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DROGAS: “o que é preciso saber”

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Apresentação em tema: "DROGAS: “o que é preciso saber”"— Transcrição da apresentação:

1 DROGAS: “o que é preciso saber”
Profa. Dra. Roseli Boerngen de Lacerda Professora Associada do Departamento de Farmacologia - UFPR Professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Farmacologia – UFPR Pesquisadora do CNPq Coordenadora do Centro Parana – Projeto ASSIST-WHO Colaboradora do projeto e-health - WHO Coordenadora no Parana do Curso a distancia SUPERA – SENAD – UNIFESP Colaboradora do CRR-UFPR-SENAD ;

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3 Essas substâncias causam diferentes efeitos agudos e cronicos no SNC e no resto do organismo, alguns podendo ser letais: “O álcool em excesso, por exemplo, pode levar à morte agudamente por parada respiratória (SNC), por fibrilação cardíaca ou pancreatite aguda. Acidentes e violencia provocados pelo álcool também matam!” “O uso repetido do álcool pode levar à morte por cirrose hepática, câncer no TGI, AVC, infarto, anemia, tuberculose, etc”

4 Os efeitos agudos destas substâncias dependem do mecanismo de ação das mesmas e da quantidade usada.
Os efeitos crônicos dependem da ação, da quantidade, da freqüência e do modo de uso.

5 Equivalência de doses: 14 g de etanol
1 dose de etanol (14g) num homem de 70kg atinge uma concentração plasmática de 30 mg/100mL (0,03 [Etanol]sang Efeitos no SNC (mg/100mL) intoxicação leve: sensação de calor, pele vermelha, julgamento prejudicado, desinibição (~ 2 doses) intoxicação óbvia (aumenta o prejuízo de julgamento, da inibição, da atenção e do controle; algum prejuízo motor, reflexos lentos (~ 4 doses) De acordo com a quantidade de álcool consumida, diferentes níveis plasmáticos serão atingidos com diferentes intensidades dos efeitos observados.O limite estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro (60 mg/dl) é um nível plasmático que já causa prejuízos importantes na atividade motora, coordenação, reflexos e julgamento. Equivalência de doses: 14 g de etanol 40 ml destilado 140 ml vinho 330 ml cerveja

6 [Etanol]sang Efeitos no SNC
(mg/100mL) intoxicação óbvia em todos os indivíduos normais, andar cambaleando, fala pastosa, visão dupla, perda de memória e raciocínio (~ 6 doses) 250 intoxicação extrema ou estupor: resposta reduzida a estímulos, incapacidade de permanecer em pé, vômito, incontinência, sonolência (~ 8 doses) 350 coma (inconsciência, mínima resposta à estimulação, incontinência urinária, hipotermia, pouca respiração, hipotensão (~ 12 doses) 500 morte provável (~ 17 doses)

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8 Limites para beber de “baixo risco”
HOMENS MULHERES NUMA ÚNICA OCASIÃO NÃO MAIS DO QUE 4 DOSES NÃO MAIS DO QUE 3 DOSES POR SEMANA NÃO MAIS DO QUE 2 DOSES POR DIA. 2 DIAS SEM BEBER NÃO MAIS DO QUE 1 DOSE POR DIA.

9 Influenciando a sinfonia Genetica Idade Hormonios Ambiente
A orquestra sinfônica do cérebro ALCOOL: O MAESTRO PERCUSSÃO TROMPETE CLARINETA HARPA VIOLINO FLAUTA [estimulação] [Euforia] [Preferencia] [Ansiolise] [Sedação] [relaxamento muscular] FATORES INDIVIDUAIS Influenciando a sinfonia Genetica Idade Hormonios Ambiente ( J.A. Engel, 1994 )

10 Efeitos agudos das diferentes substancias

11 COCAÍNA Eritroxylon coca
O mecanismo psicotrópico de ação da cocaína é de inibidor da recaptação de monoaminas, notadamente a dopamina.

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13 A cocaína é uma alcalóide natural podendo ser encontrada das seguintes formas:
 Pasta = macerado das folhas + cal + solvente (querosene ou gasolina) + ácido.  Pó = a pasta é tratada com ácido hidroclorídrico, produzindo o Cloridrato de Cocaína (pó branco e inodoro).  Crack = pasta de coca ou pó + bicarbonato de sódio ou amônia + água + aquecimento. O sal se transforma em base = cristais solidificados. A cocaína pura é a única forma que pode ser usada por via oral, fumada. Para isto, ela deverá ser submetida a um tratamento chamado freebasing, onde se mistura o cloridrato de cocaína (pó) + bicarbonato e hidróxido de amônia. Este material é aquecido e é chamado de crack por causa do som que produz quando estão sendo queimados. Também são chamados de pedras por causa de sua aparência. Uma outra forma de consumo de cocaina-crack, muito comum no Peru, Colômbia, Bolívia e algumas regiões do Brasil é a de fumar a pasta de coca, pois requer apenas um processamento rudimentar, mais barato do que a transformação em cloridrato. Algumas vezes adiciona-se tabaco ou maconha, e é chamado de PITILLO. A Merla é comum na região Centro-Oeste brasileira. O preparo é artesanal em laboratórios improvisados. Utiliza-se para a preparação: a pasta de coca + ácido sulfúrico ou querosene ou gasolina, o que faz com que a droga tenha uma concentração ainda maior de produtos tóxicos. Não é raro ocorrer explosões do preparado, causando queimaduras importantes nos indivíduos, quando não acidentes fatais. Outras formas encontradas:  Chá = forma mais usada em países como Bolívia e Peru.  Folha Mascada = comum entre os indígenas Merla = pasta de coca + ácido sulfúrico, querosene e gasolina. Oxi = pasta + cal + gasolina/querosene Pitillo (ou mesclado) = pasta de coca + tabaco ou maconha. Cabral (Curitiba)/ Zirre (Rio) = crack + maconha Todos são fumados  POTENCIAL DE ABUSO

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15 Oral: chá e mascar as folhas
Vias de administração Aspirada (pó): via nasal – absorção rápida pelas mucosas do trato respiratório. O efeito inicia após 1 a 2 minutos e dura de 15 a 30 minutos Injetada (pó diluído em água) – E.V Fumada (crack): a base livre (“pedras”) é fumada em cachimbos. Maior absorção pelos alvéolos pulmonares  pequena circulação  atinge o cérebro rapidamente (8-20 s e dura 5-10 min). Via intranasal (aspirada): a aspiração da cocaína sob a forma de pó atinge o sangue através da mucosa nasal. Por seu poder fortemente vasoconstritor, os vasos sanguíneos da região nasal, de espessura muito fina, reduzem o fluxo sanguíneo, irritando e inflamando as membranas da mucosa do nariz, podendo daí resultar em ulcerações nas narinas, com eventual perfuração do septo nasal. Via Parenteral (Injetada): é a via que expõe o usuário a infecções e a uma série de doenças. O efeito, conhecido como HIGH aparece em alguns segundos e dura cerca de 15 a 30 minutos (no máximo), fazendo que o individuo reinjete a substância diversas vezes para manter o HIGH. A injeção por vias intramuscular e subcutanea apresenta um importante risco de necrose local por vasoconstrição. Via fumada: a inalação dos vapores da cocaína, obtidos com o aquecimento da pedra e que atravessam a membrana pulmonar, determinam os efeitos (HIGH) comparados aos da via EV. Os efeitos surgem em 5 a 10 segundos durando cerca de 5 a 10 minutos, o que obriga o usuário a repetir com freqüência o consumo, para manter o HIGH. Local: “esfregada” em mucosas (boca, vagina, reto) Oral: chá e mascar as folhas

16 Oral: chá e mascar as folhas
Local: “esfregada” em mucosas (boca, vagina, reto) Oral: chá e mascar as folhas

17 Efeitos da intoxicação com cocaina/crack/oxy
overdose – até 100x a dose inicial do high: mg oral; mg intranasal; 15-25 mg i.v. ou fumada. Hiperatividade autonômica ( PA,  taxa respiratória, taquicardia) --> podendo evoluir: convulsões, dor no peito (isquemia no miocárdio), hipertermia --> choque Estado psicológico inquietação, irritabilidade, insônia, falante, --> podendo evoluir: paranóia, comportamento estereotipado, bruxismo. Causa da morte: infarto, AVC, hipertermia

18 Overdose com cocaina e anfetaminicos sintomas e sinais
Hiperatividade autonomica Risco de choque  dor intensa no peito, ↑ PA, ↑ temperatura (41º C) Infarto, fibrilação Convulsões tipo grande mal AVC Estereotipia (touching and picking)

19 Efeitos da intoxicação com maconha
problemas graves raros (forma de uso --> haxixe) função cognitiva (noção de tempo e espaço, tarefas complexas, problemas de memória) pânico, ansiedade, confusão psicose temporária (paranóia e alucinações) (precipita em predispostos e intensifica em pré-existentes) tremores, leve hipotermia, diminuição da força muscular, boca seca, congestão da conjuntiva, taquicardia, convulsões em epilépticos. Quantidade de THC na maconha é de +/- 4,5%. De 2 a 3 mg de THC causam high. Baseado tem +/- 25 mg de THC ( mg de erva)

20 Overdose com sedativos
sintomas e sinais ↓ respiração  coma ↓ PA (efeito direto + hipoxia) Nistagmo Fala arrastada ↓Reflexos neurológicos Falência renal Edema pulmonar Convulsões (metaqualona)

21 Intoxicação por opioides
sintomas e sinais Miose puntual, lábios cianóticos ↓ respiração Edema pulmonar/cerebral Fala pausada, inconsciencia. hipotermia arritmias cardiacas Convulsões (codeina, propoxifeno meperidina) Marcas injeção (uso cronico)

22 INTOXICAÇÃO por fenciclidina e quetamina
(fumada, cheirada ou i.v.  inicio é rápido) alteração da cognição (prejuízo de julgamento) agressividade, impulsividade, imprevisibilidade, agitação psicomotora, ansiedade. psicose temporária (paranóia e alucinações) nistagmo vertical ou horizontal, taquicardia, hipertensão, convulsões ou coma, ataxia, diminuição da resposta a dor, rigidez muscular, formigamento, disartria ou fala pastosa, tinitus e hiperacusia

23 INTOXICAÇÃO por alucinógenos indólicos (LSD, Santo Daime, cogumelos)
Alterações psicológicas: ansiedade ou depressão marcantes, perda do referencial, julgamento prejudicado, medo de estar enlouquecendo, paranóia. Alterações na percepção: intensificação subjetiva, irracionalidade, despersonalização, ilusões, alucinações, sinestesia. Midríase e visão turva, sudorese, tremores, taquicardia e palpitações, incoordenação

24 Efeitos crônicos das diferentes substancias

25 Ressaca, comportamento agressivo, acidentes e lesões
Álcool O uso contínuo está associado com: Ressaca, comportamento agressivo, acidentes e lesões Redução do desempenho sexual, envelhecimento precoce Problemas digestivos, úlceras, inflamação do pâncreas, pressão arterial alta, obesidade Ansiedade e depressão, dificuldades de relacionamento e financeiros e problemas no trabalho Dificuldade de se lembrar das coisas e de resolver problemas Lesões e danos no cérebro de bebês filhos de mulheres que bebem Infarto, lesões permanentes no cérebro, disfunções musculares e de nervos Doenças do fígado e pâncreas Tolerancia e sindrome de abstinencia grave Cânceres, suicídio

26 Envelhecimento precoce, enrugamento da pele
Tabaco O uso contínuo está associado com: Envelhecimento precoce, enrugamento da pele Infecções respiratórias e asma Pressão arterial alta, diabetes Infecções respiratórias, alergias e asma nos filhos dos fumantes Em mulheres grávidas, problemas do trabalho de parto, parto prematuro e baixo peso do bebê Doença dos rins Problemas crônicos de obstrução de vias aéreas Doença do coração, infarto, doença vascular Cânceres

27 Problemas com a atenção e motivação
Maconha O uso contínuo está associado com: Problemas com a atenção e motivação Ansiedade, paranóia, pânico, depressão Perda da memória e da habilidade de resolver problemas Pressão arterial alta Asma, bronquite Psicose entre as pessoas com histórico familiar de esquizofrenia Doença do coração Doenças crônicas de obstrução de vias aéreas Cânceres

28 Entorpecimento, formigamento, viscosidade e erupções cutâneas
Cocaína / crack O uso contínuo está associado com: Dificuldade de dormir, batimento do coração acelerado, dor de cabeça, perda de peso Entorpecimento, formigamento, viscosidade e erupções cutâneas Acidentes e lesões, problemas financeiros Pensamentos estranhos, delirios Alteração do humor - ansiedade, depressão, mania Agressão e paranóia Fissura intensa, stress no estilo de vida Psicose depois do uso repetido de altas doses Morte súbita por problemas do coração

29 Sonolência, vertigem e confusão
Sedativos O uso contínuo está associado com: Sonolência, vertigem e confusão Dificuldade de concentração e de se lembrar das coisas Náusea, dor de cabeça, alteração da marcha Problemas de sono Ansiedade e depressão Tolerância e dependência após um curto período de uso. Sintomas de abstinência graves Overdose e morte se usado com álcool, opióide ou outras drogas depressoras

30 i. O Opióide O uso contínuo está associado com: Coceira, náusea e vômito Sonolência Constipação, enfraquecimento dos dentes Dificuldade de concentração e de se lembrar das coisas Redução do desejo e do desempenho sexual Dificuldades de relacionamento Problemas no trabalho e financeiros, violações da lei Tolerância e dependência, sintomas de abstinência Overdose e morte por insuficiência respiratória

31 vertigem e alucinações, sonolência, desorientação, visão turva
Inalantes / solventes O uso contínuo está associado com: vertigem e alucinações, sonolência, desorientação, visão turva Sintomas semelhantes a de um resfriado, sinusite, sangramento nasal Indigestão, úlceras estomacais Acidentes e lesões Perda de memória, confusão, depressão, agressão Dificuldade de coordenação, reflexo diminuído, hipoxia Delirium, agitação psicomotora Coma, danos de órgãos (coração, pulmão, fígado, rins) Morte por disfunção cardíaca

32 Estimulantes tipo anfetamina
Estimulantes tipo anfetamina O uso contínuo está associado com: Dificuldade de dormir, perda do apetite e peso, desidratação Ranger os dentes, dor de cabeça, dor muscular Alteração de humor –ansiedade, depressão, agitação, mania, pânico, paranóia Tremores, batimento cardíaco irregular, falta de ar Comportamento agressivo e violento Psicose depois do uso repetido de altas doses Lesões permanentes das células cerebrais Lesão do fígado, hemorragia cerebral Morte súbita (êxtase) em situações raras

33 Aumento do batimento cardíaco e da pressão arterial
Alucinógenos O uso contínuo está associado com: Alucinações (agradáveis ou desagradáveis) – visuais, auditivas, táteis, olfatórias Dificuldade de dormir Náusea e vômito Aumento do batimento cardíaco e da pressão arterial Alterações do humor Ansiedade, pânico, paranóia Flash-backs Aumento dos efeitos de doenças mentais, como por exemplo esquizofrenia

34 Slide 3: How a neuron works
Neurons are unique because of their computational prowess that allows them to rapidly process, integrate, and disseminate vast amounts of information within the brain and throughout the body. Your brain communicates with the rest of your body by sending messages from one neuron to the next and ultimately to the muscles and organs of the body. Neurons can also store information, a fundamental property that, when scaled up to the level of whole networks, allows for the creation of memories. Typically, a neuron contains three important parts: a cell body that directs all activities of the neuron; dendrites (the part that looks like tree branches), which are short fibers that receive messages from other neurons and relay those messages to the cell body; and the axon, a long single fiber that transmits messages from the cell body to dendrites of other neurons. Every moment, messages traverse entire neural networks with amazing speed. As a matter of fact, scientists often compare the activity of neurons to the way electricity works. A neuron communicates with other neurons at special places called synapses or synaptic clefts. To send a message, a neuron releases a chemical messenger, or neurotransmitter, into the synaptic cleft. From there, the neurotransmitter crosses the synapse and attaches to key sites called receptors on the receiving neuron. When neurotransmitters attach to these receptors, they cause changes inside the receiving neuron and the message is delivered. Neurons communicate with each other within a network of interconnected cells that scientists are still trying to fully understand. Scientists do know that this complex communication system within the brain can be disrupted by the chemicals in drugs. Did you know that more than 400 chemicals are in a marijuana leaf? And over 4,000 chemicals besides nicotine are in tobacco! Illustration used with permission, courtesy of Lydia V. Kibiuk and the Society for Neuroscience.

35 movimento sensações visão julgamento reforço memoria coordenação

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37 Drogas e alimentos podem atuar tanto como reforçadores positivos como negativos:
Exemplos: Positivo: comida sabor particularmente agradável droga efeito de euforia, prazer, alteração da consciência, inserir-se no “grupo” Negativo: comida alivia a fome (estado desagradável) droga alivia os sintomas de uma síndrome de abstinência, ou ansiedade, dor, outros As propriedades reforçadoras das drogas não se limitam ao reforço positivo mediado principalmente pelo sistema mesocorticolimbico, mas também pelo reforço negativo que a grande maioria das drogas também apresenta. Entre as situações que podem funcionar como reforçadores negativos das drogas pode-se citar o alívio dos sintomas da abstinência, o alívio de estados internos desagradáveis como ansiedade, depressão ou dor. Essa propriedade das drogas seria controlada por outros sistemas cerebrais.

38 DROGA PSICOTRÓPICA: São as drogas que alteram o comportamento, humor e cognição, possuindo propriedade reforçadora sendo, portanto, passíveis de auto-administração (OMS, 1981).

39 Vulnerabilidade AMBIENTE BIOLOGIA/GENES DROGA MECANISMOS CEREBRAIS
Lar caotico, abuso sexual Uso e atitudes familiares Influencia dos colegas Atitudes da comunidade Fraco desempenho escolar Genetica Genero Hormonios Idade Transtornos mentais DROGA Via administrada Efeito farmacologico Uso precoce Disponibilidade Custo MECANISMOS CEREBRAIS ADIÇÃO

40 Adição Um transtorno mental e comportamental caracterizado pela auto-administração da droga de forma incontrolada, compulsiva e continuada apesar dos claros prejuízos para si mesmo e para os outros, e pela fissura (craving: desejo incontrolavel em usar a droga).

41 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIA - DSM-V (2013)
Prejuízo clínico manifestado num período de 12 meses pela presença simultânea de 2 (ou mais) dos ítens: 1. Tolerância 2. Síndrome de abstinência específica 3. Grandes quantidades ou longos períodos além do que pretendido 4. Procura (desejo) persistente, insucesso para diminuir ou perda do controle sobre o uso 5. Muito tempo gasto para obter, usar ou recuperar-se dos efeitos 6. Redução ou ausência de atividades sociais, ocupacionais ou recreacionais 7. Uso continuado mesmo sabendo que a droga causou ou piorou problemas físicos ou psicológicos 8. Uso continuado apesar dos problemas sociais e interpessoais causados ou exacerbados pela substancia 9. Uso contínuo prejudica o trabalho, a escola ou atividades em casa 10. Uso continuado em situações fisicamente perigosas 11. Craving, urgencia ou intenso desejo em consumir a substancia Da mesma forma, para fazer o diagnóstico da dependência, utilizam-se critérios.

42 O transtorno dos 8 C’s Cronica Centralidade da droga Uso Continuado apesar dos danos B-P-S Perda do Controle Uso Compulsivo Craving ReCaída Um transtorno heterogeneo do Cérebro, o qual tem sua estrutura e função alterada pela droga de forma duradoura.

43 USO NOCIVO USO DE RISCO USO RECREATIVO OCASIONAL ADIÇÃO

44 A questão central da adição é:
“o que é responsável pela transição do uso recreativo e controlado da droga para o uso compulsivo em alguns individuos suscetiveis/ vulneráveis que culmina na perda do controle sobre o consumo levando à recaída?”(Kasanetz et al., 2010)

45 MECANISMO NEUROBIOLÓGICO
COMUM ENTRE AS DROGAS 45

46 O mecanismo de ação agudo comum de drogas psicotrópicas é a capacidade de ativar a via dopaminérgica mesolímbica, levando a liberação de dopamina (DA) no núcleo accumbens. E. J. Nestler 2005

47 Sistema motivacional Tres regiões cerebrais merecem destaque:
PFC Tres regiões cerebrais merecem destaque: Amygdala: emoção. 2. Cortex prefrontal (PFC) : avalia a intensidade da emoção e sua saliencia motivacional 3. Nucleus Accumbens: convergencia comum dos comportamentos motivacionais

48 Teorias da adição/dependencia
(Robinson, Berridge 2003; Volkow, Fowler, Wang, 2003; Wise 2004; Koob, Le Moal 2005) Teoria da dependência Teoria da automedicação Teoria da alostase hedônica Teoria do aprendizado aberrante Teoria do incentivo-sensibilização Cada uma delas com varias evidencias usando diferentes modelos animais, estudos bioquimicos e geneticos, estudos em humanos principalmente de neuroimagem

49 NEUROBIOLOGIA DA ADIÇÃO
Resultante de: Neuroadaptações homeostáticas e alostáticas Reforço negativo da SA  automedicação Resposta motivacional (R-O)  procura da recompensa Importância do hábito (S-R) Importância dos estímulos associados (S-S) Importância da saliência do incentivo

50 Fases da adição Efeitos agudos das drogas – dopamina é liberada fasicamente e em altos níveis  reforço positivo Transição para adição - as projeções glutamatergicas do cortex prefrontal para o accumbens são os principais responsáveis pela procura da droga. Essas projeções são moduladas pelos mediadores do estresse e novas conexões são condicionadas a pistas 3. Estágio final da adição – urgência em conseguir a droga, uso compulsivo. Perda do controle de iniciar e parar o uso, redução do prazer com a droga

51 Desenvolvimento da adição/dependência ESTÁGIO 1
INTOXICAÇÃO/REFORÇO (+) ESTÁGIO 2 AFETO NEGATIVO/REFORÇO (-) ESTÁGIO 3 PREOCUPAÇÃO/ANTECIPAÇÃO

52 DA, Opioides, GABA, Glu, endocanabinoides, 5-HT
ESTÁGIO 1 – INTOXICAÇÃO/INICIAÇÃO Reforço positivo DA, Opioides, GABA, Glu, endocanabinoides, 5-HT Koob et al., 2009

53 ESTÁGIO 2 – AFETO NEGATIVO/SA Reforço negativo
Dopamina,GABA, Glutamato, CRF, Noradrenalina, Neuropeptideo Y, Dinorfina, Substancia P Koob et al., 2009

54 ESTÁGIO 3 – PREOCUPAÇÃO/ANTECIPAÇÃO
Craving/ automação / prejuizo da função executiva Glutamato, endocanabinoides, GABA, Noradrenalina Koob et al., 2009

55 Estágio I – efeitos agudos das drogas
Efeitos reforçadores com liberação DA suprafisiológica no circuito motivacional induzindo mudanças na sinalização celular: DA +  D1R +  PKA +  CREB  indução de cFos  mudanças neuroplásticas de curta duração (poucas horas ou dias)

56 Estágio II - transição Uso repetido acumula mudanças na função neuronal: DA +  D1R +  proteinas com meia vida longa, como FosB (overexpressed) FosB é um regulador transcricional que modula a síntese de certas subunidades do AMPA-R e de certas enzimas sinalizadoras da célula (tirosina-hidroxilase, RGS9-2, autoR-D2, DAT)  Mudanças compensatórias (homeostase)

57 Estágio III - estágio final da adição
Mudanças na expressão de proteinas conferem vulnerabilidade para recaída. “Redirecionamento” do sistema DA para o Glu  adaptações celulares nas projeções glu do c. préfrontal para o NAcc “Automaticidade” da resposta de procura frente a pistas e estresse (duradouro - anos, irreversivel????)

58 Neuroplasticidade e Adição
A plasticidade sináptica reorganiza os circuitos neurais (reforça e elimina) através da alteração da expressão gênica e proteica em resultado a LTP e LTD (NMDA-R e AMPA-R).

59 Neuroplasticidade

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61 NEUROBIOLOGIA DA ADIÇÃO Interação bio-psico-social

62 Cérebro sob efeito agudo da cocaina
Binding de cocaina em humanos (PET) 1-2 Min 3-4 5-6 Slide 7: This is literally the brain on drugs When someone gets “high” on cocaine, where does the cocaine go in the brain? With the help of a radioactive tracer, this PET scan shows us a person’s brain on cocaine and the area of the brain, highlighted in yellow, where cocaine is “binding” or attaching itself. This PET scan shows us minute by minute, in a time-lapsed sequence, just how quickly cocaine begins affecting a particular area of the brain. We start in the upper left hand corner. You can see that 1 minute after cocaine is administered to this subject nothing much happens. All areas of the brain are functioning normally. But after 3 to 4 minutes [the next scan to the right], we see some areas starting to turn yellow. These areas are part of a brain structure called the striatum [stry-a-tum] that is the main target in the brain bound and activated by cocaine. At the 5- to 8-minute interval, we see that cocaine is affecting a large area of the brain. After that, the drug’s effects begin to wear off. At the 9- to 10-minute point, the high feeling is almost gone. Unless the abuser takes more cocaine, the experience is over in about 20 to 30 minutes. Scientists are doing research to find out if the striatum produces the “high” feeling and controls our feelings of pleasure and motivation. One of the reasons scientists are curious about specific areas of the brain affected by drugs, such as cocaine, is to develop treatments for people who become addicted to these drugs. Scientists hope to find the most effective way to change an addicted brain back to normal functioning. 6-7 7-8 8-9 Photo courtesy of Nora Volkow, Ph.D. Mapping cocaine binding sites in human and baboon brain in vivo. Fowler JS, Volkow ND, Wolf AP, Dewey SL, Schlyer DJ, Macgregor RIR, Hitzemann R, Logan J, Bendreim B, Gatley ST. et al. Synapse 1989;4(4): 9-10 10-20 20-30

63 Cérebro após uso crônico de cocaína
Mudanças Metabólicas em humanos Normal Adicto cocaina - 10 dias de abstinencia Slide 8: Long-term effects of drug abuse The images in these PET scans, which depict brain glucose utilization (a marker of brain activity), show that once the brain becomes addicted to a drug like cocaine, it is affected for a long, long time. In other words, once addicted, the brain is literally changed. Let’s see how. In this slide, increasing amounts of brain function are measured by yellow or red. The top row shows a normal functioning brain without drugs. You can see a lot of brain activity. In other words, there is a lot of yellow and red color. The middle row shows a cocaine addict’s brain after 10 days without any cocaine use at all. What is happening here? [Pause for response.] Less yellow and red means less normal activity occurring in the brain—even after the cocaine abuser has abstained from the drug for 10 days. The third row shows the same addict’s brain after 100 days without any cocaine. We can see a little more yellow and red, so there is some improvement— more brain activity—at this point. But the addict’s brain is still not back to a normal level of functioning. . . more than 3 months later. Scientists are concerned that there may be areas in the brain that never fully recover from drug abuse and addiction. Cocaine Abuser (100 days) Adicto cocaina dias de abstinencia Photo courtesy of Nora Volkow, Ph.D. Volkow ND, Hitzemann R, Wang C-I, Fowler IS, Wolf AP, Dewey SL. Long-term frontal brain metabolic changes in cocaine abusers. Synapse 11: , 1992; Volkow ND, Fowler JS, Wang G-J, Hitzemann R, Logan J, Schlyer D, Dewey 5, Wolf AP. Decreased dopamine D2 receptor availability is associated with reduced frontal metabolism in cocaine abusers. Synapse 14: , 1993.

64 Consequencias de longa duração 10 dias de Anfetamina em macacos
Slide 9: Drugs have long-term consequences Here is another example of what science has shown us about the long-term effects of drugs. What this PET scan shows us is how just 10 days of drug use can produce very dramatic and long term changes in the brain activity of a monkey. The drug used in this experiment was amphetamine, or what some people call “speed.” Remember the previous slide showed us what the brain of a chronic cocaine abuser looks like. This slide shows us what using a drug like amphetamine can do, in only 10 days, to the brain of a monkey. This slide also gives us a better idea of what methamphetamine, a drug similar in structure, can do to the brain. Methamphetamine use is becoming increasingly popular in certain areas of the country. The top row shows us, in yellow and red, normal brain activity. The second row shows us that same brain 4 weeks after being given amphetamine for 10 days. There is a dramatic decrease in brain activity. This decreased brain activity continues for up to 1 year after amphetamine use. These continuous brain changes often trigger other changes in social and emotional behavior too, including a possible increase in aggressiveness, feelings of isolation, and depression.    10 dias de Anfetamina em macacos Photo courtesy of NIDA from research conducted by Melega WP, Raleigh MJ, Stout DB, Lacan C, Huang SC, Phelps ME.

65 RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL APÓS ABSTINENCIA PROLONGADA
NORMAL METANFETAMINA 1 mês abstinente METANFETAMINA 14 meses abstinente

66 Memoria das drogas - craving
Amygdala not lit up Amygdala activated Anterior Posterior Slide 10: The memory of drugs This slide demonstrates something really amazing—how just the mention of items associated with drug use may cause an addict to crave or desire drugs. This PET scan is part of a scientific study that compared recovering addicts, who had stopped using cocaine, with people who had no history of cocaine use. The study hoped to determine what parts of the brain are activated when drugs are craved. For this study, brain scans were performed while subjects watched two videos. The first video, a nondrug presentation, showed nature images—mountains, rivers, animals, flowers, trees. The second video showed cocaine and drug paraphernalia, such as pipes, needles, matches, and other items familiar to addicts. This is how the memory of drugs works: The yellow area on the upper part of the second image is the amygdala (a-mig-duh-luh), a part of the brain’s limbic system, which is critical for memory and responsible for evoking emotions. For an addict, when a drug craving occurs, the amygdala becomes active and a craving for cocaine is triggered. So if it’s the middle of the night, raining, snowing, it doesn’t matter. This craving demands the drug immediately. Rational thoughts are dismissed by the uncontrollable desire for drugs. At this point, a basic change has occurred in the brain. The person is no longer in control. This changed brain makes it almost impossible for drug addicts to stay drug-free without professional help. Because addiction is a brain disease. Filme neutro Nature Video Filme sobre cocaina Cocaine Video Photo courtesy of Anna Rose Childress, Ph.D.

67 Desenvolvimento cerebral (5 - 20 anos).
MRI (magnetic ressonance images) Substância cinzenta Com o amadurecimento formam-se conexões sinápticas e a substância cinzenta diminui no sentido de trás para frente. Áreas relacionadas com funções mais básicas amadurecem antes e as de funções mais complexas depois. O córtex prefrontal (razão e funções executivas) é o último a surgir e a amadurecer. Estudos genéticos demonstram que estas áreas com desenvolvimento mais tardio são as menos influenciadas pela hereditariedade (Paul Thompson, UCLA Lab. of Neuroimaging)

68 Vulnerabilidade AMBIENTE BIOLOGIA/GENES DROGA MECANISMOS CEREBRAIS
Lar caotico, abuso sexual Uso e atitudes familiares Influencia dos colegas Atitudes da comunidade Fraco desempenho escolar Genetica Genero Hormonios Idade Transtornos mentais DROGA Via administrada Efeito farmacologico Uso precoce Disponibilidade Custo MECANISMOS CEREBRAIS ADIÇÃO

69 Psicoterapia da Adição
Aumentar o valor da saliência de reforçadores naturais (inclusive suporte social) Fortalecer o controle inibitório e a função executora Diminuir respostas condicionadas através de monitoramento e enfrentamento Promover a re-consolidação da memoria (Milton; Everitt, 2012)

70 “Somos o que repetidamente fazemos”.
“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. (Aristóteles)

71 Obstáculos para tratamento da Adição
Retenção do paciente ao programa, incluindo a aderência ao medicamento; Custo da manutenção num programa de tratamento prolongado (5 anos para considerar “curado”); A estigmatização do adicto  importante barreira para desenvolver um novo estilo de vida, sem droga; Manter a abstinencia quando o indivíduo retorna ao ambiente previamente pareado com a droga.

72 COMPARAÇÃO DE TAXAS DE RECAÍDA ENTRE ADIÇÃO E OUTRAS DOENÇAS CRONICAS

73 Necessidade da mudança de modelo de saúde  de curativo para preventivo/promoção da saúde
Necessidade uma AÇÃO ATIVA dos diversos segmentos da sociedade Necessidade da mudança na formação dos profissionais Necessidade de discussão de alternativas para lidar com a questão das drogas

74 (Kalant, 2009; Cunningham; McCambridge, 2011)
A adição é um fenômeno bio-psico-social e seu tratamento deve ser integrativo e analítico e não reducionista. (Kalant, 2009; Cunningham; McCambridge, 2011)

75 Resumindo… Adição não pode ser “curada” com força de vontade.
Reforço/motivação não é igual a prazer. Recaída ocorre em resposta à droga/ ao estresse/ às pistas “Curar” não muda o circuito Adição pode ser prevenida e tratada

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80 Lei 11343/06 não fala sobre a quantidade de droga, não possui um critério objetivo, quantitativo para diferenciar traficante do usuário. O que ela diz é que, em cada caso, o juiz deve levar em consideração a quantidade, a natureza da droga, o local e as condições em que o fato se deu, a conduta do acusado, suas condições sociais e seus antecedentes. Em julgamentos sob tais condições, a classe social do acusado pode pesar.

81 Além da quantidade de droga em poder do investigado, é necessário fazer uma série de observações antes de qualificá-lo como traficante.  "Tem que ver também o local, o histórico criminal, comportamento da pessoa e mais uma série de fatores, como droga fracionada, dinheiro em espécie, etc.”

82 CCJ aprova em 10/2014: Quem portar quantidade de droga equivalente a cinco dias de consumo, será considerado usuário. Acima dessa quantidade, será enquadrado como traficante. A Anvisa será responsável por definir qual a quantidade de consumo diário. Pesquisa da Fiocruz: uso diário16 pedras de crack, ou seja, 80 pedras em cinco dias.


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