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GUTTUSO, Renato. Cruxificação

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Apresentação em tema: "GUTTUSO, Renato. Cruxificação"— Transcrição da apresentação:

1 GUTTUSO, Renato. Cruxificação. 1940-1941
5. O Pós-Modernismo( ) GUTTUSO, Renato. Cruxificação

2 5. OPós-Modernismo(1945-1960) : contexto histórico
Fim da Segunda Guerra Mundial: A Europa começou o lento processo de reconstrução em meio aos destroços humanos e políticos Início da Guerra Fria: o Brasil aliou-se aos norte-americanos contra a expansão do comunismo. O Partido Comunista, abrigo de muitos intelectuais, entrou na ilegalidade Fim da ditadura Vargas e início da redemocratização. No governo JK, o crescimento industrial acelerado desencadeou um crescimento urbano equivalente. Massas humanas deslocaram-se do campo para a cidade à procura de oprtunidades, comprometendo a estrutura dos grandes centros. 1950: Assis Chateaubriand touxe para o Brasil a televisão, que se revelou uma máquina de fazer astros instantâneos e modificou de modo irreversível o perfil da produção cultural brasileira.

3 5. O Pós-Modernismo(1945-1960): a arte procura novos rumos
Crise dos valores que vigoravam a partir do século XX. Os conceitos de classe social, de ideologia, de direita e de esquerda, de arte, do Estado de bem-estar começam a ruir, afetados pelas duas guerras mundiais. O Pós-Modernismo nasce da ruptura com algumas certezas e definições que sustentavam conceitos do campo social, político, econômico, estético, etc. O que importa, no mundo contemporâneo, é a individualidade extrema. A solidariedade e a busca do bem-estar social são postas em segundo plano. No centro da sociedade, o indivíduo reina absoluto. A experimentação torna-se o princípio norteador da estética pós-moderna

4 5. O Pós-Modernismo(1945-1960):Poesia
Os poetas, que desejavam devolver aos poemas o rigor formal abandonado pelos primeiros modernistas, passam a privilegiar o trabalho com a materialidade do texto poético. Algumas formas fixas e modelos poéticos mais “clássicos” foram retomados. Com isso, os escritores esperavam definir de modo mais claro os limites que separavam o poético, fundamentado no trabalho com a forma, do não poético, associado ao mero registro do elemento prosaico do cotidiano. Valorização da técnica de composição Ampliação do poder de significação da palavra e do texto Busca da temas relacionados ao social, moral e político

5 5. O Pós-Modernismo(1945-1960):Poesia
É importante que não se confunda a valorização da técnica de composição promovida pela poesia de 1945 com o rebuscamento formal que marcou a póetica dos parnasianos. Trata-se de um procedimento inverso. No Pós-Modernismo, o domínio da forma deve permitir que a combinação entre código e a mensagem aconteça de modo absoluto, para que o poder de significação da palavra seja ampliado e o texto também tenha sua significação ampliada por essa articulação. Os parnasianianos investiram no rebuscamento formal sem pretender, com isso, criar novos sentidos para o texto. A arte pela arte, a perfeição formal, a imparcialidade diante do objeto do poema eram seus objetivos.

6 5. O Pós-Modernismo(1945-1960): “Catar Feijão”
2.  Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a como o risco João Cabral de Melo Neto 1. Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco

7 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
João Cabral é um poeta cerebral. Isso significa que o planejamento do poema e a reflexão sobre o próprio processo de composição são as bases do seu fazer literário. Sua preocupação em buscar a significação máxima de cada palavra e a qualidade literária de seus poemas foram fatores que o projetaram como um dos maiores poetas de sua geração.

8 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
A reflexão sobre o fazer poético é o principal tema do autor. São frequentes, em sua obra, os metapoemas, ou seja, os poemas que falam sobre a composição poética. Nesses textos, João Cabral recorre muitas vezes à aproximação entre a atividade de escrever e a outra atividade cotidiana, para oferecer ao leitor imagens que simbolizem o aspecto da composição sobre o qual deseja refletir.

9 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
Seu universo poético é essencialmente nordestino, com muitas referências à zona da mata e ao sertão. Fiel às origens, o autor pernambucano trouxe para o poema a aridez dos espaços em que se criou. A linguagem que utiliza aparece despida de ornamentos, uma “faca só lâmina”, como ele mesmo definiu. Pela linguagem de seus versos, por não falar de sentimentos, não abordar estados de espírito, os críticos o reconhecem como um poeta não-lírico.

10 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
Morte e vida severina é a obra mais conhecida de João Cabral. Trata-se de um auto de Natal, que, seguindo a tradição dos autos medievais, faz uso da redondilha, do ritmo e da musicalidade. Severino, o protagonista, é um nordestino que sai do interior do sertão em direção ao litoral, em busca de melhores condições. Na sua fala inicial, percebe-se o drama da personagem: incapaz de encontrar características pessoais ou sociais que o diferenciem de tantos outros retirantes, Severino torna-se um símbolo do drama vivido nas regiões assoladas pela seca.

11 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
O retirante chega ao Recife com uma dúvida: será que vale a pena uma pessoa como ele permanecer viva, tendo que enfrentar tanta dificuldade? No momento em que faz essa pergunta a José, um carpinteiro com quem convers no cais do Capiberibe, é interrompido por uma mulher, que em avisar José do nascimento do filho. Severino testemunha, então, a solidariedade dos outros habitantes do manguezal, dispostos a dividir o pouco que têm com a criança recém-nascida. Naquele momento, compreende que a própria vida deu a resposta que procurava: mesmo sofrida, difícil, a vida merece ser vivida.

12 5.1 João Cabral de Melo Neto (1920-1999): a linguagem objeto
A composição de poemas que articulam forma e conteúdo fez com que sua obra desencadeasse uma revolução formal na poesia brasileira, criando a base para novas propostas estéticas como o Concretismo, que surgiria alguns anos mais tarde.

13 Referências bibliográficas
Passagens integralmente retiradas de: ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela; CESILA, Juliana Sylvestre. O ensino de Literatura. São Paulo: Santillana, 2009. ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela. Literatura: tempos, leitores e leituras. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2010. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Conecte: Literatura brasileira. São Paulo: Saraiva, 2011.


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