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Discurso do Método René Descartes

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Apresentação em tema: "Discurso do Método René Descartes"— Transcrição da apresentação:

1 Discurso do Método René Descartes
Prof. Especialista Ricardo Lima

2 “Estava então na Alemanha, para onde me haviam chamado as guerras que ainda ali não terminaram, e, quando voltava da coroação do Imperador para o exército, o começo do inverno me deteve num lugar onde, não achando conversa que me divertisse e além disso não tendo, felizmente, cuidados ou paixões que me perturbassem, ficava o dia inteiro trancado sozinho num quarto com estufa, onde tinha todo o tempo para me entreter com meus pensamentos.”

3 “Entre os quais um dos primeiros que me ocorreu foi considerar que muitas vezes não há tanta perfeição nas obras compostas de várias peças e feitas pelas mãos de diversos mestres quando naqueles em que apenas um trabalhou. Assim, vemos que as construções iniciadas e concluídas por um único arquiteto costumam ser mais belas e bem ordenadas que aquelas que muitos trataram de reformar aproveitando velhas paredes construídas para outros fins. [...]”

4 Mas, como um homem que caminha sozinho e nas trevas, decidi avançar tão lentamente e ser tão circunspecto em tudo que, se progredia muito pouco, evitava pelo menos cair.

5 Não quis sequer começar rejeitando completamente qualquer das opiniões que se infiltraram outrora em minha crença sem terem sido aí introduzidas pela razão antes de empregar bastante tempo no projeto da obra que empreendia e na busca do verdadeiro método para chegar ao conhecimento de todas as coisas de que o meu espírito fosse capaz.

6 [...] E como a multiplicidade de leis fornece muitas vezes desculpas aos vícios, de modo que um Estado é bem mais regrado se, tendo bem poucas, elas são estritamente observadas, assim eu julguei que, em vez do grande número de preceitos de que se compõe a lógica, me bastariam os quatro seguintes, contanto que tomasse a firme e constante resolução de não deixar de observá-los uma vez sequer.

7 REGRAS DO MÉTODO: “O primeiro era não tomar jamais coisa alguma por verdadeira a não ser que a conhecesse evidentemente como tal: quer dizer, evitar cautelosamente a precipitação e a prevenção; e só incluir em meus juízos o que se me apresentasse ao espírito de modo tão claro e nítido que não tivesse como colocá-lo em dúvida.” 1 – A evidência – para aceitarmos alguma coisa por verdadeira, não podemos ter qualquer dúvida sobre a sua veracidade. À evidência opõe-se a conjectura, que é no essencial, dúvida, mesmo que temporária. A evidência é atingida por intermédio da intuição, aqui entendida como um conceito da mente, que no estado de pureza e de atenção, não é atingida por qualquer dúvida objeto do pensamento;

8 “O segundo, dividir cada dificuldade que examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e necessárias para melhor resolvê-las.” 2 – A análise – as questões devem ser observadas no maior número de partes possível, simplificando-as, para que a razão possa ter um entendimento mais perfeito.

9 “O terceiro, conduzir meus pensamentos de forma ordenada, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais complexos; e supondo mesmo uma ordem entre aqueles que de modo algum precedem naturalmente uns aos outros.” 3 – A síntese – conduzir a investigação do mais simples para o mais complexo, é regra de ouro;

10 “E o último, fazer sempre levantamentos tão completos e inspeções tão gerais que tivesse a certeza de nada omitir.” 4 – A enumeração – o investigador deve realizar enumerações exaustivas e revisões gerais, de molde a que tenha a convicção de nada ter omitido.

11 Essas longas cadeias de raciocínios, bem simples e fáceis, de que os geômetras costumam se servir para chegar às mais difíceis demonstrações, deram-me a oportunidade de imaginar que todas as coisas que podem cair sob o conhecimento dos homens segue-se umas às outras da mesma maneira e que, contanto apenas que se evite tomar por verdadeira alguma que não o seja e que se respeite sempre a ordem exigida para deduzir umas das outras, não pode haver nenhuma tão distante que por fim não se alcance nem tão oculta que não se descubra.”

12 Matemática e geometria
Conclui que a matemática e geometria são ciências indubitáveis. Enquanto as outras estão em constante mudança.

13 “Quer eu esteja acordado quer esteja dormindo, dois mais três formarão sempre o número cinco e o quadrado nunca terá mais do que quatro lados”.

14 Deus enganador Supõe que o deus que o criou, o engane o tempo todo, o faz ter todas as ideias. Esse deus não quer decepcioná-lo então o engana. Conclui que não deve confiar em nada do que sabe.

15 Gênio maligno A dúvida é universalizada.
Supões que existe é um gênio maligno que o engana, e não um Deus. Que tudo que existe, tudo que ele vê e sente é enganação trazida por esse gênio maligno.

16 Essa meditação liberta o pensamento do senso comum.

17 2º meditação Quer continuar duvidando até que encontre pelo menos uma coisa certa e indubitável. Supõe que tudo que conhece através dos sentidos é falso. Supõe que não possui um corpo.

18 Pensa na possibilidade de haver um deus que impõe a ele tais pensamentos.
Mas esse deus enganador não pode enganá-lo de que é. Pois se ele pensa, então é. Duvida de todas as coisas do corpo. Até concluir que “Eu sou, eu existo”. – cogito, ergo sun.

19 Penso, logo existo. Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que duvida. Chega a sua primeira certeza universal e indubitável. “Se duvido, penso; se penso, existo”. Eis o fundamento para a construção de toda sua filosofia.

20 Eu penso Este eu cartesiano é puro pensamento= res congitans (ser pensante). A realidade do corpo (= res extensa, coisa material) foi colocada em questão. A partir dessa intuição primeira, Descartes distingue ideias confusas e duvidosas, das claras e distintas.

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