UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES SÃO LUÍS – MA, 2012 Profa. Dra. Eloísa da Graça do Rosário Gonçalves.

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES SÃO LUÍS – MA, 2012 Profa. Dra. Eloísa da Graça do Rosário Gonçalves

2 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA (Omran, AR, 1971, 1977, 1983) 1980 – Surgimento da AIDS nos Estados Unidos 1989 – Primeira Conferência Sobre Viroses Emergentes – Instituto Nacional de Alergia e Denças Infecciosas - USA 1990 – Comitê Multidisciplinar para o estudo das “ameaças microbianas à saúde” – Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências – USA 1992 – Primeira publicação sobre “Doenças Emergentes e Reemergentes” UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

3 CARACTERÍSTICAS Surgimento recente ou ressurgimento após controle prévio Sintomas divergentes daqueles conhecidos anteriormente Disseminação de doença local Doença rara se torna comum Agravamento de doença leve ou moderada Identificação de agente etiológico por nova técnica diagnóstica Ocorrência em um grupo de pessoas numa área específica Maior prevalência devido a maior expectativa de vida Fonte: Harvard Working Group on New and Resurgent Diseases (Levins et al, 1994) UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

4 MÚLTIPLOS FATORES DETERMINANTES Fatores biológicos – mutações genéticas do agente etiológico Fatores ambientais – alterações climáticas Fatores demográficos – aumento na expectativa de vida; redução da mortalidade infantil Fatores socioculturais, econômicos e políticos – baixo nível sócioeconômico; práticas culturais; migração Infraestrutura de serviços de saúde – condições sanitárias precárias UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

5 IDENTIFICAÇÃO DE NOVOS AGENTES ETIOLÓGICOS Doença de Lyme – Borrelia burgdorferi (1975) Legionelose – Legionella pneumophila (1976) Vírus Ebola (1976) Síndrome do Choque Tóxico – toxina de S. aureus (1978) AIDS - Retrovirus HTLV III (1983) Erlichiose - Ehrlichia sp (1986) Virus da Hepatite C (1989) Virus da Hepatite E (1990) AÇÕES ANTRÓPICAS Calazar na Ilha de São Luis (1982) Malária na Amazônia – garimpos e desmatamento (1970 / 1980 ) RESSURGIMENTO DE CASOS Tuberculose / AIDS (1980) Cólera pandêmica (1991) Febre Amarela (1993) Dengue (1986 ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES Fonte: www.virtual.epm.br/material/tis/curr-med/temas/med3/t2a_2000/doenças/index.htm-2k

7 Primeiros casos nos Estados Unidos - 1978 / 1980: Homossexuais Homossexuais Hemofílicos Hemofílicos Usuários de drogas Usuários de drogas injetáveis injetáveis Haitianos Haitianos Primeiro caso no Brasil - 1980 AIDS

8 crisisboom.com cholera1.wikispaces.com UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES CÓLERA

9 pt.domotica.net perequilha.blogspot.com UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES izzym.hubpages.com CÓLERA

10 ANODOENÇALOCAL 1982DengueBoa Vista - Roraima 1982Calazar PeriurbanoCapitais do Nordeste 1982AIDSSão Paulo / SP 1986DengueRio de Janeiro / RJ 1991CóleraTabatinga - AM 1993HantaviroseJuquitiba/ SP – Anajatuba / MA 1998Febre MaculosaRio de Janeiro 1998 2000 2001 Surtos de Febre AmarelaIlha de Marajó – PA Tocantins, Goiás, Bahia, São Paulo,Minas Gerais, Maranhão 1999Surto de ToxoplasmoseSão Carlos / SP 2000CalazarAraçatuba /SP 1997 2005 2006 2007 2011 Surtos de doença de Chagas por transmissão oral Pará, Santa Catarina, Bahia, Amazonas, Maranhão 2009 2012 Influenza A/H1N1Vários Estados Amazonas UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES NO BRASIL Fontes: Momem, 1998; Gattás, 2000

11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES CALAZAR NA ILHA DE SÃO LUÍS PRIMEIROS CASOS EM 1982 DESMATAMENTO E MIGRAÇÃO NO EIXO ITAQUI-BACANGA

12 Período inicial Período inicial (< 15 até 60 dias) (< 15 até 60 dias) Febre, palidez, emagrecimento Fígado palpável, Baço Grau I / II. Período de Estado Período de Estado (2 até 4 meses) (2 até 4 meses) Febre, palidez, emagrecimento, Fígado palpável, Baço Grau II / III. Leishmaniose Visceral (Calazar) - CREDIP UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES Reservatório / fonte de infecção doméstica

13 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

14 Ambiente clássico de transmissão UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DOENÇA DE CHAGAS

15 Ciclo do Trypanosoma cruzi entre os barbeiros e os animais que servem como fonte de alimentação sanguínea, nos ambientes silvestre (mata) e peridomiciliar (abrigos animais e palmeiras). Adaptado de Neves, 1995. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

16 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DOENÇA DE CHAGAS Transmissão por via oral

17 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES É POSSÍVEL EVITAR ? COMO LIDAR ? COMO CONTROLAR? Melhorias das Condições Gerais de Vida Políticas Públicas de Controle das Doenças Políticas de Cuidados com o Meio Ambiente Inovação Tecnológica – Imunobiológicos Cooperação internacional