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CENÁRIO MUNICIPALISTA

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Apresentação em tema: "CENÁRIO MUNICIPALISTA"— Transcrição da apresentação:

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2 CENÁRIO MUNICIPALISTA

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HISTÓRICO DO AJUSTE FISCAL BRASILEIRO Precedentes Antes da Constituição de 88, os municípios tinham pouca participação na vida federativa; sua fatia na carga tributária era pequena, mas suas responsabilidades restringiam-se às escolas rurais, estradas vicinais e limpeza urbana. A União e os Estados concentravam a carga tributária, mas também executavam os investimentos e proporcionavam os serviços essenciais à população.

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Constituição Federal A Constituinte inaugurou um período de descentralização, com a ampliação do FPM de 17% para 22,5%, da cota de ICMS de 20% para 25%, mas também das atribuições e competências. 1991 – Pós-Constituinte O processo de descentralização tributária fez a participação dos municípios subir de 12% para 19% da carga tributária, que era de 24% do PIB. Além de uma fatia maior do bolo tributário, os entes públicos se utilizavam do chamado imposto inflacionário para fazer caixa. Esse tipo de receita financeira escondeu o desequilíbrio estrutural das contas públicas.

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1994 – Plano Real O fim da era da inflação alta obrigou o setor público a buscar outras formas de ajuste fiscal: a desvinculação de receitas, sob o nome pomposo de Fundo Social de Emergência (FSE, posterior FEF e atual DRU) foi a primeira delas. O fundo permitiu ao governo federal desvincular 20% de suas receitas, o que lhe permitiu desviar verbas carimbadas para o superávit primário. Só a educação perde hoje cerca de R$ 4 bilhões ao ano por causa da DRU. O piso de investimento em educação, fixado em 18% dos impostos, pela Constituição, se reduziu para 15% depois da desvinculação.

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1997 – Renegociação das Dívidas dos Estados A perda do imposto inflacionário e as altas taxas de juros fizeram explodir as dívidas mobiliárias dos Estados, atrelada a títulos públicos. Depois de uma série de negociações, a União resolveu assumir a dívida em títulos dos Estados, num valor de R$ 102 bilhões. Em troca, pela Lei 9.496/97, os Estados assumiram uma dívida contratual com a União, que deve ser quitada progressivamente com 13% de suas receitas. O principal da dívida é corrigido pelo IGP-DI + 6% a.a. E os municípios, o que tiveram? Nenhum refresco! Ao contrário, foram e são as principais vítimas do ajuste fiscal.

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1999 – Crise Cambial As elevadas taxas de juros e a desvalorização do real, represada artificialmente pelo governo FHC até as eleições de 98, fazem a dívida pública superar os 50% do PIB; o governo brasileiro pede socorro ao FMI e assina um acordo com metas de superávit primário. Para cumprir as metas negociadas com o FMI, o governo federal recorre ao aumento da carga tributária e ao asfixiamento financeiro dos demais entes da federação. Ganha impulso, então, o processo de concentração tributária nas mãos da União.

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Aumento das contribuições sociais A criação ou elevação de contribuições sociais e econômicas não compartilhadas foi a estratégia adotada pela União para ganhar receita sem precisar dividir com Estados e municípios: A CPMF foi a primeira delas: hoje rende R$ 32 bi; A alíquota da Cofins foi elevada, em duas fases, e a receita cresceu três vezes desde 1999: R$ 91 bi; A Cide foi criada sob pretexto de ser aplicada nas estradas, mas acabou no caixa único: R$ 8 bi ao ano; A base de cálculo da CSLL pulou de 9% para 32% do faturamento, e sua receita dobrou para R$ 28 bi.

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Estudo do IPEA mostra como as contribuições eram insignificantes em 1985 e hoje ultrapassam 50% da receita

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Concentração tributária I A tabela mostra que, em valores já corrigidos pela inflação, a receita de contribuições e taxas não compartilhadas dobrou de tamanho entre 1997 e 2006, passando de R$ 111 bi para R$ 220 bi. A base do FPM (IR + IPI) caiu de 48,4% do total em 1998 para 36,2% em 2004.

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Concentração tributária II O governo claramente prioriza a arrecadação dos tributos que não precisa dividir. A receita de ITR, por exemplo, é insignificante e ainda está decrescendo em termos reais. O IR e IPI voltaram a se recuperar um pouco nos últimos dois anos, mas continuam sendo 38% do total.

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2000 – Aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal Imposição de um rígido regime fiscal para Estados e, principalmente, municípios, sem qualquer preocupação com as responsabilidades sociais. Limite para despesas de pessoal; Limite para endividamento; Limite para restos a pagar; Até hoje, entretanto, o Congresso não aprovou o limite para a dívida da União. E nenhum governador foi punido por acumular restos a pagar em excesso.

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2003 – Arrocho fiscal redobrado O governo de Lula aumentou oficialmente a meta de superávit primário para 4,25% do PIB, mas acabou fazendo um superávit ainda maior... Nos últimos quatro anos, o superávit primário gerado pelo setor público já deslocou R$ 331 bilhões para pagamento de juros da dívida pública.

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2004 – Reforma tributária paralisada Depois de prometer prioridade à reforma tributária, governo e Congresso esqueceram a emenda constitucional na gaveta. Três anos se passaram, e até hoje a elevação do 1% do FPM ainda não foi votada. Além de não garantir o acréscimo do FPM, o governo tem baseado sua política de desoneração tributária no IPI, um dos dois impostos que formam a base de cálculo do FPM. Nos últimos dois anos, vários de decretos foram baixados pelo Ministério da Fazenda com redução de IPI para diferentes setores da economia.

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Decretos com redução do IPI Só com a redução do IPI para o setor de bens de capital e construção civil, os municípios já perderam R$ 300 milhões de FPM por ano.

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Decreto reduzindo a Cide, depois da partilha Em 2004, quando começou a repartir a Cide com Estados e municípios, o governo editou um decreto reduzindo a alíquota da contribuição. Como? Até 2003, a Cide custava R$ 0,54 por litro de gasolina. Parte desse pagamento podia ser abatido no pagamento do PIS/Cofins. A partir de abril de 2004, em vez de conceder dedução do PIS/Cofins, o governo decidiu reduzir a alíquota da Cide para R$ 0,28 por litro de gasolina.

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Exclusão do fundo de exportação da base do Fundef A partir de 2004, para atender aos governadores, o governo federal dividiu os repasses de ressarcimento dos Estados exportadores em duas partes: uma pelo fundo da Lei Kandir, atrelado ao Fundef, e outra por um novo fundo, o FEX, desvinculado do Fundef. Das receitas retidas pelo Fundef, 60% retornam aos municípios e 40% aos Estados. No caso do FEX, entretanto, livre do Fundef, 75% ficam com os Estados e apenas 25% com os Municípios. Ou seja, a substituição dos repasses da Lei Kandir pelo FEX estão prejudicando as prefeituras.

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Conquistas dos Municípios Apesar da reforma tributária não ter avançado, os Municípios obtiveram algumas conquistas, com destaque para: Repasse direto do salário-educação; Uniformização das regras e alíquotas do ISS. O repasse do salário-educação pulou de R$ 663 milhões em 2003 para R$ 2 bilhões em Antes a transferência do salário-educação dependia da boa vontade dos governadores, que acabam se apropriando do dinheiro dos Municípios. Agora o dinheiro sai do Tesouro Nacional direto para a prefeitura.

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS Os repasses do FPM cresceram R$ 6 bilhões, em termos reais, entre 2003 e 2006, como se vê abaixo:

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS * As receitas de royalties também tiveram crescimento significativo nos últimos anos, mas poucos Municípios são beneficiados. * As receitas e transferências de ITR estão congeladas, apesar de a legislação já prever a possibilidade de as próprias prefeituras fazerem a cobrança. Por quê? As regulamentação imposta pela Receita está dificultando a operacionalização dos convênios.

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EVOLUÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS Os Municípios também estão fazendo seu dever de casa. As receitas próprias crescem mais do que as transferências, com destaque para o ISS, que acumula aumento real de 65%.

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EVOLUÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS Se não houvesse a mudança no ISS, a curva de tendência mostra que sua receita estaria hoje em R$ 12,9 bilhões. Ou seja, quase R$ 5 bilhões abaixo de onde está hoje.

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Carga Tributária Nacional (% do PIB) Desses R$ 823 bilhões da carga tributária, 5,2% foram arrecadados diretamente pelos Municípios. Mas parte dos tributos são redistribuídos, como veremos na próxima tabela.

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CARGA TRIBUTÁRIA Apesar do crescimento das receitas próprias, a fatia dos municípios na carga tributária continua estabilizada em torno de 16% e 17%...

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS A fatia dos Municípios não está sendo distribuída uniformemente. E os Municípios menores e mais pobres estão sendo duplamente castigados: embora sejam os que empreendem maior esforço de arrecadação própria, estão perdendo transferências para os municípios mais ricos. Entre 2000 e 2006, por exemplo, as transferências para os 60 municípios mais ricos do Brasil, com PIB per capita superior a R$ , cresceram 105% acima da inflação; para os municípios mais pobres, com menos de R$ de PIB per capita, a expansão foi de 43%.

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS Os 60 municípios mais ricos receberam em 2006 uma média de R$ por habitante de transferências federais e estaduais, enquanto os mais pobres, R$ 449.

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS Outro exemplo de distorção e privilégio são as transferências do governo federal para o Distrito Federal. Além de arrecadar como Estado e município ao mesmo tempo, o DF recebe mais R$ 6 bilhões da União para gastar em segurança pública, saúde e educação. É o chamado Fundo Constitucional do DF, que cresceu 121% entre 2000 e 2006. E o Judiciário e Ministério Público do DF também são pagos pela União, custando outros R$ 1,3 bilhão.

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EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS O resultado disso é que, só com esses dois auxílios exclusivos, o DF leva hoje R$ 7,3 bilhões da União.

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2006 – Redução no superávit primário Depois de três anos de aperto fiscal e da queda do ministro Palocci, governo decide começar a gastar mais e superávit primário cai para 4,32% do PIB antigo, ou 3,88% pelo PIB novo. 2007 – PIB maior, investimentos menores Os novos números do PIB divulgados pelo IBGE revelam uma melhoria nos indicadores fiscais brasileiros, o governo fala em PAC, mas os investimentos públicos continuam nos menores níveis dos últimos 36 anos (2% do PIB apenas), apesar de a carga tributária continuar crescendo.

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A menor taxa de investimento público ocorreu em 2003, apenas 1,7 % do PIB

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RESUMO Os brasileiros estão pagando mais impostos, mas estão tendo cada vez menos retorno em investimentos públicos e serviços sociais. Esse é o caminho que queremos?

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COMO ESTÃO AS FINANÇAS MUNICIPAIS? Já vimos que os municípios estão fazendo seu dever de casa com a melhoria da arrecadação própria. Mas e o controle das despesas e dívidas? A CNM elaborou um estudo com municípios para os quais dispomos de dados completos de balanço orçamentário e patrimonial entre 2002 e 2005. No ano passado, mais de 5,2 mil municípios apresentaram à STN seus balanços, mas até hoje só conhecemos as informações de 4 mil municípios, porque as informações dos demais ainda não foram processadas pela Caixa.

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SITUAÇÃO FISCAL DOS MUNICÍPIOS

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ENDIVIDAMENTO DOS MUNICÍPIOS municípios possuíam dívidas contratadas em um montante superior a 1,2 vezes a sua receita corrente líquida (RCL). As dívidas municipais chegavam a 53,7% da RCL. municípios possuíam dívidas contratadas em um montante superior a 1,2 vezes a sua receita. O montante das dívidas caiu para 42,2% da RCL.

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DISPONIBILIDADE FINANCEIRA 2002 A diferença entre os restos a pagar e os recursos em caixa dos municípios tinham um saldo positivo de R$ 1,7 bilhão. 2005 A diferença entre os restos a pagar e os recursos em caixa dos municípios subiu para um saldo positivo de R$ 8 bilhões. Recursos em caixa = R$ 19,2 bilhões Restos a pagar = R$ 11,2 bilhões Resultado = R$ 8,0 bilhões

36 Analisando estes indicadores, Mas essa é a realidade do seu município?
CENÁRIO MUNICIPALISTA Analisando estes indicadores, poderíamos afirmar que a situação financeira está melhorando consideravelmente! Mas essa é a realidade do seu município? NÃO! POR QUÊ?

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TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES 1986 O que os municípios faziam? Quantos funcionários tinham? Em 1986, eram 42 mil funcionários na área de saúde sendo pagos pelas prefeituras e 250 mil pela União. 2007 A União administra a dívida pública e o INSS, mas presta muito poucos serviços de saúde e educação diretamente à população... Já os municípios devem aplicar 15% em saúde, 25% em educação. O total de servidores da saúde nos Municípios pulou para 830 mil e os da União caíram para 108 mil.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS E ESTADUAIS Existem 149 Programas Federais que repassam recursos e encargos aos Municípios. Poucos são instituídos por lei, e as poucas normas que existem não tratam devidamente do financiamento e dos mecanismos de atualização dos repasses.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS A CNM e a CEPA/UFRGS pesquisaram entre os municípios o real custo dos programas federais e estaduais para os municípios. Ao todo, 326 municípios foram analisados, representando todos os estados, regiões e portes, sendo verificado que, sua maioria, não são registrados os custos reais da execução dos programas, nem os gastos adicionais (com recursos próprios), o que representa um problema sério de gestão.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS E ESTADUAIS Os seguintes programas federais já foram pesquisados: Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE Transporte Escolar (Estados + PNATE) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI Programa Saúde da Família – PSF Programa de Agentes Comunitários de Saúde - PACS

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TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES O problema das fontes de financiamento: Desequilíbrio entre receitas e despesas, como no SUS. As transferências de recursos crescem em proporção menor do que as responsabilidades assumidas.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Os resultados preliminares indicam que os cinco programas analisados têm um custo adicional de R$ 11,6 bilhões ou 233% acima dos repasses.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Programa de Saúde da Família - PSF Número de equipes em 2006: Médico R$ 7.500,00 Enfermeiro R$ 3.000,00 Auxiliar de enfermagem R$ 600,00 Dentista R$ 3.000,00 Assistente R$ 600,00 Auxiliar de serviço R$ 350,00 Atendente R$ 350,00 Sub-total R$ ,00 Encargos (30%) R$ 4.620,00 Total R$ ,00

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Programa de Saúde da Família - PSF Custeio Veículo com motorista R$ 2.000,00 Combustível (200 litros/mês) R$ 500,00 Alimentação R$ 1.000,00 Água/luz e telefone R$ 500,00 Total R$ ,00 Custo estimado* = R$ 7,5 bilhões Valor repassado = R$ 2,1 bilhões Contrapartida = R$ 5,4 bilhões (*) valor com 31% de encargos e décimo terceiro salário, sem dentista

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Agentes Comunitários de Saúde Número de agentes em 2006: 1 Agente = R$ 450* (*) mais encargos previdenciários e trabalhistas Custo estimado = R$ 1,53 bilhões Valor repassado = R$ 913 milhões Contrapartida = R$ 617 milhões

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Piso de Atenção Básica – PAB Criado em 1996, previa o repasse de R$ 10,00 por habitante por ano. Em 2001, valor foi reajustado para R$ 11,00, em 2004 para R$ 13,00 e em 2006 para R$ 15,00.  O reajuste em quase 10 anos foi de 50%, enquanto a inflação acumulada supera os 114% pelo deflator do PIB.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Transporte Escolar Municípios transportam 2,6 milhões de alunos para os Estados. União repassa entre R$ 81,00 e R$ 116,32 por ano por aluno matriculado nas redes municipais, num total de R$ 220 milhões. Custo médio levantado – R$ 776/aluno/ano (R$ 3,88/dia) Municípios gastam R$ 2 bilhões com alunos estaduais. Estados reembolsam em média 20%.

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Merenda Escolar Repasse total da União : R$ 1,06 Bilhão Repasse por criança/dia – a 2003: R$ 0,13 2004: R$ 0,15 2005: R$ 0,18 2006: R$ 0,22 Custo levantado pela CNM – 2006: R$ 0,89 Contrapartida dos Municípios : R$ 3,8 Bilhão

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IMPACTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS Merenda Escolar Custo do pão francês 1995 – R$ 0,07 2006 – R$ 0,30 Custo litro leite tipo c 1995 – R$ 0,45 2006 – R$ 1,20

50 CENÁRIO MUNICIPALISTA
TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES Custos com cidadania Os Municípios mantêm sala, luz, telefone, diárias e servidores para Junta Militar, Delegacia do Trabalho, Tribunal Regional Eleitoral, entre outros órgãos. Em média, os municípios disponibilizam 6,53 funcionários para esses serviços, com um custo mensal médio de R$ 3.198,29 de salário; além disso, possuem gastos indiretos com infra-estrutura, atendimento, transporte e outros. Ao todo, são mais de 40 mil servidores municipais deslocados para essas tarefas.

51 CENÁRIO MUNICIPALISTA
TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES Panorama na educação % do ensino fundamental % do ensino fundamental Diferença: 6,4 milhões de matrículas 200 mil novas salas de aula

52 CENÁRIO MUNICIPALISTA
TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES Novas atribuições Tratamento de dependentes químicos: lei aprovada no Congresso dispõe que o Município é o responsável pelo tratamento dos dependentes químicos.

53 A CGU E A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS

54 A CGU E OS MUNICÍPIOS Rouba-se em até 80% dos municípios, diz ministro: “A corrupção no Brasil é cultural, é sistêmica... de municípios do País, já foram investigados. Ou seja, cerca de 20% do total... o que posso dizer é que o percentual de casos em que encontramos corrupção está na faixa de 70%, 80%. Em alguns casos chega a 85%... foram investigados de forma direta cerca de R$ 6 bilhões das transferências federais aos municípios... O modus operandi é extremamente diversificado. A criatividade nacional, a imaginação brasileira, é insuperável... rouba-se muito no Brasil, do Oiapoque ao Chuí." Bruno Spada/Agência Brasil Hage: Corrupção do Oiapoque ao Chuí entrevista concedida por Jorge Hage, Ministro responsável pela CGU, no dia 17 de abril de 2006, ao jornalista Bob Fernandes e veiculada no site Terra.

55 HISTÓRICO DOS SORTEIOS PÚBLICOS DE FISCALIZAÇÃO DA CGU
A CGU E OS MUNICÍPIOS HISTÓRICO DOS SORTEIOS PÚBLICOS DE FISCALIZAÇÃO DA CGU Primeiro Sorteio: 8 de maio de 2003 – 5 municípios em 5 regiões do País; Até o último sorteio que é o 22º, realizado em 19 de julho de 2006, foram fiscalizados municípios; A CGU fiscaliza os programas e recursos federais repassados aos municípios nos últimos 5 anos.

56 LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS
A CGU E OS MUNICÍPIOS LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS Até o 22º sorteio foram fiscalizados 88 municípios gaúchos; Destes, 83 possuem os relatórios de fiscalização disponíveis no site da CGU; Destes 83 relatórios destacamos que 68 possuem relatórios sintéticos e os outros 14 relatórios integrais no site da CGU; Na análise dos 68 relatórios sintéticos a CNM se ateve a contabilizar e qualificar as ocorrências já apontadas pela própria CGU, enquanto que nos 14 relatórios integrais houve uma seleção daquelas constatações mais recorrentes para fins da pesquisa; Nestes 83 municípios foram avaliadas um total de 360 ocorrências.

57 LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS
A CGU E OS MUNICÍPIOS LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS A CNM utilizou a seguinte metodologia de avaliação das constatações apontadas pela CGU Ocorrências com Alta Gravidade – Àquelas que além de não atender ao interesse público, apresentam indícios de fraude ou desvio de recursos públicos. Ocorrências de Média Gravidade – Àquelas que não atendem ao interesse público porém sem apresentarem indícios de fraude ou desvio de recursos públicos. Ocorrências de Baixa Gravidade – Àquelas que apresentam deficiências ou falhas formais decorrente da falta de preparo técnico.

58 A CGU E OS MUNICÍPIOS

59 LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS
A CGU E OS MUNICÍPIOS LEVANTAMENTO DA CNM SOBRE A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS O montante de recursos federais fiscalizados nos 83 municípios foi de R$ ,39. (Cento e trinta milhões setecentos e sessenta e cinco mil cento e noventa e oito reais e trinta e nove centavos) A população total dos 83 municípios fiscalizados é de (hum milhão trezentos e sessenta e dois mil oitocentos e quarenta e sete) habitantes. Transferência dos convênios foram equivalentes a cerca de R$ 100,00 (cem reais) por habitante, a média de transferência só do ICMS para os Municípios Gaúchos é de R$ 950,00 por habitante.

60 A CGU E OS MUNICÍPIOS Procuradoria-Geral da República;
ÓRGÃOS DESTINATÁRIOS DOS RELATÓRIOS DA CGU Procuradoria-Geral da República; Tribunal de Contas da União; Presidência da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados; Presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados; Presidência da Mesa Diretora do Senado Federal; Presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Senado Federal; Ministérios Gestores; Procuradoria-Geral de Justiça do Estado; Procuradoria da República no Estado; Promotor de Justiça da Comarca; Prefeitura Municipal; Presidência da Câmara Municipal.

61 A CGU E OS MUNICÍPIOS RESULTADOS DAS FISCALIZAÇÕES DOS MUNICÍPIOS GAÚCHOS A CNM procurou o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, que é um dos principais órgãos de fiscalização dos recursos federais, com o objetivo de saber quantas ações judiciais haviam sido propostas decorrentes do trabalho de fiscalização por sorteio público da CGU e até o momento não obteve resposta sobre este pleito.

62 A CGU E OS MUNICÍPIOS “CGU faz devassa em 600 prefeituras ligadas à Planam” (matéria de Ricardo Brandt, no dia 01 de setembro de 2006, veiculada no site Estadão On-line) "Na verificação física iremos aos endereços das empresas participantes das licitações, bem como faremos a verificação dos equipamentos: se existem, se correspondem às especificações", disse Hage. Segundo ele, há casos de ambulâncias com número do chassi adulterado e de ônibus caindo aos pedaços, com dez anos de idade, que funcionaram só 30 dias. A investigação nos municípios com convênios com o Ministério da Saúde envolverá outros contratos. "Uma vez que vamos a esses municípios, abriremos o foco e pegaremos todas as outras licitações e contratos", afirmou Hage.

63 A CGU E OS MUNICÍPIOS CASO PLANAM: Levantamento dos Convênios do
Grupo (2001 a 2004);

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65 DEBATE NOVA ESTRATÉGIA DO MOVIMENTO MUNICIPALISTA
Focar a ação em projetos que ataquem os problemas estruturais vividos pelos municípios, sem deixar de cuidar dos projetos que solucionam os problemas pontuais, quando possível.


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