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Ciências Humanas e suas Tecnologias - Filosofia

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Apresentação em tema: "Ciências Humanas e suas Tecnologias - Filosofia"— Transcrição da apresentação:

1 Ciências Humanas e suas Tecnologias - Filosofia
Ensino Médio, 2ª Série Arte e Cultura

2 de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda,
O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás… E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem… Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras… Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo. Imagem: Boninho / public domain. Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos",

3 A eterna novidade do mundo...
O eterno é o que, fora do tempo, permanece sempre idêntico a si mesmo; o novo é pura temporalidade. Essa unidade do eterno e do novo, aparentemente impossível, realiza-se pelos e para os humanos. Chama-se Arte. Imagem: Carlos orduna/ GNU Free Documentation License,

4 A arte é advento – um vir a ser do que nunca antes existiu.
Merleau-Ponty Que procura o artista? “o pasmo essencial que tem uma criança se, ao nascer, reparasse que nascera deveras”. Imagem: Gerson Tavares/Foto do rio Iguaçu/ Creative Commons Attribution 2.0 Generic O artista busca o mundo em estado nascente, tal como seria não só ao ser visto por nós pela primeira vez, mas tal como teria sido no momento originário da criação. Mas, simultaneamente, busca o mundo em sua perenidade e permanência (1).

5 A obra de arte dá a ver, a ouvir, a sentir, a pensar, a dizer.
A água é falsa, a água é boa. Nada, nadador! A água é mansa, a água é doida, Aqui é fria, ali é morna, A água é fêmea. A água sobe, a água desce, A água é mansa, a água é doida. A água te lambe, a água te abraça, A água te leva, a água te mata. Se não, que restará de ti, nadador? Nada, nadador. Nela e por ela, a realidade se revela como se jamais a tivéssemos visto, ouvido, sentido, pensado ou dito. Imagem: Angeloleithold 2005 / Foz do Iguaçu, Cataratas do Iguaçú, Paraná Brasil / GNU Free Documentation License Jorge de Lima, Poema do nadador

6 Um livro é “uma máquina infernal de produzir significações”.
A literatura, como a pintura, a música, a escultura e qualquer das artes, é a passagem do instituído ao instituinte, transfiguração do existente numa outra realidade, que o faz renascer sob a forma de uma obra (2). Imagem: Luis Miguel Bugallo Sánchez / GNU Free Documentation License

7 A leitura “é um afrontamento entre os corpos gloriosos e impalpáveis de minha palavra e a do autor”.
Escrever, para o poeta e o romancista, é distanciar-se da linguagem-instrumento e entrar na atitude poética, tratando as palavras como entes reais e não como meros signos ou sinais estabelecidos. Imagem: Ricardo Ferreira de Oliveira/ Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication Sartre

8 O prosador “é aquele que escolheu um modo de ação que se poderia chamar de ação por desvendamento”.
Sartre A Arte recria o mundo noutra dimensão e de tal maneira que a realidade não está aquém e nem na obra, mas é a própria obra de arte (2). A Música recolhe a sonoridade do mundo e de nossa percepção auditiva, mas reinventa o som e a audição como se estes jamais houvessem existido, tornando o mundo eternamente novo. Imagem: Estemon / Classical music icon for wikiportal on ca.wikipedia.org / Public domain

9 Linguagem, trabalho e religião
Arte e Religião Capacidade para relacionar-se com o ausente Linguagem, trabalho e religião Sacralização do Mundo Natural Sociabilidade e autoridade Humanização do Mundo Natural Artes mecânicas

10 Sacralização do mundo Natural
Colheita Nascimento A guerra Semeadura Morte Rituais Culinária Cura Movimento dos astros Mudança das estações Doença

11 Objetos Artísticos Pinturas nas paredes Estatueta Sons Objetos Mágicos
Fetiches Artistas Imagem: Natureza-morta com estatueta de D. Pedro I / José dos Reis Carvalho / Public Domain Feiticeiros

12 Mago, artífice e detentor de um ofício
Cultos Objetos Artísticos Artistas-artesãos Mago, artífice e detentor de um ofício Iniciado em mistérios Imagem: Simone Cantarini / Museu Nacional de Belas Artes/ Public Domain “...seu trabalho nascia de um dom dos deuses e era um dom humano para os deuses.”

13 Arte e técnica O que é ordenado ou toda espécie de atividade humana submetida a regras. Ars Arte Habilidade, destreza, agilidade. Técnica Techne Instrumento, ofício, ciência. arte é um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer. Nessa perspectiva, falamos em arte médica, arte política, arte bélica, retórica, lógica, poética, dietética (3).

14 Dedicadas apenas ao conhecimento.
As judicativas Dedicadas apenas ao conhecimento. Voltadas para a direção de uma atividade, com base no conhecimento de suas regras. Platão As dispositivas ou imperativas Imagem:A Escola de Atenas, afresco no Vaticano/ Rafael / Public Domain

15 refere-se ao necessário.
Aristóteles 1ª. Ciência-filosofia Arte refere-se ao necessário. Refere-se ao contingente ou ao possível. Imagem: Kolja Mendler / GNU Free Documentation License

16 campo da própria prática
Aristóteles 2ª. campo da própria prática ação fabricação práxis poiesis A política e a ética As artes ou técnicas imagem: Kazimir Malevich /Englishman in Moscow/ Public Domain

17 teoria as técnicas ou artes cuja finalidade é auxiliar a Natureza – como a medicina, a agricultura; Plotino prática daquelas cuja finalidade é fabricar um objeto com os materiais oferecidos pela Natureza – o artesanato; outro conjunto de artes e técnicas que não se relacionam com a Natureza, mas apenas com o próprio homem, para torná-lo melhor ou pior: música e retórica, por exemplo (4). Imagem: Platonic philosophers: Plato, Plotinus, Augustinus / Reame / Public Domain

18 próprias do trabalhador manual
As núpcias de Mercúrio e Filologia, escrita pelo historiador romano Varrão liberais dignas do homem livre servis ou mecânicas próprias do trabalhador manual Imagem: Zul from Brunei Darussalam / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica

19 As palavras mecânica e máquina
estratagema engenhoso para resolver uma dificuldade corporal. A partir da Renascença, porém, trava-se uma luta pela valorização das artes mecânicas. A valorização do trabalho acarreta a valorização das técnicas e artes mecânicas. Imagem: Demoiselle(Senhorita em Francês), Voou em 1907, sendo desenvolvido até 1909 / MARCO AURELIO ESPARZ… / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported A primeira dignidade obtida pelas artes mecânicas foi sua elevação à condição de conhecimento, como as artes liberais (5).

20 A segunda dignidade foi alcançada no final do século XVII e a partir do século XVIII, quando distinguiram-se as finalidades das várias artes mecânicas, aquelas cujo fim é o útil aos homens – medicina, agricultura, culinária, artesanato – e aquelas cujo fim é o belo – pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança (6). Com a ideia de beleza, surgem as sete artes ou as belas-artes, modo pelo qual nos acostumamos a entender a arte. Imagem: The Thinker / Auguste Rodin / Public Domain

21 Arte Técnica (o belo) (o útil) dotado de inspiração gênio criador
Imagem: Amaldus Nielsen / United States Public Domain Imagem: Homem Vitruviano / Leonardo da Vinci / United States Public Domain

22 Aura Absoluta singularidade de um ser – natural ou artístico -, sua condição de exemplar único que se oferece num aqui e agora “irrepetível” sua qualidade de eternidade e fugacidade simultâneas, seu pertencimento necessário ao contexto em que se encontra e sua participação numa tradição que lhe dá sentido (7). Walter Benjamin, 1935 Autenticidade Imagem: Birth of Venus / Sandro Botticelli / Public Domain

23 Cultura O Sentido de Cultura
"cuidado com as plantas, os animais e tudo o que se relaciona com a terra, como a agricultura“; verbo latino “colere” Designava também o cuidado com os deuses, de onde vem a palavra "culto"; "cultivo" também era aplicada ao cuidado com as crianças (puericultura), com sua educação, referindo-se ao cultivo do espírito. Imagem: Andrea Mantegna / National Gallery / United States Public Domain

24 Do ponto de vista da antropologia, o termo "cultura“ refere-se a tudo o que o ser humano faz, pensa, imagina, inventa, porque ele é um ser cultural. O termo cultura, em sentido restrito, diz respeito à produção ligada às diferentes práticas artísticas, ou seja, às manifestações que façam uso das linguagens artísticas, sejam populares ou eruditas. Imagem: Passistas de Frevo - Pernambuco, Brasil / Prefeitura de Olinda / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica

25 As diferenças entre Arte e Cultura
A cultura é criação coletiva e é dirigida para a comunidade, reforçando seu modo de ser. Imagem: Barão Homem de Melo / Autor desconhecido/ United States Public Domain A cultura é uma necessidade, pois para viver em sociedade, é necessário aprender a cultura local: a língua, os modos de vida, os valores etc. Imagem: Adolescente pataxó / José Cruz/Abr / Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil

26 As diferenças entre Arte e Cultura
A cultura é útil para instrumentalizar os indivíduos a viver em sociedade, a enfrentar novos desafios. A arte, por sua vez, é gratuita, ou seja, transcende todo e qualquer fim que se proponha para ela. Ela amplia a esfera da presença do ser, enriquece o indivíduo, ajuda no seu desenvolvimento propriamente humano (8). Imagem: The art and culture Cambodia phnom penh / Settychea / GNU Free Documentation License

27 As diferenças entre Arte e Cultura
A cultura é comunicação, pois, para ser útil, deve ser comunicada. A arte expressa um universo. Sua abordagem é interpretativa. CANDIDO PORTINARI, Retirantes (Retirantes), 1944 Óleo s/ tela 190 x 180 cm.  Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo, Brasil “A cultura cuida do outro’’, dá identidade. A arte é uma obra de risco, envolve o jogo que desestabiliza, desintegra tanto quem a faz quanto quem a recebe. A arte incomoda (9).

28 As diferenças entre Arte e Cultura
A cultura quer descobrir uma verdade oculta. Uma vez descoberta, ela se perpetua: está presa à tradição, à repetição. A arte é uma invenção de algo que não existia antes, não está presa à tradição e não pode se repetir. A cultura é sempre narrativa. A arte não narra, apresenta um fragmento que coloca problemas em vez de resolvê-los (10).

29 As diferenças entre Arte e Cultura
O discurso da obra de cultura é construído pela agregação do que é conhecido, do que já existe e é preservado, sendo importante, por isso, o aprendizado sobre como é feito, e sempre foi feito (11). O discurso da arte rompe com o que existe ou desconstrói o que existia antes, envolvendo a desconstrução criativa e o desaprendizado. O foco do discurso da cultura é centralizado, convergente. A arte, ao contrário, é multifocal, divergente. Imagem: Capoeirista callejero en Brasil / jonrawlinson / Creative Commons Attribution 2.0 Generic

30 As diferenças entre Arte e Cultura
a cultura estabelece normas, hábitos e regras; a arte desregula e cria valores autônomos, pois cada obra é una, irrepetível; cultura é necessidade; arte é liberdade; a cultura é duradoura e implica continuidade; a arte é efêmera e opera a interrupção do fluxo contínuo da vida.

31 As diferenças entre Arte e Cultura
A cultura pode ser explicada, esclarecida para aqueles que vêm de outra cultura que, com treino (que cria o hábito), poderão ver a obra de cultura do modo “certo”, já que seu discurso é convergente. A obra de arte, entretanto, não pode ser explicada. Imagem: Abaporu, 1928 / Tarsila do Amaral / Museu de arte latino-americana de Buenos Aires (MALBA) /

32 Fontes: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005. ARANHA , Maria Lúcia de Arruda/ MARTINS , Maria Helena Pires. Filosofando – Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2010 COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – História e grandes temas. São Paulo, 2008

33 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
2 Boninho / public domain. 09/04/2012 3 Carlos orduna/ GNU Free Documentation License, 4 Gerson Tavares/Foto do rio Iguaçu/ Creative Commons Attribution 2.0 Generic 5 Angeloleithold 2005/Foz do Iguaçu, Cataratas do Iguaçú, Paraná Brasil/GNU Free Documentation License 6 Luis Miguel Bugallo Sánchez / GNU Free Documentation License 7 Ricardo Ferreira de Oliveira/ Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication 8 Estemon/Classical music icon for wikiportal on ca.wikipedia.org/Public domain 11 Natureza-morta com estatueta de D. Pedro I/ José dos Reis Carvalho / Public Domain 12 Simone Cantarini / Museu Nacional de Belas Artes/ Public Domain

34 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
14 A Escola de Atenas, afresco no Vaticano / Rafael / Public Domain 09/04/2012 15 Kolja Mendler / GNU Free Documentation License 16 Kazimir Malevich /Englishman in Moscow/ Public Domain 17 Platonic philosophers: Plato, Plotinus, Augustinus / Reame / Public Domain 18 Zul from Brunei Darussalam / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica 10/04/2012 19 Demoiselle(Senhorita em Francês), Voou em 1907, sendo desenvolvido até 1909 / MARCO AURELIO ESPARZ… / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported 20 The Thinker / Auguste Rodin / Public Domain 21.a Amaldus Nielsen / United States Public Domain 11/04/2012 21.b Homem Vitruviano / Leonardo da Vinci / United States Public Domain

35 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
22 Birth of Venus / Sandro Botticelli / Public Domain 11/04/2012 23 Andrea Mantegna / National Gallery / United States Public Domain 24 Passistas de Frevo - Pernambuco, Brasil / Prefeitura de Olinda / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica 12/04/2012 25 Barão Homem de Melo / Autor desconhecido/ United States Public Domain Adolescente pataxó / José Cruz/Abr / Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil 26 The art and culture Cambodia phnom penh / Settychea / GNU Free Documentation License 27 CANDIDO PORTINARI, Retirantes (Retirantes), 1944 Óleo s/ tela 190 x 180 cm. Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo, Brasil. 29 Capoeirista callejero en Brasil / jonrawlinson / Creative Commons Attribution 2.0 Generic

36 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
30 Abaporu, 1928 / Tarsila do Amaral / Museu de arte latino-americana de Buenos Aires (MALBA) / 06/04/2012


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