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Unidade 5 Sociedade Simples

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Apresentação em tema: "Unidade 5 Sociedade Simples"— Transcrição da apresentação:

1 Unidade 5 Sociedade Simples
Profª Roberta Siqueira/ Direito Empresarial II ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante no seu Plano de Ensino. São necessários estudos complementares. Mera orientação e roteiro para estudos.

2 5.1 Noções Gerais Arts. 997 a 1.038 Código Civil
CC 2002 trouxe dicotomia: sociedades simples e empresárias. Exercício de atividades econômicas nas duas, mas atividade própria de empresário, apenas nas sociedades empresárias (art. 982). Registro nas duas. SOCIEDADES SIMPLES são aquelas que não exercem atividades empresariais (organização não é preponderante) ou atividade de empresário rural sem se registrar na junta comercial.

3 Regra geral: definição do espécie societária está no próprio objeto social (art. 982).
Exceção: atividade rural. Definição do tipo societário: qualquer forma destinada às sociedades empresárias ou sujeitam- se às regras das sociedades simples (art. 983).

4 Poderá ser SIMPLES: Com forma limitada - LTDA Com forma de sociedade em nome coletivo – N/C Com forma de comandita simples – C/S Com forma de cooperativa Com forma de simples - SS Regras desta sociedade são as regras gerais aplicadas de forma subsidiária às sociedades empresárias. Contrassenso.

5 5.2 Constituição O ato constitutivo das sociedades simples é denominado contrato social e deverá ter a forma escrita, elaborado de modo particular ou público, e conter uma série de requisitos (art. 997, CC): Qualificação dos sócios (nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio); Qualificação da sociedade (nome, objeto, sede, prazo de duração) – sociedade simples pura usará denominação por equiparação (art );

6 Capital social, sua divisão e sua formação (bens ou serviços);
Participação nos lucros e nas perdas – em geral compete ao contrato social definir a forma de divisão. Todavia, sua omissão não o invalida, aplicando-se o disposto no art Responsáveis pela administração da sociedade e os limites de seus poderes – a omissão do contrato social não o invalida. Pode ser exercida separadamente por cada um dos sócios (art ), que terá os poderes inerentes à gestão da sociedade (art ).

7 Se os sócios respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais – questão polêmica na doutrina, pois o inciso VIII dá o poder aos sócios de definir a responsabilidade pelas obrigações da sociedade de forma subsidiária. A responsabilidade subsidiária é expressa no art OBS.: A responsabilidade dos sócios é uma questão inerente a cada tipo de sociedade, não havendo poder de disposição dos sócios. Deve ser entendido como menção ao grau de responsabilidade inerente ao tipo societário escolhido e não como opção.

8 Modificações no contrato social (art. 999):
Consentimento dos sócios (art. 997) ou maioria absoluta de votos. Aquisição da personalidade jurídica: registro dos atos constitutivos no registro competente (art. 998, CC): Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas; 30 dias após sua constituição; Nada que esteja fora do contrato social pode ser oposto a terceiros (art. 997, § único).

9 5.3 Sócios São a base da sociedade. Sem eles não existe sociedade.
Qualidade de sócio advém da subscrição do capital social. Regra geral: mínimo 2 sócios, pessoas físicas ou jurídicas, brasileiros ou estrangeiros, residentes no país ou no exterior. Ressalva da sociedade subsidiária integral (art. 251, Lei n /76) e a unipessoalidade temporária.

10 Pessoas físicas devem ser capazes.
Exceção sobre a capacidade: incapacidade. Sócio incapaz (art. 974, §3º) : Representado ou assistido Não ter poderes de administração Capital social integralizado

11 5.3.1 Deveres dos Sócios SUBSCRIÇÃO do capital social traz inúmeras obrigações para com a sociedade e para com os demais sócios. Início das obrigações: momento de constituição da sociedade (art , CC). Fim das obrigações: liquidação da sociedade e extinção das responsabilidades sociais (art , CC). Dever primordial: contribuir para o capital social. Art As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais.

12 Contribuição pode ser feita em bens ou serviços, além de dinheiro.
Contribuição em bens (art ) sócio responde pela evicção e pela solvência do devedor. Contribuição em serviços (art ) não pode, salvo convenção em contrário, empregar-se em outra atividade. Art Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora. Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art Art O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito. Art O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.

13 Descumprimento do dever de integralizar o capital social: responsabilidade pelos danos emergentes da mora (art ). Sócio será notificado pelos demais para cumprimento da obrigação no prazo de 30 dias. Art Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora. Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art Art O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito. Art O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.

14 Indenização (danos emergentes da mora) Exclusão do sócio remisso
Não cumprindo a obrigação (30 dias), surgem 3 alternativas (§ único do art ): Indenização (danos emergentes da mora) Exclusão do sócio remisso Redução da quota ao montante já realizado (1.031, §1º). Alguns autores alegam que em caso de INDENIZAÇÃO haveria enriquecimento ilícito da sociedade, o que não procede em virtude do art : recebe sua parte no patrimônio da sociedade. Art Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. § 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota. § 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário. Art É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

15 Dever de participar da perdas (art. 1.008).
Dever de lealdade e cooperação recíproca: não é previsto expressamente, mas é inerente à constituição e sobrevivência de toda e qualquer sociedade. Violação desse dever quebra a affectio societatis. Dever de participar da perdas (art ). Art Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. § 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota. § 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário. Art É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

16 5.3.2 Direitos dos Sócios Com a subscrição, adquirem-se além de deveres, direitos. Os direitos podem ser de duas ordens: direitos pessoais e direitos patrimoniais. Direitos Patrimoniais: serão direitos eventuais, fatores incertos, de crédito contra a sociedade: Participação nos lucros (caso de continuidade da sociedade) e no acervo social em caso de liquidação da sociedade (caso de dissolução da sociedade).

17 Participação nos lucros é livre, desde que não se atribua vantagens ou desvantagens exageradas a algum sócio – vedação do pacto leonino (art ). Silêncio do contrato social – distribuição de acordo com a proporção das cotas (art ). Em caso de contribuição em serviços: média do valor das cotas. Praticamente inexistente no direito pátrio (contrata-se empregados especializados, com participação nos lucros). Art Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. Art É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

18 Prestar contas anuais;
Direitos Pessoais: também inerentes à qualidade de sócio, como a fiscalização dos atos da administração da sociedade. Fiscalização da administração é ampla, obrigando-se os administradores a: Prestar contas anuais; Apresentar o inventário e o balanço patrimonial e de resultado econômico (art ). Art Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. Art É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

19 Direito de participação nas deliberações ou direito de voto.
Todos os sócios podem examinar os livros e documentos, estado do caixa e carteira da sociedade, INDEPENDENTE de motivo específico ou de determinação judicial (art ). Direito de participação nas deliberações ou direito de voto. Art Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Art Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade.

20 5.3.3 Responsabilidade Traço distintivo de um tipo societário é a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais. Regra geral: os sócios respondem subsidiariamente, na proporção de sua participação no capital social (art ). O patrimônio pessoal do sócio só responde na insuficiência do patrimônio social e pela parte da dívida equivalente à sua parte no capital social (art ). A solidariedade (art ) prevista é aquela entre os sócios, nas suas relações com terceiros, e não entre os sócios e a sociedade. Art Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária. Art Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.

21 O sócio novo não se exime das obrigações anteriores à sua admissão (art. 1.025).
Retirada, exclusão ou morte de sócio: regra do art : responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores até 2 anos após averbada a resolução da sociedade. O sócio retirante continua-se obrigado passivamente e ativamente pelos débitos sociais existentes no momento em que deixou a sociedade. Mas se não averbou o contrato social, continua responsável por um novo biênio após sua saída. Redação confusa do art Art O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão. Art A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.

22 No caso de FALECIMENTO, só se responde pelas dívidas anteriores ao falecimento, independente de averbação. Art O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão. Art A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.

23 5.4 Cessão de Quotas Cessão de quotas envolve a transferência de direitos e deveres inerentes à condição de sócio. Para valer perante terceiros deve haver alteração do contrato social, devidamente registrada (art ). Exige também a lei o consentimento dos outros sócios. A affectio societatis é relevante nas sociedades simples, pois os sócios, em geral, terão uma qualificação profissional específica. Se a cessão se der sem aquiescência dos demais sócios, não terá eficácia entre estes e a sociedade. Art A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade. Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

24 Até dois anos após a modificação do contrato social no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o CEDENTE responderá solidariamente com o CESSIONÁRIO, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. Pelas obrigações posteriores à averbação, a responsabilidade é exclusivamente do cessionário. Tanto o cessionário como o cedente poderão ser compelidos a cumprir as obrigações sociais.

25 5.5 Credores de um dos Sócios
Os sócios possuem quotas na sociedade. As quotas podem ser penhoradas em caso de inadimplência de um dos credores? Pode ser sujeita à constrição judicial, para satisfazer direitos dos credores. As quotas representam direito patrimonial: têm valor econômico e integra o patrimônio pessoal. Disposição do art. 591, CPC. Art O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

26 Conflito: direito do credor inadimplente e dos demais sócios (não aceitar pessoa estranha na sociedade). Com relação às LTDAS, o entendimento do STJ é em sentido a privilegiar o direito do credor, asseverando que as quotas são penhoráveis, mas atentando a princípios do direito societário. Nas sociedades simples aplica-se o disposto no art – NÃO há possibilidade do ingresso de estranhos na sociedade, nem temporariamente. Art O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art , será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.

27 5.6 Vontade da Sociedade As decisões da sociedade são a soma das vontades dos sócios (art , §3º), não votando quando tiverem interesses contrários aos da sociedade. Regra geral: decisões são tomadas pela maioria de votos, contados pelo valor das quotas (mais da metade do capital social). Exceção: modificação de cláusulas essenciais do contrato social (art. 999, CC) – unanimidade. Art Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um. § 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital. § 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz. § 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto. Art As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.

28 Caso de empate: opinião sufragada pelo maior número de sócios e, persistindo, juiz.
Expressa a vontade social, será concretizada por meio dos administradores. Art Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um. § 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital. § 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz. § 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto. Art As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.

29 5.7 Administração da Sociedade
A vontade das pessoas jurídicas é exteriorizada através da intermediação de um órgão. O órgão não é um representante, apesar do uso indistinto da terminologia. Não existe representação legal ou convencional: Pessoa jurídica não é incapaz Função do órgão é essencial à própria vida da sociedade Não há relação de subordinação: não é mandato (art , §2º) Art O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. § 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato.

30 Se o órgão age: age a pessoa jurídica.
Representante e representado são pessoas distintas. Órgão é parte integrante da sociedade. Se o órgão age: age a pessoa jurídica. Órgão é o presentante da pessoa jurídica (Pontes de Miranda). Art O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. § 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato.

31 Problemas com a pessoa física (morte, incapacidade, por ex
Problemas com a pessoa física (morte, incapacidade, por ex.), não afetam a existência e validade da pessoa jurídica – atos da sociedade manifestados através de seu órgão. Administração compete à pessoas naturais (art. 997, VI) – não devem ser impedidas (art , §1º). Art O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. § 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato. Art A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.

32 A formalização da nomeação pode ocorrer de dois modos:
Indicação no contrato social Instrumento separado – averbado à margem do registro da sociedade (art , CC) Art O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. Art São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio. Art As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.

33 Destituição de sócios administradores:
NÃO podem ser destituídos, salvo justa causa reconhecida judicialmente (art ), pois implica alteração do contrato social (exige a unanimidade dos sócios – art. 999, CC). Direito ao cargo de administrador assegurado : cumprimento dos deveres – Cláusula de Irrevogabilidade. Revogabilidade da Destituição – nomeação de administrador fora do contrato social ou para administrador não sócio (art , § único). Art O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. Art São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio. Art As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente.

34 Função do administrador: personalíssima. Pode ter mandatário.
Falta de designação dos administradores: compete a cada um dos sócios isoladamente (art , CC). Poder de administração, expresso no contrato social (atenção à regra do art ): Dividido entre diversas pessoas (art ) Atos praticados em conjunto (art ) Função do administrador: personalíssima. Pode ter mandatário. Aplicação analógica do art , CC: não podem oferecer concorrência à sociedade. Art A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios. § 1o Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos. § 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria. Art Nos atos de competência conjunta de vários administradores, torna-se necessário o concurso de todos, salvo nos casos urgentes, em que a omissão ou retardo das providências possa ocasionar dano irreparável ou grave. Art No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; II - provando-se que era conhecida do terceiro; III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade. Art O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.

35 5.8 Responsabilidade Os administradores podem ter responsabilidade perante a própria sociedade e perante terceiros. a) Responsabilidade perante a sociedade - o administrador responde pelos danos, quando: Age com culpa (art ); Age em desacordo com a vontade da maioria, a qual conhecia ou devia conhecer (art , §2º); Quando utiliza, em proveito próprio ou de terceiros, bens da sociedade sem o consentimento escrito dos demais sócios (art ). Art Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. Art A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios. § 1o Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos. § 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria. Art O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá. Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberação.

36 b) Responsabilidade perante terceiros – poderá ser responsabilizado quando age com culpa. Esta responsabilidade poderá ser isolada ou solidária em relação à sociedade. A sociedade não se vincula pelos atos praticados pelos administradores, se provar uma das seguintes hipóteses elencadas no art , § único do CC: Art No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; II - provando-se que era conhecida do terceiro; III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.

37 Limitação conhecida por terceiro – terceiros de má-fé;
Limitação inscrita ou averbada no registro de empresas – atos que aparentemente poderiam ser praticados, mas o contrato social limitou os poderes do administrador, de modo a proibi-los de praticar tais atos (teoria da aparência); Limitação conhecida por terceiro – terceiros de má-fé; Ato estranho ao objeto social – ato ultra vires. Art No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; II - provando-se que era conhecida do terceiro; III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.

38 5.9 Resolução da sociedade em relação a um sócio
Ocorre quando um dos sócios sai da sociedade por razões diversas. É a chamada dissolução parcial – a sociedade permanece existindo, ocorrendo apenas o desligamento de um ou alguns dos sócios da entidade. A resolução do contrato relativamente a um sócio pode ter lugar nos casos de: Morte Exclusão Exercício do direito de retirada (direito de recesso)

39 a) Morte de um Sócio Resolve-se a sociedade apenas no que tange ao vínculo daquele sócio, liquidando-se suas quotas, apurando-se seus haveres e entregando-os aos seus herdeiros (art ). Em princípio a regra é a da liquidação das quotas do morto. As exceções, ou seja, casos em que não haverá a liquidação, são os previstos no mesmo art , a saber: Quando o contrato dispuser diferentemente; Os sócios remanescentes preferirem dissolver a sociedade; Por acordo com os herdeiros, for regulada a substituição do sócio falecido. Art No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: I - se o contrato dispuser diferentemente; II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.

40 b) Direito de Retirada A retirada do sócio (recesso) pode ocorrer em diversas situações, variando de acordo com a duração da sociedade (prazo determinado ou indeterminado). Se a sociedade for por prazo indeterminado: O sócio pode se retirar a qualquer tempo, apurando seus haveres, não implicando tal fato em dissolução da sociedade. Deve haver notificação com antecedência mínima de 60 dias (art ) Art Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.

41 Se a sociedade for por prazo determinado – não se admite a denúncia imotivada do contrato, exigindo-se, para o recesso do sócio, o reconhecimento judicial de uma justa causa (art ). Art Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.

42 c) Exclusão do sócio A exclusão do sócio pode se dar por iniciativa da própria sociedade ou de pleno direito. Exclusão de pleno direito: Quando a quota do sócio é liquidada em virtude da sua falência pessoal ou da iniciativa de seus credores pessoais (art , parágrafo único, c/c art ). Independe de decisão judicial ou deliberação dos outros sócios. Art Ressalvado o disposto no art e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente. Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art Art O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art , será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.

43 Exclusão pela sociedade:
Direito da sociedade de se defender contra os que colocam em risco sua existência e sua atividade. Não é imotivada. Pode ocorrer nos casos de (art ): Grave inadimplência das obrigações sociais (dever de cooperação dos sócios) Incapacidade superveniente Impossibilidade de pagamento de suas quotas (art ) Ressalvada a hipótese do sócio remisso (excluído extrajudicialmente), a exclusão deve ser decretada judicialmente (art ). O direito de exclusão é da sociedade e não dos demais sócios, portanto ela será a autora da ação de exclusão. Art Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade. Art Ressalvado o disposto no art e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente. Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art Art Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora. Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art

44 5.10 Dissolução total Ocorre a dissolução total nos seguintes casos (art ): Vencimento de prazo de duração Consenso unânime dos sócios Deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado A falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 dias A extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Art Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado; II - o consenso unânime dos sócios; III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts a deste Código. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) (Vigência)

45 5.10 Apuração de haveres Consiste no recebimento da parte do sócio no patrimônio da sociedade, quando de sua retirada. São requisitos da apuração de haveres: a dissolução do vínculo de um sócio em relação à sociedade e a manutenção da sociedade. São necessários dois procedimentos: 1º) Determinação do patrimônio da sociedade – por meio do balanço patrimonial, feito através de um balanço especial (art ). 2º) Definição do quinhão que toca a cada um dos sócios - para se apurar o quinhão do sócio afastado ou de seus herdeiros.

46 5.11 Direitos do Cônjuge separado
Regra do art : até a liquidação da sociedade, terão direito à divisão periódica dos lucros (participação nos lucros e no acervo social). Evita-se a entrada do cônjuge na sociedade, para resguardar a affectio societatis. Os demais direitos inerentes à quota (direito de voto, por exemplo), permanecerão na pessoa do sócio originário, pois o cônjuge é terceiro estranho à sociedade. Art Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se separou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que se liquide a sociedade.


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