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A construção social da ciência

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Apresentação em tema: "A construção social da ciência"— Transcrição da apresentação:

1 A construção social da ciência
Apostila 6 filosofia capítulo 8

2 O entusiasmo filosófico pela ciência e pela razão
As mudanças ocorridas na Europa a partir da Baixa Idade Média (séculos XI a XV), verifica-se uma reorientação na esfera dos conhecimentos humanos. Podemos identificar duas tendências articuladas nessa redefinição, o alargamento dos horizontes da razão, a crescente conjugação entre os saberes desenvolvidos e as interferências humanas na realidade natural e social. Com o propósito de facilitar a ação humana sobre o meio natural, o conhecimento científico, então, associa-se à geração de tecnologias ou, em sentido mais abrangente, ao projeto de domínio humano sobre a natureza. Saber e a transformação da natureza pelo homem é abertamente defendido por muitos filósofos modernos, que declaram a necessidade de o conhecimento ser convertido em benefícios concretos para a humanidade.

3 O entusiasmo filosófico pela ciência e pela razão.
O francês René Descartes ( ), considerado uma das referências inaugurais do pensamento moderno. Esse filósofo dedica-se à procura da adequada condução da razão em direção a verdade, ordenando o uso do pensamento para a distinção entre as ideias falsas e as ideias verdadeiras. Descartes enfatiza que, mediante o controle sobre o meio natural, os homens devem se tornar senhores da natureza. O filósofo Francis Bacon ( ) defende a necessidade de um conhecimento que servisse a humanidade em sua luta contra a natureza. Assim, a perspectiva de Bacon costuma ser sintetizada na frase “saber é poder”, nesse filósofo,o saber era visto como algo que engendra poder para o conjunto da humanidade, melhorando objetivamente a vida de todos os seres humanos.

4 As revoluções científicas
Esse otimismo em relação a capacidade libertária da razão e da ciência é mantido aos longos dos séculos XVIII e XIX, período em que se consolidam as economias e sociedades industriais europeias. Nesse período se reforçou a ideia da crença na razão e na ciência como princípios pelos quais deve se conduzir a humanidade. Os problemas sociais enfrentados por essas sociedades modernas e industriais, como as péssimas condições de vida dos trabalhadores, não negados, porém são definidos como desajustes transitórios. Immanuel Kant ( ), Friedrich Hegel ( )Auguste Comte ( ), projetaram sociedades regidas pela ciência e pela razão, ambos assinalam que o conhecimento científico e racional como a via necessária ao progresso material e espiritual da humanidade. Filósofos como Diderot, d’ Alembert e Voltaire, entendem que as sociedades se inclinam ao aperfeiçoamento na organização crescentemente racional de suas instiuições.

5 A razão e a emancipação humana
Kant em O que é o esclarecimento? , define o iluminismo ou esclarecimento como o processo pelo qual os homens superam sua menoridade, tornando-se capazes de orientar suas ações exclusivamente por suas ações. Hegel compreende a história da humanidade como um devir dialético em que as épocas posteriores são sempre mais racionais em relação as anteriores, apontando o desfecho histórico como realização completa da razão. Comte, por seu turno, concebe o conhecimento humano em três etapas um ponto de partida, o conhecimento teológico, um estado intermediário, o metafísico; e o patamar mais elevado, conhecimento científico ou positivo. Pretendemos destacar o predomínio da confiança filosófica no projeto de uma civilização científica e racional, porém realizar uma análise sobre os aspectos negativos referentes aos avanços da ciência.

6 As críticas filosóficas à razão e à ciência.
Muitos reservaram exclusivamente as ciências o estatuto do saber verdadeiro, concedendo à filosofia um papel auxiliar ou até mesmo descartando a necessidade a atividade filosófica. Os problemas concernentes aos métodos científicos; a possibilidade ou não de as ciências responderem a todas as questões importantes para os seres humanos; o desenvolvimento contínuo das ciências ou as transformações ou rupturas; e a superioridade ou não do conhecimento científico sobre outras formas de explicação sobre a realidade. A ciência sempre é uma construção social. Como construção social, a ciência constitui-se entremeada de relações de forças sociais, estratégias políticas, interesses econômicos e perspectivas culturais. Nesse horizonte, então, movem-se as atuais críticas filosóficas à ciência e ao modo de racionalidade o qual se conjuga hoje. Edmund Husserl ( ) é um exemplo disso,defende a necessidade de um conhecimento filosófico que, atingindo as essências, ofereça fundamentos sólidos ás ciências.

7 Críticas filosóficas em relação a ciência
Gabriel Marcel ( ) afirma que a ação cientifica sobre o mundo se direciona à supremacia do ter, sobre o ser,e Martin Heidegger( ) relaciona a existência inautêntica ao mundo consagrado a técnica. Michel Foucault ( ), para quem o saber é necessariamente vinculado ao poder. Trata-se de interpretação do saber com as relações de poder que envolvem os homens em sociedade, isto é, o saber e o poder influenciam-se reciprocamente na construção de discursos e na instauração de técnicas disciplinares de adestramento dos corpos. Uma ampla crítica das sociedades contemporâneas é desenvolvida pelos estudiosos da escola de Frankfurt, que reuniu intelectuais comprometidos em compreender os motivos pelos quais as civilizações ocidentais contemporâneas não realizaram as expectativas filosóficas iluministas.

8 Escola de Frankfurt Tinha como objetivo identificar os motivos pelos quais a sociedade racional científica e tecnológica, em vez de fazer os homens seres livres, parece retirar a sua humanidade. Adorno e Horkheimer investigam o trajeto da civilização ocidental, de suas origens no interior do pensamento mítico às suas manifestações na atualidade. A razão inicialmente direcionada ao domínio dos homens sobre a natureza, deriva para a dominação dos homens sobre os próprios homens. A razão passa a ser então uma razão formal instrumental. Na primazia da técnica do mercado, a racionalidade é reduzida a simples cáculo que ajusta os meios aos fins e o pensamento não é um ato de independência do ser humano, pois é sempre algo dado antecipadamente, uma via de ajuste do indivíduo à sociedade totalmente administrada. As ideias, portanto, convertem-se em mecanismos de perpetuação de uma sociedade totalmente administrada, em que os objetivos dos indivíduos são predeterminados e todas as formas de raciocínio devem se adaptar as exigências do mercado. Desse maneira, a razão formal e instrumental elimina as bases da verdadeira subjetividade humana, pois a civilização moderna tende a suprimir os sujeitos do pensamento.


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