A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Traqueobronquite Infecciosa Canina

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Traqueobronquite Infecciosa Canina"— Transcrição da apresentação:

1 Traqueobronquite Infecciosa Canina
Universidade de Évora Mestrado Integrado em Medicina Veterinária Patologia e Clínica das Doenças Infecciosas I Traqueobronquite Infecciosa Canina “Tosse do Canil” Ana Seatra Nº 24505 Diana Pacheco Nº25601 Ilídio Panóias Nº 25550 Marlene Antunes Nº 25695 Vasco Costa Nº 24189 Évora, 15 Dezembro de 2011

2 Introdução Traqueobronquite Infecciosa Canina ou “Tosse do Canil” é uma doença altamente contagiosa, caracterizada por provocar nos cães infecção respiratória de início súbito, secreção naso-ocular e ataque agudo de tosse. Os sinais clínicos são dependentes da etiologia. Cães infectados com um único agente  manifesta-se geralmente de forma branda e auto-limitante. Cães infectados por múltiplos agentes  agravamento dos sinais clínicos. Pode ocorrer em animais de qualquer faixa etária.

3 (Streptococcus sp, Pasteurella sp, Pseudomonas sp, Coliformes)
Etiologia As duas causas mais relevantes são: Vírus da Parainfluenza Canina (CPIV) e Bordetella bronchiseptica (coccobacilo aeróbio gram -). Outros agentes: Virais Adenovírus (CAV-1; 2) Herpesvírus canino (CHV) Reovírus (tipo1, 2 e 3) Coronavírus (CRCoV; CCoV) CCoV: coronavírus entérico canino. Mutação do virus que origina uma nova estirpe (coronavírus pantrópico canino). ; CRCoV: Coronavírus respiratório canino Bacterianos Mycoplasmas e Ureaplasma (Streptococcus sp, Pasteurella sp, Pseudomonas sp, Coliformes)

4 Adenovírus (CAV) Família Adenoviridae, género Mastadenovirus (infectam somente mamíferos). Vírus DNA de cadeia dupla, não envelopados. Moderadamente estáveis no meio ambiente. Resistem ao congelamento, a ácidos fracos e a solventes lipídicos. Inactivo – 56ºC durante 10 minutos. Dois serótipos de adenovírus canino: CAV-1  Hepatite Infecciosa Canina CAV-2  Doença Respiratória

5 Vírus da Parainfluenza Canina (CPIV)
Família Paramyxoviridae, género Rubulavirus. Vírus RNA de cadeia simples, sentido negativo. Termolábil. Pouco resistentes à dessecação, aos solventes lipídicos, aos detergentes e aos desinfectantes.

6 Transmissão Altamente contagiosa através de contacto directo e/ou aerossóis (tosse e espirros) – muito frequente em locais com elevada lotação de animais. Fómitos (jaulas, comedouros, funcionários,...) Período de incubação 5 a 7 dias, variando entre 3 e 10 dias. Cães infectados com CPIV ou CAV-2  até 2 semanas após a infecção. Cães infectados com B. bronchiseptica e Mycoplasmas  mais de 3 meses após a infecção ou portadores crónicos com transmissão persistente. A infecção pode ocorrer ao longo de todo o ano, tendo uma maior incidência no Verão e no Outono. Ventilação

7 Patogenia Infecções mistas muito comuns com efeito sinérgico na produção da doença clínica. Em infecções mistas de B.bronchiseptica e CPIV a lesão dos órgãos é maior e o animal poderá apresentar quadro de pneumonia. Individualmente os agentes infecciosos causam uma doença muito suave ou são albergados nas vias aéreas dos portadores assintomáticos. Isolados mais frequentes  CPIV e B.bronchiseptica Epitélio das vias aéreas superiores  alvo primário dos agentes infecciosos Lesão epitelial, inflamação aguda, disfunção dos cílios das vias aéreas ! Cachorros e animais imunocomprometidos – infecções mistas e infecção bacteriana secundária do trato respiratório inferior pode ser causa de pneumonia e risco de vida.

8 B. bronchiseptica - nos primeiros 3 a 6 dias multiplica-se, depois a multiplicação estabiliza  nesse momento aparecem os primeiros sinais clínicos. Após 2 semanas da infecção, diminui podendo persistir no aparelho respiratório,aproximadamente, 3 meses. CPIV – primeiros sinais clínicos aparecem no pico de replicação do vírus, 3 a 6 dias após a infecção e a transmissão 8 a 10 dias pós infecção. Parece não existir estado de portador para este vírus e infecções secundárias por outros agentes ocorrem devido às lesões causadas no epitélio da traqueia. CAV-2 – pico da replicação ocorre em 3 a 6 dias após a infecção. Em animais imunocompetentes, a infecção tem curta duração e o vírus usualmente não será isolado após 9 dias. Pode promover infecção nas células alveolares  pneumonia intersticial. Mycoplasma e outras bactérias podem colonizar a traqueia, brônquios e alvéolos, após infecção por B. bronchiseptica, CPIV ou CAV-2. Isso ocorre devido às lesões causadas nos cílios por estes agentes.

9 Sinais Clínicos Forma suave:
Como normalmente os animais são infectados por múltiplos agentes, é difícil relacionar-se os sinais clínicos com uma bactéria ou um vírus particular. Forma suave: Mais comum. Tosse: Início agudo de tosse breve e repetida, de som seco devido à traquiobronquite. Frequentemente acompanhada de engasgo ou movimentos de esforço de vómito. Mesmo que a tosse seja descrita como seca, é caracteristica desta doença a produção de muco aumentada.

10 Volume alto devido a laringite e ao aumento de volume das cordas vocais.
Mais frequente durante o exercício, excitação ou alterações na temperatura e humidade do ar expirado. Facilmente induzida por palpação traqueal ou por pressão sobre a coleira. Ocasionalmente observa-se descarga naso-ocular serosa suave. Tipicamente o cão continua a comer, permanece activo e alerta e não fica febril. O curso clínico e de geralmente 7 a 14 dias.

11 Forma severa: Menos comum.
Geralmente resulta de infecções mistas em cachorros não vacinados – provenientes de ambientes de lojas e associações de animais. Broncopneumonia bacteriana  determinante da severidade. Tosse produtiva devida à traqueobronquite acrescida de broncopneumonia. Anorexia, depressão e febre. Descarga naso-ocular (rinite e conjuntivite serosas ou mucopurulentas). Forma severa difícil de distinguir da cinomose e pode algumas vezes ser fatal. Cinomose?

12 Diagnóstico Hemograma:
O diagnóstico clínico é baseado na anamnese (se teve contacto recente com outros cães e se foi vacinado), nos sinais clínicos e na resposta do animal ao tratamento, mas este diagnóstico não é definitivo. A tosse do canil deve ser diferenciada de outras patologias que também causam tosse  normalmente diferencia-se por ser muito contagiosa e pelo período de incubação de 3 a 10 dias. Hemograma: Forma suave: Geralmente normal ou em resposta ao stress (neutrofilia, linfopénia). Forma severa: leucocitose – neutrofilia com desvio à esquerda em alguns casos.

13 Citologia das via aéreas
Radiografia torácica Forma suave: geralmente normal, observa-se ocasionalmente uma elevação suave na densidade pulmonar intersticial. Forma severa: densidade intersticial e padrão alveolar (broncopneumonia). Citologia das via aéreas Avaliação opcional nos casos suaves. Podem-se obter amostras por lavagem transtraqueal ou broncoscopia. Os achados incluem: aumento do muco, exsudado mucopurulento e algumas vezes bactérias.

14 Cultura O isolamento da B. bronquiseptica e Mycoplasma permite apenas um diagnóstico presumível já que muitos cães assintomáticos albergam estes microrganismos no trato respiratório. Podem-se cultivar as amostras nasais (zaragatoa) ou as secreções da lavagem transtraqueal ou brônquica relativas a B. bronquiseptica e Mycoplasma  avaliar também a citologia Virologia Isolamento viral (não é prático para o uso clínico). Serologia.

15 Tratamento Forma suave – como esta é tipicamente auto-limitante em 7 a 14 dias, os cães com sinais suaves não exigem necessariamente terapia específica. Forma severa – como o envolvimento do trato respiratório inferior pode ser fatal, deve tratar-se agressivamente relativamente a broncopneumonia bacteriana. Evitar antitússico. Tosse que persiste por mais de 14 dias  considerar outras etiologias e avaliar posteriormente com Rx torácico, hemograma, citologia, cultura das vias aéreas e outros diagnósticos conforme apropriado. Sempre que possível tratamento em base de ambulatório para evitar transmissão a outros animais internados.

16 Enrofloxacina, Trimetropina / Sulfonamida, Gentamicina e Tetraciclinas
Antibióticos A administração de AB no tratamento pode justificar-se  evitar a colonização da B. bronchiseptica nas vias aéreas inferiores e infecções secundárias por agentes oportunistas. Doxicilina 5-10 mg/kg PO BID / 2 a 4 semanas – Bordetella e Mycoplasma. Amoxicilina/ Ácido Clavulânico 12, mg/kg PO BID /2 a 4 semanas. Azitromicina 5mg/kg PO SID /5 a 7 dias. Enrofloxacina, Trimetropina / Sulfonamida, Gentamicina e Tetraciclinas Sempre que possível utilizar as culturas com antibiograma para orientar as escolhas, especialmente na forma severa ou nos casos crónicos. ! A nebulização de antibióticos pode ser mais efectiva que o uso sistémico contra a Bordetella – as bactérias fixam-se nos cílios na superfície da mucosa. Gentamicina 50mg diluídos em 2 a 3 ml de solução salina, BID / 10 minutos, 3 a 5 dias.

17 Broncodilatadores Antitússicos
Reverter a broncoconstrição provocada pela irritação das vias aéreas reduzindo o desconforto e a tosse – Teofilina, Aminofilina, Efedrina, Terbutalina. Antitússicos Não recomendado em patologias com tosse produtiva  retenção de secreções respiratórias e diminuição da eliminação de bactérias  comprometimento da ventilação. No caso da forma suave (sem febre ou evidências de broncopneumonia) os antitússicos são utilizados para alívio do desconforto e incómodo causado pela tosse. Hidrocodona (0,5 mg/kg PO, cada 6 a 12h) Butorfanol (0,55 -1,1mg/kg PO, cada 6 a 12h)

18 Prevenção Imunidade materna e imunidade natural Anticorpos maternos:
Vacinação parenteral contra CAV-2 só será eficaz quando as crias perderem a sua imunidade passiva. A imunidade que o cão adquire após a infecção irá depender de cada animal, do vírus ou da bactéria envolvidos e da oportunidade de uma reexposição. Podem reduzir a severidade dos sinais clínicos da doença. Protegem o animal contra infecção por CAV-2 por 12 a 16 semanas. Muitos cães adultos são imunes a uma infecção por CAV-2, pois o vírus se dissemina rapidamente em cães suscetíveis e também porque muitos cães são vacinados para CAV-1 e CAV-2. CAV-1 e CAV-2: imunidade de longa duração CPIV: protecção por dois anos após a infecção B. bronchiseptica:imunidade por 1 ano pós infecção

19 Vacinação Os programas de vacinação canina já incluem o CAV-2 e o CPIV. Em cães com alto risco de exposição é recomendada a vacina da Bordetella. A forma injectável e intranasal estão disponíveis para CAV-2, CPIV e Bordetella. Vacinas para CAV-2 e CPIV contêm virus vivo modificado. Vacinas de Bordetella são derivadas de bacterinas mortas ou de cultura viva avirulenta. Vacinas de uso intranasal  mais eficazes! Induzem uma imunidade local. Protegem o animal contra uma infecção e contra a doença. Não estão sujeitas à interferência dos anticorpos maternos. Reacções adversas : corrimento nasal, espirros e tosse que se inicia 2 a 5 dias após a vacinação.

20 Vacinas utilizadas: Vanguard7® (estirpes atenuadas do vírus da esgana canina, CAV-2, CPIV, parvovírus canino e culturas inactivadas de leptospira). SC BronchiGuard® (B.bronchiseptica). SC Pneumodog® (Vacina inactivada com adjuvante contra B. bronchiseptica e CPIV). SC Novibac®KC (Vacina viva modificada contendo vírus atenuado CPIV e cultura avirulenta viva de B. bronchiseptica). IN

21 Protocolo Vacinal Vanguard 7®
Primovacinação às 8 semanas, reforço após 4 semanas. Revacinação anual. Pneumodog ® Crias: 1ª dose às 6 semanas, reforço após 3 semanas. Revacinação anual. Cachorros jovens ou adultos: 2 doses com 3 semanas de intervalo. Revacinação anual. Novibac KC® Crias: 0,4 ml IN às 6 semanas. Adultos: 0,4 ml IN 72h antes do risco de infecção.

22 Controlo A imunoprofilaxia, tanto das crias como de cães adultos, é recomendável, principalmente aos animais que costumam ser hospedados em hotéis ou que vão para canis e “pet shops”. Cães suspeitos de possuírem uma doença respiratória contagiosa devem ser isolados por mais de duas semanas, quando os primeiros sinais aparecerem. Condições adequadas nas instalações, que devem estar devidamente limpas e com ventilação adequada. Usar desinfectantes como hipoclorito sódico, clorhexidina e solução de benzalcónio.

23 Conclusão A “Tosse do Canil” não é apenas uma doença auto-limitante pois, se o animal for infectado por associações de agentes etiológicos, os sinais serão mais graves e a taxa de mortalidade aumentará. Como é transmitida principalmente por aerossóis, a doença apresenta uma morbilidade altíssima. A prevenção é primordial, principalmente em ambientes com alta densidade populacional. Existe controvérsia sobre qual a vacina a utilizar - intranasal ou a parenteral. A escolha da vacina a administrar dependerá então da idade do animal e da preferência do Médico Veterinário. A vacinação intranasal induz imunidade local e sistémica e não se verifica interferência com os anticorpos maternos, mas há ocorrência de reações adversas. A vacinação parenteral, apesar de só induzir imunidade sistémica, não causa reações adversas

24 Bibilografia Bissoli, Ednilse Damico Galego. Traqueobronquite infecciosa canina – relato de caso. Revista Científica Eletônica de Medicina Veterinária, Julho 2008. Buonavoglia, C.; Martella, V. (2007). Canine respiratory viruses. Review article. Vet. Res. 38, 355–373 Fernandes, S.; Coutinho, S. (2004). Traqueobronquite infecciosa canina – revisão. Rev Inst Ciênc, Out-Dez; 22(4): Mochizuki, M.; Yachi, A.; Ohshima, T.; Ohuchi, A.; Ishida, T. (2008). Etiologic Study of Upper Respiratory Infections of Household Dogs. Full Paper Virology. Nosocomial Outbreak of Serious Canine Infectious Tracheobronchitis (Kennel Cough) Caused by Canine Herpesvirus Infection. Journal of Clinical Microbiology, Apr. 2010, p. 1176–1181. Sherding, R. (2006). Canine Infectious Tracheobronchitis (Kennel Cough). In: Saunders Manual of Small Animal Practice. 3ª Edition, 2006, Elsevier’s Health Sciences, Philadelphia.

25 OBRIGADO PELA ATENÇÃO!


Carregar ppt "Traqueobronquite Infecciosa Canina"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google