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TEMA 3: EPIDEMIOLOGIA A dinâmica da saúde (processo saúde-doença) na população.

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1 TEMA 3: EPIDEMIOLOGIA A dinâmica da saúde (processo saúde-doença) na população

2 3.1 – A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
EPIDEMIOLOGIA POPULACIONAL EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA EPIDEMIOLOGIA APLICADA AO PLANEJAMENTO

3 AVALIAÇÃO DE QUALIDADE EM SAÚDE Avedis Donabedian desenvolveu um quadro conceitual fundamental para o entendimento da avaliação de qualidade em saúde, a partir dos conceitos de estrutura, processo e resultado, classicamente considerados uma tríade, que corresponde às noções da Teoria Geral de Sistemas: input-process-output. ESTRUTURA - recursos físicos, humanos, materiais e financeiros necessários para a assistência médica. Inclui financiamento e disponibilidade de mão-de-obra qualificada. PROCESSO - atividades envolvendo profissionais de saúde e pacientes, com base em padrões aceitos. A análise pode ser sob o ponto de vista técnico e/ou administrativo. RESULTADO - produto final da assistência prestada, considerando saúde, satisfação de padrões e de expectativas.

4 Os sete pilares da qualidade segundo Donabedian:
EFICÁCIA - capacidade de a arte e a ciência da medicina produzirem melhorias na saúde e no bem-estar. Significa o melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis, dado o estado do paciente e mantidas constantes as demais circunstâncias. EFETIVIDADE - melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas condições usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser mais precisamente especificada como sendo o grau em que o cuidado, cuja qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de melhoria da saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como alcançáveis. EFICIÊNCIA - é a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente ficazes e efetivas, a mais eficiente é a de menor custo.

5 OTIMIZAÇÃO - torna-se relevante à medida que os efeitos do cuidado da saúde não são avaliados em forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa curva ideal, o processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional aos custos acrescidos, que tais "adições" úteis perdem a razão de ser. ACEITABILIDADE - sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e otimização, além da acessibilidade do cuidado, das características da relação médico-paciente e das amenidades do cuidado. LEGITIMIDADE - aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela comunidade ou sociedade em geral. EQÜIDADE - princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população. A eqüidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos e legítimo para a sociedade.

6 INDICADORES DE SAÚDE ESTRUTURA PROCESSOS RESULTADOS: INDICADORES GERAIS Avaliação de saúde (nível de saúde) Planejamento Monitoramento (resultados gerais) INDICADORES ESPECÍFICOS Avaliação de saúde (problemas de saúde) Monitoramento (específicos)

7 Medidas de ocorrência de doença/agravo
População suscetível à doença é chamada de população em risco. Prevalência e incidência Prevalência = Número de casos em uma população definida em um certo tempo Incidência = Número de casos novos que ocorrem em um certo ponto período em uma população específica Mais úteis quando convertidos em taxas

8 Taxa (ou coeficiente) de Prevalência:
Número de casos na população de risco X 10n População de risco Fatores q influenciam a tx de prev.: Severidade da doença (se mata muito, tx cai) Duração da doença (se dura pouco, tx cai) Número de casos novos (se muitos contraem, tx sobe) Útil na avaliação de doenças crônicas em geral (DM2, Hipertensão). Útil na avaliação das necessidades e no planejamento dos serviços de saúde. Taxa de Incidência: Número de casos novos na população de risco X 10n População de risco no tempo de avaliação ou estudo Útil na avaliação de doenças agudas e eventos em geral (pneumonia, dengue, AVC, IAM). Útil na avaliação de riscos e para o planejamento dos serviços de saúde.

9 INDICADORES GERAIS: EXPECTATIVA DE VIDA
EXPECTATIVA DE VIDA SAUDÁVEL (HALE) Principais indicadores do nível de saúde ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS Idade padrão – idades em que ocorreram os óbitos x número de óbitos por idade Útil para a avaliação do nível de saúde em geral e para a avaliação do impacto de patologias/agravos na expectativa de vid

10 TAXAS DE MORTALIDADE POPULACIONAL
(Fundamental para a saúde pública: avaliação, planejamento, monitoramento) Fórmula genérica: Número de óbitos em determinada população no período x 10n População de risco no período Taxa de Mortalidade geral (TMG) Número de óbitos em determinada população no período x 1000 População no período Pouco específica, sujeita à influência da estrutura demográfica da população

11 Taxas de Mortalidade por faixa etária:
Mais específicas, podem indicar riscos específicos de óbito por faixa etária. Taxa de Mortalidade infantil: Número de óbitos em menores de um ano no período x 1000 Número de nascidos vivos no período (Riscos pré-natais, parto, e primeiro ano de vida) Taxa de Mortalidade materna: Número de óbitos maternos* no período x Número de nascidos vivos no período *Óbitos relacionados à gravidez, parto ou puerpério (casos ocorridos em mulheres que estiveram grávidas até 12 meses antes do óbito) Riscos pré-natais e Riscos no parto

12 Taxa de Mortalidade neonatal:
Número de óbitos em menores de 28 dias no período x 1000 Número de nascidos vivos no período Taxa de Mortalidade neonatal precoce: Número de óbitos em menores de 07 dias no período x 1000 Riscos pré-natais: Anomalias congênitas. DHEG, ITU, vulvovaginites, anemia, doenças maternas >> Prematuridade e/ou anóxia. Riscos no parto: Distócia e Período expulsivo prolongado, hemorragia >> anóxia

13 Taxa de Mortalidade neonatal tardia:
Número de óbitos em lactentes de 07 a 28 dias no período x 1000 Número de nascidos vivos no período Taxa de Mortalidade pós-neonatal : Número de óbitos em lactentes de 29 dias a 01 ano no período x 1000 Riscos do lactente: abandono, desnutrição, pneumonia, diarréia

14 INDICADORES ESPECÍFICOS:
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DAS DOENÇAS/AGRAVOS PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA MEDIDAS DE GRAVIDADE DE DOENÇAS/AGRAVOS Letalidade Mede a severidade de uma doença/agravo (muito usada em epidemias, em controle de infecção hospitalar) Taxa de letalidade = Número de óbitos devidos ao problema no período x 100 População que contraiu a doença no período

15 Mortalidade proporcional por patologias/agravos =
Mortalidade por patologias/agravos: Mede o impacto da doença/agravo, em termos de óbitos, na população (Fundamental para a saúde pública: avaliação, planejamento, monitoramento) Taxa de mortalidade por patologias/agravos = Número de óbitos devidos ao problema no período x 10n População de risco no período Mortalidade proporcional por patologias/agravos = Número de óbitos devidos ao problema no período x 100 Número total de óbitos Morbidade hospitalar por patologias/agravos: Mede o impacto da doença/agravo, em termos de internações, na população (Fundamental para a saúde pública: avaliação, planejamento, monitoramento) Taxa de internações por patologias/agravos = Número de internações devidos ao problema no período x 10n Morbidade hospitalar proporcional por patologias/agravos = Número de internações devidos ao problema no período x 100 Número total de internações

16 MONITORAMENTO (ESPECÍFICOS)
INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO AMBULATORIAL Por imunização (Sarampo, Coqueluche, Difteria etc.) Por atenção básica à saúde infantil (Entero-infecções e desidratação, IVAS, pneumonia, asma etc.) Por atenção básica às patologias crônicas (Hipertensão, ICC, angina, Diabetes, DPOC etc.) Saúde mental

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18 Planejamento CONCEITOS SINTÉTICOS PARA DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS: Magnitude Extensão da presença da doença/agravo na população (prevalência/incidência) Transcendência Magnitude x impacto: letalidade, mortalidade, internações, consultas, afastamentos, incapacidades (carga de doenças), percepção social Suscetibilidade Possibilidade de controlar ou eliminar o problema com recursos disponíveis ou disponibilizáveis

19 Níveis de Aplicação de Medidas Preventivas e Estratégias de Prevenção
•Prevenção Primária Estratégias para prevenir a exposição ao fator de risco (ex: tabagismo; stress) ou para promover sua cessação (tratamento para deixar de fumar). •Prevenção Secundária Diagnóstico Precoce: rastreamento(screening) para identificar a doença num estágio inicial e então melhorar o seu prognóstico (aumentar a probabilidade de cura ou prolongar o tempo de sobrevida) Ex: papanicolau para detecção precoce de cãncer de cérvix uterino •Prevenção Terciária Prevenção de incapacidade através de medidas destinadas à reabilitação. Ex: o processo de reeducação e readaptação de pessoas com defeitos após acidentes ou devido a seqüelas de doenças.

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21 Reducing Risks, Promoting Healthy Life
THE WOR LD HE ALTH R E PORT 2002, OMS

22 Risco e Vulnerabilidade: a Cadeia do Risco
Risco + realização do risco Vulnerabilidade Respostas ao risco Resultados esperados (relativo a um indicador definido de estado de bem estar)

23 Epidemiologia das doenças transmissíveis
Uma doença infecciosa ou transmissível é aquela causada pela passagem de um agente infeccioso especifico ou de sua toxina de uma pessoa ou animal infectado para um hospedeiro suscetível.

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25 Características do AGENTE INFECCIOSO
Infectividade: Capacidade do agente invadir o tecido e produzir infecção no hospedeiro Dose infectiva: Quantidade (inóculo) requerida para causar infecção Patogenicidade: capacidade de produzir a doença Virulência: Medida de gravidade da doença Características da TRANSMISSÃO Direta (transferência rápida do agente etiológico, sem a interferência de veículos) ou indireta Vias de penetração ou portas de entrada Entende-se por veículo o ser animado ou inanimado que transporta um agente etiológico. Transmissão indireta por veículo animado (ou vetor) é aquela que se dá por meio de um artrópode que transfere um agente infeccioso do reservatório ou fonte de infecção para um hospedeiro suscetível. As doenças infecciosas que são transmitidas em condições normais de animais para o homem são denominadas zoonoses.

26 Características do hospedeiro
• Suscetibilidade: situação de uma pessoa ou animal que se caracteriza pela ausência de resistência suficiente contra um determinado agente patogênico que a proteja da enfermidade na eventualidade de entrar em contato com esse agente. • Resistência: conjunto de mecanismos específicos e inespecíficos do organismo que servem de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. Os mecanismos específicos constituem a imunidade humoral e os inespecíficos abrangem os desempenhados por vários mecanismos, entre eles: pele, mucosa, ácido gástrico, cílios do trato respiratório, reflexo da tosse, imunidade celular. • Imunidade: resistência usualmente associada à presença de anticorpos específicos (imunidade humoral) que têm o efeito de inibir microrganismos específicos ou suas toxinas responsáveis por doenças infecciosas particulares.

27 Portador é o indivíduo que não apresenta sintomas clinicamente reconhecíveis de uma determinada doença transmissível ao ser examinado, mas que está albergando (e eliminando) o agente etiológico respectivo. Período prodrômico É o período que abrange o intervalo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas que lhe são característicos e, portanto, com os quais o diagnóstico clínico pode ser estabelecido. Pródromos são os sintomas indicativos do início de uma doença. Período de transmissibilidade Período de transmissibilidade (ou período de contágio) é o intervalo de tempo durante o qual uma pessoa ou animal infectados eliminam um agente biológico para o meio ambiente ou para o organismo de um vetor hematófago, sendo possível, portanto, a sua transmissão a outro hospedeiro.

28 EPIDEMIA: é a elevação de casos de uma doença acima do esperado para um determinado período e local
ENDEMIA: é a ocorrência de uma doença de forma regular em determinada população ao longo do tempo. PANDEMIA: quando uma doença afeta simultaneamente pessoas de vários países, pertencentes a mais de um continente, atingindo essas comunidades em número claramente excessivo se comparado ao normal esperado.

29 CARACTERÍSTICAS DA AIDS NO MUNDO HOJE
A progressão da epidemia se dá em velocidade constante nos últimos anos Em 2005 : 2.8 milhões de pessoas morreram devido à AIDS 4.1 milhões foram infectados com HIV 38.6 milhões viviam com HIV

30 PAUPERIZAÇÃO, HETEROSSEXUALIZAÇÃO E FEMINIZAÇÃO
10% da população mundial vive na África sub-Saariana, mas aproxidamente 64% dos portadores do vírus (25 milhões) vivem na região. 15% (5,7 milhões) vivem na Índia Nessas regiões a transmissão é primariamente devida ao contato heterossexual, e mais mulheres do que homens estão contaminadas.

31 Depois da África sub-Saariana o Caribe é a região de maior prevalência da AIDS.
Alguns países da Ásia como a Tailândia e o Camboja também apresentam prevalência muito alta. Nessas regiões a transmissão está relacionada principalmente ao comércio sexual. Nos Estados Unidos 70% de todos os casos de são de negros e hispânicos.

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33 AIDS NO BRASIL ESTIMATIVAS DO HIV E AIDS (UNAIDS)
Número de pessoas que vivem com o HIV: [ – ] Taxa de prevalência del VIH en adultos de 15 a 49 anos: 0.5 [0.3 – 1.6%] Mortes por AIDS: [8300 – ] Portadoras grávidas que recebem tratamento preventivo: 57.6% Gastos públicos: US$ Portadores que recebem terapia antirretroviral: 83.0%

34 TENDÊNCIAS DA EPIDEMIA NO BRASIL
INCIDÊNCIA: 18 CASOS NOVOS POR 100 MIL HAB/ANO Estabilização ou queda da velocidade nas regiões sul e sudeste, aceleração nas demais regiões Estabilização em homossexuais, usuários de drogas e na faixa etária entre 13 e 29 anos. aceleração em heterossexuais, mulheres e maiores de 40 anos Estabilização de óbitos em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes. Crescimento de óbitos nas regiões norte e nordeste e em negros e pardos

35 TENDÊNCIAS DA EPIDEMIA EM MINAS GERAIS
ESTABILIZAÇÃO: QUEDA NA INCIDÊNCIA A PARTIR DE 2003 INTERIORIZAÇÃO: QUASE TODAS AS CIDADES MINEIRAS JÁ TÊM CASOS DIAGNOSTICADOS

36 Municípios de Minas com maior número de casos de AIDS 1982/2005
Belo Horizonte Juiz de Fora Uberlândia Contagem Uberaba Betim Ribeirão das Neves Governador Valadares Araguari Poços de Caldas Santa Luzia Ipatinga Itajubá Pouso Alegre Ituiutaba

37 No Brasil e no mundo, a violência expressa nos índices de mortalidade pela doença supera os dados atribuídos à “violência” contemporânea (homicídios, guerras atuais, etc.). Cerca de 1,9 milhões de pessoas morrem ao ano por tuberculose no mundo; destas, cerca de 98% nos países dominados e em associação a HIV/Aids. No Brasil e no mundo, a violência expressa nos índices de mortalidade pela doença supera os dados atribuídos à “violência” contemporânea (homicídios, guerras atuais, etc.). Cerca de 1,9 milhões de pessoas morrem ao ano por tuberculose no mundo; destas, cerca de 98% nos países periféricos e em associação a HIV/Aids.

38 Situação da doença no Brasil
Desde a década de 80, após a introdução de novos esquemas de curta duração, a tuberculose vem apresentando uma média anual de 85 mil casos. O modelo de controle adotado, com a centralização da assistência, os tratamentos mais longos, com o mínimo de seis meses, e a explosão populacional nas periferias das grandes cidades sem condição sanitária adequada, entre outros fatores, contribuíram para essa conjuntura. Outro aspecto importante é a associação com a Aids, o que tem estimulado seu crescimento em todo o mundo. No Brasil, cerca de 25,5% dos pacientes portadores do vírus HIV apresentam a tuberculose como doença associada. O estado campeão é o Rio de Janeiro, com uma alarmante taxa de incidência de 89,32 contra uma média nacional de 47,2 por habitantes. E na cidade do Rio de Janeiro, são as comunidades, como Rocinha, Maré as que apresentam maiores índices, conjugando pobreza, acesso inadequado aos serviços de saúde, além de baixa adesão ao tratamento e epidemia HIV/Aids.

39 Situação da Dengue no Brasil - 2007
FORAM NOTIFICADOS APROXIMADAMENTE 500 MIL CASOS, COM APROXIMADAMENTE 140 ÓBITOS. TAXA DE LETALIDADE = 0,028% OU, 3 ÓBITOS PARA 10 MIL CASOS

40 Epidemiologia aplicada aos exames diagnósticos Diagnóstico:
É realizado mediante um indicador ou variável diagnóstica e um valor desse indicador (Ponto de corte) que classifica os indivíduos em duas categorias mutuamente excludentes. Ex. Para crianças desnutridas: método de diagnóstico = valor de peso corporal da criança Nem todas as crianças desnutridas que têm o peso abaixo do ponto de corte estão desnutridas; nem todas as crianças desnutridas têm peso abaixo desse valor. Isto porque o indicador peso não é uma indicador perfeito de desnutrição Peso = indicador Ponto de corte = o valor do peso abaixo do qual toda criança será classificada como desnutrida.

41 Critérios de validade de um teste diagnóstico
Confiabilidade/Reprodutibilidade/Repetibilidade: Refere-se à concordância ou consistência de resultados quando o exame se repete em condições similares e se interpreta sem conhecimento prévio dos resultados. Validade ou acurácia: Uma medição é válida se é apropriada para a questão que se esta pesquisando ou se mede corretamente ou que se propõe. A validade informa se os resultados representam a “verdade” ou o quanto se afastam dela. A validade de um teste diagnóstico pode ser avaliada através do cálculo da Sensibilidade e Especificidade, para o diagnóstico correto de um evento clínico e também sua capacidade preditiva.

42 Quando avaliamos um teste diagnóstico 4 situações são possíveis:
Resultado Verdadeiro Positivo (VP) ⇒o teste é positivo e o indivíduo tem a doença 2. Resultado Falso positivo (FP) ⇒o teste é positivo e o indivíduo não tem a doença. 3. Resultado Falso Negativo (FN) ⇒o teste é negativo e o indivíduo tem a doença. 4. Resultado Verdadeiro Negativo(VN) ⇒o teste é negativo e o indivíduo não apresenta doença.

43 Passos 1. Seleção de um teste de referência (padrão ouro) que separe corretamente indivíduos doentes de sadios. Este teste deverá fornecer sempre a resposta correta em indivíduos doentes e sadios. 2. Escolha de um grupo de pacientes que segundo o padrão separe os indivíduos livres da doença e com a doença. 3. Cálculo dos resultados concordantes e discrepantes.

44 Sensibilidade: Proporção de indivíduos com a doença que são identificados corretamente pelo teste. Indica o quão bom é um teste em identificar a doença em questão. Especificidade: Proporção de indivíduos sem a doença que são identificados corretamente pelo teste. Indica o quão bom é um teste em identificar indivíduo sem doença em questão. Valor preditivo positivo (VPP): É a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. É usado para ajudar a predizer qual a probabilidade de se ter a doença se o resultado do teste for positivo. É também conhecido como probabilidade pós-teste ou probabilidade posterior de se ter a doença. Valor preditivo negativo (VPN): É a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. É usado para ajudar a prever qual a possibilidade de não se ter a doença se o resultado do teste for negativo. É também conhecido como probabilidade pós-teste ou probabilidade posterior de não apresentar a doença.

45 Resultados do desempenho de um novo teste diagnóstico para câncer de mama em 200 mulheres com nódulo mamário único. BIÓPSIA POSITIVO NEGATIVO NOVO TESTE A Verdadeiros positivos B Falsos Positivos C Falsos Negativos D Verdadeiros Negativos

46 SENSIBILIDADE = a / a + c Verdadeiro-positivos / (Verdadeiro-positivos + Falso-negativos) ESPECIFICIDADE = d / b + d Verdadeiro-negativos / (Verdadeiro-negativos + Falso-positivos) VALOR PREDITIVO POSITIVO = a / a + b Verdadeiro-positivos / (Verdadeiro-positivos + Falso-positivos) VALOR PREDITIVO NEGATIVO = d / c + d Verdadeiro-negativos / (Verdadeiro-negativos + Falso-negativos) Exemplificando: Sensibilidade= 65/ = 0,68 Especificidade= 30 / = 0,3 Valor Preditivo Positivo= 65 / 135 = 0,48 Valor Preditivo Negativo= 30 / 65 = 0,46

47 SENSIBILIDADE Quanto maior a sensibilidade de um teste, maior a chance de detectar a doença. são indicados quando o risco de não diagnosticar a doença acarreta importantes conseqüências para o doente Testes altamente sensíveis excluem um determinado diagnóstico. Afastar doenças em fase inicial do diagnóstico Úteis no rastreamento (screening) de doenças em grupos populacionais O resultado negativo é mais útil: melhor VPN ESPECIFICIDADE Quanto maior a especificidade de um teste, maior a chance de que pessoas sem a doença sejam excluídas pelo teste. Freqüentemente usados para confirmar a presença da doença. mais úteis quando seu resultado é positivo. Necessários quando resultados falso-positivos podem levar o paciente a tratamento ou conduta desnecessários e, às vezes, de risco para o paciente. Confirmar um diagnóstico sugerido por outros dados O resultado positivo é mais útil: melhor VPP

48 VALORES PREDITIVOS E PREVALÊNCIA(4)
A sensibilidade e a especificidade não dependem da prevalência da doença. Já os valores preditivos dependem da prevalência da doença em estudo, conforme pode ser observado pelas equações abaixo: Para um mesmo teste, quanto maior a prevalência maior o VPP e menor o VPN

49 Estudos Epidemilógicos
Epidemiologia Clínica Estudos Epidemilógicos Transversal A avaliação é realizada em um único momento Foto Longitudinal A avaliação é realizada pelo menos em dois momentos diferentes Filme

50 Epidemiologia Clínica
Estudos Caso -controle ? Exposição Doença ? Exposição Sem doença Epidemiologia Clínica

51 Estudo de Caso- Controle
Pessoas com uma determinada doença são comparadas com outras pessoas sem esta doença, em relação a determinadas exposições: Insuficiência Cardíaca x Sem Insuficiência HAS Epidemiologia Clínica

52 Epidemiologia Clínica
Estudo de Coorte Exposição ?Doença Sem exposição ? Doença Conterno LO Epidemiologia Clínica

53 Epidemiologia Clínica
Estudos de Coorte Pacientes com uma determinada exposiçaõ, são seguidos durante um período e, comparados com outros pacientes sem esta exposição, para se verificar se desenvolvem um determinado desfecho: Pacientes com HAS e sem HAS quantos desenvolvem ICC ? Conterno LO Epidemiologia Clínica

54 Epidemiologia Clínica
Conterno LO Epidemiologia Clínica

55 Epidemiologia Clínica
Conterno LO Epidemiologia Clínica

56 Epidemiologia Clínica
Terapêutica Grupo de indivíduos com ICC Recebem diurético, inibidor da ECA + aldosterona Comparar a melhor resposta nos dois grupos Conterno LO Epidemiologia Clínica

57 Epidemiologia Clínica
Terapêutica Ensaio clínico: Controlado Randomizado Duplo cego Prospectivos e com grupo de comparação Avaliação da efetividade terapêutica Conterno LO Epidemiologia Clínica

58 Ensaios Clínicos Randomizados e Controlados
Existem dois grupos: Um recebe o tratamento em estudo e o outro é o controle Pacientes são alocados aleatoriamente em cada grupo Pode avaliar o efetividade real do tratamento Epidemiologia Clínica

59 Epidemiologia Clínica

60 Epidemiologia Clínica
Revisões As questões médicas são estudadas mais de uma vez em diferentes locais Os resultados de diferentes estudos podem ser contraditórios Os estudos individuais não conseguem chegar a conclusões definitivas Epidemiologia Clínica

61 Epidemiologia Clínica
Revisão Narrativa O especialista decide quais os artigos ou informações são mais relevantes Sujeita a viés de seleção Grande interferência da subjetividade do autor Em geral não são consideradas boa evidência Conterno LO Epidemiologia Clínica

62 Epidemiologia Clínica
Revisão Sistemática Utiliza uma metodologia científica reprodutível Combina resultados de diferentes estudos Autor deixa claro os critérios de pesquisa e seleção Faz avaliação crítica de cada estudo incluído Possibilita a generalização dos achados Estimativas mais precisas Epidemiologia Clínica

63 Epidemiologia Clínica
Força da Evidência Ia: Evidência obtida de meta-análise de ensaios clínicos randomizados e controlados Ib: Evidência obtida de pelo menos um ensaio clínico randomizado e controlado IIa: Evidência obtida de pelo menos um ensaio clínico bem controlado sem randomização Epidemiologia Clínica

64 Epidemiologia Clínica
Força da Evidência II b: Evidência obtida de pelo menos outro tipo de estudo quase-experimental bem feito III: Evidência obtida de estudos descritivos bem feito, como coorte, caso-controle e de correlação IV: Evidência baseada em comitês de especialistas ou opinião baseada na experiência clínica Epidemiologia Clínica

65 Guidelines baseados em evidências
São recomendações desenvolvidas de forma sistematizadas, que tem como objetivo ajudar os médicos sobre os cuidados adequados à saúde para circunstâncias clínicas específicas. Epidemiologia Clínica


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