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Fenomenologia e Existencialismo

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Apresentação em tema: "Fenomenologia e Existencialismo"— Transcrição da apresentação:

1 Fenomenologia e Existencialismo
Matrizes Pós-Românticas Fenomenologia e Existencialismo Aula 29 Atenção alunos: nossas aulas não contemplaram os 49 slides (fomos até o slide n°16), mas estou de qualquer forma os inserindo online como guia de leitura para o cap. XI do livro “Matrizes...”

2 Matrizes Cientificistas Matrizes Românticas e Pós-Românticas
Matriz Matriz Matriz Nomotética Atomicista Funcionalista e e e Quantificadora Mecanicista Organicista Matrizes Românticas e Pós-Românticas Matriz Matrizes Matriz Vitalista Compreensivas Fenomenológica e e Naturista Existencialista Bergson Husserl Historicismo Estruturalismos Idiográfico Dilthey Gestalt Antropologia Linguística

3 Raízes da teoria psicológica contemporânea (Wolman, cap. X e XI)
Kant * Sujeito que percebe / objeto percebido / * Conhecimento = percepção sensorial + formas a priori da mente * Ciência empírica (psicologia) X ciência da verdade absoluta (matemática) * Psicologia como referindo-se à moral Brentano *ato / conteúdo * intencionalidade Escola de Marburg Escola de Baden (relação com o objeto) Wundt Cohen / Cassirer Windelband e Rickert Psicologia a ciência constrói ciências culturais científica a verdade ou históricas X Dilthey ciências naturais * mente que percebe = mente percebida * atos / conteúdos Husserl * psicologia da compreensão * ato (experiência mental) / conteúdo * intencionalidade * fenomenologia X psicologia Spranger Stern * compreensão e significado * gestalt * undiades múltiplas * psicologia: compreensão e explicação neopositivismo *unidades múltiplas

4 Introdução O problema das ciências da compreensão e da interpretação = critério de verdade Pergunta: Como produzir, identificar, fundamentar uma interpretação verdadeira? Fenomenologia e Estruturalismo preocupados com RIGOR CIENTÍFICO No estruturalismo o rigor é metodológico Formalização dos conceitos das hipóteses análise Na fenomenologia - preocupação com rigor epistemológico Tradição racionalista: Descartes, Kant, Dilthey, Husserl

5 A fenomenologia e a questão epistemológica
Descartes retornou muito rápido do “eu penso” para o “mundo natural” dúvida metódica - por em suspenso crenças e preconceitos evidência - experiência onde as coisas e os fatos em questão estão presentes apodítico - ausência de dúvidas (Ziles, p. 24) [Descartes] “deixou inexplorado todo o imenso continente dos pressupostos transcendentais da experiência empírica, cujos aspectos formais foram objeto da teoria do conhecimento de Kant” (Figueiredo p. 173)

6 A fenomenologia e a questão epistemológica
Husserl rejeitou as pressuposições de Kant: para além do pensável, do imaginável e do experimentável pela consciência. Ontologia de Husserl: evidências para uma ciência rigorosa: os fenômenos – atos da consciência intencional, consciência de, e seus respectivos objetos imanentes Fenomenologia Ciência descritiva  dos fenômenos  através da intuição  por apreensão imediata da “coisa mesma”

7 Edmund Husserl 1859 Nasce em 8 de abril na Checoslováquia.
Estuda matemática em Leipzig, Berlim e Viena. 1884 Assiste as aulas de Brentano e interessa- se pela filosofia. Vive o restante de sua vida como pensador dedicado à fundamentação científica da filosofia. 1938 Falece em abril.

8 Edmund Husserl Fenomenologia como estudo puramente descritivo
Epochè fenomenológica Fenômenos = realidade da consciência = essências ideiais Intuição eidética: meio para alcançar a essênica, o universal, em sua natureza absoluta - preenche a intenção. Intenção: atenção para o simples significado do objeto Redução: necessária para se chegar à evidência apodídica, pois a percepção nunca é uma manifestação adequada do objeto espacial. A consciência é intencionalidade.

9 O encontro da fenomenologia com as ciências humanas
A fenomenologia é herdeira da disposição iluminista de abolir os preconceitos e as crenças mal fundadas. neste sentido é anti-romântica é contrária ao historicismo de Dilthey é contrária a vertente objetivista do iluminismo (oposição ao naturalismo)

10 O encontro da fenomenologia com as ciências humanas
Objetivo: elucidar estruturas formais (gerais e específicas) da experiência A fenomenologia seria a base de todas as ciências Séc. XIX – Modelo das ciências naturais Fenomenologia: Conhecer o homem Sujeito = fonte constitutiva do conhecimento de todo objeto de experiência e reflexão

11 As estruturas da consciência transcendental
Intencionalidade - (Brentano) Consciência ATO Consciência CONTEÚDO X Visa a um objeto Imagem, lembranças, perceptos A consciência não é algo que está dentro de um invólucro corporal ou comportamental, é sempre “consciência de” alguma coisa. Mediadora sujeito – mundo: captação de intencionalidade

12 As estruturas da consciência transcendental
Temporalidade Consciência é síntese no tempo. Perceber objeto = perceber sua identidade ao longo de sucessão de imagens. Memória e imaginação Horizonte (as possibilidades) Tarefa da fenomenologia é elucidar significado oculto das vivências

13 Os modos da consciência transcendental e as ontologias regionais
Da descrição das estruturas gerais da consciência, a fenomenologia deve caminhar para estruturas típicas especiais

14 A inflexão romântica na fenomenologia de Max Scheler (1874-1928)
Livro principal é de 1913 “Zur Phänomenologie und Theorie der Sympathiege Fühle und von Liebe und Hass” - tradução em inglês “A natureza da simpatia” O tema de interesse de Scheler foi o estudo da expressão da emoção. Acreditava que as emoções estavam ligadas uma as outras e com os valores de seus referentes intencionais.

15 A inflexão romântica na fenomenologia de Max Scheler (1874-1928)
Outros interesses Teoria de ato e pessoa, a pessoa sendo uma unidade de atos não sendo portanto objetivável. Filosofia da religião Percepção “Toda a percepção de si só se realiza quando o que deve ser percebido se transforma em tendência expressiva” Scheler foi o grande estimulador da fenomenologia na psicologia embora não fosse seu melhor apresentador. Seu nome aparece mais na literatura em psicologia do que o nome de Husserl. Era um dos poucos fenomenólogos que acompanhava os trabalhos empíricos dos psicólogos.

16 As doutrinas existencialistas
Existencialismo: tendência ou movimento filosófico que enfatiza a existência individual, liberdade e escolha, que influenciou diversos escritores nos séculos XIX e XX. “Conjunto de doutrinas segundo as quais a filosofia tem como objetivo a análise e a descrição da existência concreta, considerada como ato de uma liberdade que se constitui afirmando-se e que tem unicamente como gênese ou fundamento essa afirmação de si.” (Figueiredo, p. 179)] Kierkegaard, Nietzsche, Sartre, Heidegger

17 Soren Aabye Kierkegaard
nasceu em 1813 em Copenhague, na Dinamarca. Ficou noivo de Regine Olsen (bela moça de 17 anos), mas rompeu o noivado para dedicar a vida à religiosidade. Morreu em 1855, com 42 anos. “Minha vida não será, apesar de tudo, mais do que uma existência poética.” Poeta, religioso fervoroso, amante das artes, especialmente o teatro. Inicialmente segue Hegel, mas não pode aceitar a impessoalidade hiper racionalista e a religiosidade luterana Hegeliana dos grandes sistemas abstratos, distantes da humanidade.

18 Soren Aabye Kierkegaard O homem é sujeito que escolhe viver...
A verdade está na subjetividade e nas escolhas éticas do sujeito. O homem é livre. Seu comportamento não é determinado. Crucial: conhecer as motivações da existência. Conhecimento depende de interpretação, que depende de um ato de vontade, que por sua vez, é ato decisório de existir. Kierkegaard coloca o homem em evidência. Nasce aqui uma angústia existencial do homem, órfão dos grandes sistemas dogmáticos, com a possibilidade do vazio.

19 Soren Aabye Kierkegaard Existir é tornar-se consciente de si (como ser total).
Ser total indissolúvel: razão, emoções e imaginação. Imaginação como criação de valores. Sentimento tão importante quanto o intelecto. Duas existências: 1. Estética (auto-satisfação física) 2. Ética (nível das escolhas) Religião: superação dos dilemas éticos pela entrega da existência a Deus, como fonte da vida singular.

20 Soren Aabye Kierkegaard Influências
Foi influenciado por: Sócrates, Schelling, Eduard Von Hartmann, Pascal e Hegel, por oposição. Influenciou o pensamento e a teologia alemã, e pensadores como Jaspers. Publicou inúmeras obras, sob vários pseudônimos: Victor Eremita, Johannes de Silentio, Hilarius Bogbinder e Anti-climacus, entre outros.

21 Soren Aabye Kierkegaard
Filosofia da existência x racionalismo. Conduta estética x conduta ética - solução: conduta religiosa. Antecedentes: Hegel, Schelling, Marx A idéia da existência: - existir é tornar-se “consciente” de si mesmo - o conteúdo da subjetividade é o aspecto ético - conhecimento acidental x conhecimento essencial Imaginação: - capacidade psicológica de produzir imagens / fantasia: modo criador do homem - liberta o homem das restrições impostas pelo ambiente Dialética kierkegaardiana (ruptura) x dialética mediadora hegeliana (síntese e sistema)

22 A Psicopatologia de K. Jaspers
Método fenomenológico para descrição do existente; Polêmica entre doença mental como funcional ou como orgânica; Psicopatologia como doença orgânica foi inicialmente defendida por Wilhelm Greisinger ( ) um professor de psiquiatria e neurologia na Universidade de Berlin. (Hilgard, 1987 e Spiegelberg (1972) Seu principal livro foi de “Mental pathology and therapeutics”

23 A Psicopatologia de K. Jaspers
A posição de Greisinger foi seguida e expandida por Emil Kräpelin ( ) e seu trabalho caracterizou-se por uma extensíssima classificação de doenças mentais, trabalho primeiro publicado em 1883 com páginas. Preocupado com descrição e diagnose. A perspectiva fundamental de sua classificação é somática. Sai Husserl Logische Untersuchungen, 1901 (Investigações lógicas) O primeira tentativa organizada de apresentar a psicopatologia numa linha de psicologia descritiva foi em 1912 através da Revista Zeitschrift für Pathopsychologie por um grupo em torno do psiquiatra de Munique Wilhelm Specht. Karl Jaspers publica Allgemeine Psychopathologie em 1913 (Psicopatologia geral) (Vide Spiegelberg, 1972, p. 95)

24 A Psicopatologia de K. Jaspers
Destaques a) descrição sistemática do método fenomenológico b) mostrar que a psicopatologia é uma ciência natural e uma ciência do espírito Limites da compreensão a) limitado pelo extraconsciente, pelas relações causais, impessoais e não vivenciadas que exigem leis e teorias explicativas; b) limitada pela existência humana, este é um limite não só para a compreensão mas também para a explicação, vale dizer, para toda a ciência. Figueiredo, Matrizes 180

25 A Psicopatologia de K. Jaspers
Jaspers não fundou uma escola. Depois de escrever o livro abandonou a psicopatologia e concentrou-se na psicologia, que considerava uma estação na direção da psicologia foi quando tornou-se um defensor do existencialismo (Spiegelberg, 1972, p. 97). “O homem é possibilidade aberta incompleta e incompletável” Jaspers citado por Figueredo

26 Analítica e psicanálise existencial
Spiegelberg Nos fins da década de 20 a fenomenologia tomou novo rumo. Em filosofia este novo rumo veio com o lançamento do livro Sein und Zeit (1927) de Martin Heidegger. Em psicopatologia o novo rumo veio com o lançamento da revista Der Nervenarzt em 1930 com o objetivo de divulgar uma antropologia fenomenológica. Envolvidos neste empreendimento estavam Ludwing Binswanger, Viktor von Gebsattel, Erwin Straus.

27 Analítica e psicanálise existencial
O papel decisivo de Binswanger foi romper com os limites estreitos da fenomenologia de Jaspers, que estava confinada a descrição dos fenômenos subjetivos isolados característicos dos pacientes psicóticos, deixando as conexões entre eles para duas diferentes abordagens: a compreensão na maneira de Dilthey na qual inteligibilidade substituia a explanação científica. Binswanger não reconhecia estes limites. Para ele não havia uma boa razão para proibir a fenomenologia de ir além do fenômeno isolado, cujo isolamento era na verdade o resultado de fatores artificiais. Sugere-se então que se estude a história de vida. Binswanger, influenciado pela filosofia de Heidegger, vai dirigir sua antropologia para o estudo do Dasein do ser-no-mundo: o estudo do ser humano em sua inteiridade normal ou anormal. Esta foi a nova tarefa da psicopatologia fenomenológica

28 Analítica e psicanálise existencial
Critica a psicanálise por simplificar a realidade humana. Modifica a ontologia de Heidegger para incluir um ser existencial concreto: a) num mundo biológico (Unwelt) b) num mundo social (Mitwelt) c) num mundo existencial (Eigenwelt)

29 A Daseinanalyse 1) A história do paciente não é o preenchimento de qualquer teoria a priori, mas a descrição de um modo de existir; 2) A intervenção terapêutica não é a aplicação de determinadas técnicas, mas uma trajetória comum entre dois seres humanos, que reconstroem juntos o processo de afastamento e volta a um mundo comum; 3) Os sonhos não são tratados como um manifestação simbólica do desejo mas como uma expressão do ser-no-mundo; 4) A prática terapêutica está aberta para recursos complementares vindos de diferentes orientações.

30 O problema da compreensão nas doutrinas existencialistas
Hermenêutica Sarte: metodologia progressivo-regressivo ou analítico-sintética ilustrada em análises concretas de personalidades históricas e autores literários Que é para Sartre “compreensão” é simplesmente um movimento dialético que explica o ato por sua significação terminal a partir de suas condições de início Problemas visto por Sartre 1) Nas limitações da expressão do projeto 2) Na nossa maneira de compreender o outro Heidegger: “compreender não é um modo de comportamento de comportamento do sujeito entre outros, mas um o modo de ser do próprio dasein”

31 Se Deus é imortal, o que fazer com a finitude humana?
Husserl resgata a filosofia do meio da aridez dos céticos solipsistas e do devaneio dos racionalistas: afirmação da essência do conhecimento. Panorama do início do séc. IX: Pensamento natural Resgate da religiosidade Idealismo alemão (Fichte, Schelling e Hegel) Hegel domina a filosofia como o maior dos idealistas.

32 Martin Heidegger (1889 – 1976) O mais independente e sólido pensador da condição humana no mundo contemporâneo. Estudou fenomenologia com Husserl 1927 – Ser e o Tempo – O problema do ser 1933 – Primeiro reitor nacional-socialista da Universidade de Freiburg 1934 – Demite-se por discordar do regime nazista 1976 – morre em Freiburg

33 Martin Heidegger Fenomenólogo existencial, rejeitava o rótulo de existencial e desautorizado por Husserl como fenomenólogo Quer responder: qual a natureza do ser humano? É o “ser-no-mundo”, como ser que existe no mundo, indissolúvel deste. Três dimensões: A natureza (existência cotidiana) Os níveis de experiência (consciência de motivações para existir) O estado de cuidado do Ser (preocupação ou angústia com o nada que leva o ser à transcendência das condições que limitam a existência)

34 Martin Heidegger As categorias filosóficas são inúteis
Pois se referem às coisas e não ao homem. O homem é sujeito no mundo. E o mundo é experiência do homem. Existência: afetividade, compreensão e expressão. A idéia criadora deve ser descoberta e será revelada nas condições de abertura do ser para o mundo real ou imaginário.

35 Martin Heidegger A imaginação (como Kierkegaard)...
É a propriedade do humano por excelência Que permite ao homem transcender as condições da existência cotidiana E desvelar o Ser que livremente escolhe como existir. Existência autêntica: abertura às possibilidades no mundo. Fenomenólogo existencial, assim, descreve os diferentes modos de ser no mundo.

36 Martin Heidegger Mas o homem não existe só...
Ele existe para si (Eigenwelt): consciência de si Ele existe para os outros (Mitwelt): consciência das consciências dos outros Ele existe para as entidades que rodeiam os indivíduos (Umwelt). Existência se dá no interjogo dessas existências. Mas o Ser deve cuidar-se para não ser tragado pelo mundo-dos-outros e isentar-se da responsabilidade individual de escolher seu existir.

37 A Existência Primitiva
Descartes: é razão Kierkegaard: é existência Martin Buber: é o homem na sua totalidade Husserl: é o mundo-vida-do-humano Heidegger: é o ser-no-mundo

38 Martin Heidegger Refaz a pergunta do filósofo
Não é: “como o ser vive no mundo?” Mas sim: “como o ser experiencia o mundo?” O homem vive no mundo tanto quanto os animais, plantas e objetos, porém, somente ele experiencia o devir, se angustia com os limites do mundo e pode responder à pergunta: quem sou eu? E, ao responder, ele escolhe existir e forma diversas possibilidades, ao contrário dos animais, condicionados pelo instinto.

39 Assim, o ser-no-mundo vive numa ambivalência
É existência condicionada pelo mundo E também é existência da liberdade absoluta de escolha e transcendência (dentro de e junto com o mundo). Em Heidegger, dilui-se definitivamente o Eu absoluto e abstrato de Hegel, em um Eu que, em essência, é ato de existência. Abrem-se perspectivas para a radicalização da liberdade (no existencialismo de Sartre), para os construcionismos (pensamento social) e construtivismos (Piaget, Bronfenbrenner e Vygotszky). Essência – existência – linguagem.

40 Martin Heidegger Não se diz existencialista: procura o desvendamento do ser em si mesmo Existência humana: via de acesso à descoberta do ser Aspectos da existência inautêntica do homem: - facticidade; existencialidade; ruína Angústia: pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade Transcender: atribuir um sentido ao ser Fenomenologia existencial Como o Ser experiencia o mundo: - Eigenwelt (mundo pessoal); Mitwelt (mundo das pessoas ao redor); Umwelt (mundo das entidades que rodeiam os indivíduos)

41 Maurice Merleau-Ponty A fenomenologia da existência torna-se linguagem
1908 Nasce em 4 de março em Rochefort-sur-Mer, França 1945 Doutora-se em filosofia com Fenomenologia da Percepção Junto com Satre, funda a revista Temps Modernes 1961 Falece em Paris, com 53 anos, vítima de embolia. Formou, junto com Sartre, S. de Bouvoir e Paul Nizan, a geração existencialista dos anos 40 e 50. Crítico radical do humanismo, que definia como: o subjetivismo filosófico (reduz o mundo às idéias do eu) e o objetivismo científico (reduz a consciência a percepções estéreis). Nesse sentido, propõe a conexão indissolúvel de eu e mundo, de sujeito e objeto.

42 Maurice Merleau-Ponty
Inicialmente vinculado à fenomenologia husserliana - dirige-se à relação corpo sensível-mundo sensível Crítica radical do humanismo: o subjetivismo filosófico e o objetivismo científico Fenomenologia da Percepção - problema da separação consciência-mundo: idealismo e empirismo científico / empirismo e idealismo filosófico Ciência e filosofia devem se questionar (sujeito-objeto, fato-essência, real-aparência) Consciência perceptiva / consciência representativa corpo/carne reflexividade e visibilidade A linguagem como ato de significar - dimensão expressiva

43 Maurice Merleau-Ponty O substrato comum de ser e mundo
É a linguagem! O ser não atribui sentido às percepções Mas as percepções só são possíveis Porque o sentido está dado previamente. Não no mundo, mas na linguagem e na atribuição que a linguagem reserva ao homem e ao mundo: Permitir ao sujeito ultrapassar o significado e ser ente significador (significante). Eu significante e eu significado, pelo sentido, ultrapassam-se mutuamente, num interjogo que cria novos significados.

44 Maurice Merleau-Ponty Corpo, mundo, linguagem e intersubjetividade encarnada
O real transborda sempre a percepção e seus sentidos ultrapassam os “dados” e os “conceitos”. M.M.Ponty conecta definitivamente o ser e o mundo, a essência e a existência, o corpo e a mente. Ele estabelece a empiria para as compreensão fenomenal humana: a linguagem.

45 Fenomenologia existencial: o percurso se completa
Husserl: junta objetividade e subjetividade na idéia da fenomenologia – perceber é pensar – perceber essências. Kierkegaard: enfatiza a liberdade, transformando essências em existências. Heidegger: coloca as existências no mundo. Merleau-Ponty: transforma existências em linguagem.

46 O problema da compreensão nas doutrinas existencialistas (Figueiredo, cap. XI)
Início do Romantismo séc. XIX * expressão e interpretação das formas expressivas Séc. XX Sartre Heidegger * antropologia existencialista: * fundamentação ontológica da compreensão: o homem como o dasein e o um criador de signos círculo hermenêutico * compreender a conduta * compreender é tomar consciência humana é explicitar dos preconceitos pessoais que sua significação guiam a compreensão

47 Alguns psiquiatras Começam a elaborar a postura fenomenológica para proporem uma prática clínica. Entre eles, destacam-se Karl Jaspers ( ) e Ludwig Binswanger ). Jaspers propõe uma descrição fenomenológica da psicopatologia, como distorção perceptiva e preocupa-se com a falta de cientificidade na psiquiatria.

48 Binswanger Faz pontes com as fenomenologias de Husserl e de Heidegger com Freud. Propõe a “daseinsanalyse”, cujo objetivo é incentivar uma postura de abertura do indivíduo para o mundo, ajudar na busca de sentidos através do ser-no-mundo. Apesar de haver núcleos de terapeutas trabalhando com a daseinsanalyse, especialmente com a perspectativa heideggeriana, ambas fracassam. Nenhuma das terapias fenomenológicas se impõe como prática clínica estabelecida.

49 Influência da pensamento fenomenológico
Várias psicoterapias: Psicanálise freudiana – descrição de processos psicológicos e associação destes com circuitos neuroquímicos (Freud assistiu aulas de Brentano). Gestalt-terapia – com base na teoria da Gestalt, trabalha a percepção de si e do mundo. Terapias humanistas:Logoterapia de Viktor Frankl e A.C.P. de Carl Rogers.


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