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Sessão de Infectologia
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS Sessão de Infectologia Médico-Residente: Francisco Chagas Soares Neto Coordenador: Prof. Dr. Roberto Badaró, MD, PhD Salvador, 20/03/14
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Paracoccidioidomicose
-Micose sistêmica endêmica mais frequente -Paracoccidioides brasiliensis -Fungo dimorfo: filamentosa a temperatura ambiente levedura a 37ºC e no tecido -Américas Central e Latina (Brasil: 80% dos casos) -Maior taxa de mortalidade entre as micoses sistêmicas (1,45 / hab.) Paracoccidioidomicose
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A infecção é adquirida entre 10 e 20a
Evolução para doença ocorre entre 30 e 50a, como reativação de foco endógeno latente. 10-15 H: 1 M (beta estradiol) Maior risco de aquisição: atividades de manejo de solo contaminado, por inalação. Tabagismo e etilismo Paracoccidioidomicose
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Formas clínicas: -Infecção -Doença: Aguda/Subaguda Crônica Unifocal Multifocal Residual ou sequelar
Paracoccidioidomicose
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Aguda/Subaguda (juvenil) - 5% dos casos da doença
- Crianças e adolescentes - Evolução rápida -Febre,adenomegalias,hepatosplenomegalia, ósteo-articular e cutâneo. Paracoccidioidomicose
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Forma crônica (adulta) - Mais de 90% dos casos
Adultos anos do sexo masculino Pulmões: 90% dos casos; mucosas (50%), pele, linfonodos, adrenais, SNC, ossos e TGI. Doença unifocal: em até 25% dos casos, com maior frequencia de d. pulmonar. Paracoccidioidomicose
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Paracoccidioidomicose
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Diagnóstico laboratorial: -Exame a fresco
-Cultura Paracoccidioidomicose
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-Histopatológico Paracoccidioidomicose
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Paracoccidioidomicose
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-Provas imunológicas (anticorpos anti Gp 43)auxílio diagnóstico e acompanhamento de tratamento: Elisa, imunodifusão, imunoeletroforese; PCR, teste cutâneo (baixa sensibilidade). Paracoccidioidomicose
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Tratamento: 6 meses a 2 anos Itraconazol SMX+TMT Anfotericina B
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Paracoccidioidomicose TGI:
Boca ao ânus Comum em locais ricos em tecido linfóide: íleo terminal, apêndice e hemicólon direito . Acometimento segmentar ou difuso, com tendência a progredir do íleo terminal para o reto. - Lesões de esôfago, estômago e duodeno são muito raras. Manifestações extra-pulmonares da paracoccidioidomicose Costa MAB et al. Radiol Bras Paracoccidioidomicose
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Quadros obstrutivos ou simular neoplasias.
Principais sintomas: Dor abdominal em cólica, alteração do ritmo intestinal, náuseas e vômitos. Quadros obstrutivos ou simular neoplasias. Mucosa e parede intestinal: hiperemia, erosões, ulcerações, convergência de pregas, trajetos fistulosos e estenoses. Paracoccidioidomicose
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Quadro radiológico inespecífico.
Radiografia: calcificações são sugestivas. US e a TC são úteis para avaliar melhor a extensão das lesões abdominais, associação em linfonodomegalias, e possíveis coleções intra- abdominais ou intraviscerais. EDA/Colonoscopia: imagem e coleta de material para exames Com o tratamento pode ocorrer acentuação das lesões estenóticas, com piora do quadro. Diagnóstico diferencial: Neoplasias (linfoma), tuberculose e doença de Crohn. Paracoccidioidomicose
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- Intestino delgado: padrão predominante: perda do relevo mucoso habitual, assumindo aspecto grosseiro e fragmentado. -Cólon : irregularidade do relevo mucoso em fases iniciais, estenoses múltiplas anelares , determinando perda de haustrações. Falhas de enchimento regulares, tanto no delgado como no grosso, secundárias a compressão extrínseca por enfartamento ganglionar mesenterial. Paracoccidioidomicose
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Confirmados por histopatologia Radiografia do tórax em todos os casos
RADIOLOGICAL REVIEW OF 173 CONSECUTIVE CASES OF PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, Trad, H. S. et al Radiol Bras, 2006; 39(3): 173 casos consecutivos Confirmados por histopatologia Radiografia do tórax em todos os casos Resultados: 6 diferentes sítios comprometidos: Pulmões, gânglios, pele, intestino, vísceras e ossos
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RADIOLOGICAL REVIEW OF 173 CONSECUTIVE CASES OF PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, Trad, H. S. et al Radiol Bras, 2006; 39(3):
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RADIOLOGICAL REVIEW OF 173 CONSECUTIVE CASES OF PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, Trad, H. S. et al Radiol Bras, 2006; 39(3): Paracoccidioidomicose
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Acometimento intestinal:
Predomínio de lesões em jejuno, íleo e cólon. - 74% espessamento - 60% floculações - 48% segmentações - 44% estenoses
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Febre, astenia, emagrecimento
Bilateral paracoccidioidomycotic iliopsoas abscess associated with ileo-colonic lesion Duani, H et al, Rev Soc Bras Med Trop 45(5): , Sep-Oct, 2012 Masculino, 24 a Febre, astenia, emagrecimento Dor abdominal, diarreia e hematoquezia durante 6 meses Exame físico: adenomegalias cervical, axilar e inguinal Dor a palpação de fossa ilíaca direita. Paracoccidioidomicose
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Tratado com drenagem do abscesso, Anfotericina B dose cumulativa de 2,9g, além de itraconazol e sulfadiazina orais. Paracoccidioidomicose
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-Dor abdominal há 2 anos, com surgimento de dor lombar há 6 meses.
Intestinal paracoccidioidomycosis simulating colon cancer, Chojniak R et al, Rev. Soc. Bras Med Trop 33 (3): , mai-jun, -Masculino, 57a -Dor abdominal há 2 anos, com surgimento de dor lombar há 6 meses. -Perda de 30kg -Ausência de febre ou sangramentos Paracoccidioidomicose
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Raio X tórax sem alterações.
Ao exame: massa endurecida em fossa ilíaca direita, sem adenomegalias palpáveis Raio X tórax sem alterações. Realizados seriografia, enema opaco e TC abdominais com sinais de calcificações, espessamento parietal e ulcerações. Submetido a laparotomia, com presença de massa ileocecal invadindo parede anterior do abdome e m. ileopsoas. Paracoccidioidomicose
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Histopatologia mostrou Paracoccidioides Tratado com imidazólico.
Realizada ressecção de hemicolectomia D, íleo terminal e de parte de parede abdominal. Histopatologia mostrou Paracoccidioides Tratado com imidazólico. Paracoccidioidomicose
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Procedente de zona urbana Epigastralgia há 1 ano
Duodenal Paracoccidioidomycosis Rev. Fac. Ciênc. Med. Sorocaba, v. 11, n. 3, p , 2009 Feminina, 28a Procedente de zona urbana Epigastralgia há 1 ano EDA: úlceras em 2ª e 3ª porções duodenais Paracoccidioidomicose
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Tratamento: Itraconazol por 2 anos
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Referências Bibliográficas
Bilateral paracoccidioidomycotic iliopsoas abscess associated with ileo-colonic lesion Duani, H et al, Rev Soc Bras Med Trop 45(5): , Sep-Oct, 2012 Consenso em paracoccidioidomicose Shikanai-Yasuda, M. A. et al Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 39(3): , mai-jun, 2006 Duodenal Paracoccidioidomycosis Oliveira, F.F.et alRev. Fac. Ciênc. Med. Sorocaba, v. 11, n. 3, p , 2009 Intestinal paracoccidioidomycosis simulating colon cancer, Chojniak R et al, Rev. Soc. Bras Med Trop 33 (3): , mai-jun, 2000. Paracoccidioidomicose
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Manifestações extra-pulmonares da paracoccidioidomicose
Costa MAB et al. Radiol Bras Paracoccidioidomicose- Revisão da Literatura, Palmeiro, M et al. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v.15, n.4, out./dez Radiological review of 173 consecutive cases of paracoccidioidomycosis, Trad, H. S. et al Radiol Bras, 2006; 39(3): Paracoccidioidomicose
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