Escalas Espaciais e Temporais

Apresentação em tema: "Escalas Espaciais e Temporais"— Transcrição da apresentação:

1 Escalas Espaciais e Temporais
(b) Avalie as escalas espaciais temporais e espaciais em que eles operam em relação ao problema do texto base. Realizar a restauração ecológica de uma área degradada, no entanto, depende de duas diretrizes chave: a incorporação de processos ecológicos e a ampliação da escala espacial na elaboração do plano de restauração ecológica (Piovesan et al, 2013) Ecologia da Paisagem tem-se, pois, centrado nas interações recíprocas entre padrões espaciais e processos ecológicos, escala e hierarquia. (Li e Wu, 2004 apud Laranjeira, 2012)

2 Existem algumas maneiras de conceituar Escala: uma é a usualmente utilizada pelos geógrafos e engenheiros cartógrafos, que pode ser definida como um valor adimensional que representa a relação entre duas grandezas lineares (Vieira, 2001). Em mapas, a Escala representa a relação entre a distância representada no mapa e seu respectivo valor sobre modelo usado para representar o mundo real. Por exemplo, uma Escala de 1: é menor que uma escala de 1:25.000, pois esta consegue representar com maior riqueza de detalhes o mundo ou uma região deste. Já para os Ecólogos, a Escala seria a representação de padrões e processos em mapas, e dessa maneira, a relação se inverte quando comparada com o entendimento cartográfico. Nesse contexto, o conceito de Escala é aplicado no sentido de magnitude, amplitude de um fenômeno. “A escala no espaço varia desde a área de atividade de um indivíduo, passando para a dispersão geográfica e ecológica de indivíduos dentro de populações, até a expansão e contração das abrangências geográficas das populações” Uma terceira via de interpretação do conceito de Escala é sua aplicação quanto ao tempo: a Escala Temporal, que nos traz a informação de duração e/ou freqüência de um fenômeno. Segundo Ricklefs (1993) na ecologia a escala temporal varia de acordo com as taxas de movimentos dos indivíduos e populações, com a dinâmica das interações populacionais, e com a substituição seletiva de genótipos dentro das populações, ou seja, a evolução. (

3 Escala temporal Quando pensamos em escala geográfica, consideramos a dimensão espacial dos processos. Já a escala temporal diz respeito à abrangência temporal, ou duração dos processos (rapidez/lentidão, ritmo e intensidade são noções associadas; e não deixemos de também colocar em primeiro plano a vivência, a experiência subjetiva do tempo). Raciocinar por escala temporal é colocar a questão do tempo, mais especificamente, de sua duração, na definição/investigação de qualquer problemática. (E esse “tempo” pode ser o da natureza, o tempo histórico e também o subjetivo). ( sfRacioc%EDnioPorEscala.doc)

4 Igari. Instituto de Biociências USP. http://www. ib. usp

5 De acordo a escala observam-se determinados
fatores de impacto Local: fogo, erosão, pisoteio, herbivoria, pragas, ocorrência de espécies competidoras. Paisagem: fragmentação, qualidade da matriz, perda de habitat. (Hataya et al, 2013)

6 processos em escala fina: respostas fisiológicas, demografia, genética, movimento de energia e matéria, etc. padrões de escala ampla: disposição dos solos, relevo, topologia do terreno, proximidade de rios, etc. (Igari, Instituto de Biociências - USP) Processos ecológicos que contribuirão com o sucesso do projeto operam em escalas espaciais mais amplas. (George & Zack, 2001 apud Piovesan, 2013)

7 Uma paisagem é formada por fragmentos ou manchas de habitat que persistem em matrizes constituídas por diferentes formas de uso e ocupação do solo, formando o que chamamos de paisagem em mosaico. Os fragmentos de habitat na paisagem funcionam como áreas fonte de espécies animais e vegetais responsáveis pelos processos ecológicos relevantes para a restauração. (Metzger 2001 apud Piovesan et al 2013).

8 Em estreita relação com a escala espacial (e temporal) de análise permitida pelos dados com origem nos sistemas de detecção remota, a paisagem é contextualizada, no âmbito da disciplina, como um “mosaico ecológico” (Forman, 1995) – i.e., uma área espacialmente heterogênea (Turner, 1989; 2005), caracterizada: (i) pela composição (diversidade) e estrutura, ou configuração espacial, dos seus elementos constituintes (habitats), (Gustafson, 1998), (ii) pela dinâmica funcional (processos) entre os seus elementos espaciais (fluxos de energia, matéria e organismos), e, por fim, (iii) pela sua evolução no tempo (alterações na composição, estrutura espacial e processos ecológicos), (cf. Turner, 1989). (Laranjeira, M.; 2012)