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Universidade de São Paulo

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Apresentação em tema: "Universidade de São Paulo"— Transcrição da apresentação:

1 Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" Departamento de Genética Disciplina: ECO 5006 e LGN-320/321 – Ecologia Evolutiva Humana Docente Responsável: Dra. Silvia Maria Guerra Molina

2 EVOLUÇÃO, GENES E CULTURA: ABORDAGEM DA ANTROPOLOGIA
Silvia M G Molina Professor Associado Lab. Ecogenética de Resíduos Agroindustriais e Ecologia Humana Departamento de Genética - ESALQ-USP

3 A natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os mantêm separados Confúcio (séc. IV AC) Cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra Montaigne ( )

4 Determinismo Biológico (para as características da cultura) : Crenças tais como: “os brasileiros herdaram a preguiça dos negros, a imprevidência dos índios e a luxúria dos portugueses...”

5 O que é “cultura”. Final do séc
O que é “cultura”? Final do séc. XVIII e princípio do XIX: Kultur (germânico) – simbolizava todos os aspectos espirituais de uma comunidade Civilization (francês) – realizações materiais de um povo

6 Edward Tylor (1832 – 1917): Culture (inglês) em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Abrange: Todas as possibilidades de realização humana Marca fortemente o caráter do APRENDIZADO da cultura em oposição à ideia de aquisição inata, transmitida por mecanismos biológicos.

7 Marvin Harris (1969): Nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento. Tylor (1871): (adaptado) Cultura refere-se a todo comportamento aprendido, tudo aquilo que independe (ou vai além) de uma transmissão genética.

8 Tantas foram as definições do conceito CULTURA que uma das tarefas da antropologia moderna é a reconstrução desse conceito.

9 Conjunto de regras para a convivência: Comportamento de grupo
Cultura: conjunto de conhecimentos e comportamentos partilhados pelas pessoas de uma sociedade Conjunto de regras para a convivência: Comportamento de grupo Valores, linguagem, tecnologia Principal conceito para o entendimento de populações humanas

10 Cultura: Conhecimento adquirido
(em oposição ao herdado via genética) Transmitido ao longo das gerações via socialização Cultura = adaptação unicamente humana (controvérsias)

11 De acordo com a Antropologia: É a grande variedade na operação de um número tão pequeno de funções que faz com que o humano seja considerado um ser predominantemente cultural. Os seus comportamentos não são biologicamente determinados. A cultura é um meio de adaptação – modela as aptidões humanas sem que necessitemos de modificações anatômicas, embora os dois planos não deixem de interagir.

12 Um humano é resultado do meio natural e do meio cultural em quem foi socializado. É herdeiro de um longo processo acumulativo que reflete o conhecimento e a experiência adquiridos pelas numerosas gerações que o antecederam. Do ponto de vista da cultura, muito do que em termos de senso comum considera-se “instinto” é na verdade um padrão cultural de comportamento.

13 Como os humanos adquiram esse processo que os diferenciou tanto
Como os humanos adquiram esse processo que os diferenciou tanto? Biologia: resultado de um cérebro mais volumoso e complexo Antropologia: Claude Lévi-Strauss: A cultura surgiu no momento em que o ser humano convencionou a primeira regra, a primeira norma (proibição do incesto).

14 Leslie White: Passagem do estado “animal” para “humano”: quando o cérebro foi capaz de gerar símbolos. É o exercício da faculdade de simbolização que cria a cultura e o uso dos símbolos torna possível sua perpetuação. Para perceber o significado de um símbolo é necessário conhecer a cultura que o criou.

15 A evolução para um ser tão cultural foi contínua e incrivelmente lenta
A evolução para um ser tão cultural foi contínua e incrivelmente lenta. (não se aceita mais a “Teoria do Ponto Crítico”) A maior parte do crescimento do cérebro humano foi posterior e não anterior ao desenvolvimento da cultura. Um ser humano é assim tanto um produto como um produtor da cultura (Cleford Geertz)

16 A cultura desenvolveu-se, pois, simultaneamente ao próprio equipamento biológico e é, por isso mesmo, compreendida como uma das características da espécie, ao lado do bipedismo e de um volume cerebral característico.

17 Etnocentrismo – adaptativo? Força unificadora dentro de uma cultura
A cultura é sempre adaptativa? Etnocentrismo – adaptativo? Força unificadora dentro de uma cultura Extremos: xenofobia, provincianismo

18 Antropologia = história natural da sp humana
Abordagens em Ecologia Humana A base antropológica: (materialista) Antropologia: estudo da diversidade biológica e comportamental humana – espaço e tempo Diversidade ou variação em populações Aspectos importantes da evolução Evolução importante na antropologia (presente e passado) Antropologia = história natural da sp humana

19 Para os antropólogos: As diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais dado que: Qualquer criança humana pode ser educada em qualquer cultura A capacidade de aprender e a plasticidade são características de todos os humanos.

20 Também de acordo com a antropologia, é falso afirmar que: “As diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente”, porque: Atividades atribuídas às mulheres em uma cultura, são atribuídas aos homens em outra. O comportamento dos indivíduos depende de um processo chamado “endoculturação” ou “socialização”

21 Determinismo Geográfico (para as características da cultura): Desde a antiguidade foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre humanos a partir das variações nos ambientes físicos Ex: Hipócrates – Grécia (humores: sangue, fleuma, bile amarela, bile negra) Séc. XVIII – Montesquieu “Causa e efeito entre ambiente e fenômeno social” (sempre valorizando o próprio ambiente como determinante das melhores qualidades do próprio povo em relação aos demais)

22 As diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural (geógrafos de finais do séc. XIX e início do séc. XX) - ex: clima considerado como fator importante na dinâmica do progresso Áreas culturais: (generalizações) Regiões nas quais as características ambientais e culturais básicas = semelhantes (Polinésia; planícies americanas) seriam adaptação a um ambiente similar Ambiente -> causa -> cultura

23 A partir de 1920 – antropólogos como Boas, Wissler, Kroeber, assumem que: -existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais - é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico (ex: diferenças culturais entre esquimós e lapões)

24 Possibilismo Ambiental e Áreas culturais:
(Kroeber e Lowie) Semelhanças devidas a conexões históricas, não a influências ambientais simplistas (difusões históricas entre grupos culturais e semelhanças ambientais) Mas o ambiente determina o conjunto de alternativas

25 Determinismo e Possibilismo: . ambiente precede a cultura
. causa da diversidade cultural => ambientes . Processo de mão única (embora a cultura determine mudanças posteriores)

26 Evolução Cultural Unilinear (explicando as características da cultura): Tylor explica a diversidade cultural como diferenças de estágio no processo evolutivo das sociedades. A antropologia deveria estabelecer uma “escala de civilização”. (Essa afirmação ocorreu sob o impacto da publicação da Origem das Espécies de Darwin – a antropologia nascente foi dominada por uma visão unilinear de evolução – etnocentrismo na ciência).

27 Relativismo Cultural – Particularismo histórico: A idéia do relativismo cultural está associada à concepção de evolução cultural multilienar. Franz Boas (1858 – 1949) viu limitações no método comparativo em antropologia e criticou o evolucionismo (por assumir a evolução cultural como unilinear). Para Boas, a antropologia deveria: - fazer a reconstrução da história dos povos ou regiões particulares - comparar a vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis.

28 As investigações históricas são relevantes para descobrir a origem deste ou aquele traço cultural e para interpretar a maneira pela qual toma lugar num dado conjunto sociocultural – essa abordagem caracterizou o Particularismo Histórico – ou Escola Cultural Americana, no estudo da cultura.

29 Ecologia Cultural Interações recíprocas entre ambiente e cultura Julian Steward (1930’s, abordagem empírica) O meio de subsistência de um grupo (as principais maneiras de se obter alimento) está diretamente relacionado aos outros aspectos da cultura Subsistência de um grupo (incluindo economia básica e tecnologia) = núcleo cultural

30 Organização cultural e social de um grupo => ideologia e religião
Ecologia Cultural Núcleo cultural => influencia a organização cultural e social de um grupo Organização cultural e social de um grupo => ideologia e religião Ambiente – efeitos diretos – somente sobre o núcleo cultural Núcleo cultural => influencia o ambiente

31 Ecologia Cultural – Métodos abordam:
relações recíprocas entre o núcleo cultural e o ambiente 2) antropologia cultural de um dado sistema de subsistência = padrões de comportamentos associados ao núcleo cultural de um grupo relação (geralmente unidirecional) entre os comportamentos associados ao núcleo cultural e outras partes da cultura (ex: organização social, ideologia/representações)

32 Ecologia Cultural – núcleo cultural
permitiu o estudo da modificação do ambiente pela cultura humana > complexidade cultural, > capacidade de modificar o ambiente e > n° de opções de padrões de comportamento => Tecnologia de subsistência – área importante de estudo na ecologia cultural

33 Ecologia Cultural – núcleo cultural Os tipos de comportamentos associados ao núcleo cultural constituem a principal área de estudo na Ecologia Cultural Ex: . como as pessoas se sustentam . que escolhas perpetuam em seus comportamentos . como sua subsistência influencia seu comportamento . se os comportamentos são individuais ou coletivos . se as pessoas são transportadas até os recursos ou estes a essas para a realização das atividades de subsistência

34 Ecologia Cultural – núcleo cultural Padrões de comportamento do núcleo cultural: efeitos sobre outros aspectos da cultura => graus de amplitude que o comportamento permite (mais ou menos escolhas) influências históricas – importantes na determinação de outros aspectos da cultura (Steward - considerar: a demografia, os padrões de assentamento, as estruturas de parentesco, a posse das terras, o uso de terras entre outros aspectos culturais – e suas inter-relações)

35 Ecologia Cultural – Steward Melhoras (?!)/Mudanças na subsistência levam a mudanças gerais na cultura – evolução cultural novos níveis de integração sócio-cultural caçadores-coletores – núcleos familiares agricultura – família extensa

36 Ecologia Cultural – Steward Principais Padrões de Subsistência Humana forrageio pastoralismo horticultura agricultura intensiva detalhamos mais esses tipos, de acordo com Lenski & Lenski (1982); Nolan & Lenski (2006)

37 Ecologia Cultural – Steward grande ênfase na cultura, menor importância ao ambiente Críticas de Vayda & Rappaport (1968 – propõem a Antropologia Ecológica) criticam a concentração dos estudos na aquisição de recursos (com muita ênfase em alimentos) desconsiderando outros fatores ecológicos importantes

38 Ecologia Cultural – Steward Aspecto positivo: como as atividades de subsistência influenciam outros aspectos da cultura mas: pouca atenção a como os humanos se adaptam biológica e culturalmente a situações de estresse ambiental não considerou essas adaptações (adaptações biológicas, fluxo de energia e ciclo de matéria no ecossistema da região)

39 Antropologia Ecológica:
Ecologia de populações humanas Passado e presente - Como os grupos humanos persistem nos diversos ambientes? - Como a ecologia desses grupos influencia suas características culturais?

40 Antropologia Ecológica
Incorpora métodos da ecologia de sistemas. Estuda o ciclo de matéria e o fluxo de energia nas famílias e populações. Crítica: Generaliza dados que diferem entre indivíduos quanto ao gênero, idade e status social.

41 Antropologia Ecológica:
Ecologia Cultural: Como o cultural core que inclui as tecnologias de subsistência organiza e caracteriza a sobrevivência de um grupo humano em um dado local. Antropologia Ecológica: Como os seres humanos se organizam biológica e culturalmente para enfrentar o principal estressor ambiental do seu ambiente – modelo do estressor único. Crítica/Limitação: quando há mais de um estressor relevante à adaptação local da população

42 Posição da moderna antropologia: A cultura age seletivamente e não casualmente sobre o meio ambiente – explora possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura. Portanto: as diferenças existentes entre os seres humanos não podem ser explicadas pelas diferenças em seu ambiente ou no seu aparato biológico.

43 Bibliografia: KORMONDI, E. J. ; BROWN, D. E. Ecologia Humana
Bibliografia: KORMONDI, E.J. ; BROWN, D.E. Ecologia Humana. São Paulo: Atheneu, 2002, 503 p. LARAIA, R.B. Cultura – um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. LENSKI, G.E. ; LENSKI, P. Humans Societies: an introduction to macrosociology. New York, McGraw-Hill 4a ed MORÁN, E. Adptabilidade Humana: uma introdução à antropologia ecológica. São Paulo: EDUSP, 1994, 445 p. / São Paulo: SENAC, 2011, 512 p. NOLAN, P. ; LENSKI, G.E. Humans Societies: an introduction to macrosociology. London: Paradigm Publishers. 10ª ed p.


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