Contexto As três últimas décadas do século XX marcadas por mais uma crise cíclica do capitalismo. Recoloca-se em cena o debate sobre globalização. A globalização.

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1 Estado e Sociedade Civil em Tempos de Globalização – reinvenção da política ou despolitização

2 Contexto As três últimas décadas do século XX marcadas por mais uma crise cíclica do capitalismo. Recoloca-se em cena o debate sobre globalização. A globalização na periferia do capitalismo reduzida a um crescente processo de financeirização, passou a interferir na autonomia e soberania dos Estados – nacionais. O capital ...invade a vida intima dos indivíduos, através da acentuada mercantilização da satisfação de necessidades, valendo-se dos avanços tecnológicos... Essa nova cultura produzida pela ordem burguesa internacional, assentuou-se nos anos 80 e 90 na implementação das reformas neoliberais...

3 A cultura anti -estado Liberalismo clássico durante os século XVIII e XIX assentou-se no Estado mínimo. Século XX as relações transforma-se gradativamente, com o processo de socialização da política, consolidando através do Wlfare state e da politica keynesiana. A crise do capitalismo na década de 70, provocou o rompimento do pacto fordista keynesiano e novas articulações entre economia e sociedade.

4 Reestruturação do sistema capitalista
Reestruturação produtiva – reorganização do mundo do trabalho e das forças produtivas. Alterações no papel do estado como regulador e interventor, obstáculo ao livre desenvolvimento das forças de mercado.

5 Plano Administrativo – equilíbrio dos orçamentos estatais e redução dos gastos públicos e reforma tributária. Plano econômico – ampliação de capitais excedentes no mercado mundial. Plano ideológico – ótica da iniciativa privada em todas as políticas sócias e reformas institucionais.

6 O processo reformista que nos países centrais deu-se mediante o desmonte das conquistas do Wlfare state, nos países periféricos ocorrerá através do questionamento e da revisão do Estado burocrático -desenvolvimentista e a adesão dos países ao Consenso de Washington... suprimindo sua função reguladora e substituindo pelo jogo do livre mercado. (Sousa, 2000)

7 As agencias de cooperação internacional especialmente o BM articularam uma aliança tecnocrática transacional, objetivando a racionalização dos investimento na esfera pública, diminuir o papel e o poder do Estado e fortalecer as ações de natureza privada. No Brasil a implementação da reforma inicia-se nos anos prática e ideologicamente, a ideia de “Estado mínimo” denominado Estado social liberal.... Definição de Bresse Pereira p. 6

8 Cristaliza-se assim, uma cultura anti-estado que cimenta a necessidade de privatizar que cimenta a necessidade de privatizar bens e serviços de natureza plica, apropriados pelas empresas privadas como fonte de novos lucros... O poder político passa a ser pensado sob a ótica do poder econômico estabelecendo um vínculo orgânico dos agentes políticos com o capital, base material de sua sustentação.

9 As relações estado/sociedade
As relações estado/sociedade..elidem a formação de uma cultura que substitui a relação estatal pela livre regulação do mercado. A classe burguesa busca eliminar os antagonismo entre os projetos de classe distinto, no intuito de construir um consenso ativo, em nome de uma falsa visão universal da realidade social … reafirma-se nesse sentido, a hegemonia burguesa, na medida em que determinada visão de mundo converte-se em senso comum, tornando-se alicerce de um novo bloco histórico.

10 A despolitização da sociedade civil: novos consensos e novas subalternidades
O retorno ao debate sobre a sociedade civil, conforme indica Liguori(1998) aparece vinculado tanto a tendências de esquerda quanto de direita neo – liberal ambas, centradas na crítica do político. A passagem dos anos 70 aos 80, a cultura de esquerda vai substituindo sua leitura da realidade baseada na divisão da sociedade em classes pela temática da cidadania e dos direitos sociais – fundamento tanto das novas formas de expressão da sociedade civil quanto do ideário neoliberal.

11 Nesse cenário aparece como tema privilegiado no debate sobre Estado e sociedade civil as ideias do cooperativismo civil, também chamado de “associacionismo do terceiro setor”, cujas práticas traduzem-se nas 'ações sociais” das empresas privadas, no trabalho voluntário de cidadãos e nas organizações do poder público privatizadas na forma de fundações ou de organizações sociais de caráter não governamental.

12 As formas coletivas de organização e representação tem sido erodidas através de um progressivo processo de esvaziamento e fragmentação de suas protoformas de luta e de seus referenciais políticos de classe. P17.