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PublicouVítor Portela Alterado mais de 9 anos atrás
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Gêneros Literários Organização das obras literárias por semelhança das estruturas e modo de ver a realidade. A história dos gêneros literários é antiga, começa, no Ocidente, a partir da Antiguidade greco-romana. Denominação: genêros, do latim genus: tempo de nascimento, espécie, geração, estilo. Filiação de cada obra literária a uma classe.
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- Imutabilidade e pureza X flexibilidade e combinação.
Mostram que o tempo de nascimento e determinada origem geram uma nova modalidade literária. Imutabilidade e pureza X flexibilidade e combinação. Na Antiguidade: normas e preceitos a serem, seguidos rigidamente -> universalidade da literatura. Pré - Romantismo e Romantismo: a ideia de variabilidade dos gêneros ganha força -> individualidade do poeta e autonomia da obra.
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Os traços dos gêneros mudam constantemente, assim, não devemos nos prender a características fixas.
As características de uma obra devem ser relacionadas entre si. A teoria é um meio auxiliar, mas não deve ser usada para julgamento valorativo da obra. Gêneros mais comuns e abrangentes: dramático, épico e lírico.
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Gênero Dramático Drama, do grego dráo, fazer.
Configura a ação, a representação. Não conta com a voz do narrador. Personagens agindo sem mediação -> diálogo. Mantém uma expectativa. O importante é o desfecho, tudo se projeta para o final. Busca o aprimoramento do ser. Denuncia e critica de forma intensa e clara, como no drama, ou ainda disfarçada pelo cômico, caso da comédia.
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Tragédia Origem: Grécia Antiga. Ditirambo: canto a Dionísio -> Grandes Dionisíacas: competições dramáticas. Objetivo: catarse -> impressionar e levar à reflexão. Heróis trágicos: homens de forte psique. Vivenciam uma falha, erram inconscientemente, o que os leva à destruição. Partes: nó, reconhecimento, peripécia e clímax. Ex: Édipo rei, Sófocles.
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Comédia Mesma origem da tragédia.
Objetivo: criticar e ridicularizar vícios e costumes por meio do riso. Destaca-se o insólito, o imprevisível. Homens de fraca psique. grego, komoidía -> kômos (festa popular) -> kómas (aldeia). Os atores migravam pelas aldeias, pois não eram prestigiados na cidade.
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A acomodação no cômico impede a destruição do mundo do ridicularizado.
Movimentos de situação, de caráter e de palavras que levam ao riso. Ex: Lisístrata “Calonice: E qual é, amiga Lisístrata, o motivo de você estar convocando a nós, mulheres? Qual é o problema? Qual o tamanho dele? Lisístrata: É grande. Calonice: Será que ele é grosso também? Lisístrata: Sim, por Zeus, também é grosso. Calonice: Se é assim, como é que não estamos todas aqui? Lisístrata: Não, não é esse o assunto, senão estaríamos reunidas num instante! “
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Drama A palavra é usada para referenciar o gênero dramático de modo geral, mas também para uma forma dramática específica, misto da tragédia com a comédia. Na Antiguidade, usa temas históricos. A partir do século XIX, passa a voltar-se para o teatro da atualidade. Contemporaneamente: peça teatral que retrata tensões sociais ou individuais e recebe tratamento sério.
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Gênero épico EPOPÉIA Formas narrativas;
Pode se manifestar em prosa ou verso. Origem: século IX a.C. Homero, Ilíada e Odisséia. Longa narrativa de caráter heróico e de interesse nacional. Atmosfera de grandiosidade, reúne acontecimentos históricos, mitos, heróis, deuses...
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Partes: 1. Proposição: apresentação do assunto;
2. Invocação: pedido de inspiração às ninfas; 3. Dedicatória 4. Narração: complicação e solução 5. Epílogo: término, desfecho. - Narrador épico: mantém-se distante, em terceira pessoa, limita-se a apresentar os acontecimentos.
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Ex: Os Lusíadas Invocação:
"Musas! Calíope, a voz sustentai-me e dizei-me sem falta do morticínio espantoso causado por Turno, os estragos da sua espada e os guerreiros que os volscos enviaram para o Orco. Contai-me tudo; os sucessos incríveis da ingente peleja, pois em verdade o sabeis e podeis referi-lo a contento." (p.192)
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ROMANCE “Epopeia moderna” Origem: Idade Média, romances de cavalaria. Não tem compromisso com a narração de fatos históricos passados. D. Quixote, de Miguel de Cervantes: nascimento da narrativa moderna -> crítica de costumes. Elementos: enredo, personagens, espaço, tempo, ponto de vista.
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NOVELA Forma intermediária, entre o romance e o conto. Mesmos elementos que o romance, mas em menor número. Economia: predominam as ações sobre as análises e descrições. São selecionados os momentos de crise que levam para o desfecho.
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CONTO Forma narrativa de menor extensão. Diferencia-se também por diferenças estruturais: elimina as análises minuciosas, complicações no enredo e delimita tempo e espaço. Configura uma amostragem, um flagrante.
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Gênero Lírico - Lírico – Lira, obras literárias eram acompanhadas pela música. Surge também na Antiguidade. Mais escrito em versos. Volta-se para os sentimentos individuais -> subjetividade São marcados pela emoção, pela musicalidade e pela fusão entre eu poético e objeto cantado.
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- Canção: composição destinada ao canto. Ex: cantigas trovadorescas.
Elegia: poema fúnebre para a morte de alguém; Lira: poema pastoril; Ode: poema filosófico de elogio ou exaltação; Soneto: poema de quatro estrofes, dois quartetos e dois tercetos, exemplo máximo do classicismo.
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SONETO DE SEPARAÇÃO Vinícius de Morais De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
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Referências Bibliográficas:
Gêneros Literários, Angélica Soares.
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