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Universidade Federal do Pará Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Programa de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido Disciplina: História.

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1 Universidade Federal do Pará Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Programa de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido Disciplina: História econômica e social do Brasil e da Amazônia Professor: Fábio Carlos da Silva Análise do surgimento da industrialização e desenvolvimento do capitalismo no século XIX Obra referencial: CURY, Vania Maria. “História da Industrialização no século XIX”. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. Alunas: Izaura Nunes e Karla Pamplona

2 Dados da Autora – Vania Maria Cury:
Graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (1977); Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (1985); Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (2000); Professora aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Experiência em História, com ênfase em História Moderna e Contemporânea; Linha de pesquisa: História Econômica, História da Industrialização, Clube de engenharia e Primeira República

3 Abordagem da obra (Capítulos 1, 2 e 3):
A autora analisa o desempenho da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos e do Japão no século XIX (esticado para 1914), no intuito de averiguar o processo de surgimento e consolidação da industrialização e elucidar os motivos fundamentais que proporcionaram a formação do quadro hegemônico do sistema capitalista nesse período e a sua consolidação na atualidade. A autora revela a importância do fenômeno da industrialização na consolidação do atual sistema capitalista formado por países dominantes e periféricos.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Observa-se como referencial bibliográfico da autora, nos capítulos 1 a 3 da obra em análise, economistas, historiadores e sociólogos: - Grã-Bretanha: Paul Sweezy e Paul Baran (economistas marxistas estadunidenses), Peter Mathias e Kenwood e Lougheed; - Estados Unidos: Alfred Chandler (historiador - considerado pai da história empresarial – professor de Harvard); - Japão: Moore Jr. (sociólogo americano - professor de Harvard), Halliday, Lockwood, Bernstein (teórico da social- democracia) e Sakurai (economista -professor FEA-USP).

5 A HEGEMONIA BRITÂNICA NO SEC. XIX (1850-1914):
A autora aborda as fases da hegemonia e do início de estagnação econômica da Grã-Bretanha e a mudança no quadro hegemônico do sistema capitalista mundial. FASE 1: a Grã-Bretanha era a 1ª economia industrial do mundo: mais de 50% da população estava na cidade e na indústria; possuía metade da produção mundial de ferro; fabricava mais da metade do tecido de algodão; tinha maior quilometragem de ferrovias; maior exportadora de produtos manufaturados; padrão industrial difundido para todos os continentes, formando o fenômeno do “capitalismo desigual”. FASE 2: A partir de 1880 – crescimento da indústria (inovação tecnológica) e surgimentos de novos países industrializados (EUA, Europa Continental e Japão) e mudança no quadro econômico mundial.

6 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA :
1. Quadro do Comércio Internacional ( ): Pioneirismo da Grã-Bretanha como “nação industrial”; 2. Quais os motivos? 2.1. Supremacia da frota mercante e liderança comercial: mais da metade do comércio mundial era feito com barcos britânicos e em 1830 o comércio marítimo era de 950 mil ton. X 463 mil da Europa; outros fatores: vantagens no financiamento da colonização, na exportação de produtos manufaturados, acúmulo de metais preciosos etc Investimento em ferrovias: proporcionou a integração das regiões, intensificando o comércio mundial.

7 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT.):
a) Indústria ferrovias – importação de “pacote completo”: técnica, equipamentos, pessoal qualificado e financiamento. b) Resultados favoráveis do investimento: Facilitação dos meios de comunicação e transporte; Integração radical dos territórios; Impulso na economia mundial. Ex: EUA e Brasil (expansão do café para o oeste paulista); Foi elemento decisivo na política imperialista, facilitando a penetração no mercado de outros países; Promoveu a inovação em técnicas de organização e administração de empresas e surgimento de corporações modernas;

8 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT.):
c) Resultados desfavoráveis: - Penetração nos mercados interioranos e diminuição do consumo de produtos artesanais em face da substituição por produtos manufaturados; - Prejuízo de um grande número de pequenos produtores nativos; - Migração para os centros urbanos e aumento do exército industrial de reserva. d) Desenvolvimento das ferrovias: Alta no período de 1870 a 1913; Maior expansão na Europa (Grã-Bretanha) e nos EUA.

9 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT
FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT.) – QUAIS OS MOTIVOS?: 2.3. Princípio do livre-comércio: Início em 1840 com a abolição da “Corn Law” derrubando a proteção tarifária dos grãos após reivindicação dos operários britânicos. A conquista foi fruto da força política do segmento financeiro e não do setor industrial; 2.4. Formação da City londrina: fortalecimento do mercado financeiro britânico, da moeda britânica e formação de uma rede de intercâmbio e investimento internacional. É resultado do: Intenso comércio entre países desenvolvidos; Complementaridade da economia do mundo ultramarino; Trocas com países exportadores de bens primários. Ex: mar Báltico (madeira – navios);

10 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT
FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA (CONT.) – QUAIS OS MOTIVOS?: 2.5. Política Comercial implementada pela Grã-Bretanha: utilizava estratégias de inserção em mercados que necessitava importar produtos. Exemplos: China e Índia. a) Índia: a Grã-Bretanha aumentou o controle político sobre a Índia, assegurando as matérias-primas que necessitava (algodão); b) China: a Grã-Bretanha introduziu o ópio para em troca obter o chá da China e não penalizar suas reservas metálicas.

11 FASE 1 – COMÉRCIO INTERNACIONAL E HEGEMONIA DA GRÃ-BRETANHA: FINAL DO SÉCULO XIX:
Avanços tecnológicos e formação de novas indústrias nos EUA e Alemanha; surgimento de novos setores econômicos: ferro, maquinaria industrial, eletricidade, petróleo etc. A partir de 1890 mudança no quadro hegemônico capitalista mundial; Grã-Bretanha obtém déficits com a Europa Continental, os EUA e algumas áreas do próprio Império (África do Sul, Nova Zelândia e Canadá). Todavia, a balança ainda se mantém equilibrada por causa dos superávits em algumas colônias e pelos rendimentos invisíveis (juros de investimentos, fretes, seguros etc.)

12 FASE 2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E DECLÍNIO INDUSTRIAL E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE PAGAMENTO: Aumento da demanda por produtos manufaturados Declínio da participação britânica no mercado mundial Maquinaria Industrial; Produtos de Ferro e Aço. Pelo crescimento da produção local de têxteis em outros lugares do mundo.

13 - Não houve por parte da Inglaterra nenhuma estratégia econômica, como por exemplo a redução das importações; - Estados Unidos e Europa continental, logo criaram barreiras alfandegárias aos produtos ingleses (ferragens, metalurgia, têxteis e carvão); Por quê????

14 Lenta modernização do parque industrial britânico
Concentração espacial; baixa diversidade industrial. Aumento das importações (corantes químicos, materiais elétricos, máquinas, ferramentas, automóveis, e outros). Compatível com os princípios da DIT (Divisão Internacional do Trabalho)

15 Principais conseqüências .............
Dependência de mercados tradicionais; Perda de dinamismo econômico; Poucas inovações técnicas. Obs.: Grande parte das inovações tecnológicas que marcaram as etapas subseqüentes do desenvolvimento industrial capitalista ocorreu fora da Grã-Bretanha; Bem como as principais transformações organizacionais operada na indústria, como o surgimento das corporações modernas.

16 O sistema de pagamento (1850-1914)
Padrão-Ouro Regulou as trocas comerciais a partir do estabelecimento de uma rede multilateral de comércio e pagamentos, que facilitou a administração de um sistema financeiro internacional, sediado em Londres e baseado na libra-esterlina.

17 Condições para a adoção desse padrão:
Pelo regime do padrão-ouro, os pagamentos internacionais podiam ser feitos em ouro ou em divisas. Condições para a adoção desse padrão: Sua unidade monetária deveria estar ligada a um determinado peso de ouro; As moedas de Au deveriam ser de livre circulação interna e as notas bancárias totalmente conversíveis ao metal; Qualquer outra moeda em circulação deveria estar subordinada ao ouro; Não deveriam ser impostas restrições legais à conversão das moedas em lingotes; Não deveria existir nenhum impedimento à exportação de ouro.

18 Fatores que possibilitaram a aceitação generalizada do padrão-ouro;
A descoberta de novos depósitos auríferos; Hegemonia comercial e financeira da Grã-Bretanha; A estabilidade de moeda (Libra Esterlina); O sistema multilateral de comércio e pagamentos.

19 Rede multilateral de comércio e pagamentos Sistema financeiro estável
Expansão Comercial Equilíbrio Internacional

20 A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS EUA (1850-1914):
- A autora aborda o processo de industrialização e hegemonia do capitalismo americano na perspectiva de Alfred Chandler (“A mão visível”); - Chandler: atribui o sucesso econômico dos EUA no final do século XIX nas grandes corporações americanas e na configuração do “novo padrão de organização e de administração dos negócios”. A empresa é vista como agente econômico principal; - O autor reconhece a existência de outros fatores (território imenso; recursos naturais abundantes; contribuição dos imigrantes - jovens adultos com variada qualificação; e diversidade econômica), mas os considera secundários.

21 A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS E.U.A. (1850-1914):
- Chandler analisa a importância das corporações modernas americanas tendo como pressupostos 8 pontos de partida: 1) Substituição da firma tradicional pela empresa multidivisional; 2) Vantagem da hierarquia administrativa apropriada interna; 3) O volume alto de atividade econômica tornou a coordenação administrativa mais eficiente e lucrativa do que a coordenação pelas forças do mercado; 4) As corporações (coordenação administrativa) se tornaram fonte do seu próprio crescimento não dependendo do mercado; 5) As carreiras dos administradores assalariados passaram a ser mais técnicas e profissionais;

22 A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS E.U.A. (1850-1914):
6) Separação entre propriedade e controle do capital (gestão); 7) Preferência de política de crescimento (lucro) de longo prazo e estável, em detrimento de políticas de curto prazo e lucro imediato; 8) As grandes corporações dominaram os diversos setores da economia e mudaram a estrutura básica e a economia como um todo. Conclusão: Em suma, o autor parte do pressuposto que houve nos EUA uma progressiva substituição da condução da economia mediante a força do mercado (mão invisível) pela administração coordenada (mão visível).

23 A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS E.U.A. (1850-1914):
Com base nas considerações de Chandler a autora analisa três aspectos relevantes no processo de industrialização e sucesso econômico dos EUA no contexto capitalista mundial: 1. Construção de rede básica de comunicações e transportes – a partir de 1850; 2. Constituição de processos de produção e distribuição em massa; 3. Surgimento das corporações modernas.

24 1- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA ECONOMIA AVANÇADA
- Setor ferroviário: foi fator decisivo para o sucesso econômico dos EUA; - Quais os motivos (com base em Chandler)? 1. Possibilitou maior integração regional e expansão do mercado dos EUA: - Maior segurança e rapidez no transporte de bens e pessoas; - Ligação mais direta entre cidades; - O custo das ferrovias em alguns casos era mais baixo que a construção de canais; e transportavam mais produtos do que os navios (e mesmo custo); - As ferrovias funcionavam no inverno;

25 1- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA ECONOMIA AVANÇADA
- Promoveu a redução do custo unitário do frete de mercadorias; 2. Foi pioneiro na formação da “organização administrativa complexa”: - Fatores: o volume e a velocidade de circulação das mercadorias e a busca pela eficiência do transporte promoveu a organização administrativa complexa. - Características: procedimentos novos, especialização de setores, formação de hierarquia administrativa interna e distinção entre proprietários e administradores. 3. Incentivou mercado de capitais dos EUA: - Surgimento de bancos de investimentos (vendas de ações e títulos das empresas ferroviárias para os europeus)

26 1- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA ECONOMIA AVANÇADA
- Nova York: centralização do mercado de capitais e práticas financeiras. 4. Formação de grandes firmas de construção civil especializadas em ferrovias: - encarregavam de subcontratar serviços adicionais necessários, evitando a contratação de diversas empresas (especializadas em uma etapa da construção da ferrovia). 5. Formação de práticas cooperativas: - Conexão física das estradas; - Formação de cooperativas e associações ferroviárias; - Criação de métodos operacionais, contábeis e organizacionais uniformes;

27 1- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA ECONOMIA AVANÇADA
- Uso de tecnologia padronizada; 6. Expansão do setor em larga escala – processo oligopolista: (4 Etapas) 1ª Etapa: acordos informais sobre os preços entre as empresas de ferrovias até 1865 – fim da guerra civil; 2ª Etapa: crescimento da concorrência e formação de cartéis (acordos formais);

28 1- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA PARA ECONOMIA AVANÇADA
3ª Etapa: Lei Antitruste em 1890 – determina a ilegalidade da prática de cartel (preço alto da tarifa); 4ª Etapa: Criação de grandes sistemas ferroviários inter- territoriais: promoveu expansão em larga escala e domínio do setor por poucas empresas (7 grupos controlavam 2/3 da malha ferroviária em 1906). 7. A organização complexa ferroviária expandiu para outros setores da economia: Exemplos: bondes elétricos e sistema postal.

29 2- PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM MASSA:
1. Fator relevante para a mudança? - A consolidação e a expansão do sistema de transporte e comunicação seguro, eficiente e rápido possibilitou a mudança e a constituição de uma estrutura de produção e distribuição de produtos em massa. 2. Onde ocorreu primeiro a mudança? - Na etapa da distribuição e, posteriormente, atingiu a estrutura de produção. 3. Mudanças nos processos de distribuição: Há três etapas apresentadas no texto.

30 2- PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM MASSA:
a) : - Substituição das empresas familiares pelas empresas modernas de negócios especializados que atuavam especificamente na distribuição de produtos em massa; - Houve a redução do custo médio de crédito e armazenamento dos produtos; - Surgimento das empresas atacadistas: adquiriam produtos dos fabricantes e distribuíam nos locais (áreas urbanas e rurais); - Organização complexa: viajantes acompanhavam as mercadorias para vendê-las na localidade e, posteriormente, surgiram escritórios regionais e novos procedimentos, facilitando o fluxo de mercadorias até o consumidor final.

31 2- PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM MASSA:
a) : - Os atacadistas perderam espaço para outras formas de organização (varejistas e produtores que abarcaram essa etapa); - Formação da estrutura administrativa de lojas de departamento (varejista); - Investimento elevado em publicidade. b) Século XX: - Surgimento do novo tipo de firma distribuidora: encomenda por correios. - Concentração de cadeias de lojas de departamento varejista.

32 2- PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM MASSA:
4. Mudanças nos processos de produção em massa: a) Mudança mais lenta do que na etapa da distribuição. - Por que? A mudança dependia não apenas da incorporação da organização complexa, mas também de inovações tecnológicas. b) Fatores que desencadearam a mudança? - Novidades técnicas; - Máquinas mais eficientes; - Bens primários mais diversificados; - Intensa energia – uso de fontes alternativas.

33 2- PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM MASSA:
c) Como ocorreu a mudança na produção em massa? 1ª Etapa: Primeiro ocorreu em economias de larga escala com processo intensivos de energia. Ex: indústria têxtil e pesada (ferro). 2ª Etapa: A partir de 1870 – ocorreu nas indústrias mecânicas através de uso de máquinas de modo contínuo (tecnologia de processo contínuo). Ex.: indústria de cigarros. - indústria de refino e destilação (petróleo); - indústrias siderúrgicas e metalúrgicas; - Indústria de automóveis – linha de montagem por Henry Ford (Fordismo = símbolo de produção em massa).

34 3 – MODERNA CORPORAÇÃO INDUSTRIAL:
3.1. Período de surgimento: Final de século XIX e primeiras décadas do século XX houve a consolidação da empresa moderna de negócios predominante no capitalismo dos EUA Como surgiu? - Expansão das ferrovias e necessidade de organização complexa; - Necessidade de controle do fluxo desde a matéria-prima até o consumo final promoveu a centralização do capital e a verticalização ou horizontalidade da firma; - Fruto de integração de métodos de produção e distribuição em massa no interior da mesma firma; - O processo não foi uniforme.

35 3 – MODERNA CORPORAÇÃO INDUSTRIAL:
- Surgiu primeiro nas indústrias de bens de consumo duráveis e não-duráveis em face da expansão do mercado urbano; - Houve duas formas de integração e formação da moderna corporação industrial: a) Integração Vertical: a firma integrava no seu interior a etapa de fornecimento de matérias-primas (verticalização para trás) e/ou integrava a etapa de entrega ao consumidor final (verticalização para frente). b) Integração Horizontal: ocorre mediante fusão ou incorporação de outras firmas, com o objetivo de diminuir a concorrência. Obs: Houve casos de firmas que promoveram a integração vertical e horizontal. Ex.: American Tabacco Company.

36 3 – MODERNA CORPORAÇÃO INDUSTRIAL:
Exemplos de “moderna corporação industrial”: a) American Tabacco Company: pequena empresa de tabaco (Duke) investiu em máquinas, produção em massa, organização hierárquica, integração vertical pra frente (secagem e armazenamento do produto) e integração horizontal (fusão com outras 4 firmas do ramo) e planejamento estratégico. b) Outros exemplos: Swiff (inovação tecnológica – vagões frigoríficos para carnes empacotadas), Singer (verticalização pra frente – distribuição das máquinas), Du Pont (indústria química – integração horizontal e vertical), General Eletric (integração horizontal – fusão de duas empresas metalúrgicas produtoras de motores elétricos de grande porte).

37 ANÁLISE COMPARATIVA GRÃ-BRETANHA E EUA:
Grã-Bretanha: apogeu com a industrialização, o segmento financeiro e o investimento nas ferrovias. Todavia, não investiu muito na tecnologia, portanto, não conseguiu promover uma diversidade econômica com a dos EUA e da Alemanha e daí foi perdendo espaço para esses países; EUA: investiu na ferrovia, o que possibilitou a expansão da economia e do segmento financeiro; inovou investindo na tecnologia e em uma nova forma de organização da firma; o que levou a formação de grandes corporações; determinando sua hegemonia no mercado capitalista mundial no final do século XIX e início do século XX. Ambos tiveram sucesso econômico com a iniciativa privada e o livre-comércio; ao passo que Japão teve características diferenciadas nesse processo de industrialização.

38 Japão: um caso singular de modernização (1968-1914)
Por Vânia Maria Cury Antecedentes históricos -1640 a 1868: Regime político do Xogunato- Era Tokugawa. Costuma ser identificado ao modelo feudal de organização econômica e social vigente na Europa durante a Idade Média. 38

39 Artesãos e mestres manufatureiros
Estrutura Social Vigente Xogum Daimios Samurais Artesãos e mestres manufatureiros Camponeses 39

40 A partir da metade do século XIX tem início as pressões para a abertura dos portos japoneses ao comércio externo; O estreitamento de relações diplomáticas entre Japão e Estados Unidos, foi o ponto de partida para que outros países reivindicasse igual tratamento, forçando a abertura dos portos; Instaura-se um clima tenso, de conflitos e ameaças, que o atual regime não vai ser capaz de gerir, o que vai ser reforçado pelo bombardeamento que o Japão sofre em 1862 e 1863; Renasce assim a figura do Imperador a partir de 1863 no âmbito do que se convencional chamar de Restauração (ou Inovação) Meiji. 40

41 A Restauração Meiji marca o início do processo de modernização do país;
Que se fez assentada no fortalecimento estatal através da figura do imperador, portanto de forma centralizada e autoritária; Mas também desenvolveu-se como parte integrante do projeto político da classe dominante; Estado e Iniciativa privada aturam conjuntamente para o Desenvolvimento econômico do Japão, o que deu singularidade ao país em relação aos demais modelos capitalistas, com exceção da Alemanha. 41

42 Estado Iniciativa Privada Desenvolvimento Econômico;
Ação empreendedora; Aparelhamento militar e organização política; Transferência de recursos do setor agrícola para o setores não-agrícolas; Cortes de gastos improdutivos; Reforma agrária; Política econômica centralizada; Intensa exploração do campesinato; Implantação de “Fábricas Modelos”; Opressão da Massa Trabalhadora; Mudanças normativas e regulatórias; Política Educacional. Desenvolvimento Industrial; Atividades industriais de pequena escala; Indústria têxtil Inovações técnicas 42

43 Na década de 1880, o governo Japonês iniciou a transferência das empresas sob seu controle para a iniciativa privada; Dando origem aos principais conglomerados japoneses, conhecidos como Zaibatsu; Que durante a Era Meiji foram as principais instituições privadas da modernização capitalista do Japão; Os Zaibatsu constituíam grupos diversificados de negócios, de propriedade de uma determinada família, que se responsabilizava pela sua administração (Mitsui, Mitsubishi, Sumitomo e Yasuda). Importa lembrar que eram grandes somente Japão. 43

44 No entanto, essa transferência não diminuiu a importância do Estado Japonês.
Que passou a atuar de forma indireta através do afastamento dos competidores estrangeiros, facilitando a formação de grupos economicamente poderosos. Porém, manteve o controle sobre setores estratégicos que tinham a função complementar em relação à defesa de sua soberania. Na ausência de tarifas protecionistas, o estado japonês adotou uma estratégia de sobrevivência pautada na desvalorização do trabalhador (opressão, mistificação ideológica, baixos salários, violência para contratar e manter o trabalhador) 44

45 Escolas primárias de ensino geral para toda a população;
Quadro este que foi modificado com a elevação do nível escolar da população, que se deu através de uma política educacional constituída de três diretrizes: Educação de alto nível e especializada para uma elite previamente selecionada; Escolas primárias de ensino geral para toda a população; Educação secundária e treinamento específico para a atividade industrial para indivíduos não pertencentes à elite intelectual do país. Obs: Nas escolas primárias (públicas) também eram transmitidos os valores que a liderança política procurava incutir nas pessoas desde cedo- uma ética e uma conduta concernentes ao desenvolvimento soberano do Japão. 45

46 Essa base foi fundamental para o desenvolvimento do país, em especial no que tange à educação formal de seus habitantes e à formação de uma elite empresarial comprometida com o modelo capitalista de crescimento. Fatores estes substanciais para tornar o país após II Segunda Guerra Mundial entre os países capitalistas mais prósperos e com uma base tecnológica das mais avançadas do mundo. 46

47 Traços do capitalismo no movimento econômico e político do Japão:
Concentração da propriedade da terra e a eliminação do campesinato; Peso relativo da grande importância da iniciativa privada; Natureza competitiva (interna e externa); Predominância do mercado como regulador das principais relações econômicas e a liderança dos maiores empresários na configuração das diretrizes governamentais. A modernização do Japão representou um dos eventos mais expressivos da progressiva expansão do capitalismo no século XIX, embora a posição internacional do país só viesse a ser consolidada após 1945. 47

48 A Era Meiji criou as condições da modernização japonesa, as quais foram:
Preservação da soberania nacional de modo a permanecer independente diante das pressões ocidentais; A capacidade da oligarquia local para abafar movimentos que assumissem oposição vigorosa dentro da nação; Medidas políticas e econômicas voltadas à construção do poderio nacional japonês. 48

49 Considerações finais Mudanças na base técnica foram os traços mais marcantes do desenvolvimento capitalista; Estiveram presentes em todos os países que alcançaram os estágios mais elevados de crescimento industrial; Grã-Bretanha, Estados Unidos, Alemanha e Japão, em escalas distintas, compõem as forças capitalistas mais importantes; Cada qual com suas singularidades: Grã-Bretanha e EUA coordenada pela iniciativa privada; e o Japão e Alemanha pela conjugação de esforço entre Estado e Iniciativa privada. 49


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