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Filosofia da Educação A RAZÃO, A VERDADE E O CONHECIMENTO

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Apresentação em tema: "Filosofia da Educação A RAZÃO, A VERDADE E O CONHECIMENTO"— Transcrição da apresentação:

1 Filosofia da Educação A RAZÃO, A VERDADE E O CONHECIMENTO
Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra. René Descartes Filósofo, físico e matemático francês. Prof. Ivan Claudio Guedes

2 A Razão

3 A Razão A Filosofia se realiza como conhecimento racional da realidade natural e cultural, das coisas e dos seres humanos. “Ele não tem razão”, para significar que nos sentimos seguros de alguma coisa ou que sabemos com certeza alguma coisa.Num momento de fúria ou de desespero, “alguém perde a razão”, como se a razão fosse alguma coisa que se pode ter ou não ter, possuir e perder, ou recuperar, como na frase: “Agora ela está lúcida, recuperou a razão”.

4 A Razão A Filosofia afirma que somos seres racionais e que nossa vontade é racional; por identificar razão e causa e por julgar que a realidade opera de acordo com relações causais, a Filosofia afirma que a realidade é racional.

5 Nessa frase, as palavras razões e razão não têm o mesmo significado, indicando coisas diversas.
Razões são os motivos do coração, enquanto razão é algo diferente de coração; este é o nome que damos para as emoções e paixões, enquanto “razão” é o nome que damos à consciência intelectual e moral.

6 A consciência é a razão. Coração e razão, paixão e consciência intelectual ou moral são diferentes.
Se alguém “perde a razão” é porque está sendo arrastado pelas “razões do coração”. Se alguém “recupera a razão ” é porque o conhecimento intelectual e a consciência moral se tornaram mais fortes do que as paixões. A razão, enquanto consciência moral, é a vontade racional livre que não se deixa dominar pelos impulsos passionais, mas realiza as ações morais como atos de virtude e de dever, ditados pela inteligência ou pelo intelecto.

7 Para muitos filósofos, porém, a razão não é apenas a capacidade moral e intelectual dos seres humanos, mas também uma propriedade ou qualidade primordial das próprias coisas, existindo na própria realidade. Para esses filósofos, nossa razão pode conhecer a realidade (Natureza, sociedade, História) porque ela é racional em si mesma.

8 A razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres
Razão objetiva A realidade é racional em si mesma. É a afirmação de que o objeto do conhecimento ou a realidade é racional; a razão subjetiva é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional. Razão subjetiva A razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos. Para muitos filósofos, a Filosofia é o momento do encontro, do acordo e da harmonia entre as duas razões ou racionalidades.

9 Origem da palavra razão
A palavra latina ratio e a palavra grega logos. Logos vem do verbo legein, que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio vem do verbo reor, que quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular. Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. Por isso, logos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros. Assim, na origem, razão é a capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correta e claramente, para pensar e dizer as coisas tais como são. A razão é uma maneira de organizar a realidade pela qual esta se torna compreensível.

10 Ao conhecimento ilusório; Às emoções, aos sentimentos, às paixões;
Desde o começo da Filosofia, a origem da palavra razão fez com que ela fosse considerada oposta a quatro outras atitudes mentais: Ao conhecimento ilusório; Às emoções, aos sentimentos, às paixões; À crença religiosa; Ao êxtase místico.

11 Os princípios racionais
Princípio da identidade, é a condição do pensamento e sem ele não podemos pensar. Princípio da não-contradição, afirma que uma coisa ou uma idéia que se negam a si mesmas se autodestroem, desaparecem, deixam de existir. Princípio do terceiro-excluído, define a decisão de um dilema - “ou isto ou aquilo” - e exige que apenas uma das alternativas seja verdadeira. Princípio da razão suficiente, afirma que tudo o que existe e tudo o queacontece tem uma razão (causa ou motivo) para existir ou para acontecer, e que tal razão (causa ou motivo) pode ser conhecida pela nossa razão. princípio da indeterminação. é válido para os fenômenos em escala hipermicroscópica.

12 A razão: inata ou adquirida?
Inatismo e empirismo A razão pretende, através de seus princípios, seus procedimentos e suas idéias, alcançar a realidade em seus aspectos universais e necessários.

13 RESUMINDO… Do lado do inatismo, o problema pode ser formulado da seguinte maneira: como são inatos, as idéias e os princípios da razão são verdades intemporais que nenhuma experiência nova poderá modificar. Do lado do empirismo, o problema pode ser formulado da seguinte maneira: a racionalidade ocidental só foi possível porque a Filosofia e as ciências demonstraram que a razão é capaz de alcançar a universalidade e a necessidade que governam a própria realidade, isto é, as leis racionais que governam a Natureza, a sociedade, a moral, a política.

14 Ceticismo

15 A verdade

16 Ignorância e verdade A verdade como um valor
Afirmar que a verdade é um valor significa: o verdadeiro confere às coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes à verdade e à falsidade. “Não se aprende Filosofia, mas a filosofar” Kant

17 Ignorância, incerteza e insegurança
Ignorar é não saber alguma coisa. A ignorância pode ser tão profunda que sequer a percebemos ou a sentimos, isto é, não sabemos que não sabemos, não sabemos que ignoramos. Na incerteza, descobrimos que somos ignorantes, que nossas crenças e opiniões parecem não dar conta da realidade, que há falhas naquilo em que acreditamos e que, durante muito tempo, nos serviu como referência para pensar e agir.

18 Busca da verdade O desejo da verdade aparece muito cedo nos seres humanos como desejo de confiar nas coisas e nas pessoas, isto é, de acreditar que as coisas são exatamente tais como as percebemos e o que as pessoas nos dizem é digno de confiança e crédito.

19 Quando uma criança ouve uma história, inventa uma brincadeira ou um brinquedo, quando joga, vê um filme ou uma peça teatral, está sempre atenta para saber se “é de verdade ou de mentira”, está sempre atenta para a diferença entre o “de mentira” e a mentira propriamente dita, isto é, para a diferença entre brincar, jogar, fingir e faltar à confiança.

20 Por isso mesmo, a criança é muito sensível à mentira dos adultos, pois a mentira é diferente do “de mentira”, isto é, a mentira é diferente da imaginação e a criança se sente ferida, magoada, angustiada quando o adulto lhe diz uma mentira, porque, ao fazê-lo, quebra a relação de confiança e a segurança infantis.

21 Dificuldades para a busca da verdade
Todo mundo acredita que está recebendo, de modos variados e diferentes, informações científicas, filosóficas, políticas, artísticas e que tais informações são verdadeiras, sobretudo porque tal quantidade informativa ultrapassa a experiência vivida pelas pessoas, que, por isso, não têm meios para avaliar o que recebem.

22 A propaganda trata todas as pessoas – crianças, jovens, adultos, idosos – como crianças extremamente ingênuas e crédulas. O mundo é sempre um mundo “de faz-de-conta”: nele a margarina fresca faz a família bonita, alegre, unida e feliz.

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24 Uma outra dificuldade para o desejo da busca da verdade vem da atitude dos políticos nos quais as pessoas confiam, ouvindo seus programas, suas propostas, seus projetos enfim, dando-lhes o voto e vendo-se, depois, ludibriadas, não só porque não são cumpridas as promessas, mas também porque há corrupção, mau uso do dinheiro público, crescimento das desigualdades e das injustiças, da miséria e da violência.

25 Tipos de busca da verdade
nasce da decepção, da incerteza e da insegurança e, por si mesmo, exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas. 2º Na atitude filosófica nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas e crenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e significados para a realidade que nos cerca.

26 Há uma única verdade indubitável que poderá ser aceita e que deverá ser o ponto de partida para a reconstrução do edifício do saber. Essa única verdade é: “Penso, logo existo” Se eu duvidar de que estou pensando, ainda estou pensando, visto que duvidar é uma maneira de pensar.

27 Buscando a verdade Dogmatismo é uma atitude muito natural e muito espontânea que temos, desde muito crianças. É nossa crença de que o mundo existe e que é exatamente tal como o percebemos.

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29 Indagação de santo Agostinho, em suas confissões:
“O que é o tempo? Tentemos fornecer uma explicação fácil e breve. O que há de mais familiar e mais conhecido do que o tempo? Mas, o que é o tempo?”

30 “Lira Paulistana” Garoa do meu São Paulo Um negro vem vindo, é branco! Só bem perto fica negro, Passa e torna a ficar branco. Meu São Paulo da garoa, - Londres das neblinas frias - Um pobre vem vindo, é rico! Só bem perto fica pobre, Passa e torna a ficar rico. Mário de Andrade

31 Esses versos, nos quais a garoa de São Paulo se parece com a neblina de Londres, isto é, com um véu denso de ar úmido, dizem que não conseguimos ver a realidade: o negro, de longe, é branco, sem o véu da garoa, o negro é negro e o pobre é pobre. Mas, apesar de vê-los de perto tais como são, de longe voltam a ser o que não são. O poeta exprime um dos problemas que mais fascinam a Filosofia: Como a ilusão é possível? Como podemos ver o que não é? Mas, conseqüentemente, como a verdade é possível? Como podemos ver o que é, tal como é? Qual é a “garoa” que se interpõe entre o nosso pensamento e a realidade? Qual é a “garoa” que se interpõe entre nosso olhar e as coisas?

32 A atitude dogmática ou natural se rompe quando somos capazes de uma atitude de estranhamento diante das coisas que nos pareciam familiares. “Custei um pouco a compreender o que estava vendo, de tão inesperado e sutil que era: estava vendo um inseto pousado, verde-claro, de pernas altas. Era uma ‘esperança’...” Clarice Lispector

33 O sentido das palavras A mesma estranheza pode ser encontrada num poema de Carlos Drummond: “Penetra surdamente no reino das palavras.… Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?” Se as palavras tivessem sempre um sentido óbvio e único, não haveria literatura, não haveria mal-entendido e controvérsia. Se as palavras tivessem sempre o mesmo sentido e se indicassem diretamente as coisas nomeadas, como seria possível a mentira?

34 Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor,
“O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor, A dor que deveras sente.” Fernando Pessoa

35 As três concepções da verdade
Perceber Dizer Crer

36 As concepções da verdade
GREGO: verdade se diz aletheia, significando: não-oculto, não-escondido, nãodissimulado. LATIM: verdade se diz veritas e se refere à precisão, ao rigor e à exatidão de um relato, no qual se diz com detalhes, pormenores e fidelidade o que aconteceu. HEBRAICO: verdade se diz emunah e significa confiança. Agora são as pessoas e é Deus quem são verdadeiros.

37 O consenso se estabelece baseado em três princípios que serão respeitados por todos:
1. Que somos seres racionais e nosso pensamento obedece aos quatro princípios da razão (identidade, não-contradição, terceiro-excluído e razão suficiente ou causalidade); 2. Que somos seres dotados de linguagem e que ela funciona segundo regras lógicas convencionadas e aceitas por uma comunidade; 3. Que os resultados de uma investigação devem ser submetidos à discussão e avaliação pelos membros da comunidade de investigadores que lhe atribuirão ou não o valor de verdade.

38 Teoria pragmática Na qual um conhecimento é verdadeiro por seus resultados e suas aplicações práticas, sendo verificado pela experimentação e pela experiência. A marca do verdadeiro é a verificabilidade dos resultados.

39 É preciso começar liberando nossa consciência dos preconceitos, dos dogmatismos da opinião e da experiência cotidiana. Essa consciência purificada, que é o sujeito do conhecimento, poderá, então, alcançar as evidências (por intuição, dedução ou indução) e formular juízos verdadeiros aos quais a vontade deverá submeter-se.

40 Tanto os antigos quanto os modernos afirmam que:
a verdade é conhecida por evidência (a evidência pode ser obtida por intuição, dedução ou indução); 2. a verdade se exprime no juízo, onde a idéia está em conformidade com o ser das coisas ou com os fatos; 3. o erro, o falso e a mentira se alojam no juízo (quando afirmamos de uma coisa algo que não pertence à sua essência ou natureza, ou quando lhe negamos algo que pertence necessariamente à sua essência ou natureza);

41 4. as causas do erro e do falso são as opiniões preconcebidas, os hábitos, os enganos da percepção e da memória; 5. a causa do falso e da mentira, para os modernos, também se encontra na vontade, que é mais poderosa do que o intelecto ou o pensamento, e precisa ser controlada por ele; 6. uma verdade, por referir-se à essência das coisas ou dos seres, é sempre universal e necessária e distingue-se da aparência, pois esta é sempre particular, individual, instável e mutável; 7. o pensamento se submete a uma única autoridade: a dele própria com capacidade para o verdadeiro.

42 Com a revolução copernicana kantiana, uma distinção muito importante passou a ser feita na Filosofia: a distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos. Um juízo é analítico quando o predicado ou os predicados do enunciado nada mais são do que a explicitação do conteúdo do sujeito do enunciado. Por exemplo: quando digo que o triângulo é uma figura de três lados, o predicado “três lados” nada mais é do que a análise ou a explicitação do sujeito “triângulo”. Juízos sintéticos cuja síntese depende da estrutura universal e necessária de nossa razão e não da variabilidade individual de nossas experiências.


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