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Área de Bioestatística

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Apresentação em tema: "Área de Bioestatística"— Transcrição da apresentação:

1 Área de Bioestatística
FOP/UNICAMP MÉTODOS ESTATÍSTICOS Aplicados à ÁREA DE SAÚDE Profa. Gláucia Maria Bovi Ambrosano

2 Importância da Bioestatística na Pesquisa Científica;
Metodologias Estatísticas mais utilizadas nas pesquisas na área de saúde; Principais problemas observados em artigos e sugestões para solução dos mesmos;

3 “Por serem mais precisos do que as palavras, os números são particularmente mais adequados para transmitir as conclusões científicas.” (PAGANO e GAUVRE 2004 )

4 No entanto tal como se pode mentir com palavras, pode-se fazer o mesmo com números.

5 É atribuída ao primeiro ministro Britânico Benjamin Dissaeli a seguinte frase:
“Existem 3 tipos de mentiras: mentiras, mentiras condenáveis e estatísticas.”

6 “É fácil mentir com a estatística, mas é mais fácil mentir sem ela.”

7 O estudo da estatística explora:
o planejamento e a coleta; a organização; a análise e a interpretação dos dados.

8 Seus conceitos podem ser aplicados aos diversos campos que incluem:
Economia; Psicologia; Agricultura. Quando o foco está nas ciências Biológicas e da Saúde: Bioestatística

9 complicação matemática
instrumento extremamente útil na organização e na interpretação de dados.

10 No planejamento, ela auxilia:
na escolha das situações experimentais; na determinação da quantidade de indivíduos a serem examinados. Na análise dos dados indica técnicas para resumir apresentar as informações comparar as situações experimentais.

11 De um modo geral, não existe certeza sobre a correção das conclusões científicas;
no entanto, os métodos estatísticos permitem determinar a margem de erro associada às conclusões, com base no conhecimento da variabilidade observada nos resultados.

12 Para o desenvolvimento de uma pesquisa científica com qualidade é necessário:
um bom planejamento; obtenção dos dados com precisão; correta exploração dos resultados.

13 Em experimentos com seres humanos essa preocupação é
ainda MAIOR !

14 Melhoria na qualidade da pesquisa científica
Significativo aumento no número de experimentos com análises estatísticas.

15 Facilidades que a informática tem proporcionado:
Complexidade das análises estatísticas; Possibilidade de se manejar muitas informações; Enfrentar situações multivariadas; De abordar relações complexas não lineares.

16 Fato aparentemente favorável associado a um aumento no número de erros
ANALISE INADEQUADA Pode comprometer seriamente a validade do trabalho, levando o leitor a acreditar em conclusões não verdadeiras.

17 “Pesquisadores com um pouco de experiência em planejamento e análise estatística podem observar em periódicos na área da saúde, ERROS que chegam muitas vezes a INVALIDAR as conclusões alcançadas no trabalho.”

18 Poucos Médicos e Cirurgiões dentistas apreciam a estatística.
Mas os métodos estatísticos são COMPONENTES FUNDAMENTAIS dos trabalhos científicos

19 Muitos autores têm discutido os currículos das Faculdades de Medicina criticando aquelas que não incluem os conteúdos de BIOESTATÍSTICA e aquelas que os incluem em semestres nos quais os estudantes ainda têm noções de pesquisa científica.

20 Familiaridade com os métodos estatísticos
Profissionais: Leitura crítica de artigos e interpretação dos resultados publicados. Pesquisadores: Apresentação dos resultados com base em rigorosos critérios científicos.

21 “Do grau de familiaridade do leitor com as técnicas estatísticas depende o quanto ele pode analisar criticamente os resultados de pesquisa.” “Vários artigos têm sido publicados enfatizando a freqüência, adequação e relevância da utilização de técnicas estatística em periódicos na área MÉDICA.”

22 Identificação daquelas que devem receber atenção especial pelos pesquisadores e professores de Bioestatística.

23 Na ODONTOLOGIA: Avaliados 690 artigos (1990 a 2000), em 7 periódicos da área de Odontologia: Journal of the American Dental Association, Journal of Dental Research, Caries Research, Journal of Periodontology, Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, Brazilian Dental Journal, Revista de Odontologia da UNESP.

24 66% nacionais 93% internacionais ANÁLISE ESTATÍSTICA

25 Dos artigos que UTILIZARAM metodologia estatística
97% dos nacionais; 98% dos internacionais; INFORMAM A TÉCNICA UTILIZADA.

26 Utilização correta da metodologia estatística;
 WHITE (1979) Utilização correta da metodologia estatística; Descrição completa da metodologia; A interpretação da análise deve se restringir as limitações da técnica empregada. WHITE S.J. Statistical errors in papers in the British Journal of Psychiatry. Br J Psychiatry 135:336-42, 1979.

27 Literatura Odontológica:
cita programa estatístico sem indicar a técnica utilizada; o programa estatístico é citado como método utilizado para analisar os dados .

28 3,8% de artigos não identificaram as técnicas utilizadas
3,8% de artigos não identificaram as técnicas utilizadas 3,3% identificaram apenas algumas das técnicas. RUDOLPH et al (1985) RUDOLPH A, McDERMOTT R J, GOLD R S Use of statistics in the Journal of School Health : a content analysis. J Sch Health 55(6):230-3, 1985.

29 MORRIS (1988) 57,3% dos artigos (Journal of Bone and Joint Sugery) dados claramente apresentados; 64% deveriam apresentar análise estatística; 23% deles apresentaram; Desses 23%, 66,7% descrevem a técnica utilizada; Em 60% dos artigos as conclusões apresentadas não parecem ser justificada pelos resultados. MORRIS R W A statistical study of papers in the Journal of Bone and Joint Surgery J Bone Joint Surg 70(2):242-6, 1988.

30 CRUESS (1989) em periódico da área MÉDICA
29% dos artigos não utilizaram estatística; afirmam que estes seriam beneficiados se tivessem utilizado alguma metodologia. CRUESS D F. Review of use of statistics in The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene for January-December Am J Trop Med Hyg 41(6):619-26, 1989

31 MORA RIPOLL et al. (1996) em periódico da área de MÉDICA
mais de 75% dos artigos utilizaram algum tipo de técnica; essa porcentagem tem aumentado em relação a trabalhos anteriores. MORA RIPOL R, ARCASO T C, SENTIS V J Current use of statistics in biomedical research: a comparison of general medicine journals. Med Clin (Barc) 106(12):451-6, 1996.

32 CUMSILLE et al. (1996) utilização de métodos estatísticos na literatura médica Chilena entre 1983 e 1993 59% dos artigos descrevem o método estatístico utilizado. CUMSILLE F, CUMSILLE M A, DECINTI E, MONTESINOS N. Assessment of the use of statistical methods in health research. Rev Med Chil 124(9): , 1996.

33 METODOLOGIAS UTILIZADAS

34 EMERSON e COLDITZ (1983) 58% nenhum método ou só estatística descritiva; 24% teste t; 15% tabelas de contingência; 6% testes não paramétricos. EMERSON J D, COLDITZ G A. Use of statistical analysis in the New England Journal of Medicine. N Engl J Med 309(12):709-13, 1983.

35 RUDOLPH et al. (1985) Journal of School Health
18,6% tabelas de contingência; 13,3% Análise de Variância (ANOVA); 12,3% teste t; 6,6% testes de comparações múltiplas; 3% correlação de Pearson; 3% testes não paramétricos.

36 HOKANSON et al. (1986) Leitores na literatura da área de Psiquiatria tenham familiaridade com as seguintes metodologias: estatística descritiva; 2; estatística para epidemiologia; teste t; Correlação e regressão linear; ANOVA; transformações de dados; testes não paramétricos.

37 CRUESS (1989) Profissionais: estatística descritiva: compreensão de 60% das técnicas empregadas em artigos de Medicina; teste t e  % das técnicas; estatística não paramétrica, teste exato de Fisher, regressão e correlação linear - 91% das técnicas; ANOVA, regressão e correlação múltipla e análise de sobrevivência - 100%;

38 Na Odontologia (1990 a 2000) Artigos nacionais - metodologias mais utilizadas: ANOVA teste t 2 Kruskal Wallis Mann Whitney teste de Tukey correlação linear simples Distribuição de freqüências e/ou estatística descritiva

39 E nos internacionais: ANOVA teste t Wilcoxon 2 Mann Whitney
Regressão linear Correlação de Pearson Distribuição de freqüências e/ou estatística descritiva

40 JUZYCH et al. (1992) Periódicos da área de Oftalmologia (1970, 1980 e 1990): Medida de tendência central; Medidas de dispersão; Teste t; Tabelas de contingência. Testes não paramétricos - 8,3% dos artigos

41 Cirurgiões Dentistas Curso Básico de Bioestatística (tabelas, gráficos, medidas de tendência central e dispersão, teste t, regressão e correlação). Avaliar criticamente 38% das técnicas utilizadas nos artigos nacionais e 43% dos internacionais. ANOVA, Tukey e Duncan em 82% dos nacionais e 70% dos internacionais.

42 Para ter acesso a toda literatura:
Além da estatística ministrada nos cursos básicos de Bioestatística Scheffé Tukey-Kramer Regressão Múltipla Análise Multivariada Estatística não paramétrica Estatística para Epidemiologia

43 Estatística descritiva Intervalo de confiança Tabela de contingência
Profissionais que escrevem ou lêem literatura médica devem estar familiarizados com: Teste t Estatística descritiva Intervalo de confiança Tabela de contingência Estatística para epidemiologia BECKER et al (1995)

44 CUMSILLE et al. (1996) observaram na literatura médica Chilena:
32,2% dos artigos utilizaram estatística descritiva 34% utilizaram 2 ou exato de Fisher 32,9% teste t 10,2% correlação 9,5% ANOVA

45 Os autores enfatizam o fato de que não se deve incentivar a utilização de métodos complexos desnecessariamente, mas incentivar métodos de análises que dêem uma resposta mais integral à pesquisa, assim os autores acreditam ser positiva a utilização de métodos multivariados na pesquisa médica.

46 MORA RIPOLL et al (1996) Revista Clínica Espanhola 42% teste t 12% ANOVA 23% estatística descritiva 20% testes não paramétricos 17% análise de sobrevivência 22% estatística para epidemiologia 56% tabelas de contingência

47 Wang e Zhang (1998) 5 periódicos Chineses da área de medicina nos anos de 1985 (n=640) e 1995 (n=954). A porcentagem de artigos que utilizaram estatística aumentou de 40% para 60%; Mais métodos estatísticos sofisticados foram usados.

48 teste t e as tabelas de contigência.
Nos dois anos, os métodos estatísticos mais comumente utilizados foram: teste t e as tabelas de contigência.

49 Taddese (2001) Avaliou 232 artigos publicados em periódicos da área médica na Etiópia quanto a metodologia estatística. Desvio padrão, erro padrão, teste t foram os mais utilizados; EPI-INFO foi usado em 61% dos artigos que utilizaram algum software.

50 Miettunen, Nieminen, Isohanni (2002)
Descreveram a freqüência com que os vários delineamentos e métodos estatísticos são utilizados em periódicos na área de Psiquiatria. The American Journal of Psychiatry (AJP) The Archives of General Psychiatry (AGP) The British Journal of Psychiatry (BJP) The Nordic Journal of Psychiatry (NJP)

51 Comparando com revisões anteriores, os leitores na área de Psiquiatria encontram maior freqüência de utilização de técnicas multivariadas.

52 Lee CM, Soin HK, Einarson TR (2004)
Avaliaram a freqüência das técnicas estatísticas na pesquisa na área de farmacologia. American Journal of Health-System Pharmacy The Annals of Pharmacotherapy Canadian Journal of Hospital Pharmacy Formulary Hospital Pharmacy Journal of the American Pharmaceutical Association (144 artigos)

53 98% empregaram estatística descritiva 28% só estatística descritiva
Porcentagem 90% Média 74% Desvio padrão 58%

54 Qui-quadrado 33% Teste t 26% Correlação de Pearson 18% ANOVA 14% Regressão logística 11%

55 PROBLEMAS OBSERVADOS

56 AVRAM et al. (1985) Alta incidência de erros em delineamentos experimentais e análise estatística nos periódicos “Anesthesia and Analgesia”e “Anesthesiology”.

57 Os erros mais freqüentes envolvem o emprego de testes de hipóteses elementares.
Testes para observações independentes e pareadas; Testes para comparar 2 grupos e mais de 2 grupos.

58 CRUESS (1989) 73,5% dos artigos tinham algum erro de estatística. Problemas mais comuns: Não definição do teste estatístico; Observações pareadas tratadas como independentes.

59 JAMART (1992) Na literatura médica é muito comum se dar muita atenção ao resultados do teste (p-valor) e nenhuma atenção às proporções, médias, índices. Nem sempre quando os testes estatísticos comprovam a significância estatística, há uma significância clínica! O autor culpa o fato de que o p-valor tem sido considerado um “passaporte” para a publicação.

60 Na Odontologia Muitos autores apresentam o quadro da análise de variância, mas não apresentam nenhuma medida de tendência central dos diferentes grupos, nem discutem se a diferença encontrada como estatisticamente significativa é clinicamente importante.

61 Discutidos em livros e cursos introdutórios de estatística;
Os trabalhos que necessitam de maior revisão estatística são os que utilizam métodos mais simples; Discutidos em livros e cursos introdutórios de estatística; Análises são normalmente realizadas pelo próprio pesquisador. Algumas vezes sem conhecimento de conceitos básicos de estatística

62 Aritmeticamente correta mas totalmente inapropriada;
AUSTIN e ATTANASIO (1991) Criticam a utilização de média, desvio padrão ou variância para variáveis ordinais. Aritmeticamente correta mas totalmente inapropriada; Muito freqüente na literatura médica; Para observações nominais e ordinais são mais apropriadas tabelas de freqüência absolutas e relativas; Mediana ou moda.

63 BECKER et al. (1995) 51% dos artigos publicados em periódicos da área médica utilizaram metodologia estatística INCORRETA; Mas essa porcentagem pode ser MAIOR, pois 16% dos artigos não especificaram a metodologia e podem ter utilizado processos não adequados.

64 Wang e Zhang (1998) Entre os que usaram estatística, a porcentagem que utilizou métodos impróprios aumentou de 22% a 46% de 1985 para 1995. Problemas mais comuns: Apresentação do p-valor sem especificar o teste usado; Uso de múltiplos teste t no lugar de análise de variância; Uso de teste t não pareado quando testes pareados deveriam ser utilizados.

65 CAUSA DOS ERROS

66 COLTON (1975) a opinião de professores de Bioestatística em relação aos estudantes, eles acreditam que: 4% acham “aborrecedor” 31% não gostam 49% toleram Uma pesquisa comparando 18 Disciplinas para estudantes de Medicina na Grã Bretanha a Estatística ficou em último lugar no ranking em interesse e a primeira em dificuldade.

67 GLANTZ (1980) A principal causa dos erros: Poucos pesquisadores e clínicos tiveram treinamento formal em Bioestatística

68 Segundo MOSES e LOUIS (1984) os erros ocorrem porque normalmente a conversa entre o pesquisador e o estatístico é muitas vezes feita por telefone começando pela frase: “Eu tenho um simples problema de estatística e precisaria tomar um minuto de seu tempo” . Após o mesmo já ter coletado os dados ou mesmo após o trabalho ter retornado para a correção da análise estatística.

69 JUZYCH et al. (1992) Estudo realizado com residentes na área de cirurgia nos Estados Unidos. 25% A compreensão de procedimentos estatísticos é muito importante para a leitura e completa compreensão de uma artigo; 62% Responderam ser importante.

70 Quando questionados sobre o seu conhecimento em Estatística:
57% responderam que tinha muito pouco conhecimento; 10% disseram que não tinham nenhum.

71 Já para HAMMER e BUFFINGTON (1994)
Os profissionais não apreciam a disciplina de Estatística pelo fato dela ser ministrada na maioria das Faculdades de maneira clássica. Os estudantes nessa área necessitam aprender a interpretar e aplicar métodos estatísticos e não saber os teoremas matemáticos envolvidos.

72 SUGESTÕES

73 Os periódicos da área médica devem incluir consultores em estatística WHITE (1979); JAMART (1992).

74 Ter um Estatístico incluído na equipe de pesquisa desde o início do experimento.
WHITE (1979) AVRAM et al. (1985) JAMART (1992) BECKER et al. (1995)

75 Comitês de éticas em pesquisa com humanos devem exigir projetos bem delineados e com análise dos dados descrita corretamente. GLANTZ (1980) Os editores dos periódicos devem exigir a aplicação correta da estatística. GLANTZ (1980)

76 Tanto os comitês de ética como os periódicos têm responsabilidades sobre os artigos publicados e é antiético colocar pacientes a riscos para a coleta de dados em estudos cientificamente inválidos.

77 Comissão editorial dos periódicos: adotar um formato mínimo padronizado para descrição das técnicas estatísticas. HOKANSON et al.(1987) Incluindo: Tamanho da amostra; Técnica utilizada; Nível de significância.

78 Os pesquisadores devem saber estatística suficiente para a CORRETA ANÁLISE de seus trabalhos quando necessitam de testes mais simples e reconhecer as situações em que NECESSITAM da colaboração do estatístico. JAMART (1992)

79 Os testes devem ser adequadamente descritos para que o leitor possa avaliar CRITICAMENTE a sua aplicação. SCHWART et al (1996)

80 Considerando o papel importante dos periódicos
na atualização dos profissinais, a NÃO UTILIZAÇÃO e o USO IMPRÓPRIO de metodologias estatísticas são preocupantes.

81 Recomenda-se que tanto o pesquisador como os clínicos participem de CURSOS DE BIOESTATÍSTICA para que se familiarizem com as técnicas.


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