MICROECONOMIA Aula 9 – Monopólio: hipóteses e funcionamento de mercado e os resultados da firma monopolista.

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1 MICROECONOMIA Aula 9 – Monopólio: hipóteses e funcionamento de mercado e os resultados da firma monopolista

2 Objetivo Geral : Entender as peculiaridades deste mercado relacionadas às atitudes de uma única empresa que produz um dado produto sem substitutos próximos.

3 Objetivos Específicos
Identificar os aspectos do mercado de monopólio. Entender o funcionamento da empresa deste mercado. Destacar como é conseguido o equilíbrio da empresa dentro dessa estrutura de mercado. Aprender como são formados os preços e a produção da empresa.

4 Introdução : Nesta aula, veremos que o Monopólio é uma estrutura de mercado em que uma empresa detém o mercado de um determinado produto. Ao mesmo tempo, verifica-se que a caracteristica desta estrutura é que sua curva de demanda fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda do mercado e da empresa, são as mesmas.

5 O estudo das Estruturas de Mercado, permite-nos entender como consumidores ( demandantes ) e produtores ( ofertantes ) realizam suas melhores alternativas de consumo e produção e como ocorrem as interações entre consumidores e produtores no ambiente onde atuam – mercado de bens e serviços e fatores de produção.

6 Hipóteses do Modelo Monopólio, ou monopólio puro é o mercado no qual existe apenas uma única empresa produzindo um determinado produto sem substitutos próximos. Assim sendo, existem barreiras à entrada de novas empresas concorrentes por meio de : proteção às suas patentes ( à marca do seu produto final); controla o fornecimento de matérias primas, que são importantes para a produção do seu produto; ou Possui tradição e histórico no mercado em que atua.

7 Mercado de Monopólio O monopólio só existe, se houver um e apenas um vendedor num determinado mercado, oferecendo produtos ou serviços, sem substitutos. Este vendedor, exerce o total controle da matéria prima ou do produto / serviço acabado.

8 características essenciais:
Monopólio características essenciais: Existência de apenas um Ofertante : Em mercado que possua somente um ofertante, este tem plena capacidade de determinar o preço do produto ou serviço, seja por sua mera imposição como por determinação da quantidade que oferecerá ao mercado.

9 2) Barreiras à entrada no mercado -
situação que impede a entrada de outros concorrentes Neste mercado o monopolista cria mecanismos para manter o domínio pleno que pode exercer sobre ele, sendo o único produtor/vendedor.

10 Tipos de barreiras Naturais capacidade de produção para todo o mercado com custo menor comparando-se ao que existiria em caso de mercado ser atendido por várias empresas  

11 Legais Barreiras Legais geram monopólio legal, por concorrência estritamente determinada por franquias e licenças publicas, patentes ou direitos autorais. Todas essas formas, criam barreiras à entrada de novas empresas no mercado. Em outras palavras, Barreiras legais podem ser impostas para que se promova proteção de determinado mercado, por dispositivos legais que não se explicam por questões técnicas, tão somente. 

12 Barreiras Técnicas Novas tecnologias ou produtos patenteados geram monopólio, pois seu inventor passa a ter direitos exclusivos sobre tais tecnologias ou produtos durante longo período de tempo.

13 Pleno Controle de um Insumo de Produção
Quando uma só empresa detém o domínio de importantes fontes de uma matéria-prima essencial para a produção de um bem ou de uma quantidade maior de fatores de produção indispensáveis para a produção de um produto, temos aí um monopólio. Como exemplo, pode-se citar o controle das minas de bauxita – um fator de produção essencial para a produção de alumínio – pelas produtoras do produto, no Brasil.

14 Alguns exemplos de monopólios : Embraer, pois é a única empresa que fabrica uma mesma linha de aeronaves no mercado nacional. Embratel, quanto à oferta de serviços de telecomunicações, quando ainda era empresa estatal. A Petrobras é única empresa que autorizada a prospectar petróleo em nosso território. ( outras empresas o fazem, sob licença da Petrobras ) Nuclebras, referente a detenção da tecnologia nuclear no Brasil.

15 Segundo Pindyck & Rubinfeld, a hipótese de que o produto da empresa monopolista não apresenta substitutos próximos, está relacionada com a “crença” de que a empresa não acredita que os lucros elevados ( ou chamados lucros extras ) obtidos no curto prazo, possam atrair concorrentes a médio e longo prazo, ou mesmo que os preços elevados possam afugentar os consumidores dos seus produtos.

16 É conceituada como monopólio puro ( monopólio natural ) em função da eficiência da empresa no mercado em que atua. Ela apresenta grandes dimensões, operando com baixos custos, dificultando a entrada de outras empresas no mercado, eliminando assim a concorrência. Suas eventuais concorrentes não conseguirão oferecer o mesmo tipo de produto a um preço equivalente.

17 Funcionamento do Monopólio: a curva de demanda do monopolista
O que torna diferente o monopolista da firma de concorrência perfeita é que sua curva de demanda é negativamente inclinada, diferentemente de outras estruturas de mercado. CT = CVT + CFT

18 Fonte: Vasconcellos

19 Tal curva, segue lei da demanda pois relaciona de maneira inversa as quantidades a serem demandadas com os preços do produto. Por esta ótica, a empresa monopolista tem o controle do preço de mercado, que depende de quanto ela resolve produzir, ou seja: o preço cairá, se oferecer mais do seu produto; o preço subirá, se a empresa oferecer menos do seu produto.

20 Em termos objetivos, isso significa que caso o monopolista queira elevar suas vendas, este tem que reduzir o seu preço.

21 Receita Total, Média e Marginal para o Monopolista
A tabela seguinte, mostra o comportamento de algumas variáveis importantes sobre uma empresa monopolista. Para entender o relacionamento entre receita total, receita média e marginal, consideraremos uma empresa que se defronte com uma curva de demanda que se forma a partir da função do produto X sendo Qx = 10 – Px.

22 Preço ($) Quantidade (mil unidades) Receita Total ($/mil unidades) Receita Marginal Receita Média 10,00 0,0 0,00 - 9,00 1,0 8,00 2,0 16,00 7,00 3,0 21,00 5,00 6,00 4,0 24,00 3,00 5,0 25,00 1,00 4,00 6,0 -1,00 7,0 -3,00 2,00 8,0 -4,00 9,0 -5,00

23 Observa-se que à medida em que a quantidade aumenta, a receita marginal (RMg) cai, mas enquanto esta é positiva, a receita total (RT) aumenta; Porém, quando a RMg é negativa, a RT diminui. Ao mesmo tempo, a Rme é igual ao preço (P) e a demanda é diferente da receita marginal, isso porque a quantidade adicional é vendida a um preço mais baixo que as quantidades anteriores, como podemos perceber na tabela.

24 A curva de demanda é uma linha reta, conforme retratada pela função Qx = 10 – Px, neste caso, de acordo com os dados da tabela, a receita marginal tem inclinação duas vezes maior do que a curva da demanda, isto é, a receita marginal acaba cortando o eixo das abscissas na metade do corte da receita média.

25 Fonte: Vasconcellos

26 Maximização do Lucro Total no Monopólio
Um monopolista não se diferencia do produtor em concorrência perfeita, quando se trata de maximização do lucro total, pois é válida também a regra de que a empresa monopolista consegue tal maximização quando a receita marginal é igual ao custo marginal, entretanto, não necessariamente no ramo crescente deste custo marginal.

27 Segundo Pindyck & Rubinfeld, a RMg pode cortar duas vezes a curva de CMg em seu ramo descendente que, mesmo assim, o monopolista irá conseguir obter lucros máximos.

28 O CT e a RT ocorrem quando se vende a produção em função de q0 por meio das curvas de custo médio ( CMe0 ) e da receita média ( RMe0 ), respectivamente.

29 A conclusão fundamental é que uma empresa em estrutura monopolista, no curto prazo, obtém lucro extraordinário, como uma empresa que atue num mercado de concorrência perfeita. Mas, no longo prazo, o que elimina o lucro extra da firma competitiva é a entrada de novas empresas no mercado, gerando o aumento da oferta do produto e a sua consequente redução de preços e lucros.

30 Essa possibilidade não existe numa estrutura de mercado de monopólio, pois por definição, o monopolista é o único produtor ( ou vendedor ) do produto, não existindo, então, a possibilidade de entrada de novas firmas neste tipo de mercado.

31 Uma empresa monopolista é capaz de obter lucro extraordinário tanto no curto, quanto no longo prazo, diferente da firma em concorrência perfeita, em que o lucro extra apenas ocorre no curto prazo, tendendo a cessar a longo prazo.

32 Cabe destacar que, segundo Pindyck e Rubinfeld, que não existe uma curva de oferta em um mercado sob monopólio. Esta condição está relacionada à decisão de produção do monopolista que depende não apenas de seu custo marginal, mas também da sua curva de demanda. .

33 Os deslocamentos de demanda acabam não definindo uma série de preços e quantidades que possam ser identificados como a curva de oferta da empresa em estrutura de monopólio. Isso demonstra que não se é possível estabelecer uma relação bem definida entre preços e quantidades ofertadas pelo monopolista como acontece em concorrência perfeita onde a demanda da firma é constante. Assim, a oferta acaba sendo um ponto único sobre a curva de demanda de um monopolista.

34 Nesta aula, você: Compreendeu como pode ser avaliada a maximização do lucro total em uma empresa monopolista. Aprendeu as hipóteses básicas a respeito do perfil da estrutura de mercado em monopólio. Analisou o funcionamento do modelo de monopólio.

35 Próxima aula Na próxima aula, estudaremos : O mercado pelas estruturas de concorrência monopolista e de oligopólio. A diferenciação dadas aos produtos em função de determinadas características. Formas de atuação das empresas em concorrência monopolista e de oligopólio. Análise dos modelos de oligopólio relacionados à teoria dos jogos e à analise setorial.

36 Final da Aula 9