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PublicouKauê Gaia Alterado mais de 9 anos atrás
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Virgem das Três Mãos
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“Eu não venero a matéria, mas o criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria”. (São João Damasceno) A bela cidade de Damasco (Síria) pelo ano de 675 torna-se o berço natalício de um de seus mais ilustres filhos e também aquele que levaria o seu nome a todos os continentes: João Damasceno (de Damasco).
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Seu nome de batismo era João Mansur. Seus pais eram árabes cristãos, e gozavam de muito prestigio na cidade, além de uma confortável situação financeira. O pai de João era muito estimado entre os Sarracenos, que naquela época eram senhores do país, essa estima estendia-se também ao filho. Por muito tempo pai e filho serviram como ecônomos do califa de Damasco e por ocuparem cargos tão importantes desfrutavam de inúmeros privilégios.
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Nessa época Damasco já estava dominada pelos árabes mulçumanos, e que acabavam de conquistar também a Palestina. Por esse tempo o convívio entre as duas religiões era pacifico. João Mansur, jovem e brilhante, com sua inteligência e lealdade tornou-se o conselheiro e amigo do califa. Com o passar do tempo o coração de João Mansur inquietou-se e o nosso jovem trocou o alto posto em Damasco pela vida monástica da comunidade religiosa de São Sabas, na Palestina.
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Foi ordenado sacerdote e desde então se dedicou a penitencia e aos estudos das sagradas escrituras, no recolhimento e no silencio. As únicas vezes que saia do mosteiro, era para pregar na Igreja do Santo Sepulcro. Suas homilias, sempre repassadas em defesa da fé e da doutrina, eram depois distribuídas para outras dioceses. Tornou-se muito respeitado entre o clero e o povo, e foi a convite do bispo de Jerusalém, João V que ele participou do Concilio Ecumênico de Nicéia.
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Foi durante o concilio, um defensor da posição da Igreja contra os hereges iconoclastas. Escritor incansável, reconhecido por sua humildade e simplicidade, tornava-se um leão em defender a verdade, suas obras mais importantes são:
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“A Fonte da Ciência”, “A Fé Ortodoxa”, “Sacra Paralela”, e “Orações sobre as Imagens Sagradas”, onde defende o culto das imagens nas Igrejas, contra o conceito dos iconoclastas. Foi por causa deste último livro que João Damasceno foi perseguido e preso pelos hereges.
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Seus inimigos conseguiram lançar dúvidas no coração do Califa a respeito da lealdade de João para com ele. O Califa de Damasco cheio de ódio, por achar-se traído, ordena que a mão de João Damasceno seja decepada e exposta ao público.
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Impedido de escrever, João Damasceno, em lágrimas e súplicas, implora a intercessão da Virgem Maria para que tenha sua mão restituída e assim continuar defendendo a Sã Doutrina, através de seus escritos. No dia seguinte, a mão estava recolocada no lugar.
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Em reconhecimento e gratidão a Virgem Maria, João Damasceno comprou prata, com a qual mandou esculpir a mão em posição de súplica e agradecimento. Colocou-a na parte inferior de um ícone da Virgem Mãe, que passou a ser chamada de a: Virgem das Três Mãos.
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É a padroeira dos injustamente acusados e condenados e é uma devoção conhecida na Estônia. Tão logo o Califa soube do acontecido, reconhecendo a intervenção divina na defesa de João Damasceno, pediu-lhe perdão e a paz voltou a reinar.
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Roguemos a Virgem Mãe que nos ajude sempre a testemunhar a fé e a verdade e que São João Damasceno nos inspire a viva confiança na Justiça Divina. Amém.
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Texto – São João Damasceno – Música – Ave Maria F. P. Toste – imagens – Google Formatação – Altair Castro 19/01/2013
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