meio à onda de violência.  Nesta madrugada, sete pessoas morreram na Grande São Paulo.

53 Nasa desmente 'fim do mundo' e alerta sobre suicídios
Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012, a agência espacial americana (Nasa) resolveu 'desmentir' esses rumores na internet. Nesta quarta-feira (28), a Nasa fez uma conferência online com a participação de diversos cientistas. Além disso, também criou uma seção em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do mundo esteja próximo. Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo preocupações com as teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças. Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o cientista, que também mencionou um caso, reportado por um professor, de um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles não presenciassem o apocalipse. Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasa pedindo uma resposta (sobre as teorias do fim do mundo). Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas dizem que estão até pensando em suicídio', afirmou Morrison. Há um caso de um professor que disse que pais de seus alunos estariam planejando matar seus filhos para escapar desse apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando de verdade algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas enviadas para nós.

54 Morre no Rio o arquiteto Oscar Niemeyer
O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 desta quarta-feira (5). Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em 15 de dezembro. Nesta quarta, um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave. Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória. Visita à Passarela do Samba Em fevereiro, Niemeyer fez uma visita ao Sambódromo, durante a fase final das obras de reforma da Passarela do Samba que mantiveram o traçado original que o arquiteto projetou há 30 anos. Ele enfrentou o sol forte de meio-dia e percorreu num carrinho aberto toda a extensão da Avenida. "Está muito bom. Melhorou muito. Este não é um trabalho só meu, é o trabalho de um grupo. Estou entusiasmado", disse Niemeyer, na ocasião. O projeto de Niemeyer previa um equilíbrio entre os dois lados da Sapucaí, como se fosse um espelho. Com a obra, a Sapucaí passou a ter lugares a mais, podendo acomodar pessoas. Trabalho em ateliê para festejar 104 anos Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio. Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira. "As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou Niemeyer, na ocasião.

55 Juiz condena Carlinhos Cachoeira a 39 anos, e bicheiro volta a ser preso
O contraventor Carlinhos Cachoeira foi condenado nesta sexta-feira (7) a 39 anos de prisão pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. As acusações são relativas à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Cachoeira voltou a ser preso logo após a publicação da sentença, do juiz Alderico Rocha, da 11ª Vara Federal, nesta tarde, em Goiânia. A defesa pode recorrer da decisão. O mandado de prisão foi expedido pelo magistrado e cumprido pela Polícia Federal. Ao G1, Alderico informou que reavaliou a necessidade da prisão preventiva do contraventor. Até então, Cachoeira permanecia em liberdade desde determinação da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no começo deste mês. Cachoeira estava em casa quando foi preso, por volta das 13h. Ele foi levado para a Polícia Federal, em Goiânia. O advogado dele, Nabor Bulhões, informou ao G1 nesta tarde que está em Brasília e que vai apurar o motivo da prisão antes de se pronunciar. Prisão anterior No último dia 21, Cachoeira deixou o presídio da Papuda, em Brasília, beneficiado por um alvará de soltura expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ele havia ficado preso por nove meses. Na ocasião, o bicheiro seguiu para Goiânia, onde tem residência, para reencontrar os filhos. Operações O nome de Cachoeira aparece envolvido em duas operações da PF: a Monte Carlo e a Saint Michel. A Saint Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e empresários em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal e tráfico de influência em Goiás. Cachoeira foi preso em fevereiro devido às investigação da Monte Carlo. Já preso, foi expedido um novo mandado contra ele pela Operação Saint Michel. Em outubro, ele obteve um habeas corpus relacionado às investigações da Monte Carlo, mas continuou preso em razão do mandado expedido pela Saint Michel. Cachoeira é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que investiga as relações dele com políticos e empresários.

56 Outras notícias de dezembro de 2012
Comissão do Senado aprova projeto que torna Lei Seca mais rígida Atirador mata 26 e morre em escola infantil em Connecticut, nos EUA Supremo conclui julgamento do mensalão após quatro meses e meio - 25 foram condenados, 12 absolvidos e um será julgado na 1ª instância. Opositores se enfrentam no Cairo e crise política egípcia se agrava - Violentos confrontos na Praça Tahir deixaram mais de 200 feridos; conselheiros de Morsi pedem demissão em aparente protesto às últimas medidas do governo. Sem Chávez, Venezuela vive nova era de incertezas - População não tem detalhes sobre problema de saúde que motivou viagem do presidente a Cuba. Jogadores da seleção da Eritreia desaparecem em Uganda - Eles estavam no país para torneio de futebol regional. ONU abre conferência de telecom em meio a temor por liberdade na internet - Evento, que começou nesta segunda-feira em Dubai, discute padrões da web, mas enfrenta críticas de governos e empresas. Gravidez é mais um fato na vida de Kate acompanhado por milhões - Ela tem sido foco de atenção da desde que começou a namorar William, em 2001. Morsi marca referendo sobre Constituição do Egito para o dia 15 - Em discurso na televisão, presidente pede que país supere 'fase de tensão'. EUA criticam lançamento de foguete da Coreia do Norte - Governo norte-coreano anunciou lançamento para dezembro. Dilma anuncia ampliação do programa Brasil Carinhoso - Projeto é uma omplementação do Bolsa Família que transfere renda adicional a famílias com crianças pequenas. Produtores reclamam de embargo 'alarmista' à carne brasileira - Representantes do setor agropecuário afirmam que restrições de China, África do Sul e Japão foram precipitadas. Repercussão internacional de lançamento da Coreia do Norte -Até aliados históricos do regime comunista, como a Rússia, criticam empreitada. China proíbe banquetes luxuosos e álcool para militares -Medida é tentativa de combater corrupção entre autoridades.

57 Terroristas islâmicos invadem campo de exploração de gás na Argélia e fazem centenas de reféns
Na madrugada do dia 16 para o dia 17 de janeiro, um grupo de rebeldes ligado à Al Qaeda invadiu um campo de exploração de gás na Argélia operado pelas empresas Sonatrach, a britânica BP (British Petroleum) e a norueguesa Statoil. Segundo o líder, o argelino Mojtar Belmojtar, a ação é uma resposta à abertura do espaço aéreo da Argélia, ex-colônia francesa, para que a França pudesse bombardear outra ex-colônia, o Mali, em sua guerra contra os rebeldes islamitas. O país africano está dividido desde o ano passado, após rebeldes ligados à Al-Qaeda terem dominado o norte do território. A Argélia permitiu que a França utilizasse seu espaço aéreo durante a intervenção militar iniciada na semana passada contra os rebeldes islamitas no Mali. Na tentativa de resgatar o campo de gás, o Exército da Argélia tem feito bombardeios ao local. A Argélia é o sexto maior exportador de gás natural do mundo (sendo origem de um quarto das importações de gás natural da Europa) e detém a 16ª maior reserva de petróleo.

58 Conflito No Mali. A operação militar francesa, que teve início na sexta-feira passada, tem, segundo Hollande, o objetivo único de impedir que grupos rebeldes islâmicos que controlam o norte do Mali assumam o controle de todo o país. Uma força regional, composta por tropas de vários países da África Ocidental, em poucos dias também estará no Mali para auxiliar nas operações contra os grupos insurgentes. Pelos termos de um acordo firmado em outubro passado, a França deveria liderar uma missão europeia que daria treinamento com apoio logístico a uma intervenção promovida pelo bloco militar da Comunidade Econômica de Estado de África Ocidental (Cedeao). Ou seja, não estava previsto que a França participaria dos combates. Hollande tem enfatizado que se o Mali se converter em refúgio de insurgentes islâmicos, a segurança europeia estaria em risco. Mas além da segurança europeia, o que mais estaria por trás da decisão francesa de intervir no conflito africano? Ameaça à Europa Os rebeldes islâmicos, alguns dos quais teriam ligações com a rede Al-Qaeda, já controlam metade do Mali, e a chance de que venham a controlar todo o território do país não é de todo remota. Especialistas concordam que o Exército no Mali não tem capacidade de conter a ofensiva rebelde. A captura recente de Konna, o ponto mais ao norte do país que ainda não havia caído nas mãos dos militantes islâmicos, funcionou como um grito de alerta. ''Representantes do governo da França não estavam exagerando quando disseram que, sem a intervenção francesa, os insurgentes islâmicos poderiam chegar à capital, Bamako, em questão de dias'', afirma Melly. De acordo com o analista, isso teria sido desastroso não apenas para o Mali, mas para toda a África Ocidental, ''ameaçando a estabilidade e as estruturas democráticas de toda a região'‘. Isso também poria em jogo todos os interesses da ex-metrópole francesa, que, historicamente, sempre teve uma presença importante na região. Rebeldes com aparentes elos com a Al-Qaeda conquistaram o norte do Mali E seria preocupante também para a comunidade internacional, segundo Melly. ''Permitir que um país da África ocidental outrora estável ruísse completamente diante de grupos cujo objetivo é exportar a guerra santa seria arriscar a estabilidade e a segurança de várias nações, do Senegal à Nigéria'', opina o analista. Intervencionismo francês A França tem um histórico de intervenções militares em suas antigas colônias em momentos de insurreições, golpes de Estado e instabilidade política.O analista da BBC Tim Whewell frisa que a França, que até os anos 50 e 60 controlava vários países africanos, ''nunca deixou a região por completo'‘.''Mesmo após a independência de suas antigas colônias africanas, a França já interveio em conflitos no Gabão, na República Centro-Africana, na Costa do Marfim e na República do Congo'.’Então, por que mudou de ideia tão subitamente se seu plano inicial era apenas fornecer apoio logístico? A resposta do governo francês é que o próprio governo interino de Mali pediu a ajuda francesa quando os rebeldes avançaram até assumir o controle de Konna, cidade considerada crucial e situada a pouco mais de 680 km da capital malinesa, Bamako.

59 Impulso a Hollande Os índices de popularidade do presidente Francois Hollande vinham despencando, e muitos acreditam que a intervenção favorece a sua imagem. Até o momento, o líder socialista vinha se posicionando como um estadista antibelicista, com planos de retirada imediata de tropas francesas no Afeganistão. Soldados nigerianos integram tropas internacionais no Mali; instabilidade malinesa pode afetar região, diz analista Mas seus índices de aprovação caíram para a faixa de 20% desde que ele chegou ao poder, no ano passado. E uma pesquisa recente mostrou que 3 em cada 4 franceses duvida que ele será capaz de cumprir suas promessas. Francois Heisbourg, diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, baseado na Grã-Bretanha, afirmou que a intervenção no Mali deu a Hollande um empurrão em um momento difícil para seu governo. "Hollande é visto, inclusive por muitos de sus seguidores, como um homem indeciso, como Obama era visto nos primeiros meses de seu mandato", afirma. ''Sua decisão de intervir no Mali, que foi rápida, contundente e aparentemente efetiva, mudou subitamente a imagem de Hollande.'' Aposta de risco Mas os analistas advertem também que a decisão francesa representa uma aposta de risco. ''Os rebeldes estão muito bem equipados, têm grande mobilidade e conhecimento do terreno. A França tem vantagem aérea, mas os bombardeios podem ser contraproducentes e alienar uma parte da população civil do Mali'', diz à BBC BBC Nigel Inkster, ex-agente do MI6, o serviço de inteligência britânico. Jonathan Marcus, especialista da BBC em assuntos diplomáticos, afirma que os objetivos da missão francesa são poucos claros: "O envio de tropas visa conter o avanço dos rebeldes islâmicos ou que o governo do Mali retome o controle do norte do país? Trata-se de uma área gigantesca'', comenta. Os próprios meios de comunicação franceses já manifestaram preocupações com a intervenção e destacaram que ''é fácil entrar, mas difícil sai

60 Menina indiana de 11 anos é estuprada por seis homens
Em dezembro do ano passado, o caso da estudante de 23 anos que foi estuprada e morreu dias depois por causa dos ferimentos gerou protestos e chamou a atenção do mundo. Agora, veio à tona a história de outra indiana, desta vez uma menina de apenas 11 anos, que está em estado crítico após ser submetida a 14 operações por ter sido estuprada por seis homens. A polícia se negou a registrar a denúncia no momento da agressão, mas depois, após as pressões da população local, que convocou marchas de protesto, se viu obrigada a fazer isso. Os dois casos deram origem a um debate sem precedentes sobre o papel da mulher na Índia.

61 Hugo Chávez não comparecerá a cerimônia de posse na Venezuela
Reeleito recentemente, o mandatário deveria ser empossado para o novo mandato no dia 10 de janeiro, mas devido às complicações após mais uma cirurgia para tratar um câncer não poderá comparecer. Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento venezuelano), leu o comunicado explicando que por "recomendação médica" o líder reeleito não poderá prestar o juramento ao cargo. "O comandante presidente pediu para informar que, de acordo com as recomendações da equipe médica (...) o processo de recuperação pós-cirúrgica deverá ser extendido para além de 10 de janeiro". Na carta há também o pedido para que Chávez possa prestar o juramento diante do Tribunal Supremo de Justiça, tal como estabelece o artigo 231 da Constituição venezuelana, sem precisar uma data em específico. O líder não foi visto em público nem fez comunicação direta desde o dia 11 de dezembro, quando se submeteu a uma quarta operação em Cuba, e onde permanece desde então. Na segunda-feira, o ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Ernesto Villegas, informou que a situação de Chávez é "estável" e disse que continua sendo submetido ao mesmo tratamento.

62 EUA enfrentam impasse ante a 'abismo fiscal
Os americanos temem que, sem um consenso entre os congressistas, a economia do país volte a desacelerar, com um pesado fardo a ser carregado pela população, sobretudo os mais pobres. Isso porque nesta terça-feira expiraram inúmeros benefícios herdados do governo de George W. Bush. Entretanto, por ser feriado, os mercados estão fechados e, assim, os EUA ainda não sentiram, pelo menos por ora, o impacto imediato do fim das benesses, descrito como 'devastador' na avaliação de especialistas. Nesta terça-feira, republicanos e democratas permanecem reunidos na Câmara dos Representantes para votar um projeto de lei costurado na última segunda-feira no Senado americano. A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) é liderada por uma maioria republicana, partido de oposição ao presidente dos EUA, Barack Obama, que é democrata. O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, prometeu que a Casa votará o projeto de lei ou sugerirá uma alternativa. Porém, Boehner já havia dito anteriormente que não endossava o acordo - que também deve enfrentar resistência de diversas lideranças republicanas. Após uma reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, também disse que "não apoia a lei", referindo-se ao acordo previamente aprovado no Senado. Mais cedo, Obama pediu à Câmara que aprovasse a lei "sem atrasos". Sem demora O projeto de lei foi aprovado pelo Senado, controlado pelos democratas, por maioria esmagadora de 89 votos a favor e 8 contra, na manhã desta terça-feira. O acordo prevê um aumento dos impostos para os ricos e foi desenhado após longas conversações entre o vice-presidente Joe Biden e os republicanos do Senado. Cortes de gastos foram adiados por dois meses para que um acordo mais amplo fosse possível. "Embora nem democratas nem republicanos tenham conseguido tudo o que queriam, esse acordo é a coisa certa a se fazer para nosso país, e a Câmara deve aprová-lo sem demora", disse Obama em comunicado. Termos do acordo Pela proposta de lei aprovada no Senado, serão estendidos os cortes de impostos para os americanos que ganham menos de US$ por ano - acima dos US$ inicialmente propostos pelos Democratas.

63 O que é o 'abismo fiscal'? Em 1º de janeiro de 2013, passa a vigir nos Estados Unidos um conjunto de aumento de impostos e pesado corte de gastos, mais conhecido como 'abismo fiscal'. O prazo para o início da vigência do 'abismo fiscal' foi determinado em 2011 para forçar o presidente e o Congresso a chegar a um acordo sobre o orçamento do país em dez anos. A data coincide com o fim de vários benefícios fiscais da era Bush. Há um temor de que o aumento maciço dos impostos combinado com um corte profundo de gastos públicos gere um impacto devastador nos orçamentos familiares e nos negócios do país. O resultado também poderá ser sentido em outros países do mundo, dado o grau de interligação das economias mundiais. Para os mais ricos, porém, a taxa passa de 35% para 39,5% sobre os rendimentos. O pacote aprovado no Senado ainda inclui: • aumentos dos impostos de herança de 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhões para um indivíduo e US$ 10 milhões para um casal;• aumento de impostos sobre o capital - afetando alguns rendimentos de investimento - de até 20%, mas menos do que os 39,6% que prevaleceriam sem um acordo; • extensão de um ano para o seguro desemprego, que afeta dois milhões de pessoas; • prorrogação de cinco anos para os créditos fiscais que ajudam as famílias mais pobres e da classe média. Um corte de gastos da ordem de US$ 1,2 trilhão do orçamento federal americano a ser implementado em 10 anos foi novamente deixado para depois, adiado por dois meses, permitindo que o Congresso e a Casa Branca possam reabrir as negociações sobre o tema. O presidente Barack Obama saudou a votação no Senado. "Os líderes de ambos os partidos no Senado se reuniram para chegar a um acordo que passou com apoio bipartidário esmagador que protege 98% dos americanos e 97% dos donos de pequenos negócios de uma escalada do imposto para a classe média", disse ele em um comunicado. Origens O atual impasse tem suas origens em 2011, em uma tentativa fracassada de enfrentar o limite de endividamento do governo e o déficit orçamentário. Na época, republicanos e democratas concordaram em adiar as difíceis decisões sobre gastos até o fim de 2012 e estabeleceram cortes compulsórios caso não houvesse acordo até 31 de dezembro. A data também marcava o fim de isenções de impostos introduzidas no governo de George W. Bush. Com isso, indivíduos e empresas serão afetados simultaneamente com aumento de impostos e redução em contratos, benefícios e apoio do governo. Cerca de US$ 607 bilhões em cortes no orçamento e aumento de impostos estão previstos, incluindo cortes na verba da Defesa, mudanças no sistema de saúde para idosos e impostos mais altos para pessoas físicas. Desempregados e pessoas com salários baixos irão perder benefícios. Lados opostos Enquanto os republicanos relutam em deixar que os cortes de impostos da era Bush expirem ou que os gastos em defesa sejam reduzidos, os democratas querem manter as medidas temporárias do governo Obama para ajudar desempregados e trabalhadores com baixos salários e evitar cortes profundos em gastos não relacionados à Defesa. Segundo analistas, mesmo que seja fechado um acordo, o impacto sobre o problema original do déficit e do limite de endividamento do governo deve ser pequeno, o que deve levar a uma nova briga política no início de 2013.

64 Governo suspende venda de 225 planos de saúde de 28 operadoras
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ligada ao Ministério da Saúde, anunciou nesta quinta-feira a suspensão da venda de 225 planos de saúde administrados por 28 operadoras em todo o Brasil. A decisão foi motivada pelo descumprimento dos prazos máximos determinados para a marcação de consulta, exames e cirurgias. Os planos não poderão ser vendidos até março. A proibição pode ser prorrogada em caso de reincidência. Segundo a ANS, desde dezembro de 2011, quando o monitoramento teve início, 16 operadoras não cumpriram os critérios estabelecidos pelo governo de forma reincidente. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou sobre os direitos dos consumidores que contrataram os planos cujas vendas foram proibidas. “Para quem tem um plano de saúde que a partir de 14 de janeiro terá a venda suspensa, todos os direitos continuam valendo. O que está suspensa é a incorporação de novos clientes”, explicou o ministro.

65 Entenda a nova onda de protestos e a crise política no Egito
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi. Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi. Nos últimos dias, mais de 50 pessoas morreram durante confrontos. Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos: Como começaram os protestos? Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos acabaram se voltando contra Morsi. Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair os ideais da revolução. Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da população. Morsi anunciou estado de emergência em três cidades. Em Porto Said, protestos continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de Na ocasião, 70 pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o al-Ahly, do Cairo. Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como bodes expiatórios. Os protestos estão ligados entre si? Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a sensação de ausência de lei e ordem. Qual tem sido a resposta de Morsi? Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias. Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a polícia a preservar a segurança". Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado“.

66 Tragédia em boate de Santa Maria é ‘terceira mais fatal da história'
 O incêndio que matou pelo menos 231 pessoas em uma casa noturna de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, é o terceiro mais fatal do tipo no mundo, segundo uma lista de dez incidentes semelhantes, em locais de agremiação de público, compilada pela Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios dos Estados Unidos (NFPA, na sigla em inglês). De acordo com a lista, que compila apenas incêndios em casas noturnas, a mais fatal delas ocorreu nos EUA e completou 70 anos há pouco tempo: o local foi a boate Coconut Grove, em Boston, e a data, 20 de novembro de O saldo foi de 492 mortos e mais de 600 feridos. O local excedia a sua capacidade de lotação (mil pessoas) quando um incêndio teve início em uma das palmeiras de imitação que decoravam o local, espalhando-se em seguida pelas paredes e o teto do clube. As autoridades estimaram que o fogo tardou apenas cinco minutos, desde o seu início, para percorrer o trajeto entre a sala onde se iniciou, o Melody Lounge, e a entrada, passando pelo salão de jantar. A lista segue com o incidente ocorrido em uma boate de Luoyang, China, na noite de Natal do ano 2000, que deixou 309 mortos – o segundo acidente mais fatal da história.

67 Outras notícias de janeiro.
Em meio a protestos, Parlamento francês inicia debate sobre casamento gay Há meses o assunto mobiliza defensores e opositores do 'casamento para todos', Brasileira teme voltar para casa abandonada após ação rebelde no Mali Únicos estrangeiros em cidade no norte do país, Francisca e o marido poderiam ser 'alvo preferencial' dos milicianos. Rio decide tombar Museu do Índio, mas destino de indígenas é incert0 Governo mantém decisão de despejar índios que moram na Aldeia Maracanã, no Rio, para reformar o local. Rainha da Holanda abdica o trono em favor do filho Monarca esteve à frente da família real holandesa por 33 anos. Crise de refugiados sírios na Jordânia atinge ponto crítico ONU diz que até 3 mil pessoas cruzam a fronteira por dia e que recursos estão se esgotando. Desemprego de 2012 fica em 5,5%, índice mais baixo desde Dados constam da Pesquisa Mensal do Emprego, do IBGE.

68 Especialistas da ONU e OMS criticam internação compulsória de viciados em crack
O tema voltou a debate no Brasil em janeiro, quando o governo de São Paulo fez uma parceria com a Justiça para agilizar a internação forçada de casos extremos de dependentes da droga. O governo paulista diz que suas propostas para o tratamento dos usuários de crack estão de acordo com as premissas da ONU e da OMS e afirma que, até hoje, nenhum paciente foi internado por ordem judicial e menos de dez foram internados involuntariamente (a pedido da família, mas sem ordem da Justiça). Para o médico italiano Gilberto Gerra, chefe do departamento de prevenção às drogas e saúde do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), é necessário oferecer aos viciados "serviços atrativos e uma assistência social sólida“. "Uma boa cura de desintoxicação envolve tratamento de saúde, inclusive psiquiátrico para diagnosticar as causas do vício, pessoas especializadas e sorridentes para lidar com os dependentes e incentivos como alimentação, moradia e ajuda para arrumar um emprego", diz Gerra. "O Brasil precisa investir recursos para oferecer serviços que funcionem e ofereçam acompanhamento médico completo, proteção social, comida e trabalho para os dependentes", afirma. De acordo com ele, o Brasil tem bons profissionais no campo do tratamento das drogas, mas faltam especialistas, e a rede médica nessa área é insuficiente. Segundo Gerra, a internação compulsória deve ocorrer pelo prazo máximo de algumas semanas e só se justifica quando o dependente apresenta comportamento perigoso para a sociedade ou para si próprio. Problemas múltiplos O especialista da OMS também afirma que o vício do crack envolve problemas múltiplos (psicológicos e sociais) que devem ser tratados com ações em várias áreas além da médica, como moradia, alimentação, assistência geral e programas de emprego. Ele afirma que há exemplos de programas de tratamento voluntário de dependentes em países como os Estados Unidos e a Austrália que "ajudam as pessoas a reconstruir suas vidas e não são apenas soluções temporárias". O médico cita também o programa brasileiro que permite às grávidas viciadas em crack obter tijolos e materiais para construir casas em troca de tratamento. "Isso dá instrumentos para que elas façam algo diferente em suas vidas", afirma. A OMS já criticou o sistema de internação compulsória de dependentes realizado em países asiáticos. "Eles detém pessoas viciadas e estão tratando casos de saúde com a prisão", diz Clark. A organização publicou um documento no ano passado solicitando aos países para fechar os centros de tratamento compulsório de drogas. Segundo Clark, pelo menos 90% dos dependentes químicos no mundo não recebem tratamento.

69 Secretário da Segurança de SP defende igualdade entre polícias civil e militar
Ele diz que as duas instituições devem trabalhar em conjunto e que informações de inteligência obtidas por uma das polícias não devem ser omitidas da outra. Grella assumiu a pasta há menos de três meses com a missão de acabar com uma onda de violência que foi um dos fatores do aumento em 40% o número de homicídios na capital (1.497) em 2012 em relação ao ano anterior. O secretário herdou de seu antecessor Antônio Ferreira Pinto – demitido em novembro passado – uma polícia dividida, segundo a pesquisadora Camila Nunes Dias, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do ABC. "Grella parece estar tentando redistribuir o peso que o secretário anterior tinha colocado na PM e apaziguar os ânimos. A Polícia Civil se sentia preterida e perseguida", afirmou Dias. O secretário diz que já existe "um absoluto entrosamento" entre as duas polícias, o Instituto de Criminalística e a Secretaria da Segurança Pública. Os comandos desses órgãos se reúnem ao menos três vezes por semana."Nós viemos com o compromisso de fortalecer os comandos e de uma atuação bastante profissional e igualitária, fazendo respeitar a vocação de cada uma das instituições", disse Grella à BBC Brasil. Autonomia A principal aposta do secretário para atingir esse objetivo é investir no CIISP (Centro Integrado de Inteligência), um órgão criado há um mês com oficiais da PM e delegados da Polícia Civil para partilhar inteligência e planejar operações conjuntas."Queremos que eles (policiais civis e militares) trabalhem em conjunto de modo a não subtrair da análise das duas instituições todas as informações legítimas que devam ser analisadas e trabalhadas para o planejamento das operações policiais", disse o secretário.Grella acrescenta, porém, que essas iniciativas não são uma tentativa de unificar as polícias e que cada comando tem autonomia – com liberdade total, por exemplo, para definir quais de suas unidades participarão de cada ação "Vamos ampliar (as centrais de flagrantes) com novo formato, mas com esse objetivo: de concentrar maior volume de mão de obra na investigação feita pelos distritos, ou seja, pela unidade territorial, coisa que hoje não está acontecendo.” Fernando Grella, secretário de segurança pública de São Paulo Onda de violência Segundo Camila Nunes Dias, há indícios de que em algumas operações de combate à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), durante a gestão de Ferreira Pinto na Segurança Pública, unidades de elite da PM teriam sido incumbidas tanto da fase de investigação como das prisões de suspeitos – supostamente excluindo a participação da Polícia Civil. Segundo a pesquisadora, o ideal para o atual modelo de polícia do país é que a Polícia Civil exerça o trabalho de investigação enquanto a PM fica com o trabalho do policiamento ostensivo e é usada apenas em algumas situações que exigem maior uso da força. De acordo com analistas, um dos fatores que deflagraram a onda de violência de 2012 em São Paulo teria sido um conflito entre PMs e o PCC. Ações mais duras dos policiais militares teriam desencadeado uma onda de assassinatos de policiais - como retaliação por parte dos criminosos. Mais de cem PMs foram vítimas de homicídio no ano passado. Esses confrontos teriam alimentado uma espiral de violência, com grupos de extermínio supostamente integrados por policiais realizando chacinas após parte das mortes de PMs.

70 Novas regras tentam reduzir letalidade da PM de SP
Após registrar uma alta de 24% no número de mortes cometidas por policiais militares em 2012, o Estado de São Paulo começou a implementar medidas para coibir homicídios ilegais cometidos pelos agentes da lei - de acordo com recomendações feitas por sua ouvidoria. Segundo dados da Ouvidoria da Polícia, os PMs de São Paulo mataram 506 pessoas entre janeiro e novembro de casos a mais que o registrado no mesmo período de Os dados de dezembro só devem ser divulgados pelo governo no fim deste mês. O número também é o maior para o período registrado nos últimos cinco anos. A alta dos casos começou principalmente a partir do mês de setembro de quando se acirrou uma onda de confrontos entre policiais militares e membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O mês que mais registrou mortes foi novembro, com 79 casos - uma alta de 75% em relação ao ano anterior, segundo a Ouvidoria. Nesse mesmo mês, o número geral de vítimas de homicídio no Estado aumentou 44% - de 340 vítimas em 2011 para 534 no ano passado. A explosão no número de mortes culminou na demissão do então secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, no fim de novembro. Seu substituto, Fernando Grella, adotou neste mês duas novas medidas para tentar acabar com o conflito. Uma delas impede que, após tiroteios entre policiais e criminosos, os próprios PMs levem os suspeitos baleados para um hospital. O resgate passou a ser feito por socorristas da Prefeitura ou do Corpo de Bombeiros. Resistência - Outra prática que está sendo mudada por uma medida de Grella é a forma de registrar os homicídios cometidos por policiais durante o serviço. Até recentemente, eles eram registrados oficialmente na categoria de "resistência seguida de morte" - que pressupõe uma reação do suspeito. Devem passar agora a figurar como "morte decorrente de intervenção policial". A diferença é que só uma investigação determinará se a ação do policial foi legítima ou não. Segundo Fuchs, essa mudança é importante porque deve implicar em uma melhor investigação do caso - que em tese receberá atenção de peritos e de unidades especializadas da polícia. Além disso, o registro de casos como "resistência seguida de morte", segundo Dantas, fazia com que muitos casos de homicídios fossem enviados para a varas comuns da Justiça - ao invés do Tribunal do Júri, dedicado apenas aos assassinatos. Novas propostas - Dantas elogiou a determinação do novo secretário e disse que agora pretende apresentar à pasta novas medidas para dificultar o abuso de direitos humanos praticado por maus policiais. Uma delas deve ser a instalação de um sistema integrado de câmeras de segurança e GPS (sistema de posicionamento global por satélite) nos carros de polícia. A ideia é monitorar o tempo todo a conduta dos policiais, para evitar abusos. Outra medida defendida por ele é que uma comissão de especialistas de universidades façam avaliações psicológicas em todos os policiais que atuarem em casos que envolvam mortes. Esses analistas decidirão se o policial tem condições ou não de voltar a trabalhar nas ruas. Dantas defende ainda que o Estado pague indenizações para familiares de vítimas mortas por policiais. A ideia é forçar o governo a aumentar a repressão aos desvios de conduta dos agentes da lei para evitar os pesados gastos com indenizações. Ele diz porém, que tais medidas não serão totalmente efetivas se não forem acompanhadas por aumentos salariais para os policiais - que precisam ser valorizados e ter condições de parar de fazer bicos nos horários de folga.

71 Coreia do Norte confirma terceiro teste nuclear
As duas Coreias estão, tecnicamente, em estado de guerra desde a metade do século passado. Ao final da Segunda Guerra, a península ficou sob influencia da União Soviética no norte e dos Estado Unidos no sul. Entre 1950 e 1953, um conflito armado causou a morte de mais de 1 milhão de pessoas na região, e o armistício de 53 não acabou com a tensão que se intensificou nos últimos meses. Coreia do Norte se diz determinada a produzir misseis capazes de atingir os EUA Em março, exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul levaram Pyongyang a encerrar uma linha de comunicação direta com Seul, e a Coreia do Norte anunciou ao mundo que estava em estado de guerra, prometendo reativar uma usina nuclear. Nesta semana, trabalhadores sul-coreanos foram proibidos de entrar na Coreia do Norte, onde trabalham em um complexo industrial que é um símbolo de operação entre os dois países, na cidade de Kaesong. Observadores tentam interpretar as ações do líder norte-coreano, Kim Jong-un: se está genuinamente preocupado com um possível ataque ao seu país ou se, ainda inseguro após substituir seu pai como chefe de estado, tenta mostrar firmeza à população. Analistas acreditam que a possibilidade de um ataque nuclear é muito baixa, mas a Coreia do Norte se diz determinada a produzir mísseis capazes de atingir os Estado Unidos. Coreia do Norte confirma terceiro teste nuclear A Coreia do Norte anunciou ontem ter realizado com sucesso seu terceiro teste nuclear, desatando uma onda de condenações internacionais. Segundo Pyongyang, o dispositivo nuclear detonado seria "pequeno e leve", mas com um poder explosivo maior que os acionados anteriormente. Os dois outros testes nucleares norte-coreanos foram feitos em 2006 e em Em janeiro, o governo do país anunciou que faria um novo teste em resposta a sanções da ONU. Esse terceiro teste foi confirmado horas depois de uma atividade sísmica ser registrada na região. O presidente americano Barack Obama conclamou a comunidade internacional a dar uma resposta "rápida" e "crível" ao novo teste e a China expressou sua "firme oposição" à iniciativa norte-coreana. O Conselho de Segurança da ONU deve se encontrar nesta terça-feira para decidir o que fazer.

72 Outras notícias de Fevereiro
Bolívia nacionaliza administração de principais aeroportos - Evo Morales argumenta que empresa espanhola responsável não investiu o suficiente. Subsídio a contraceptivos opõe Igreja e Parlamento nas Filipinas - A lei que garante a distribuição gratuita de pílula e camisinhas teve a sua adoção postergada por mais de uma década, devido ao lobby conservador cristão. G20 se reúne em Moscou em meio a temor de guerra cambial - Tema deve marcar reunião de ministros de Finanças; movimentos recentes do iene e do euro aumentam preocupação. Empresa de táxi só para mulheres prospera na capital indiana - Taxistas são todas mulheres, assim como as clientes; procura aumentou após estupro coletivo de estudante em 2012. Papado de Bento 16 viu avanço de Islã e evangélicos - De 2005 a 2010, número de católicos se manteve na taxa de 17% da população mundial; muçulmanos avançaram de 21,8% para 22,5%, evangélicos de 7,3% para quase 9%.

73 Congresso se prepara para votar veto de Dilma aos royalties
Cedendo a pressões de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, a presidente eliminou da proposta de legislação o artigo 3º, mantendo assim uma vantagem a esses Estados - os principais produtores de petróleo do país. Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram o petróleo, como uma forma de compensação por possíveis danos ambientais causados durante o processo. A maioria dos congressistas defende que todos os Estados ganhem o mesmo percentual desses recursos e, embora Dilma tenha vetado este artigo, analistas dizem que deputados e senadores da base aliada devem derrubá-lo, sustentando que a questão é estadual e não partidária. Os governadores capixaba, paulista e fluminense já adiantaram que devem procurar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso o veto presidencial seja derrubado pelos parlamentares. Os congressistas destes Estados se mobilizam para obstruir a pauta, tentando atrasar o horário da votação, marcada para ter início às 19h e cujo quorum mínimo é de 14 senadores e 86 deputados. A cédula de votação terá os 140 dispositivos rejeitados pela presidente, e após um período de breve comunicações e leitura de outras rejeições presidenciais, será aberto espaço para discussão. Cada veto será analisado duas vezes, primeiro pelo Senado e depois pela Câmara. O adiamento da votação, prevista para o ano passado, acabou postergando também a apreciação do Orçamento, que só deve ser analizado após o encerramento desta questão. A BBC Brasil preparou um guia com as questões mais polêmicas sobre a distribuição dos royalties. Por que a lei dos royalties é tão polêmica? Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties irritou municípios e Estados produtores. Isso porque a lei prevê redividir não só recursos de contratos futuros, ou seja, de blocos que ainda serão licitados, como altera também os de antigos. O principal Estado afetado por isso seria o Rio de Janeiro, responsável por % da exploração nacional de petróleo. O royalty é um valor pago por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço. No caso do setor de petróleo, trata-se de um valor cobrado da concessionária que explora os campos, baseado em sua produção. O montante é pago à União, que repassa parte dos recursos a Estados e municípios segundo proporções estabelecidas na legislação. Até a aprovação da nova divisão dos royalties pelo Congresso, em novembro deste ano, os municípios e Estados produtores recebiam a maior parcela dos royalties e participações especiais (tributo pago pelas empresas pela exploração de grandes campos de petróleo). A presidente Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova lei, entre os quais, a redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Ela também determinou aos beneficiários desses recursos que invistam 100% da renda obtida a partir deles em educação. O Congresso revidou e decidiu votar, em caráter de urgência, os vetos da presidente.

74 O legado de Chávez: os prós e os contras
A morte de Hugo Chávez na terça-feira, aos 58 anos, marca o fim de um período de quase 14 anos nos quais o ex-coronel esteve à frente do país e promoveu inúmeras transformações - defendidas por seus simpatizantes e criticadas pelos opositores. Confira aqui uma lista de cinco argumentos a favor e cinco contra Chávez. CINCO ARGUMENTOS PRÓ-CHÁVEZ 1- Combate à desigualdade Durante o período de Hugo Chávez na Presidência, de 1999 até 2013, a desigualdade na Venezuela caiu gradualmente, da mesma forma que ocorreu na maior parte da região. O país tem hoje a distribuição de renda mais igualitária da América Latina, medida pelo coeficiente Gini. No ano passado, o coeficiente Gini da Venezuela (que varia entre 0, mais igualitário, a 1, mais desigual) ficou em 0,39. Para efeito de comparação, o coeficiente Gini do Brasil, o mais baixo desde que a desigualdade começou a ser medida, é de 0, Atenção aos pobres Hugo Chávez concentrou grande parte dos esforços de seus governos em programas de assistência aos pobres, além de promover as chamadas "missões" para combater problemas como o analfabetismo ou a mortalidade infantil. Segundo dados do Banco Mundial, a porcentagem de venezuelanos que vivem abaixo da linha de pobreza caiu de 62,1% em 2003 para 31,9% em O presidente é elogiado por ter criado as chamadas "missões" para combater problemas como o analfabetismo No campo da educação, os dados da Unesco mostram que a taxa de alfabetização, que em 1991 era de 89,8%, foi elevada a 95,5% em 2010, e a porcentagem de jovens frequentando o ensino secundário aumentou de 57%, em 1999, para 83% em A mortalidade infantil no país caiu de 20 por mil nascimentos vivos, em 1999, para 13 por mil nascimentos vivos em 2011, em grande parte por conta dos programas para melhorar o atendimento de saúde da população mais pobre. 3- Política externa Para os simpatizantes de Chávez, um de seus maiores êxitos foi o de elevar a importância da Venezuela no cenário global e de reposicionar as relações internacionais do país. Com uma retórica fortemente anti-imperialista, Chávez rompeu a tradicional cordialidade nas relações da Venezuela com os Estados Unidos e apostou nas chamadas relações sul-sul, entre os países em desenvolvimento. Utilizando ofertas de petróleo a custo baixo como atrativo, Chávez conseguiu também angariar apoio internacional de vários países às suas ideias. Os opositores, porém, afirmam que o antagonismo com os Estados Unidos, maiores compradores do petróleo venezuelano, foi prejudicial ao país e questionam as alianças de Chávez com líderes como Saddam Hussein, na época que governava o Iraque, ou o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, além de criticar uma suposta subordinação a Cuba. 4- Controle dos recursos naturais Para os chavistas, até o fim dos anos 1990 a Venezuela desperdiçava o fato de ser um dos maiores produtores e exportadores de petróleo no mundo. Em seus primeiros anos de mandato, Chávez promulgou a nova lei de hidrocarbonetos, que estabeleceu o domínio do Estado venezuelano sobre os combustíveis fósseis e o limite de 49% para a propriedade privada em atividades para a extração de petróleo e gás. A partir de 2007, o governo venezuelano nacionalizou vários projetos ligados ao setor, de empresas como Exxon Mobil, ConocoPhillips e Total. No período em que Chávez esteve à frente do governo venezuelano, a cotação internacional do petróleo passou de menos de US$ 20 para os atuais US$ 90, com altos e baixos pelo caminho - chegando a atingir a cotação de US$ 145, recorde histórico, em julho de O aumento na arrecadação advinda do aumento dos preços do petróleo ajudou Chávez a financiar seus principais programas sociais. 5- Carisma Um dos maiores atributos de Hugo Chávez, reconhecido tanto pelos simpatizantes quanto pelos opositores, foi o seu carisma. Chávez também era considerado um bom comunicador, capaz de elaborar de improviso discursos que muitas vezes podiam durar horas. Aos domingos, estrelava sua própria atração na TV estatal, o Aló Presidente, no qual desfilava sua hiperatividade e mostrava aos cidadãos comuns do país seu estilo de governar "ao vivo". Graças em parte ao seu carisma, Chávez foi capaz de vencer quatro eleições presidenciais, a última delas, em outubro do ano passado, com uma vantagem de nove pontos percentuais em relação ao segundo colocado, apesar do desgaste de 14 anos à frente do governo.

75 CINCO ARGUMENTOS CONTRA CHÁVEZ 1- Autoritarismo Uma das principais críticas da oposição a Chávez é seu estilo autoritário e personalista. Apesar de ter sido eleito quatro vezes à Presidência e de ter mantido em funcionamento as principais instituições democráticas do país, Chávez foi acusado de adotar medidas antidemocráticas. O presidente também foi acusado de controlar os poderes independentes do país, como a Justiça, com a indicação de chavistas para postos-chave. Em consequência, Chávez teria se beneficiado de diversas decisões judiciais, como a recente decisão do Tribunal Supremo de Justiça, em janeiro, de que o presidente, internado em Cuba, não precisaria tomar posse oficialmente em seu novo mandato, por ser uma continuação do mandato anterior. Outro ato de Chávez apontado como exemplo de seu estilo autoritário foi sua reação após perder um referendo em dezembro de 2007 para acabar com a limitação de mandatos presidenciais, que o impediria de se candidatar novamente à reeleição, em Ao invés de aceitar o resultado, ele promoveu um novo referendo, em fevereiro de 2009, no qual conseguiu aprovar a mudança. 2- Corrupção O discurso anticorrupção foi uma das principais bandeiras de Chávez em sua tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Carlos Andrés Pérez, em 1992, e depois em sua primeira campanha à Presidência, em Mas a oposição acusa Chávez de ter aparelhado o Estado venezuelano e aumentado a corrupção no país ao invés de combatê-la. Segundo o último relatório da ONG Transparência Internacional, a Venezuela aparece em 165º lugar em uma lista de 176 países em um ranking de percepção da corrupção no mundo. A percepção da corrupção na Venezuela é a maior da América Latina, segundo o ranking da Transparência. 3- Problemas econômicos Apesar de se proclamar socialista, Chávez não conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econômicas que afetam principalmente a população de renda mais baixa, a inflação. Com índices que chegam a 30%, a Venezuela tem a maior inflação da América Latina. Seu governo também falhou em não criar uma política econômica de longo prazo que fosse capaz de evitar a recessão. A estrutura econômica herdada de governos anteriores na qual a atividade produtiva se resumia praticamente à exploração de petróleo, se manteve intacta na era Chávez. Não houve diversificação do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petróleo.O país permanece extremamente dependente do lucro do petróleo, que implica em aproximadamente 95% das exportações ou cerca de 12% do PIB. O deficit orçamentário do governo atingiu 17% do PIB em Já a dívida pública, apesar da valorização do petróleo, subiu para 49% do PIB. 4- Liberdade de imprensa Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país. A relação de Chávez com a imprensa também foi complicada: o líder venezuelano acusava diversos veículos de atuar como "porta-vozes" da oposição. O presidente venezuelano era chamado de populista e autocrático, acusado de ameaçar a liberdade de imprensa e de utilizar a máquina estatal para perseguir aqueles que discordavam de sua "revolução". Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país. Em 2007, após sua terceira eleição, Chávez não renovou a concessão para a RCTV, segunda maior rede de TV do país. A RCTV havia sido acusada, ao lado de outras TVs privadas, de apoiar a tentativa de golpe contra Chávez em A ONG Humans Right Watch criticou o legado "autoritário" deixado por Chávez, dizendo que ele aumentou radicalmente o controle da imprensa e tentou justificar suas políticas nesse campo alegando que eram necessárias para "democratizar" as TV abertas do país. "No entanto, em vez de fomentar o pluralismo, o governo abusou de seu poder regulatório para intimidar e censurar seus críticos. Ampliou de um para seis os canais administrados pelo governo", acrescentou a HRW. 5 - Violência A violência urbana fugiu ao controle na Venezuela durante as gestões de Chávez. Segundo estatísticas do escritório especializado em crimes e drogas da ONU (Unodc), quando o mandatário assumiu o poder em 1999, a taxa de homicídios era de 25 para cada 100 mil habitantes. Em 2010, esse número havia subido para 45 por 100 mil habitantes – o que representa uma elevação de 80%. A taxa é a mais alta da América do Sul. No mesmo ano, o Brasil registrou índice de 21 por 100 mil. O patamar acima do qual os homicídios são considerados endêmicos é 10 por 100 mil habitantes. O nível de violência era particularmente alto na capital Caracas, onde em 2009 foi registrada taxa de 122 assassinatos por 100 mil habitantes, segundo as estatísticas mais recentes.

76 Gestos, não origem do papa, ditarão sua influência na América Latina
A nomeação de um argentino para a chefia do Vaticano representa um importante aceno da Santa Sé à América Latina, mas os gestos do papa Francisco terão mais poder de influência do que sua origem na relação entre a Igreja Católica e os latino-americanos, segundo padres e teólogos ouvidos pela BBC Brasil. Ainda que a Igreja Católica argentina seja considerada politicamente mais conservadora do que a maioria das igrejas nos países vizinhos, a vida simples levada pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio, suas ações em prol dos mais pobres e a humildade com que se apresentou como papa foram elogiados por padres e teólogos da região. Regime militar As diferenças, segundo os entrevistados, alcançaram seu ápice quando boa parte dos países latino-americanos era controlado por ditaduras militares. Ativistas acusam a Igreja Católica argentina de ter silenciado diante de violações de direitos humanos pelo regime militar ( ). Há ainda relatos de que alguns padres católicos colaboraram com o governo e até presenciaram cenas de tortura de dissidentes. O papel do próprio Bergoglio durante o período é objeto de controvérsia. Em fevereiro, a Justiça argentina afirmou que a cúpula da Igreja Católica, que Bergoglio integrava, "fechou os olhos" para as mortes de religiosos progressistas. Em 2005, ativistas processaram o cardeal por supostamente ter sido cúmplice do sequestro de dois padres jesuítas. Já Bergoglio diz ter agido para libertar os religiosos. Maria das Dores Campos Machado, professora da Escola de Serviço Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), diz que a proximidade entre a igreja e os militares argentinos era ainda alimentada pelos interesses econômicos dos religiosos. Por meio de escolas católicas, o grupo tem grande participação no setor educacional do país. Após o fim da ditadura, diz ela, o conservadorismo político da igreja cedeu, mas o conservadorismo moral se manteve. Machado cita embates entre Bergoglio – que acabaria por se tornar o principal expoente da igreja no país – e o governo argentino sobre casamento gay, aborto e a adoção de crianças por casais homossexuais. Em 2010, quando Bergoglio posicionou-se contra esses temas, a presidente Cristina Kirchner disse que o religioso usava tom comum "às épocas medievais e à Inquisição". "O cardeal Ratzinger perseguiu teólogos da libertação, João Paulo 2º também. Duvido que o novo papa possa fazer isso." orge Claudio Ribeiro, professor do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP Já a igreja brasileira, segundo Machado, ainda que moralmente conservadora, assumiu posição política crítica à ditadura militar. Ao contrário dos colegas argentinos, diz ela, bispos e padres brasileiros se afastaram dos militares e protegerem dissidentes. Os religiosos locais tiveram ainda, segundo a professora, uma posição "mais sensível aos movimentos democratizantes" do que os vizinhos argentinos. Primeiros gestos Padres brasileiros ligados a movimentos sociais consideraram promissores os primeiros gestos do novo papa. "O papa se apresentou de forma despojada, com muita humildade, de um jeito mais fraterno do que marcado por discurso de poder", diz o padre Flavio Lazarrin, ligado à Comissão Pastoral da Terra, órgão que atua em prol de camponeses. "Parece um homem de fé e espiritualidade." Ainda assim, Lazzarin diz que a escolha de um papa latino-americano – independentemente de suas posições políticas ou morais – não resultará em mudanças nas relações entre os padres do continente e suas comunidades. "Nós, no Brasil, temos ampla liberdade, somos escutados e apoiados pela maioria dos bispos. E, pessoalmente, acho que as coisas importantes, que determinam o caminho da história da humanidade, vêm de baixo para cima, e não dos locais do poder.” Para o padre Paulo Suess, ligado ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), "se o novo papa não será um defensor da Teologia da Libertação, porque vem de outro contexto, ao menos fez a opção pelos pobres em concreto, ao andar de metrô, cozinhar sua própria comida“.Suess diz que a postura de Francisco pode influenciar padres que atuam no interior do continente. "Hoje temos padres de Fórmula 1, que celebram missa com carrão e voltam logo para casa. Quem sabe o novo papa vai animá-los a deixar de fazer pit stop nas bases para ficar uma semana no interior, na aldeia indígena onde pregam." Para ele, as ações do papa terão muito mais poder de influenciar a igreja Católica – na América Latina e no resto do globo – do que a origem do pontífice. "Mudanças vão depender da sua cabeça e capacidade para se abrir a ventos novos, e não da nacionalidade."

77 Outras notícias de Março
Do sul do Brasil a candidato a papa: a trajetória de dom Odilo - Cardeal arcebispo de São Paulo é um dos favoritos para suceder Bento 16 como papa. Fidel diz que Cuba perdeu o seu melhor amigo com a morte de Chávez - Em artigo, líder cubano afirma que notícia foi recebida como um duro golpe pela população de seu país. Nelson Mandela é hospitalizado na África do Sul - Autoridades locais dizem que ex-presidente está passando por exames de rotina. Dez anos depois, veteranos do Iraque ainda ‘trazem guerra para casa’ - Casos de violência envolvendo ex-combatentes chocaram os EUA; mais de 600 mil veteranos têm problemas mentais graves, dizem especialistas. No Rio, refugiados africanos enfrentam pobreza, violência e preconceito - Maioria de pedidos de asilo vem da África; presença de congoleses é notada em favelas e no mercado informal. Adoções por estrangeiros despencaram no Brasil desde os anos 80 - Levantamentos acadêmicos indicam que país era o quarto maior ‘exportador’ de crianças nos anos 80, mas em 2011 era o décimo. Caso de mãe que congelou bebês choca França - Mulher é acusada de ter matado e congelado crianças logo após nascimentos. Escalas de Dilma no exterior custaram R$ 433 mil aos cofres públicos - Gastos ocorreram em paradas sem compromissos oficiais; total de despesas em viagens presidenciais soma R$ 11,6 milhões. Itamaraty teme por brasileiros no corredor da morte na Indonésia - País retomou execuções; condenados, Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte aguardam resposta a pedido de clemência. Avaliação do governo Dilma cresce, puxada pelo Nordeste - Cortes de custos em energia e na cesta básica e carisma da presidente impulsionaram aumento

78 Gays enfrentam dilema para sair do armário em Brasil 'polarizado'
A decisão da cantora baiana Daniela Mercury de assumir um relacionamento afetivo com uma mulher trouxe à tona um dilema enfrentado pelos gays brasileiros atualmente. Se por um lado mudanças recentes criaram um ambiente mais aberto para que homossexuais possam "sair do armário", por outro, a sociedade brasileira vive hoje um cenário de crescente polarização sobre o assunto. O quadro atual inclui a conquista de direitos pelos gays, como a decisão do STF que aprovou a união civil estável, e a mobilização dos movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) para mantê-los e ampliá-los. Mas há também confrontos acirrados com grupos religiosos e uma preocupação cada vez maior com assassinatos de membros desta comunidade. Notícias relacionadas Segundo o Relatório de Assassinatos de LGBTs de 2012, publicado pelo Grupo Gay da Bahia, um homossexual, lésbica, bissexual ou transexual é morto a cada 26 horas no país. Não fica claro no documento, no entanto, quantas dessas mortes estão diretamente relacionadas a ataques homofóbicos, configurando o que o grupo convencionou chamar de "homocídios". Outro relatório, focado em violência homofóbica no Brasil e divulgado no ano passado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, revela que os órgãos federais receberam em 2011 uma média de 19 denúncias por dia de discriminação ou violência contra homossexuais. Lideranças de movimentos gays apontam que parte deste momento de tensão na sociedade brasileira se intensificou com a eleição do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) – acusado de homofobia – para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso (CDHM). A posse de Feliciano no cargo desencadeou uma série de protestos. O acirramento do debate, no entanto, é visto como consequência natural do processo democrático, na visão dos entrevistados pela BBC Brasil. "É natural que quanto mais direitos a comunidade LGBT obtenha e mais a sociedade avance, maior seja também o extremismo dos que são contra", diz Rafael Puetter, ativista baseado no Rio de Janeiro conhecido por seus vídeos em que seu personagem "Rafucko" satiriza a "ditadura gay" – regime que, segundo algumas lideranças evangélicas, os homossexuais estariam tentando implementar no Brasil. "A discussão está num ponto muito nervoso no país nesse momento", diz ele.

79 Mercury Foi exatamente neste cenário de polêmica que Daniela Mercury publicou, na semana passada, uma série de fotos em sua conta na rede social Instagram, tornando público seu relacionamento com a jornalista Malu Viçosa: "Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar". Dias antes, diversas celebridades já haviam engrossado a lista dos que protestam contra o deputado Marco Feliciano. A atriz Fernanda Montenegro, de 83 anos, beijou a colega Camila Amado, de 77, na boca, durante a entrega de um prêmio teatral, e os atores Bruno Gagliasso e Matheus Nachtergale protagonizaram manifestação semelhante. "O Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas." Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia Mas a cantora foi a primeira figura de destaque nacional a mencionar o parlamentar ao tomar uma decisão deste porte. "Eu comuniquei meu casamento com Malu para tratar com a mesma naturalidade que tratei outras relações. É uma postura afirmativa da minha liberdade e uma forma de mostrar minha visão de mundo. Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro!", disse em um comunicado. Em entrevista ao Fantástico, programa da TV Globo, Daniela disse que "não foi por causa dele (Marco Feliciano) que fiz isso, mas fico muito feliz que essa minha necessidade pessoal tenha coincidido com esse momento em que isso se faz tão necessário para o Brasil. (...) Não gosto de rótulos, mas estou nessa luta, na luta da comunidade LGBT, sem dúvida". 'Momento contraditório' Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, que há mais de três décadas integra o movimento LGBT no Brasil, diz que o país vive um momento "extremamente contraditório" e que o cenário para os 20 milhões que integram a comunidade e são cerca de 10% da população ainda é incerto. O carioca Rafael Puetter já conta com quase 9 mil seguidores no Twitter e mais de 5 mil no Facebook "Do lado cor de rosa, abrigamos a maior parada gay do mundo, temos a união civil aprovada pelo STF e em dez Estados já se pode casar diretamente, sem passar pela união estável. Mas também somos campeões no índice de assassinatos de homossexuais e transexuais, com 338 execuções em 2012, e há que se ressaltar que a realidade ainda é muito pior no interior do que nos grandes centros", avalia. Mott cita como exemplos negativos o veto da presidente Dilma Rousseff a uma cartilha contra a homofobia, que seria divulgada nas escolas brasileiras e já havia sido aprovada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e pelo Conselho Federal de Psicologia, e a um material de campanha de prevenção ao HIV/Aids durante o último Carnaval, retirado de circulação por fazer menções a relações homossexuais. Já a decisão de Daniela, sua conterrânea, é vista como um bom sinal. "Com certeza muitos jovens com medo de se assumir vão se inspirar na Daniela Mercury", diz. Observando os avanços e retrocessos da sociedade brasileira nos últimos 30 anos, o baiano é categórico ao avaliar o momento atual. "O Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas".

80 Filas no porto de Santos irritam caminhoneiros e evidenciam gargalo
O drama dos milhares de caminhoneiros que tentam descarregar suas mercadorias no Porto de Santos voltou a se agravar, com filas de até 12 quilômetros registradas nesta semana. Na manhã desta quarta-feira, segundo a Ecovias, a via Anchieta estava congestionada entre os quilômetros 58 ao 64, por conta das dificuldades dos caminhões em acessar os terminais portuários. Em março e abril, as filas de caminhões para chegar aos terminais alcançaram 30 quilômetros, enquanto os navios esperavam semanas no mar até chegar sua vez de atracar. Safra recorde x gargalos estruturais Com safras recordes de soja e milho previstas para este ano, o Brasil reforça sua vocação para potência agrícola e pode ultrapassar os Estados Unidos pela primeira vez como maior produtor de soja no mundo. Mas os problemas para escoar essa safra expõem os gargalos estruturais do país, que incluem insuficiência de armazéns, problemas nas estradas, falta de alternativas ao transporte rodoviário e, na reta final, travas nos portos. "A produção (agrícola) está crescendo muito rápido, mas a infraestrutura não reage com a mesma velocidade. É algo preguiçoso", diz Sergio Mendes, diretor da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). Infraestrutura não cresceu tão rápido quanto a safra, diz Sergio Mendes Ele afirma que a produção brasileira de soja quase triplicou de 2000 para cá, devendo chegar a 83 milhões de toneladas neste ano. Metade vai para exportação, e um terço da soja que sai do país passa por Santos. De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo, a Codesp, um quarto da balança comercial do Brasil passa pelo Porto de Santos, o maior do país em termos do valor de mercadorias movimentadas. O porto triplicou sua capacidade nos últimos vinte anos, e hoje movimenta 105 milhões de toneladas de bens a cada ano – não apenas grãos, mas também açúcar, contêineres, carros, combustível. Investimentos Barco diz que a situação atual reflete anos de carência de investimentos em infraestrutura, mas destaca que US$ 3,5 bilhões estão sendo investidos no porto até Estradas e viadutos estão sendo construídos para melhorar o acesso ao porto – Barco alerta, porém, que embora medidas estejam sendo tomadas para remediar a situação, a melhora não se dará de um dia para o outro – e neste ano a situação ainda pode se agravar com a entrada da safra do açúcar, nos próximos meses. É no meio de uma crise que se buscam as grandes soluções. Mas as grandes soluções não vêm no curto prazo", diz Barco. Em dezembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote que prevê investimentos de R$ 54,2 bilhões até 2017 para modernizar o setor portuário brasileiro. Os investimentos estão vinculados à chamada MP dos Portos, aprovada por uma comissão mista do Congresso nesta quarta-feira e que deve ir a plenário até 16 de maio. Renato Barco diz que US$ 3,5 bi estão sendo investidos no porto até "O governo brasileiro está correndo contra o tempo", diz Barco. "Precisamos investir em estradas e ferrovias.” Para dar vazão à produção agrícola do país, especialistas concordam que é preciso modernizar os sistemas de transporte no país. Em vez de usar caminhões para fazer a longa viagem do centro-oeste até o Porto de Santos, Sergio Mendes, da Anec, diz que o país deveria investir em hidrovias e escoar seus grãos pelo Norte do país.

81 Entenda por que a inflação preocupa no Brasil
Por que a inflação voltou a preocupar? A inflação é um velho inimigo da economia brasileira. Depois de anos de hiperinflação, após a adoção do Plano Real, em 1994, a taxa anual caiu de forma significativa. Em junho daquele ano, quando a nova moeda foi lançada, a taxa mensal foi de 47,43%. No mês seguinte, caiu para 6,84%, posteriormente, em setembro, para 1,53%. Hoje em dia, o Brasil trabalha com um sistema de metas de inflação anual. O centro da meta para 2013, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4,5% , mas o BC admite, ainda dentro da meta, uma variação de dois pontos percentuais para cima e para baixo. Nos últimos 12 meses encerrados em março, segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 6,59%, estourando o teto da meta. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde novembro de 2011, quando o aumento em igual período foi de 6,64%. A alta do índice em março já era prevista por analistas, mas contribuiu para aumentar os temores de que a estratégia adotada pelo governo para combater a inflação esteja sendo ineficiente e as autoridades estejam evitando tomar medidas "mais duras" nesse sentido, como uma eventual subida dos juros. O aumento também torna mais distante o objetivo de manter a inflação em 2013 mais próxima do centro da meta. Em 2010, a taxa foi de 6,5% e, no ano passado, de 5,84%.O BC prevê, no entanto, segundo seu último relatório trimestral, que a inflação deva encerrar este ano em 5,7%. "A alta da inflação é extremamente prejudicial ao país. O aumento dos preços mina o poder de compra da população, especialmente das classes mais baixas que, com menos dinheiro no bolso, corre mais riscos de ficar endividada e inadimplente", afirma à BBC Brasil Samy Dana, professor de economia da FGV-SP "Além disso, cria um cenário de incertezas para o investidor, que, desconfiado dos rumos da economia do país, tende a suspender ou adiar investimentos, prejudicando o crescimento", acrescenta. O que explica a alta da inflação? Preço do tomate subiu 151,39% nos últimos 12 meses Inúmeros fatores explicam a escalada inflacionária no Brasil. De maneira geral, a origem está no desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Segundo o governo, foi o que aconteceu com os alimentos, já considerados os principais vilões para o aumento da inflação. O tomate, por exemplo, dobrou de preço nos últimos doze meses, com alta de 122,13%. No mesmo período, a farinha de mandioca registrou alta de 151,39%, segundo dados do IBGE. Existe um consenso de que parte da culpa é das condições climáticas. Nos Estados Unidos, a seca elevou o preços dos grãos, ao passo que, no Brasil, a seca no Nordeste e as chuvas na Região Sul também afetaram o valor cobrado pelos alimentos no mercado doméstico. Porém, para especialistas, o aumento dos preços também é explicado pelos rumos mais recentes da economia brasileira, bem como problemas estruturais do passado. "Nos últimos anos, o mercado de trabalho passou por uma melhora importante, e a taxa de desemprego vem caindo. Paralelamente, devido ao déficit de mão de obra, os salários subiram, e esse aumento de renda também contribuiu para acelerar o consumo", explica a economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, especialista em inflação. "O problema é que, ao passo que a demanda cresceu, a produção vem caindo e o nível de investimento (para ampliar a capacidade produtiva), também. Com mais pessoas consumindo e menos produtos disponíveis, o desequilíbrio é inevitável e se reflete nos preços", acrescenta. "A pressão por maiores salários também elevou, por sua vez, o repasse de custos", conclui. Por fim, o Banco Central diminuiu os juros, incentivando a expansão do crédito e, consequentemente, o consumo das famílias.

82 EUA investigam se suspeitos de ataque em Boston tiveram ajuda
As autoridades americanas iniciaram investigação para saber se os dois suspeitos do atentado à bomba na Maratona de Boston tiveram ajuda no ataque. Um dos suspeitos, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, foi encontrado na noite de sexta-feira (19) escondido em um barco guardado em um quintal de uma casa perto de Boston. Ele havia escapado a pé depois de um confronto com a polícia na madrugada desta sexta-feira, aparentemente ferido. O irmão dele, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, morreu durante o tiroteio com a polícia. Os investigadores da CIA, a agência secreta americana, e do FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, tentam descobrir se os dois tiveram alguma ajuda na elaboração e execução do ataque que causou a morte de três pessoas e deixou mais de 170 feridas. Autoridades americanas e familiares dos suspeitos identificaram os irmãos Tsarnaev como chechenos que viviam nos Estados Unidos há cerca de uma década. O FBI chegou a interrogar Tamerlan em 2011 a pedido de um governo estrangeiro. Porém, o caso foi encerrado depois que as autoridades não encontram provas para suspeitar dele. Também surgiu a informação de que Tamerlan passou seis meses na Rússia em O governo da Rússia afirmou neste sábado que o presidente Vladimir Putin conversou por telefone com o colega americano Barack Obama e os dois concordaram em aumentar a cooperação depois dos ataques. Em um discurso em cadeia de televisão momentos após a confirmação da captura de Dzhokhar Tsarnaev, Obama afirmou que o maior desafio das autoridades a partir de agora será descobrir o motivo dos ataques e se há mais pessoas envolvidas. Dzhokhar Tsarnaev foi encontrado escondido em um barco guardado em um quintal no distrito de Watertown, perto de Boston. Ele teria sido baleado várias vezes e, depois de ser capturado, foi levado para um hospital local. Os médicos consideram seu estado grave, porém estável. As autoridades afirmam que esperam que Dzhokhar sobreviva para que eles comecem os interrogatórios. A busca pelo segundo suspeito do atentado à bomba contra a Maratona de Boston começou na madrugada de sexta-feira (19), quando o jovem escapou à pé, aparentemente ferido, depois de um tiroteio com a polícia no qual o outro suspeito, o irmão mais velho de Dzhokhar, Tamerlan Tsarnaev, foi morto

83 França legaliza união entre casais do mesmo sexo
A mais recente batalha travada no legislativo terminou em 23 de abril, quando a França tornou-se o 14o. país (o nono europeu) a legalizar o casamento gay. Não foi fácil, mesmo para uma das nações mais liberais do mundo. Foram cinco meses de debates entre os parlamentares e, nas ruas, violentas manifestações contrárias ao projeto, aprovado por 331 votos favoráveis e 225 contrários na Assembleia Nacional. A nova legislação prevê não somente a união homossexual como a adoção de crianças por casais gays. Segundo analistas, é a maior mudança social em território francês desde a abolição da pena de morte, em 1981. A aprovação da medida era uma das principais promessas de campanha do presidente François Hollande, eleito em maio do ano passado. A disputa no Congresso foi também um teste político para o socialista, enfraquecido por conta da crise econômica e o aumento das taxas de desemprego na França. Mesmo com a maioria de esquerda no Parlamento francês, a pressão contrária ao projeto ameaçou a votação. Nos últimos meses, milhares de pessoas protestaram contra o casamento gay, com o apoio de religiosos e partidos conservadores. Agora, a oposição vai questionar a validade do projeto na Justiça. Mesmo assim, especialistas preveem que a lei deve ser sancionada por Hollande e que os primeiros casamentos gays devem acontecer a partir de julho. No campo político, entretanto, críticos e apoiadores da proposta devem estender a discussão até o próximo ano, quando acontecem eleições municipais. Tendência Desde 2000, 14 países do mundo aprovaram mudanças na legislação para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo: África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Holanda, Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Suécia, Portugal e Uruguai. Outros quatro permitiram somente a adoção de crianças por casais gays: Andorra, Dinamarca, Israel e Reino Unido. A Holanda foi o primeiro país a estender todos os direitos de heterossexuais, incluindo a adoção, aos homossexuais. Nos anos seguintes, o movimento espalhou-se por outros países democráticos da Europa. Os ativistas defendem que os gays têm os mesmos direitos que cidadãos heterossexuais em uma democracia, argumento também usado por outras minorias, como as mulheres e os negros, em suas lutas nos anos 1960 e 1970. Nos Estados Unidos, o casamento gay já é permitido em nove Estados. Outros seis aprovam um tipo de união legal semelhante ao casamento e 38 o proíbem. Em 2011, o presidente Barack Obama declarou ser favorável às reivindicações. Contudo, a sociedade americana ainda vê o assunto com cautela, ao passo que a Suprema Corte analisa ações que podem tonar a união gay um direito constitucional, ou seja, válido para todo o país.

84 Outras notícias de Abril
Sem Chávez, próximo presidente terá de lidar com economia e violência - Presidente eleito neste domingo terá de equilibrar legado do governo Chávez com mudanças para responder aos desafios que aguardam a nova gestão Imobiliárias em Portugal usam visto para atrair brasileiros - Impressionados com peso de comunidade em mercado de Miami, agências portuguesas apostam em projeto que facilita acesso a residência e cidadania. Dois consórcios vão disputar concessão do Maracanã; entenda - Liminar chegou a suspender licitação; Movimentos sociais, partidos atletas e Ministério Público criticam projeto. Polêmica, licitação decidirá nova administração do Maracanã; entenda - Movimentos sociais, partidos atletas e Ministério Público criticam projeto; vencedor, a ser definido nesta quinta, será responsável pela gestão, operação e manutenção do estádio e seu entorno. Brasileiros se aventuram em mercado da 2ª residência na Europa - Número de interessados em comprar imóveis para investir, passar férias e até se aposentar do outro lado do Atlântico é cada vez maior. Obama pede que cidadãos pressionem Congresso por controle de armas - Presidente defende maior checagem do perfil dos compradores de armas.

85 Entenda os desafios de Azevêdo à frente da OMC
Eleito nesta terça-feira, o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo terá como principais desafios relançar a liberalização do comércio mundial e reavivar os pactos multilaterais de comércio, que vêm perdendo fôlego, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil. Azevêdo assume o cargo em 1° de setembro e já em dezembro comandará uma reunião ministerial da OMC em Bali, Indonésia, que tem como principal objetivo o avanço nas negociações da Rodada Doha, criada para liberalizar o comércio mundial. Mas o ceticismo em torno da Rodada é grande. Impasse agrícola O próprio Azevêdo reconhece que o "sistema comercial está enfraquecido pela completa paralisia" das negociações de Doha, iniciadas em 2001 para facilitar o comércio mundial, mas emperradas desde 2008 devido às divergências em relação à questão agrícola. Países em desenvolvimento reivindicam maior acesso de seus produtos agrícolas nos países ricos e condicionam a isso qualquer outra discussão – como a abertura de seus mercados aos produtos industriais dos países desenvolvidos. Para alguns dos especialistas, a saída para o impasse é reconhecer o seu fracasso e visar um acordo mais modesto, com menos trocas de concessões do que as previstas inicialmente."O primeiro desafio do novo diretor-geral será ajudar os países membros da OMC a aceitar que chegou o momento de renunciar a certas ambições da Rodada Doha“. 'Compromisso único' Ele e Siroën, da Universidade Paris-Dauphine, ressaltam ainda que mudanças no processo de negociações realizadas pela OMC também são um importante desafio para Azevêdo. Nas negociações de uma rodada comercial, nada pode ser concluído enquanto não for obtido um acordo em relação à totalidade dos assuntos discutidos. É o chamado princípio do "compromisso único“. "Esse princípio tende a enfraquecer as negociações, fixando objetivos impossíveis de serem atingidos", afirma Jean, acrescentando que a OMC deve modernizar seu funcionamento. "Focar as discussões em alguns temas em vez de abranger inúmeras áreas ao mesmo tempo pode facilitar as discussões comerciais. Países que chegarem a um acordo sobre determinado tema poderiam concluir uma negociação no âmbito da OMC", diz Siroën. Ele cita como exemplo dois acordos já realizados nessas condições, um deles relativo à aviação civil e outro sobre mercados públicos. "A OMC teria diferentes velocidades e poderia generalizar acordos plurilaterais (que envolvem apenas alguns dos seus 159 países-membros). Outros países, claro, poderiam se juntar depois ao grupo", afirma. "Esse tipo de sistema seria uma porta de saída e permitiria relançar as negociações do ciclo de Doha", diz Siroën. Acordos bilaterais Outro desafio que o brasileiro terá de enfrentar na OMC é a multiplicação de acordos bilaterais em vigor - já são mais de 300 -, causada pela falta de pactos multilaterais. A União Europeia, por exemplo, discute atualmente acordos com Japão e Índia e Estados Unidos. "O novo diretor-geral precisa restaurar a prioridade do multilateralismo", diz Julius Sen, especialista em OMC na London School of Economics. "Os acordos bilaterais têm uma lógica oposta à da OMC. O acordo comercial entre a União Europeia e os EUA enterrará de vez a Rodada Doha.” Protecionismo O protecionismo comercial, que tende a aumentar em épocas de crise econômica, também é outro importante entrave que deve ser enfrentado por Azevêdo. O francês Pascal Lamy, diretor-geral da OMC nos últimos oito anos e que ocupará o cargo até agosto, ressaltou inúmeras vezes que as barreiras protecionistas estariam aumentando, com impacto negativo para o comércio mundial. Em entrevista ao francês Journal du Dimanche no último domingo, Lamy afirmou que "o protecionismo não protege mais e é melhor importar para exportar melhor“. O Brasil também foi acusado de protecionismo após ter aumentado o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros importados.

86 Comissão da Verdade discute cronograma para exumação do corpo de Jango
A CNV (Comissão Nacional da Verdade) discute nesta quarta-feira (29) um cronograma para a exumação dos restos mortais do presidente João Goulart ( ), que morreu em A exumação será feita a pedido da família de Jango, que acredita que a morte tenha sido provocada por envenenamento.  A suspeita é de que ele tenha sido assassinado por agentes da Operação Condor –acordo entre governos militares da América Latina, nas décadas de 70 e 80, para perseguir e prender militantes de esquerda. A versão ganhou força com as declarações do ex-agente secreto uruguaio Mario Neira Barreiro, de que a morte foi ordenada pelo delegado Sérgio Fleury, do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), um dos nomes mais associados à tortura à época, a mando da cúpula do regime. A versão oficial é de que o presidente foi vítima de um ataque cardíaco, mas não foi feita uma necropsia na época.

87 Jorge Videla, ex-ditador argentino, morre aos 87 anos
Jorge Videla, o ex-comandante que governou a Argentina durante os anos mais sangrentos da ditadura militar que vigorou entre 1976 e 1983, morreu nesta sexta-feira. Ele cumpria pena por crimes de violação dos direitos humanos. Prisão e ostracismo Condenado a duas penas de prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos durante o seu período à frente da ditadura argentina (de 1976 a 81), ele estava encarcerado na prisão comum de Marcos Paz, num subúrbio a 45 quilômetros a oeste da capital Buenos Aires. Ele vivia no ostracismo, escrevia suas memórias e rezava ao lado de uma modesta cama debaixo de um crucifixo, com quase nenhuma conexão com o mundo exterior. Videla morreu sem demonstrar arrependimento pelos crimes cometidos contra os opositores durante a ditadura. Por meio do terrorismo de Estado, o governo militar buscou aniquilar a oposição e os grupos guerrilheiros que então estavam se retirando, após anos de violência. O sequestro, tortura e assassinato das vítimas, cujos corpos eram logo enterrados clandestinamente ou lançados ao mar, tornaram-se procedimentos comuns dos agentes da ditadura. Além das condenações, Videla havia sido destituído de seu cargo militar pela justiça civil, decisão que nunca reconheceu. Em sua última aparição pública, na terça-feira da semana passada, ele disse que não reconhecia o tribunal que o julgava pelo que chamou de "luta antisubversiva" durante os anos de chumbo, que deixaram até 30 mil desaparecidos no país, segundo grupos de defesa dos direitos humanos. manos.

88 Oriente Médio: Bombardeio israelense agrava crise na Síria
Ataques aéreos israelenses contra bases militares na Síria, nos dias 3 e 5 de maio, aumentaram a tensão no Oriente Médio. A guerra civil na Síria, que já dura dois anos, matou 700 mil pessoas e deixou milhares de refugiados. Israel manteve, até então, a neutralidade no conflito. Os ataques, porém, não significam que os israelenses estejam apoiando as forças rebeldes. Pelo contrário, eles até preferem o ditador Bashar al-Assad no poder do que insurgentes ligados a radicais islâmicos. O objetivo de Israel foi impedir que um suposto carregamento de armas chegasse até os militantes do Hizbollah, no Líbano, com que Israel esteve em guerra em Mesmo assim, uma prometida retaliação do regime sírio poderia causar uma guerra envolvendo outras nações. Outro elemento que agravou a crise na Síria foram informações controversas sobre o uso de armas químicas no país. A confirmação poderia justificar uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos.

89 Reforma portuária: entre a modernização e o atraso
Aprovada em 16 de maio no Congresso, a medida provisória 592/2012, conhecida como MP dos Portos, segue agora para a sanção presidencial. O objetivo da lei é atrair mais investimentos ao setor portuário, de modo a melhorar a economia do país. Pelos terminais portuários passam 95% do volume total de cargas destinadas ao comércio exterior. Mas a estrutura defasada e a burocracia impedem, hoje, o desenvolvimento econômico do país. A reforma estabelece novas regras de exploração dos terminais por empresas, incentivando a competitividade no setor. Mesmo sendo uma lei importante para o país, a MP dos Portos correu o risco de ser “enterrada” no Congresso devido ao fisiologismo político. Movidos por interesses próprios ou de grupos específicos, os parlamentares – incluindo a base de apoio do governo, que compõe a maioria -- “travam” votações importantes para pressionar o Governo Federal.

90 Outras notícias de Maio
Estrangeiros resgatados de escravidão no Brasil são 'ponta de iceberg‘ - Bolivianos, paraguaios e chineses estão entre imigrantes que vieram ao país atrás de oportunidades mas acabaram vítimas de formas contemporâneas de escravidão. Grupo de Eike e Odebrecht vence disputa por administração do Maracanã; - Vitória do consórcio já era esperada; empresas vão operar complexo pelos próximos 35 anos. Legalização da maconha cria oportunidades para vítimas da crise nos EUA - No Estado de Washington, vendas começam e 2014 e já há pessoas planejando a abertura de lojas. Cresce percepção negativa sobre o Brasil no mundo, diz pesquisa Apesar de aumento leve na percepção positiva do país, levantamento da BBC indica que imagem negativa cresceu de 18% para 21% entre 2012 e 2013

91 Protestos no país: A revolta da nova geração
Protestos motivados pelo preço da passagem de ônibus espalharam-se pelas principais metrópoles brasileiras, causando tumultos e a maior mobilização popular dos últimos vinte anos. A pressão das ruas forçou os governos a revogarem o aumento do valor das tarifas de ônibus e trens. Mesmo assim, as manifestações continuam pelo país, contra a corrupção, os gastos da Copa do Mundo e reivindicando melhorias nos serviços públicos. O movimento se caracteriza por ser jovem e apartidário. As primeiras passeatas aconteceram em São Paulo, organizadas pelo Movimento Passe Livre. O grupo usa as redes sociais e aparelhos celulares para coordenar os eventos. Nos primeiros atos, no começo de junho, o vandalismo gerou antipatia da população. Mas nas manifestações do dia 13 de junho, em São Paulo, a repressão da Polícia Militar chamou a atenção da imprensa internacional e de órgão de defesa dos direitos humanos, mudando a imagem dos manifestantes. Outras dezenas de atos foram organizados pela internet no exterior, em apoio aos manifestantes brasileiros. Estádios que recebem jogos da seleção brasileira pela Copa das Confederações tiveram a segurança reforçada em razão dos protestos.

92 PEC 37: Pressão das ruas derrubou proposta
 Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37/2011, que limitava o poder de investigação do Ministério Público, foi rejeitada com 97% dos votos na Câmara dos Deputados. A decisão foi considerada uma vitória do movimento popular que se espalhou pelo país. Para os manifestantes, o projeto favorecia a impunidade de políticos corruptos. A PEC 37 foi apresentada em 2011 pelo deputado federal e delegado Lourival Mendes (PTdoB-MA). A emenda pretendia garantir a exclusividade das investigações criminais às polícias Civil e Militar. Nos últimos anos, promotores e procuradores assumiram a frente da apuração de importantes escândalos de corrupção no país, como o caso do “mensalão”. Para os defensores, a medida visa preservar a distribuição de poderes, impedindo abusos. Mas o clima de revolta contra a corrupção no país fez com que a rejeição da PEC 37 tornasse uma das principais reivindicações de protestos. A pressão popular obrigou o Congresso a votar proposta, que foi recusada de forma quase unânime, contrariando uma disposição inicial dos parlamentares para aprová-la. O “enterro” da PEC 37 faz parte de uma estratégia política para “esfriar” os protestos de rua.

93 Tensão no MS: Os dilemas da política do bom selvagem
A morte de um índio no Mato Grosso do Sul aumentou a tensão entre indígenas e fazendeiros da região, além de expor uma crise da política indigenista do país e da Funai (Fundação Nacional do Índio), órgão responsável por garantir os direitos dos povos indígenas. O índio Oziel Gabriel, 35 anos, foi morto em confronto com policiais militares e federais em Sidrolândia (MS), no dia 30 de maio, durante uma operação de reintegração de posse. A propriedade foi invadida por indígenas da etnia terena em 15 de maio. Os índios reivindicam uma área de 17,3 mil hectares. Pelo menos outras cinco fazendas da região foram ocupadas, segundo a Funai. Em algumas, imóveis foram incendiados e os produtores, expulsos. O Mato Grosso do Sul concentra hoje a maioria dos casos de assassinatos de índios no país. A tensão no Estado reflete um aumento de conflitos em todo o país. Nos últimos 30 anos, o número de áreas demarcadas aumentou seis vezes, correspondendo, hoje, a 13% do território brasileiro (quase o dobro do destinado à agricultura, de 7%). O problema é que a mera demarcação de áreas não foi acompanhada de melhorias na vida dos índios, e ainda aumentou a atrito com fazendeiros, afetando o agronegócio.

94 Outras notícias de Junho
Copa pode provocar despejo de 250 mil pessoas, afirmam ONGs -Entidades civis estimam que esse é o número de pessoas ameaçadas por remoções ou que vivem em áreas de disputa. Prefeitos devem pedir a Dilma redução de impostos sobre transporte coletivo - Presidente também deverá receber apoio à contratação de médicos estrangeiros para o Sistema Único de Saúde. Estado de saúde de Nelson Mandela é crítico - Presidência da África do Sul diz que situação de Mandela de deteriorou nas últimas 24 horas. Brasil e Espanha disputam final, enquanto Rio espera novo megaprotesto nas ruas - Último jogo da Copa das Confederações é o primeiro entre as duas seleções desde 1999; Ato contra remoção de moradores para Copa e Olimpíada deve acontecer. Veterano de 6 Copas, torcedor aventureiro vê Copa das Confederações ‘sem clima’ - Aposentado paulista viaja em uma Kombi e diz que distância entre cidades-sede é problema para a Copa do Mundo. Apesar da crise, portugueses recusam empregos e criam paradoxo - No Algarve, tradicional destino turístico no sul de Portugal, donos de bares têm dificuldade para contratar, apesar de desemprego de 18%. Presidente do Egito completa um ano de poder com país dividido - Protestos marcados para este domingo podem resultar em novos violentos enfrentamentos entre grupos a favor e contra Mohammed Morsi. Prisão de padre aumenta pressão por transparência no Vaticano - Esquema de lavagem de dinheiro teria movimentado milhões de euros com cheques de 'doações'. Wikileaks volta aos holofotes com apoio a Snowden - Apoio a ex-funcionário da CIA que revelou sistema de monitoramento de informações pela internet pode ajudar organização a recuperar prestígio perdido. Mandela está 'bem melhor', diz presidente da África do Sul - Jacob Zuma visitou ex-líder no hospital em Pretória; seu estado de saúde continua crítico, porém estável.

95 O Caso Snowden Em reportagem ao jornal O Globo e em entrevista ao Fantástico, o jornalista americano Glen Greenwald, que primeiro noticiou o caso NSA pelo The Guardian, relatou as razões do monitoramento norte-americano nas comunicações brasileiras.O Brasil, de acordo com os documentos divulgados pelo ex-técnico em segurança digital da CIA Edward Snowden, é um dos países mais vigiados pelo programa PRISM que coleta dados telefônicos e de tráfego na internet.Greenwald, que mora no Brasil, esteve com Edward Snowden em Hong Kong no começo de junho, quando o ex-agente da CIA entregou cerca de 5 mil páginas de documentos sobre o PRISM, o acordo de monitoramento dos cidadãos americanos feito com as grandes empresas de telecomunicações americanas e o esquema de vigilância em países estrangeiros. No aeroporto em busca de um asilo - Snowden, que teve seu passaporte cancelado pelo governo, continua em uma zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde que chegou de Hong Kong há cerca de duas semanas, à espera de um asilo político.Venezuela, Nicarágua e Bolívia já ofereceram asilo a ele, mas há dificuldades logísticas para ele chegar a essas nações sem passar pelo espaço aéreo de países europeus, que poderiam obrigar o pouso da aeronave que o estiver transportando.Para o especialista francês em casos de espionagem Sebastien Laurent, “Snowden é um homem morto e, diante da gravidade do que fez, jamais encontrará um refúgio seguro”.O jornalista americano que se encontrou com Snowden contou que ele está disposto a enfrentar as consequências de seu ato após revelar essa série de documentos que abalou o governo Obama e colocou a diplomacia norte-americana em crise.Na entrevista que gravou com Greenwald, o ex-funcionário da CIA disse que questionava a operação PRISM e que acreditava que o público deveria ter conhecimento do programa para decidir se essa prática era ou não legal. Conexão Brasil - Nas novas revelações feitas por Greenwald, que aos poucos analisa e divulga os documentos repassados a ele por Snowden, o Brasil aparece como um dos países mais vigiados do mundo. Segundo o jornalista, a razão disso pode ser a coleta de dados que trafega através do Brasil, já que toda a rede de comunicação está interligada.De acordo com Greenwald, “não temos acesso ao sistema da China, mas temos acesso ao sistema do Brasil. Então estamos coletando o trânsito do Brasil não porque queremos saber o que um brasileiro está falando para outro brasileiro, mas porque queremos saber o que alguém na China está falando com alguém no Irã, por exemplo”. O governo brasileiro reagiu imediatamente à reportagem e pediu explicações ao governo americano sobre a espionagem no país. As solicitações foram feitas através da Embaixada do Brasil em Washington e também ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil. O Itamaraty vai lançar ainda iniciativas na Organização das Nações Unidas (ONU) e na União Internacional de Telecomunicações (UIT) pedindo o estabelecimento de normas de segurança e de comportamento em relação à preservação da privacidade dos canais de comunicação dos países.Internamente, o governo brasileiro solicitou à Anatel, em conjunto com a Polícia Federal, uma investigação para saber se as empresas sediadas no Brasil divulgaram dados de brasileiros à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

96 Entenda: o golpe no Egito
O que aconteceu? O comandante-geral das Forças Armadas do Egito, o general Abdul Fattah al-Sisi, declarou em um anúncio transmitido pela TV que a Constituição havia sido suspensa e que o presidente da Suprema Corte Constitucional assumirá poderes presidenciais, na prática derrubando o presidente Mohammed Morsi. De acordo com o general Sisi, o líder da Suprema Corte, Adli Mansour, irá comandar um governo interino formado por tecnocratas até que eleições presidenciais e parlamentares sejam convocadas. A mais alta autoridade islâmica do país, o grã-xeque de Al-Azhar, o líder da Igreja Copta, bem como o principal nome da oposição, Mohammed ElBaradei, se pronunciaram todos após o general, dando seu aval para a deposição. Uma declaração feita no Twitter da presidência citou Morsi como denunciando o anúncio do Exército como sendo um "golpe completo categoricamente rejeitado por todos os homens livres de nossa nação“.Soldados, apoiados por veículos blindados, asseguraram locais importantes da capital, Cairo, enquanto centenas de milhares de manifestantes de oposição e partidários de Morsi foram às ruas. Por que o presidente foi deposto? A oposição pública a Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, vinha crescendo desde novembro de A fim de garantir que a Assembleia Constituinte, dominada por seus aliados muçulmanos da Irmandade Muçulmana, poderia concluir a elaboração da nova Constituição do país, ele expediu um decreto concedendo a si mesmo amplos poderes. Após dias de protestos da oposição, ele concordou em limitar o alcance dos poderes que havia se concedido. Mas houve novos protestos ao final do mês quando a Assembleia Constituinte aprovou às pressas uma versão da Constituição - a despeito de um boicote por parte de liberais, secularistas e da Igreja Copta. Com a crescente oposição, o presidente Morsi expediu um decreto autorizando as Forças Armadas a proteger instituições nacionais e postos eleitorais até que um referendo sobre o projeto de Constituição fosse realizado no dia 15 de dezembro de Críticos classificaram a medida como uma nova forma de lei marcial.Líder deposto do Egito, Mohammed Morsi, vinha sendo acusado de autoritarismo pela oposição O Exército retornou aos quartéis após o documento ter sido aprovado, mas semanas depois tropas foram mobilizadas em cidades ao longo do Canal de Suez para conter enfrentamentos entre opositores e correligionários de Morsi, que deixaram mais de 50 pessoas mortas. Em 29 de janeiro de 2013, o general Sisi advertiu que a crise poderia "levar a um colapso do Estado". No final de abril, ativistas de oposição montaram o movimento de protesto Tamarod (Rebelde). Seu objetivo central era coletar assinaturas para uma petição que se queixava do fracasso de Morsi em restaurar a segurança no país, bem como sua capacidade de restaurar a economia. E pedia a realização de novas eleições. O grupo também organizou grandes protestos de massa para a data de um ano da posse de Morsi. No dia 30 de junho de 2013, milhões de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades no Egito. Os protestos levaram os militares a advertir o presidente Morsi no dia 1º de julho que iriam intervir e impor o seu próprio caminho, caso ele não atendesse às demandas populares dentro de 48 horas e pusesse fim à crise política. Com a aproximação do ultimato, Morsi insistiu que ele era o líder legítimo do Egito. Ele avisou que qualquer iniciativa para depô-lo à força poderia lançar o país no caos. "O povo me deu poder, o povo me escolheu por meio de uma eleição livre e justa", afirmou. "Legitimidade é a única maneira de proteger nosso país e de prevenir um banho de sangue, de passar para uma nova fase".

97 Organizações Mundiais
ONU - Os principais objetivos da ONU são: manter a paz e a segurança internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações, com base nos princípios de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos; promover a cooperação inter­nacional em assuntos econômicos, sociais, culturais e humanitários. OTAN - Como objetivos principais da OTAN, na atualidade, podemos citar: garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influências nas decisões geopolíticas da região. Países membros: Alemanha Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia. BANCO MUNDIAL - Tem como objetivo fornecer assistência técnica e financiamento para os programas de redução da pobreza nas áreas de saúde, agricultura e infra-estrutura básica. É composto por 184 países membros. Sede: Washington DC, EUA O Banco Mundial é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco instituições que compõem o Grupo Banco Mundial: BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento AID - Associação Internacional de Desenvolvimento IFC - Corporação Financeira Internacional AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos Organizações Mundiais

98 Organizações Mundiais
FMI - O objetivo geral do FMI é estimular a cooperação internacional, facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial, promover a estabilidade cambial e colaborar para o estabelecimento de um sistema de pagamentos internacionais e para a eliminação de restrições cambiais.  Um outro de seus objetivos é que torna o Fundo mais conhecido (ou temido). Numa tradução livre, "incutir confiança aos países membros, disponibilizando temporariamente, sob adequadas salvaguardas, recursos para que possam corrigir desequilíbrios em seus balanços de pagamentos, sem que tenham que recorrer a medidas destrutivas da prosperidade nacional ou internacional Sede em Washgnton D.C. possui atualmente 182 paises membros O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). G8 é um grupo internacional que reúne os sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a Rússia. Todos os países se dizem nações democráticas: Estados Unidos, Japão, Alemanha,Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais a Rússia - esta última não participando de todas as reuniões do grupo. Organizações Mundiais

99 Indicadores Sociais e Econômicos
Principais Indicadores Socioeconômicos - Produto Interno Bruto (PIB): É a soma de bens e serviços produzidos por uma nação no decorrer de um ano. Ajuda a medir a capacidade de produção de um país: quanto maior o PIB, mais rica é a nação. - Produto Nacional Bruto (PNB):É a soma de bens e serviços produzidos por uma nação no decorrer de um ano, mais o capital nacional que está no exterior, de cujo valor é subtraído o capital que foi enviado para fora do país nesse período. Normalmente, os países pobres possuem um PIB maior que o PNB. - Renda per capita:É o PIB de um país dividido pelo número de seus habitantes. Não configura a realidade porque é uma estimativa média da renda anual de cada habitante. - Mortalidade infantil: Indica o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade, para cada grupo de l 000 crianças que nasceram vivas. Quanto maior o índice de mortalidade infantil, piores as condições sociais do país. Lembre-se de que é um valor médio. - Expectativa de vida: É a estimativa do tempo de vida que os habitantes de um país deverão ter. Quanto melhores as condições sociais, maior a esperança ou expectativa de vida. Também é um valor médio. - Escolaridade: Mede o grau de instrução da população, Quanto mais tempo de estudo, melhores os indicadores sociais do país. . Indicadores Sociais e Econômicos

100 Indicadores Sociais e Econômicos
O índice de Desenvolvimento Humano (IDH E considerado o indicador socioeconômico mais amplo e mais completo porque leva em conta três aspectos: a expectativa de vida, o grau de escolaridade e a renda per-capita. O IDH é uma média dos valores que correspondem ao conjunto desses três aspectos e varia de O a l. Quanto mais próximo de l, melhor o IDH de uma nação. Analisando e comparando esses indicadores, é possível classificar os países em ricos ou pobres, desenvolvidos ou subdesenvolvidos, com elevado, médio ou baixo IDH. Podemos constatar que as menores rendas per-capita, os menores PIBs e os mais baixos índices de desenvolvimento humano estão em países subdesenvolvidos, Por outro lado, as nações européias, o Japão e os Estados Unidos, países desenvolvidos, apresentam situações inversas Indicadores Sociais e Econômicos

101 Indicadores Sociais e Econômicos
Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países.  O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100). O Índice de Gini do Brasil é de 54,4 (ou 0,544 relativo ao ano de 2008, divulgado em 2009) o que demonstra que nosso país tem uma alta concentração de renda.  Índice de Gini de outros países: - Argentina: 49 (2007) - China: 47 (2007) - Alemanha: 27 (2006) - México: 47,9 (2006) - Paraguai: 56,8 (2008) - Noruega: 25 (2008) - Portugal: 38,5 (2008) - Estados Unidos: 45 (2007) - França: 32,7 (2008) Indicadores Sociais e Econômicos

102 E as Agências de Classificação de Risco.
O conceito risco-país engloba diversas categorias de risco que podem ser associadas a um país. As principais categorias estudadas quando da avaliação do risco apresentado por um páis são: risco político, risco mercadológico e risco geográfico. O risco político se refere à possibilidade de que o governo do país em questão, tome medidas adversas aos investimentos realizados. Alterações em regulamentação e tributação são a forma mais comum de um governo local afetar negócios estrangeiros no país. Mas o conceito também inclui riscos mais esporádicos e muito mais significativos como os riscos de desapropriação ou nacionalização de ativos, de calotes em contratos, de desordem pública por inépcia governamental e até de golpe de Estado, terrorismo ou guerra civil. O risco mercadológico refere-se à possibilidade de fatores de mercado impactarem valores ou preços de forma a influenciar os investimentos realizados. Ou seja, quando valores ou preços dos ativos financeiros, das taxas de juros, da moeda (ou câmbio) ou dos insumos básicos para produção se alteram em função de forças de mercado exógenas ao investimento gerando impacto negativo no mercado do país em questão. O risco geográfico se refere à possibilidade de fatores geológicos, climáticos e geopolíticos influirem negativamente nos investimentos estrangeiros. Desastres naturais, tensões diplomáticas e conflitos internacionais podem impactar significativamente o valor dos investimentos quando ocorrem. Agências de classificação de risco - as quais destacam-se Moody´s, Standard & Poor´s e Fitch Ratings. Essas agências se dedicam à análise do risco-país associado a investimentos em ativos financeiros, tais como títulos e ações. Por meio da análise das finanças de governos e empresas, as agências produzem classificações ou ratings, que indicam a segurança oferecida pelo governo e pelas empresas de cada país aos investidores estrangeiros que aplicam seu dinheiro em títulos da dívida daqueles governos e empresas. Risco-País E as Agências de Classificação de Risco.


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