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Arcadismo ( , em Portugal) ( , no Brasil)

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Apresentação em tema: "Arcadismo ( , em Portugal) ( , no Brasil)"— Transcrição da apresentação:

1 Arcadismo (1756-1825, em Portugal) (1768-1836, no Brasil)

2 Características principais
Paisagem campestre; Fuga para um mundo idealizado. O balanço, de Jean-Honoré Fragonard, 1765

3 Características principais
A partir das descobertas do físico Isaac Newton sobre a gravitação universal e sobre o movimento dos corpos, a pesquisa científica como forma de compreender e explicar o funcionamento da natureza ganha forte impulso. O ser humano recupera, aos poucos, seu desejo de encontrar explicações racionais para os fenômenos que observa à sua volta. As ameaças de condenação eterna e a necessidade de subordinação absoluta ao poder divino perdem força.

4 Características principais
O reinado da fé foi substituído pela crença na racionalidade. Para eles, a razão e a ciência seriam os "faróis" que guiariam o ser humano para longe do obscurantismo e da ignorância que haviam predominado em séculos anteriores. Por esse motivo, a razão é metaforicamente apresentada nesse momento como a luz interior. Cada poema árcade transforma-se em uma espécie de propaganda que pretende, como resultado final, modificar a mentalidade das elites do período. Por esse motivo, o combate à futilidade é um dos principais objetivos dos autores da época.

5 O resgate de temas clássicos
fugere urbem: fuga da cidade, da urbanização; afirmação das qualidades da vida no campo. aurea mediocritas: literalmente significa mediocridade áurea (dourada); simboliza a valorização das coisas cotidianas, simples, focalizadas pela razão e pelo bom senso. locus amoenus: caracterização de um lugar ameno, tranqüilo, agradável, onde os amantes se encontram para desfrutar dos prazeres da natureza.

6 O resgate de temas clássicos
inutilia truncat: significa cortar o inútil; princípio muito valorizado pelos poetas árcades, que se preocupavam em eliminar os excessos, evitando qualquer uso mais elaborado da linguagem. Por trás desse princípio estava o desejo de separar o bom do defeituoso, a fim de garantir que os textos literários se aproximassem da perfeição da natureza que pretendiam imitar. carpe diem: cantar o dia, aproveitá-lo; o mais conhecido dos temas desenvolvidos por Horácio, trata da passagem do tempo como algo que traz a velhice, a fragilidade e a morte, tornando imperativo aproveitar o momento presente de modo intenso.

7 Em Portugal Fundação da Arcádia Lusitana (1756) para combater o exagero barroco; Poesia como gênero literário predominante; Uso de pseudônimos pastoris; Carpe diem, fugere urbem, inutilia truncat. Templo de Apolo em Phigalia, de Burlloff, 1835

8 Bocage ( )

9 Lírica Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali beijando-se os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores. Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha pára, Ora nos ares sussurrando gira. Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira, Mais tristeza que a noite me causara.

10 Satírica Dos tórridos sertões, pejados de ouro,
Saiu um sabichão de escassa fama, Que os livros preza, os cartapácios ama, Que das línguas repartem o tesouro. Arranha o persiano, arranha o mouro, Sabe que Deus em turco Allah se chama; Que no grego alfabeto o G é gamma, Que taurus em latim quer dizer touro. Para papaguear saiu do mato. Abocanha talentos, que não goza. É mono, e prega unhadas como gato. É nada em verso, quase nada em prosa. Não conheces, leitor, neste retrato O guapo charlatão Tomé Barbosa?

11 No Brasil Inconfidência Mineira (1789)
O centro sócio-econômico desloca-se do nordeste para o centro-sul, devido á descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais; Surto de urbanização em Minas e no Rio de Janeiro (nova capital da colônia); Tiradentes

12 Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
Pastores, que levais ao monte o gado, Vêde lá como andais por essa serra; Que para dar contágio a toda a terra, Basta ver se o meu rosto magoado: Eu ando (vós me vedes) tão pesado; E a pastora infiel, que me faz guerra, É a mesma, que em seu semblante encerra A causa de um martírio tão cansado. Se a quereis conhecer, vinde comigo, Vereis a formosura, que eu adoro; Mas não; tanto não sou vosso inimigo: Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, Chorareis, ó pastores, o que eu choro. O lançamento de Obras poéticas (1768), de Cláudio Manuel da Costa, foi o marco inicial do Arcadismo no Brasil.

13 Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)

14 Lírica Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado, De tosco trato, de expressões grosseiro, Dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte: Dos anos inda não está cortado; Os pastores que habitam este monte Respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja até me tem o próprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste, Nem canto letra que não seja minha. Trecho de Marília de Dirceu, Parte 1, Lira I. Nesta primeira parte, Gonzaga conta para Marília os planos para o casamento. O eu lírico é superior.

15 Lírica Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua Aldeia; Vestia finas lãs e tinha sempre A minha choça do preciso cheia. Tiraram-me o casal e o manso gado, Nem tenho, a que me encoste, um só cajado. Para ter que te dar, é que eu queria De mor rebanho ainda ser o dono; Prezava o teu semblante, os teus cabelos Ainda muito mais que um grande Trono. Agora que te oferte já não vejo, Além de um puro amor, de um são desejo. Se o rio levantando me causava, Levando a sementeira, prejuízo, Eu alegre ficava apenas via Na tua breve boca um ar de riso. Tudo agora perdi; nem tenho o gosto De ver-te ao menos compassivo o rosto. Trecho de Marília de Dirceu, Parte 2, Lira XV. Na segunda parte da obra, após ser preso junto aos outros inconfidentes, Gonzaga lamenta a solidão e o sofrimento em razão do afastamento forçado da amada. O eu lírico é inferior.

16 Satírica Não cuides, Doroteu, que vou contar-te
por verdadeira história uma novela da classe das patranhas, que nos contam verbosos navegantes, que já deram ao globo deste mundo volta inteira. Uma velha madrasta me persiga, uma mulher zelosa me atormente e tenha um bando de gatunos filhos, que um chavo não me deixem, se este chefe não fez ainda mais do que eu refiro. (...) Tem pesado semblante, a cor é baça, o corpo de estatura um tanto esbelta, feições compridas e olhadura feia; tem grossas sobrancelhas, testa curta, nariz direito e grande, fala pouco em rouco, baixo som de mau falsete; sem ser velho, já tem cabelo ruço, e cobre este defeito e fria calva à força de polvilho que lhe deita. Ainda me parece que o estou vendo no gordo rocinante escarranchado, as longas calças pelo embigo atadas, amarelo colete, e sobre tudo vestida uma vermelha e justa farda. Trecho de Cartas chilenas, em que, sob o psudônimo de Critilo, Gonzaga critica os desmandos de Luís da Cunha Menezes (a quem o poeta dá o apelido de Fanfarrão Minésio), que governou a cidade de Vila Rica entre 1783 e As críticas são enviadas por carta ficticiamente do Chile (daí o título) para um amigo do poeta chamado Doroteu.

17 Basílio da Gama ( ) Aqui não temos. Os padres faziam crer aos índios que os portugueses eram gente sem lei, que adoravam o ouro. Rios de areias de ouro. Essa riqueza Que cobre os templos dos benditos padres, Fruto da sua indústria e do comércio Da folha e peles, é riqueza sua. Com o arbítrio dos corpos e das almas O céu lha deu em sorte. A nós somente Nos toca arar e cultivar a terra, Sem outra paga mais que o repartido Por mãos escassas mísero sustento. Podres choupanas, e algodões tecidos, E o arco, e as setas, e as vistosas penas São as nossas fantásticas riquezas. Muito suor, e pouco ou nenhum fasto. Volta, senhor, não passes adiante. Que mais queres de nós? Não nos obrigues A resistir-te em campo aberto. Pode Custar-te muito sangue o dar um passo. Poema épico em que há crítica às ações dos jesuítas e exaltação ao marquês de Pombal.

18 Santa Rita Durão ( ) “- Bárbaro (a bela diz) tigre e não homem...  Porém o tigre, por cruel que brame,  Acha forças no amor, que enfim o domem;  Só a ti não domou, por mais que eu te ame.  Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,  Como não consumis aquele infame?  Mas pagar tanto amor com tédio e asco...  Ah! Que corisco és tu...raio...penhasco”  (Trecho do Canto VI, onde narra a morte de Moema) Poema épico sobre o descobrimento da Bahia, de importância histórica pela mensagem nacionalista. O poema conta a lenda de Diogo Álvares Correia, o Caramuru.

19 Saiba mais!

20 Romantismo na Europa

21 Contexto histórico Ascensão da burguesia:
Mercantilismo (séculos XVI e XVII); Revolução Inglesa (1688); Independência americana (1776); Revolução Francesa (1789). Marco: O sofrimento do jovem Werther, de Goethe.

22 Características principais
Liberdade de criação; Individualismo e subjetivismo; Sentimentalismo; Idealização; Culto à natureza; Valorização do passado.

23 Romantismo alemão Marco: O sofrimento do jovem Werther, de Goethe.

24 Romantismo inglês Marco: Os cantos de Ossian = culto à Idade Média.
Byron: Pessimismo; Cinismo; Figuras sombrias; Satanismo.

25 Romantismo francês Função de propagar os ideais conquistados pela Revolução Francesa. Victor Hugo. Alexandre Dumas.

26 Romantismo em Portugal

27 Contexto histórico Invasão napoleônica – Bloqueio Continental (1807 – 1811). Fuga da família real para o Brasil. Independência do Brasil (1822). Guerra civil entre absolutistas e liberais (1828 – 1834).

28 Camões (1825) de Almeida Garrett
Primeiro Momento ( ) Almeida Garrett Alexandre Herculano Antônio Feliciano de Castilho fortes ressonâncias neoclássicas medievalismo Obra de início do Romantismo português: Camões (1825) de Almeida Garrett

29 Alexandre Herculano Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (1810 – 1877), nasceu em Lisboa, não cursou nenhuma faculdade. São fatos importantes de sua vida o exílio na Inglaterra e na França e uma polêmica que travou com o clero, ambos decorrentes de sua participação nas lutas liberais.

30 Eurico, o presbítero romance - 1844
Na ficção de Herculano predomina o caráter histórico dos enredos, voltados para a Idade Média, enfocando as origens de Portugal como nação e também muitos temas de caráter religioso. Eurico, o presbítero romance

31 Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Segundo Momento ( ) Camilo Castelo Branco Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825 – 1890). Transição entre medievalismo e a observação da realidade. Fase ultra-romântica. Novelas passionais.

32 Soares de Passos O noivado do sepulcro

33 Júlio Dinis Terceiro Momento (1850 - 1865)
Júlio Dinis (pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho (1839 – 1871) – prosa. Antecipação do Realismo; Romance de costume, atitude crítica dos realistas.

34 Obra As Pupilas do Senhor Reitor (1867) o romance mais popular de Júlio Dinis. Margarida e Clara acima, as personagens principais da obra que se passa numa aldeia portuguesa.

35 João de Deus Flores do campo


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