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ACIDENTES POR LATRODECTUS

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Apresentação em tema: "ACIDENTES POR LATRODECTUS"— Transcrição da apresentação:

1 ACIDENTES POR LATRODECTUS
GUSTAVO MUSTAFA TANAJURA Centro de Informações Antiveneno da Bahia – CIAVE 07/06/2007

2 A aranha... Família Theridiidae. Subfamilia Latrodectinae.
Gênero Latrodectus. São as de maior tamanho da Família Theridiidae, e chamam a atenção por seu vistoso colorido. Seu abdomen é geralmente negro/ marrom (L. mactans) ou amarelo (L. geometricus) e manchas vermelhas e brancas, com disposição é variavel.

3 Etiologia e epidemiologia.
Distribuída sobre todo globo terrestre. 45 espécies descritas no mundo. Espécies de distribuição mundial e de importância: L. mactans (Américas), L. tredecimguttatus (Mediterrâneo) e L. hasselti (Austrália).

4 Ocorrência - Brasil (três espécies):
L. curacaviensis ( Müller, 1776): Amazonas, litoral do Rio de Janeiro ao Ceará. L. geometricus (C.L. Koch, 1841): Amazonas e São Paulo. L. mactans (Fabricius, 1775): Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

5

6 Etiologia e epidemiologia – Epidemias.
Chile, Itália, França, Espanha, Rússia, Nova Zelândia, Uruguai, Bulgária, Montenegro, Marrocos e Iugoslávia.  temperatura ( reprodução), trabalhos agrícolas,  das colônias de férias e passeios rurais.

7 Etiologia e epidemiologia – L.mactans.
Conhecida como “viúva negra”. O corpo da fêmea mede 1,2-1,5 cm de extensão e 3,9-4,2 cm com as patas estendida (apenas as fêmeas são perigosas para o homem). Machos medem de 3 a 6 mm. É de cor negra em seu abdômen, e na face dorsal e ventral apresenta manchas vermelhas em forma de ampulheta.

8 Etiologia e epidemiologia – L.mactans.
Predominantemente rural (áreas de cultivo, espécies vegetais, troncos de árvores e rochas. Achadas em jardins e construções rurais. Excepcionalmente, interior da residência humana  transporte passivo de produtos.

9 Etiologia e epidemiologia – L.mactans.

10 Etiologia e epidemiologia: L. geometricus
Abdômen globoso marrom-acinzentado com desenho em forma de ampulheta, alaranjada na região ventral do abdômen; fêmeas com 1 cm de tamanho de corpo; machos, menores (milímetros). Constroem teias tridimensionais em meio a plantações, beiras de barrancos, entre as folhas de arbustos; costumam construir seus refúgios em batentes de portas e beirais das janelas. Veneno pouco tóxico. Distribuição: cosmopolita tropical.

11 L. geometricus

12 Etiologia e epidemiologia: L. curacaviensis.
L. curacaviensis apresenta abdômen globoso de coloração preta com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada; fêmeas com 1 cm de tamanho; machos com apenas alguns milímetros de corpo. Conhecida no Brasil como “flamenguinha” e “aranha barriga vermelha”.

13 L. curacaviensis

14 L. curacaviensis HGRS

15 Etiologia e epidemiologia: L. curacaviensis.
Carnívoras, se alimentam de insetos. Sedentárias, constroem teias irregulares entre as folhagens e gramíneas de regiões próximas ao litoral. Os filhotes são disseminados pelo vento, onde se instalam em frestas de muros e janelas, entre tijolos e outros ambientes escuros. Não são consideradas agressivas.

16 H Á B I T O S Bahia - casca de coco. Jardins do HGRS/CIAVE-BA

17 Bahia Jardins do HGRS/CIAVE-BA

18 Latrodectismo na Bahia
Apresentam dois casos de latrodectismo ocorridos na Bahia - marco e abril de 1984. Caso I: primeiro no Brasil, devidamente comprovado, com descrição de sintomatologia clínica apresentada e identificação do aracnídeo. Caso II: latrodectismo provável (agente agressor não recuperado), embora a sintomatologia característica fosse mais acentuada. RODRIGUES, Daisy S.; NUNES, Tânia B. Rev. baiana saúde pública; 12(1/3):38-43, jan.-set. 1985

19 Estudo retrospectivo de latrodectismo na Bahia:
77 casos de agosto de 1980 a julho de 1990. Agente etiológico: 28 % L. curacaviensis; 57 % meio urbano, 70 % masculino, 58 % 10 a 29 anos; Sintomas locais: dor (56%), pápula eritematosa(2l %) e edema discreto (l7 %); Sistêmicos: dor em MMII (29 %), tremores e contraturas (29 %), sudorese (28%) parestesia em membros (21 %) e dor abdominal (17%). Tratamento: sint. 67 % e específico 21%. Lira-da-Silva, Rejâne M.; Matos, Graciela B.; Sampaio, Roney O.; Nunes, Tânia B.; Rev. Soc. Bras. Med. Trop; 28(3):205-10, jul. ste

20 Report of a case of latrodectism occurred in Manaus, Amazonas, Brazil.
02/07/1995, Inst. Med.Trop., masc., 11 anos, Manaus, picada na região retroauricular. QC: abalos musculares, febre, calafrios e sudorese intensa. Terap.: neostigmine prec. de atropina, gluc. de cálcio, cimetidina, diazepam e hidrocortisona. 3º dia: melhorado, consciente, orientado e  do edema palpebral. 5º dia eritema máculo-pápulo-vesiculoso. 14/07: alta e assintomático. SOUZA, Alcidéa R. B. de; BUHRNHEIM, Paulo F.; LIMA, Cinira S. C.. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 31 (1),  1998.

21 O veneno: Latrotoxina (α-LTX ): proteína (120kDa), principal componente tóxico e potencialmente letal. Enzimas (hialuronidase, fosfodiesterase e ácido D-aminobutírico). Polipeptídios.

22 Ação do veneno: A neurotoxina se une a membrana pré-sináptica 
abertura dos canais iônicos permite a entrada de cálcio a célula Liberação de neurotransmissores (ácido gama- aminobutírico, noradrenalina e acetilcolina), provocando efeitos simpáticos e parassimpáticos e a despolarização das membranas.

23 -Latrotoxins… -Lat black lipid membrane (Finkelstein et al., 2001) K
Ca Ca Ca Ca K Na Na K K Na Na Ca Ca Ca K Na K Na K black lipid membrane Black lipid membrane Laboratory model of the cell membrane; does not contain any proteins Formed over a small hole in a Teflon beaker looks like a soap bubble, with black spots where the membrane has formed has low permeability to ions (needs transporters like a reg. memb.) use a light to observe Conductance -general conductance to divalent cations -highest conductance to Ca & Mg, lowest conductance to Ni & Cd This would explain why alpha-lat triggers NT release from chromaffin cells, PC12 cells and noradrenergic nerve terminals Cultured Cells Does not insert into cultured cells (Finkelstein et al., 2001)

24 Quadro Clínico Black lipid membrane
Laboratory model of the cell membrane; does not contain any proteins Formed over a small hole in a Teflon beaker looks like a soap bubble, with black spots where the membrane has formed has low permeability to ions (needs transporters like a reg. memb.) use a light to observe Conductance -general conductance to divalent cations -highest conductance to Ca & Mg, lowest conductance to Ni & Cd This would explain why alpha-lat triggers NT release from chromaffin cells, PC12 cells and noradrenergic nerve terminals Cultured Cells Does not insert into cultured cells

25 Sintomatologia precoce (absorção).
Dor localizada intensa e irradiante, após 15 a 30 minutos da picada; Sensação de queimadura; Pode haver mudanças da coloração da pele, com uma área circular eritematosa com centro claro; Sudorese excessiva (diaforese) no local; Mialgia regional.

26 Sintomatologia precoce:
Área circular eritematosa com centro claro.

27 Sintomatologia tardia (difusão) – 2 a 3 horas:
Náuseas, sede, febre e mal estar geral; Opressão torácica, taquipnéia; Profunda diaforese, sialorréia e lacrimejamento; Hiperreflexia osteotendinosa, contraturas de músculos faciais (trismo), parestesias e opistótono; Espasmos de vísceras ocas (abdômen em tábua); Dor e câimbras com rigidez muscular generalizada; Obstipação e retenção urinaria (oligúria e anúria); Taquicardia, choque e hipertensão arterial; Há relatos de priapismo; Agitação, inquietação, midríase, ansiedade e sensação de morte iminente.

28 Sintomatologia tardia (difusão):
FACIES LATRODECTISMICA* Eritema e Sudorese de face e pescoço; Edema Palpebral; Blefaroconjuntivite; Expressão de Dor; Eventualmente, Trismus de Masseteres. * Dameski and Masin, 1960; Maretic, 1955

29 Quadro clinico mais tardio (declínio):
Marca o início do metabolismo do veneno. Traduz-se clinicamente pelo declínio do quadro, com franca atenuação do mesmo, ocorrendo em 48 a 72 horas de evolução, até 6 dias. Pode ocorrer uma erupção cutânea generalizada, que assume várias formas, desde um eritema morbiliforme ou escarlatiniforme, até erupções máculo-pápulo-vesiculosas (relacionada a diaforese).

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31 Complicações: Edema agudo de pulmão; Infarto agudo do miocárdio;
Paralisia respiratória; Choque; Psicose aguda (astenia profunda e alguns casos de transtornos psiquicos de carater depressivo).

32 Exames: ECG: arritmias, bloqueios, fibrilação;
Urina: albuminúria, hematúria, leucocitúria, cilindrúria e glicosúria; Sangue: hemoconcentração, leucocitose (com neutrófilia), hiperglicemia, hiperfosfatemia, hiponatremia.

33 Diagnóstico diferencial :
Apendicite aguda, Úlcera perfurada, Íleo, Cólica biliar ou renal Invaginacão intestinal. Durante a gravidez pode produzir sintomas e sinais similares aos que se observam em pré-eclâmpsia (dor abdominal e hipertensão).

34 Tratamento “O tratamento clássico consistia na rápida eliminação do veneno por abundante sudorese. “ O paciente pode vir a falecer, se a toxina não for eliminada por transpiração abundante”, escreveu Luigi Toti, já em 1794. Os camponeses da Córsega metiam os picados dentro do forno de pão ou administravam-lhes uma mistura de cânfora e ópio para incentivar a sudorese e mitigar as dores.” Acúleos que matam – Wolfgang Bücherl – Livraria Kosmos Editora

35 Tratamento - SAL: O Soro Anti-Latrodectus é o tratamento racional do latrodectismo e atualmente não é produzido no Brasil.

36 Tratamento - Neostigmina:
Mecanismo de ação antagônico ao efeito farmacológico do veneno, parece bloquear os principais efeitos neurotóxicos do veneno, tem resultados satisfatórios em mais de 90% dos casos, entre 4 h e 24 h. A neostigmina se administra parenteralmente em dose de 0,5-1,0 mg cada 8 h, sendo muitas vezes suficiente uma só dose.

37 Tratamento: O gluconato de cálcio tem sido utilizado para reduzir a dor e os espasmos musculares. São ainda usados analgésicos, ansiolíticos e miorrelaxantes. Deve se restituir as perdas de líquidos e eletrólitos.

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39 Evolução Dura ao redor de uma semana, depende da severidade da intoxicação e da oportuna administração de um tratamento eficaz, que pode reduzir -lo a 1-2 dias. A convalencência varia entre duas semanas e alguns meses. O paciente pode apresentar astenia, sensação de debilidade, cefaléia, insônia e dor em diversas partes do corpo.

40 Prognóstico Habitualmente bom. A letalidade varia entre 0 e 4%.
A literatura se refere aos óbitos como excepcionais. Quando ocorrem, são devidos a insuficiência respiratória.

41 Prevenção São necessárias ações educativas, orientadas a evitar passar em terrenos onde se sabe ou se suspeita que existem as aranhas, Ter cuidado nas colheitas e seus transportes. Prover de calçado, luva e vestimenta adequados ao trabalhador agrícola, especialmente onde o latrodectismo é freqüente. As aranhas viúvas-negras são facilmente eliminadas com inseticidas comuns e limpeza habitual, sendo certas vespas (himenópteros) seus inimigos naturais.


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