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Lisboa Explosão da cidade Aluna: Vivian Albani

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Apresentação em tema: "Lisboa Explosão da cidade Aluna: Vivian Albani"— Transcrição da apresentação:

1 Lisboa Explosão da cidade Aluna: Vivian Albani
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO DO SANTO CENTRO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO Explosão da cidade Lisboa Aluna: Vivian Albani Disciplina: Território Urbano e Projeto Prof. Dra. Martha Machado Campos

2 A explosão da cidade Projeto internacional de investigação universitária Antonio Font ( Coordenador geral da pesquisa) A configuração espacial dos territórios urbanos é conseqüência dos processos de expansão acelerada das cidades. Utilização extensiva e alargada do território, com acentuada mobilidade que é produto da dispersão da população e das atividades. Mudanças que ocorrem no espaço da Europa meridional: Mudanças das dinâmicas tradicionais de crescimento Descentralização das atividades da indústria Residências cada vez mais distantes exigindo níveis maiores de mobilidade Aumento do fluxo de pessoas e mercadorias Novas localizações do setor terciário Perda dos espaços naturais

3 As recentes transformações nos territórios necessitam de novas formas de olhar a realidade e carecem de reflexão sobre a adequação dos instrumentos para planejamento e projetos urbanos. É necessário um tipo de aproximação que seja capaz de revelar o conjunto de princípios e processos que organizam o território contemporâneo. Os trabalhos da exposição desenvolveu um conjunto de operações diversas que possibilitam construir hipóteses úteis para discutir futuros possíveis.

4 Portugal Urbano Nuno Portas (coordenador científico da pesquisa)
Lisboa e Porto são os aglomerados urbanos que, desde a revolução industrial, se destacam. Representam quase a metade da população atual do país. Lisboa Capital e centro de serviços e da indústria moderna. Possuía forma metropolitana clássica, radiocêntrica e apoiada no transporte rodoviário-ferroviário. Desenvolvimento periférico de alta densidade.

5 Site de suporte ao processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa Plano Diretor de 1948

6 Décadas de 50 e 80 Surgimento de grandes extensões territoriais com construções irregulares, que refletia a pobreza e a precariedade dos empregos. Em contraste com edifícios isolados de alto padrão e com os bairros de média densidade melhor servidos pelas redes viárias e transporte coletivos. Nova urbanização da “Grande Lisboa” Um espaço fragmentado de crescimento quantitativo não guiado por infraestruturas nem por idéias de paisagem. O espaço é fragmentado por volumetrias edificadas e espaços intersticiais, residuais ou especulação.

7 Lisboa foi beneficiada, nos últimos anos, por investimentos em transporte, saneamento, educação e cultura, residências sociais, fomento ao emprego e EXPO 98. Entretanto, os resultados não são visíveis na regeneração urbana e ambiental da região. O fracasso evidente pode ser explicado pela dificuldade em adaptar o sistema de governo a complexidade do território de uma sociedade urbana se diversifica culturalmente e economicamente e que se move além dos limites de Lisboa.

8 Área Metropolitana de Lisboa
1970 – 2001 Da monopolaridade a matricialidade emergente Pedro Garcia e Sofia Morgado Área Metropolitana de Lisboa (AML): 3128Km² Margens do rio Tejo Cidade portuária Origem: Múltiplos e pequenos conglomerados (celtibérica, lusitana, romana, muçulmana e cristã) Séculos XVI e XVIII : auge do desenvolvimento do comércio marítimo em Lisboa – Índia e Brasil. O desenvolvimento da infraestruturas viárias e industrialização na segunda metade do século XIX permitiu laços, principalmente comercial, mais fortes com as cidades vizinhas.

9 Área Metropolitana de Lisboa
1970 – 2001 Da monopolaridade a matricialidade emergente Pedro Garcia e Sofia Morgado

10 Área Metropolitana de Lisboa
1910 – 1926: Desenvolvimento comedido da indústria (substituição das importações) 1930 a 1950: Lisboa e Setúbal a população industrial passou de a pessoas. Considerações contextuais: Acumulação de capital proveniente da pós guerra tranforma-se em desenvolvimento da indústria. O estuário do rio Tejo fornece água e acessibilidade necessária para a instalação da siderurgia, industrias cimentícia, alimentícia, metalurgia pesada e indústria em geral. Lisboa tranforma-se uma das principais regiões produtoras de bens industriais. Internucleação embrionária 1945 – 1970.

11 A população rural migra para a cidade em grandes quantidades ao longo da décadas 50 e 60 em busca de trabalho nas indústrias. Esse fluxo de pessoas não encontrou território metropolitano preparado para esse crescimento demográfico. Surgimento de barracos, loteamentos clandestinos, grande aumento da densidade em áreas em áreas já consolidadas. Planejamento: Apesar de algumas intervenções o sistema político não favoreceu o planejamento como instrumento de organização da AML. Nesse período, o planejamento atendeu a valorização da especulação imobiliária e uma falsa ilusão de que o país estava sendo planejado.

12 Exceção: Plano diretor da região de Lisboa (1962-64) que nunca foi aprovado.
Era a primeira peça de reflexão sobre a região como entidade em si. O crescimento urbano saía dos limites dos municípios. Esse plano projetou uma estrutura ampliada da região de Lisboa com a Implantação de grandes infraestruturas e equipamentos públicos, como: aeroporto internacional, expansão do porto de Lisboa, novas vias para estruturar uma região urbana que ultrapassa a cidade de Lisboa, criação de ponte na região de Lisboa. Propôs um modelo radial clássico ao longo dos eixos de transporte principais, sem abordar a análise e eventual controle dos processos de produção do meio urbano, o que deixa a autogestão como meio de evolução dos tecidos. Mantinha o desenvolvimento urbano baseado no parcelamento irregular (legal e clandestino).

13 Plano Diretor de 1966

14 Melhor exemplo: construção de ponte sobre o rio Tejo (1966), possibilitando o surgimento de grandes loteamentos clandestinos na margem sul do rio. Imagem e Interpretação: Primeira imagem da AML: A rede viária – é fundamentalmente a de 1930, com origem do traçado no séc. XIX. Rede ferroviária – exatamente a mesma de finais do século XIX, enquanto aparece o metrô no centro de Lisboa. Terminais de transportes – locais de tecido urbano debilitado e desconexo. Predomínio de processos de produção especulativos. Lisboa como centro – sede das empresas, bancos e instituições culturais. Sede administrativa e local do setor terciário em crescimento. Microconglomerados dependentes do centro (Lisboa). Forma essencialmente radial. Crescimento se dá por adição de tecidos urbanos, sem ligação com o núcleo antigo.

15 A explosão demarcadora (1970 – 1990):
Considerações contextuais: Grandes transformações: agudização das guerras coloniais, choque petrolífero de 1973 e a crise econômica européia – inflação e desestabilização da economia. Queda do regime político em abril de Descolonização e retorno de portugueses das ex-colonias. Perda das fontes baratas de matéria prima e os minerais das colônias afetam duramente as indústrias metropolitanas. Ocasionou queda do desenvolvimento das atividades econômicas. Aumento da população da AML na década de 70 - atrativo, mesmo que simbólico, da capital. (políticas de criação de empregos)

16 Novos habitantes metropolitanos: regressos das ex-colonias, de outros países europeus (França e, sobretudo, Alemanha), populações dos meios rurais em busca de algo melhor na grande cidade. Todos acreditavam no futuro da AML. Lógica de instalação na AML: segue a mesma anterior, parcelamento frequentemente ilegal. Isto ocorre pela disponibilidade de terrenos com o mínimo de acessibilidade local e metropolitana e segundo os locais de ofertas de trabalho. Aumento das localizações próximas as estações de transporte. “Ocorre um processo de dispersão, não de edificação dispersa, mas sim de blocos de urbanização de densidade média alta e tamanho variado que aparecem legal ou ilegalmente por todo o território da AML.” p. 68

17 Queda do regime permitiu o aumento de renda de muitas famílias
Queda do regime permitiu o aumento de renda de muitas famílias. Conseqüente aumento da quantidade de automóveis. Entretanto sem aumento suficiente de salários para o acesso as residências. Reflexos na oferta de locais com urbanização fraca e altamente especulativa. O equilíbrio na estruturação do uso do solo não é viável neste contexto econômico que consiste na urbanização de má qualidade. 1986 : Adesão a Comunidade Européia. Apoio financeiro que permite realizar obras essenciais para concretização da AML: redes de autopistas, redes de água e esgotos a 95% da população, recuperação de bairros degradados, expansão da rede de metrô, etc. A adesão a comunidade européia associada a calma política devolvem a Lisboa a centralidade e a AML o status de região locomotora do país.

18 Planejamento: Anos 70: Plano Geral de Urbanização e Plano do Detalhe – resultados práticos quase inexistentes. Estratégia para consolidar processos de urbanização particular mediante o esgotamento da capacidade de controle municipal sobre as operações de parcelamento. Década de 80: experimentação de métodos e técnicas de planejamento, sem afetar a realidade. As características dos PDMs daquela época, ao impor um vínculo obrigatório entre sua programação financeira e o orçamento municipal, ditavam ao mesmo tempo o congelamento de sua implementação. Inadequado no jogo de interesses econômicos da arena política municipal. Ocorre então, um aumento dos problemas inerentes a uma urbanização acelerada, cujo veículo legal era o parcelamento do solo, pouco ou nada associado a um plano. A falta de planejamento é um responsável pela má qualidade da urbanização realizada.

19 Imagem e interpretação:
O crescimento demográfico e a melhora das condições financeiras das famílias tem como resultado a ocupação efetiva de vastas áreas do território. Se constituiu em uma periferia funcionalmente integrada e que dá a forma atual da AML, dentro do binômio funcional rural-urbano. Isto significa que o território vazio de edificações, onde a atividade é predominantemente rural, já está integrado por completo a lógica urbana, tanto em preços, nos usos ponteciais, como pelo modo de vida das pessoas.

20 Território imagem da AML:
O processo de urbanização legal e planejado foi exceção. Esse caso se concretizou em alguns poucos casos, porém de alta qualidade. O parcelamento ilegal criou um mosaico de fragmentos de urbanização ligados a rede viária nacional e municipal. Depois de 1986, contou com redes de autopistas e vias rápidas que facilitaram a mobilidade. Ocupação urbana de menor densidade em áreas férteis rurais. Possui aparência mais caótica e podem, a curto prazo, declararem-se suburbanos e reclamar todas as infraestruturas que tem direito. Ocupação com propósitos turísticos – sustentado por operações de parcelamento tradicionais, entretanto de melhor qualidade graças a renda da população a que se destina.

21 Estes modos e processos formam um modelo geral que se aproxima ao sintetizado por Rezende, Primeiro Plano Diretor da Região de Lisboa. Os núcleos se densificaram, mas a urbanização se expandiu em áreas muito maiores que o previsto . Ainda que sem consistência infraestrutural, sem densidades adequadas e com pouca qualidade urbanística, criou as condições objetivas necessárias e suficientes para os desenvolvimentos do período seguinte. Os investimentos nas rede viárias mostram a aposta no automóvel como modo de locomoção.

22 Lisboa continua sendo o pólo principal da região.
Entretanto, sua população diminui significativamente, de 1981 a 1991, dando corpo ao fenômeno da suburbanização, ativado pelo aumento do preço dos terrenos. Aparecem os primeiros centros comerciais, que anuncia a reorganização do setor de abastecimento aos modos de consumo. Dessa forma, “as áreas metropolitanas em geral também podem se ver como enormes máquinas espaciais de consumo.” p.74

23 Unipolaridade, multipolaridade, matricialidade:
A simbiose dialética ( ) Considerações contextuais: 1991 a 2001: se caracterizou pela consolidação da democracia e normalização do funcionamento políticos das instituições. Contraiu os fundos europeus para estender as infraestruturas para o interior do país. Porém, se esqueceu da vocação marítima e entrou na Europa “de cabeça com os olhos fechados.” Nesta mesma época, Portugal viveu o encantamento e a falácia de ser e sentir-se um país quase rico, com padrões de consumo nunca vistos antes. Aumentou o incide de motorizarão e a compra de apartamentos estimuladas pelo financiamento barato e abundante. Se construiu tanto que passou a existir mais lugares que famílias.

24 Grandes transformações a nível funcional: o crescimento acelerado do setor terciário e quaternário (cultura, ensino superior, etc), a queda das velhas grandes indústrias pesadas de localização condicionada, o desenvolvimento da indústria limpa de alta tecnologia e de localização mais livre, o surgimento da logística integrada. Isso culmina na expansão do setor bancário privado, que por sua vez está ligado ao setor imobiliário, cuja localização e estruturação dos investimentos são controladas pelos finciamentos. Com o dinheiro da União Européia se busca a transformação da base infraestrutural do modelo radial monocêntrico. Em resumo, a AML está bem resolvida em termos como: infraestrutura e mercado de trabalho. Porém, outras áreas ainda necessita de investimentos: identidade cultural e poder político sobretudo.

25 Planejamento: Finais da década de 80: por imposição dos fundos comunitários europeus, o governo cria as condições legais para realizar os planos de ordenação, os Planos Diretores Municipais, Planos de Urbanização e Planos de Detalhe. 1990 – 1995: campanha de realização de Planos Diretores Municipais (aprovados as pressas). Por seu atraso, a influência estrutural dos planos até agora, foi limitada, mas aumentará certamente na próxima década. Na escala metropolitana veio o segundo esforço de planejamento: O PROTAML (Plano Regional de Ordenação do Território da Área Metropolitana de Lisboa – 1991), essencialmente um plano de ordenamento territorial.

26 Estratégia orientada para as infraestruturas dos transportes (localização do novo aeroporto, extensão da rede de metrô na margem sul, a escolha da terceira ponte sobre o rio Tejo). O plano propunha o crescimento para dentro, aumentando a qualidade e limitando o crescimento da zona urbana. O Plano não chegou a ser aprovado e foi engavetado na troca de governo em 1995. Pela primeira vez na história, se aprova um PROTAML, em 2003, criando um marco geral para revisão dos PDMs. Aparece um novo tipo de Plano Regional, mais flexível para o setor privado mas com normativa legal.

27 Propõe também a criação de uma entidade coordenadora dos transportes.
O grande passo do plano foi em essência, sua aprovação. Isso permitiu por em marcha mecanismos de negociação com os municípios que tendem a fazer as revisões dos PDMs, orientando linhas gerais de planejamento da metrópole. Imagem e interpretação: A imagem da AML em 2001 Características essenciais: a polarização ocasional, que existe em determinados lugares, assim como a embrionária e a tendência a diminuição da diferenciação básica dos espaços, graças a matricialidade das infraestruturas e acessibilidade. A distribuição da acessibilidade graças a criação de novas vias de alta velocidade, que em interação com as antigas, estendem a acessibilidade de forma mais eqüitativa, dificultando a unipolaridade, permitindo a multipolaridade e anunciando uma tendência a matricialidade.

28 movimentos pendulares:
Menor grau de polarização monocentrada em Lisboa Aparição de uma área que cobre os municípios vizinhos de Lisboa e onde os movimentos cruzados se equilibram entre si. Infraestruturas de base vieram acompanhadas de melhoras substanciais na telecomunicação. A interação destas redes possibilita a formação de territórios menos polarizados. A evolução do território em escala infraestrutural anuncia uma estrutura matricial muito mais eqüitativa, onde as relações entre unidades tende tanto a ir em direção ao tecido como ao conjunto de pólos. Assim o lugar pode exercer seu potencial sem a inibição causada pela ausência ou inadequação de fatores básicos. O desenvolvimento pode assim se estender e forma mais eqüitativa fazendo do espaço metropolitano um fator de agregação mais do que exclusão.

29 Vem se desenvolvendo um espaço integrado por novas redes sociais, que darão origem a uma metrópole matricial, ainda que setorialmente hierarquizada, onde o acesso a informação é uniforme e a acessibilidade física é quase semelhante entre pontos de atração com funções diversificadas espalhadas por toda a área geográfica. Ainda estamos diante de um espaço policentrico em afirmação. Ocorre na última década a um complexo movimento de desconstrução do modelo monocêntrico (polarizado em Lisboa), com a formação de alguns novos pólos que podem realmente conferir um caráter policentrico ao território e também a aparição do fenômeno dos tecidos urbanos matriciais.

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31 Configurações Metropolitanas:
Estrutura espacial e tipos de crescimento urbano Antonio Font, Oscar Carreto e Lorena Vecslir Classificação da configuração das estruturas espaciais das regiões urbanas. A distribuição espacial do crescimento urbano e as transformações ocorridas nas três últimas décadas pode-se avaliar o crescimento recente como predominantemente “concentrado” ou “disperso”, como uma imagem sintética de sua evolução.

32 Lisboa Estrutura mononuclear, de crescimento disperso. Partindo das subregiões das orlas do amplo estuário na desembocadura do rio Tejo de crescimento recente relativamente disperso sobre as colinas da orla norte, e na orla sul, entre os povoados de Almada e Barreiro.

33 Morfologia metropolitanas contemporâneas:
Os territórios morfológicos Antonio Font, Oscar Carrecedo e Lorena Vecslir Classificação as modalidades espaciais e seus componentes. Mutações As recentes transformações internas dos núcleos urbanos são conseqüência da importância do desenvolvimento urbano atual, aparecendo em todas as escalas e tramas. As mais significativas são as que se produzem sobre os cascos urbanos tradicionais.

34 A reconstrução da cidade fordista posterior a crise energética dos anos 70, além de algumas políticas urbanas dos anos 80 – de criação novos cenários urbanos para lazer, além de espaços livres, equipamentos e serviços – adquire papel estrutural no processo posterior da produção da cidade, na geração de externalidades positivas que eventualmente podem constituir em fatores de localização de novas atividades, e que explicam a aparição de sedes de determinadas empresas, produtos e serviços, em municípios da periferia metropolitana, cada vez mais distantes da cidade central.

35 O conceito urbano do Parque das Nações corresponde a uma revalorização da cidade com o Rio.
Tem o objetivo de recuperar o ambiente e a paisagem, reconverter o seu uso, assegurar a integração do espaço no tecido da cidade e gerar uma nova centralidade na área metropolitana de Lisboa. (

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