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Produçao Secundária Aula 1

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Apresentação em tema: "Produçao Secundária Aula 1"— Transcrição da apresentação:

1 Produçao Secundária Aula 1
Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Biologia Geral - ICB Ecologia Energética Produçao Secundária Aula 1 Introdução - Respiração Prof. Dr. Ricardo Motta Pinto Coelho Departamento de Biologia Geral Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Minas Gerais UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

2 Ecofisiologia do Zooplâncton
Conceitos Básicos UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

3 Conteúdo Energético A matéria viva tem propriedades uniformes não só no que se refere à sua composição em elementos essenciais (C,N e P principalmente) bem como ao seu conteúdo calórico por unidade de biomassa (peso seco). Uma das formas de se comparar organismos muito diferentes entre si seria calcular o seu equivalente energético. Em média, os organismos possuem o conteúdo energético variando de 3700 a 6500 cal.g-1de peso seco (Margalef, 1977). Entretanto, estes valores não podem ser totalmente metabolizáveis pelos organismos. A taxa de assimilação de uma presa, por exemplo, é função da eficiência de utilização dos diferentes compostos presentes em sua biomassa pelo seu predador o que por sua vez depende dos produtos terminais do metabolismo (grau de oxidação). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

4 Quadro I: Valor calorífico de alguns tipos de alimentos (modificado da tabela de Margalef, 1977). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

5 Conteúdo Elementar Trata-se da expressão da biomassa de plantas, animais, microorganismos e detritos em percentual por peso seco de Carbono (%C), Nitrogênio (%N) e Fósforo (%P). As razões de C:N:P são importantes para verificar, por exemplo, qual é o fator limitante ao crescimento. Os teores desses elementos podem também nos dar inferências sobre o “status” nutricional dos organismos bem como de sua possível dieta. Nesse sentido, muitos estudos têm sido conduzidos com isótopos naturais desses elementos. Os lagos podem ser classificados segundo as razões C:N. A medida que cresce o teor de carbono da água, cresce igualmente a razão C:N . Esse incremento sugere que há um aumento do carbono recalcitrante, típico de restingas, áreas alagadas (wetlands) e rios que drenam extensas áreas florestais (Rio Negro, Amazonas). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

6 Tabela Periódica dos Elementos Nutrientes Essenciais aos Organismos
Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

7 Tabela Razões estequiométricas de seston (dominado pelo fitoplâncton) em lagos com indicação da limitação por nutriente (Wetzel, 2001) Observação: APA: atividade da enzima fosfatase alcalina; as razões C:N, N:P, C:P são em micromoles.micromoles-1.l-1 A razão C:Clorofila-a está calculada em micromoles.ug-1.l-1 e a razão APA:clorofila-a está calculada em (micromoles.ug-1).h-1 UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

8 Composição bioquímica
A composição bioquímica do animal tem importantes implicações ecológicas e bioenergéticas. Num primeiro momento, estuda-se tradicionalmente os teores de lipídeos, carbohidratos e proteínas. Os estudos podem avançar aprofundando-se na composição qualitativa dos lipídeos, por exemplo. Neste caso, os teores de ácidos graxos, fosfolipídeos e triglicérides podem ser quantificados. As proteínas podem ser o seu conteúdo em aminoácidos identificado e os carbohidratos podem ser divididos em mono- ou polissacárideos. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

9 Carbohidratos Carbohidratos possuem a fórmula geral CH2O e incluem desde açúcares simples (hexoses) a polissacarídeos tais como amido e o glicogênio. Carbohidratos incluem ainda substâncias com importantes funções estruturais tais como a celulose que é formada de várias unidades do tipo C6H10O5 que chegam a pesar O algodão, por exemplo, é composto por cerca de 90% de celulose. Outro grupo importante de carbohidratos são as glicoproteínas tais como o colágeno que desempenha importante função estrutural. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

10 Aminoácidos São as unidades formadoras das proteínas. Tratam-se de compostos formados a partir dos grupos –CO2H e -NH2 ou seja uma mistura de ácido carboxílico e aminas. Quadro II Aminoácidos constituintes de proteínas. Entre parêntesis a abreviatura do aminoácido pela nomenclatura internacional. O asterisco indica os aminoácidos essenciais na dieta humana (modificado de Manahan, 1993). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

11 Proteínas São as unidades básicas de todos os sistemas vivos. Tratam-se de polímeros de aminoácidos (macromoléculas) que chegam a ter milhares de aminoácidos. As proteínas de baixo peso molecular são chamadas de polipeptídeos (< 40 aa). As proteínas são formadas pelas ligações “alfa” ou seja, uma ligação entre o grupo carboxílico de um aa e o átomo de carbono mais próximo do grupo amina do próximo aa. A estrutura de uma proteína diz respeito ao arranjo espacial da molécula. A estrutura primária é a seqüência de aa dentro da proteína. A estrutura secundária refere-se a forma segundo a qual os polipetídeos se arranjam (dobras) entre si. A estrutura terciária está relacionada ao arranjo das espirais “alfa” formada pelos grupos R. A estrutura quaternária é formada quando duas proteínas formadas por cadeias diferentes de polepeptideos se juntam. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

12 Lipídeos Tipos de lipídeos (Arts & Waiman, 1998)
São compostos hidrofóbicos que podem ser agrupados em pelo menos 16 diferentes sub-classes. Cada classe de lipídeo contém compostos de polaridade similar mas as diferenças estruturais podem ser muito grandes. A maioria dos lipídeos biogênicos possui o grupo acil (R-C=O). Os ácidos graxos possuem o grupo (COOH). Os lipídeos não são só importantes como substâncias de reserva de energia mas também exercem importantes funções bioquímicas dentro das células. Alguns lipídeos são essenciais ao metabolismo animal mas não podem ser sintetizados por eles. Dentre eles, citamos os ácidos graxos de cadeia longa (-3 e -6). O símbolo grego Ômega () significa a posição da primeira ligação dupla a partir do lado da terminação metila da molécula. Os animais podem elongar ou desaturar as moléculas mas não podem colocar a ligação dupla no ponto 3 e 6. Tipos de lipídeos (Arts & Waiman, 1998) UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

13 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Os ácidos graxos podem ser agrupados em duas categorias: os que podem ser sintetizados ou não pelos animais. Os ácidos essenciais (EFA) devem ser obrigatoriamente supridos na dieta. Células animais (marinhas) não podem desaturar abaixo do C-9 e C-10 (final metila). Dessa forma, todos os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 de origem marinha animal provêm de alimentos de outro Reino (vegetal ou monera). Ácidos graxos de cadeia longa do tipo Omega-3 (PUFA) são encontrados apenas em plantas marinhas enquanto enquanto os ácidos de cadeia mais curta () prevalecem em plantas terrestres. Essas diferenças persistem em toda a cadeia trófica desses sistemas. Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

14 Respiração Conceitos Básicos
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15 Captura de alimento: Taxa de consumo de alimento que pode ser filtrado, capturado ou raspado (exemplo: número de presas por unidade de tempo) Ingestão: Do alimento capturado, trata-se do conteúdo energético ou a quantidade de biomassa ou de nutriente efetivamente ingerida pelo animal. Exemplo: mgC.ind-1.dia-1 Assimilação: Trata-se da quantidade de energia, biomassa ou de elementos constituintes da biomassa assimilada pelo organismo, através do intestino (descontada as fezes e excreção urinária). Exemplo: Kcal.Kg-1.dia-1 Excreção: Quantidade de matéria ou energia ingerida que é devolvida ao meio ambiente via excreção através das vias urinárias ou pelas pelotas fecais. A taxa é normalmente expressa em termos de nitrogênio, carbono ou fósforo. Exemplo: mgN.mgPS-1.h-1 Respiração: Quantidade de matéria ou energia assimilada que é usada no metabolismo basal do organismo sendo normalmente expressa em termos de oxgênio, carbono ou equivalente calórico (Exemplo: mgCO2.mgPS-1.h-1). Produção: Quantidade de energia ou matéria já assimilada que é usada para o crescimento somático ou alocada em reprodução (Exemplo: Kcal.m-2.ano-1). Recursos Não Utilizados: Quantidade de matéria ou energia que foi capturada mas não ingerida ou assimilada. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

16 Respiração do Zooplâncton
O estudo das taxas de respiração em uma comunidade pode fornecer informaçoes não somente sobre a atividade metabolólica geral mas também sobre os efeitos que determinados fatores ambientais exercem sobre a comunidade. Assim, os dados de respiração servem para determinarmos como é feito o uso da energia obtida na alimentação seja na componente temporal seja na componente espacial. Além disso, como as taxas de respiração são afetadas por fatores tais como a temperatura e o pH, pode-se usar os dados de respiração para se ter uma idéia da importância desses fatores na adaptabilidade dos organismos. O gasto energético é uma função do peso do animal e essa razão torna-se ainda mais intensa ao diminuir a razão peso/superfície uma vez que o gasto energético é uma função potência do peso com expoente inferior a 1. Para os animais pecilotérmicos esse expoente é próximo de 0,95 se os animais tem peso compreendido entre 10-6 e 10-1 g e o expoente passa para 0,75 para os animais maiores. Isso quer dizer que a respiração é mais afetada pelo peso do animal especialmente no caso dos animais menores. O zooplâncton de água doce apresenta uma relação genérica com o peso que pode ser definida como sendo: R= 0,0130 * Biomassa 0,93 Em termos gerais, a respiração pode comprometer de 15 a 25% em animais pecilotérmicos na faixa de 0,1 a 100,0 microgramas (peso seco). No entanto, esses percentuais podem serem ainda maiores. A respiração diária nos rotíferos, por exempo, representa de 20 a 48% do conteúdo energético para o rotífero predador Synchaeta e de 43 a 65% para o rotífero filtrador Keratella quadrata (Pourriot, 1982). No entanto a taxa de respiração é ainda afetada por fatores tais como o grau de maturidade do organismo, a densidade dos organismos, pH, temperatura, luz, ritmo circadiano e a concentração de alimento disponível no meio e ainda a presença de substâncias tóxicas no meio. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

17 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Fig – Sistema aberto de fluxo contínuo para a determinação da taxa de respiração de organismos aquáticos: (a) sistema com um único sensor de OD; (b) sistema com dois sensores tipo eletrodos de membrana (E). Os outros elementos do sistema são: WR: reservatório de água, PP: bomba peristáltica, AC: câmara incubadora, V: válvulas. Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

18 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Nos sistemas fechados, é fácil calcular a taxa de respiração: trata-se apenas de medir as concentrações iniciais e finais de oxigênio dissolvido nos frascos experimentais e controle. No entanto, vários fatores precisam ser muito bem controlados tais como o tempo de incubação e a biomassa dos organismos aprisionados dentro das unidades experimentais. Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

19 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Duas metodologias para a mensuração das taxas de respiração do zooplâncton: - vantagens e desvantagens. Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

20 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
20 C Diaptomus Brachionus Daphnia Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios Fig - Variações da taxa de respiração em função da temperatura em três tipos de organismos planctônicos: Brachiounus calyciflorus (Pourriot, 1975), Daphnia (Blazka, 1966) e Diaptomus (Comita, 1968)

21 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Fig 1 – Esquema ilustrando as relações entre assimilação (A), respiração (R ) e produção e a disponibilidade de alimento em organismos planctônicos filtradores. A linha vertical ilustra o nível de alimento no qual a produção é nula (ILL). Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

22 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios
Variação diurna da respiração e da taxa de filtração de Diaptomus kenai no lago Eunice (Duval & Geen, 1976) Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

23 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

24 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

25 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

26 Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios


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