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Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e os desafios da Inclusão

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Apresentação em tema: "Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e os desafios da Inclusão"— Transcrição da apresentação:

1 Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e os desafios da Inclusão
Prof. Dr. José Raimundo Facion

2 Contribuições para uma Sociedade Inclusiva

3 A primeira visão organicista: Hipócrates 420-375 a.C.
Localização da doença:Von Galen 300 d.C. Doutrina Demonista até século XV: cristianismo e a teoria de possessões 1496: Papa Innocêncio VIII A Bula Papal

4 Benjamin Rush (1745-1813): distúrbio mental causado por excesso de sangue no cérebro.

5 No final do século XV e início do século XVI surgem:
instituições - casas de correção e de trabalho; e hospitais gerais. Com a função de retirar da sociedade todos os anti-sociais, punir a ociosidade e reeducar para a moralidade religiosa.

6 Um dos principais pensadores: Philippe Pinel ( ) Pai da primeira revolução psiquiátrica, principal iniciativa: humanizar os asilos.

7 Escolarização de crianças com deficiência Início: no final do século XVIII, com a fundação de instituições especializadas na França para a Educação de Surdos (1770) e de Cegos (1784).

8 Pestalozzi (1777): democratização o ensino, mostrando que todos podem aprender de acordo com suas características. Itard (1798): educatibilidade se propôs a educar um menino encontrado na selva de Aveyron.

9 Décadas de 60/70 Certas crenças e preconceitos em relação ao diferente e ao deficiente começam a ser desmistificados, amparados em movimentos sociais, de associações de pais e de estudos técnicos. Desenvolvem-se princípios como a normalização (que visa romper com atitudes negativas em torno das pessoas deficientes) e a Integração (que visa inserir o aluno com deficiência nos serviços educacionais da comunidade).

10 Atualidade Princípio da Integração
Atualidade Princípio da Integração. Nos anos 90, os princípios da Integração passam a ceder lugar para os da Educação Inclusiva, que preconiza o acesso de todos ao ensino, seja ele pobre, índio ou com deficiência, e que por algum motivo encontra-se longe da escola. Ela deve aperfeiçoar-se para atender a todos os seus alunos.

11 Direitos Humanos Em 1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos decreta, indica e orienta a premissa de que todos os homens são iguais perante a lei. Em 1990: “Conferência Mundial sobre Educação para Todos” em Jomtiem, Tailândia; Em 1994: “Conferência Mundial sobre Educação Especial - acesso e qualidade”, em Salamanca, Espanha.

12 Declaração de Salamanca, p
Declaração de Salamanca, p Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalização. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e tem, portanto, necessidades educativas especiais em algum momento de sua escolarização. As escolas têm que encontrar a maneira de educar com êxito todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves.

13 Mas o que é então Inclusão?

14 “A inclusão pode ser definida como a forma que a sociedade lida com a diversidade, com o diferente, e como o diferente se adapta a sociedade. Isso requer que a sociedade reformule sua visão e o seu modo de pensar sobre a “pessoa com deficiência”, minimizando o estigma de que o deficiente é incapaz, é dependente, não se integra socialmente, enfim reconhecer o “diferente”, valorizando suas limitações e dentro dessas planejar ações baseadas num desempenho significativo a favor do seu progresso, tanto físico, social ou intelectual.” (Facion, 2005)

15 “Sabemos que a escola para todos não é a escola de todos
“Sabemos que a escola para todos não é a escola de todos. As diferenças pessoais, sociais, econômicas e políticas nos mostram isso todos os dias. Assim, como também, colocar todos os alunos na escola não reduz desigualdades e nem é exemplo de cidadania, uma vez que cidadania refere-se a padrões morais e não educacionais. A escola não é o lugar mais propício para vivenciar igualdades, muito pelo contrário, a escola que temos hoje, tende a ressaltar diferenças, e é lá que as diferenças são mais ampliadas.

16 A elaboração de um ensino que possibilite educar de forma inclusiva as diversidades, impõe a construção de um projeto que não se dará ao acaso nem de uma hora para outra e não é uma tarefa individual. Consiste, sim, num trabalho coletivo, que envolve discussões e embates entre as mais diferentes esferas (governo, sociedade, escola e indivíduo), onde possamos discutir que escola queremos construir e que indivíduos pretendemos formar .“ (Facion, 2005)

17 O Papel do Professor nas Práticas Inclusivas

18 “O aperfeiçoamento dos professores é de extrema importância para que se concretizem com sucesso as práticas inclusivas nas escolas, mas historicamente a maioria das Universidades não preparavam os professores, para lidar com a diversidade, com as particularidades de cada aluno, bem como as escolas não se reestruturavam para receber os alunos com necessidades educativas especiais. E para não ocorrer apenas o deslocamento dos alunos das escolas de educação especial para as escolas de educação regular faz-se necessário investir na capacitação dos professores para trabalhar com a inclusão favorecendo não somente o professor, mas favorecendo também o conjunto que abrange o aluno, a família e a escola.” (Facion, 2005)

19 “Diante desses aspectos, percebe-se que nos encontramos diante de um perfeito quebra-cabeças e a peça principal é nosso “ querido” professor, que inserido no processo de inclusão, vê-se frente a todo tipo de demanda. É uma trajetória de ajustes e direcionamentos. O professor é desafiado continuamente a responder às novas e crescentes expectativas projetadas sobre ele. E com a implementação do modelo de inclusão, esse desafio tornou-se ainda maior.” (Facion, 2005)

20 Norwick (1993) apresentou quatro dilemas referentes ao processo de inclusão:
1. O dilema do currículo comum: um aluno com graves problemas de aprendizagem deve aprender conteúdos iguais ou diferentes aos de seus colegas? 2. O dilema da identificação: a identificação dos alunos com necessidades especiais ajuda-os ou marca negativamente? 3. O dilema pai-profissional: no momento das decisões sobre a escolarização dos alunos, quem tem maior influência? 4. O dilema da integração: uma criança com sérios problemas de aprendizagem aprende mais na classe especial com mais apoios?

21 E agora? Como resolver estes dilemas?

22 “Diante desses aspectos, percebe-se que nos encontramos diante de um perfeito quebra-cabeças e a peça principal é nosso “ querido” professor, que inserido no processo de inclusão, vê-se frente a todo tipo de demanda. É uma trajetória de ajustes e direcionamentos. O professor é desafiado continuamente a responder às novas e crescentes expectativas projetadas sobre ele. E com a implementação do modelo de inclusão, esse desafio tornou-se ainda maior.” (Facion, 2005)

23 Fazendo uma análise desta trajetória e sua importância para a sociedade, podemos observar que a mesma possibilitou inúmeras conquistas:

24 1) O reconhecimento das deficiências como categorias identificáveis e tratáveis;
2) O reconhecimento de que as pessoas com deficiência devem receber tratamento igualitário, humano e de acordo com suas necessidades e especificidades;

25 3) A democratização do acesso a serviços e garantias essenciais, como escola, lazer, atendimento médico, previdência, justiça e outros; 4) O reconhecimento pela sociedade de que as pessoas com deficiência e/ou transtornos mentais não constituem riscos, podendo conviver e desempenhar papeis sociais como os demais cidadãos.

26 Mas a quem interessa a inclusão?

27 TRANSTORNO AUTISTA O Transtorno Autista é compreendido dentro dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento que causam prejuízos severos e invasivos nas diversas áreas do desenvolvimento (habilidades de interação social recíproca, de comunicação ou presença de comportamentos e/ou interesses estereotipados).

28 Eles vêm, muitas vezes, acompanhados de um Retardo Neuropsicomotor, significando assim, uma segunda formulação de diagnóstico e uma possível maior associação com distúrbios de comportamentos mais graves e, por conseqüência, de maiores dificuldades de convívio do dia-a-dia. O autismo é visto como uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de vinte entre cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. É encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica ou social.

29 Experiências de Inclusão de Pessoas com Necessidades Educativas Especiais.

30 Existe há cerca de duas décadas na Austrália, um movimento lento, mas, vigoroso que objetiva a inclusão de crianças com médios a severos graus de acometimento em salas de aulas, junto a turmas normais de alfabetização. Basicamente o alvo desse processo seria o estabelecimento, junto à turma, de uma atmosfera onde todos pudessem interagir, adaptando não só a criança com dificuldades, mas ao mesmo tempo os outros alunos, para que desse encontro se estabeleça uma atmosfera integral e globalizada. Afim de por em prática essa estratégia foi criado um novo modelo operante, o qual suscitou muitas dúvidas, preocupações e questionamentos ao ser aplicado

31 Tópicos considerados mais estressantes Competência do profissional;
É interessante destacar que a maioria dos professores entrevistados apontou como maior gerador de stress o manejo dessa nova proposta de ensino, em detrimento ao fato de ter um aluno especial em sala. Tópicos considerados mais estressantes Competência do profissional; Comportamento da criança. A maioria dos professores relatou que a inclusão não atrapalhava o seu trabalho, mas a falta de informações sobre a criança que viria a integrar este processo apresentou-se como um grande gerador de ansiedade.

32 Os professores se consideram pessoalmente responsáveis pela produção dos seus alunos e também por sustentar uma atmosfera de aprendizado para a turma. As causas mais difundidas de stress foram aquelas que envolveram diretamente o contato com os estudantes. O comportamento problemático e a falta de disciplina se destacaram em detrimento as dificuldades intelectuais das crianças, juntamente com a falta de material técnico ou um currículo adequado do professor. Somente dois dos setenta e dois estudos vinculados à pesquisa, apontaram como sendo estressante ter um aluno especial em sala de aula.

33 Pesquisas realizadas com os professores concluiram que:
89% dos educadores consideraram a ausência de treinamento estressante; 99% perceberam que tinham recebido treino inadequado; 91% dos participantes da pesquisa salientaram que o treinamento dado foi impróprio levando-se em consideração a especificidade do problema do aluno; 91% achou que nada adiantou 92% tiveram o treinamento, mas mesmo assim não se sentiram capazes de encontrar as necessidades do aluno.

34 Seis Elementos para Inclusão Eficaz
1. Desenvolver uma filosofia comum e um plano estratégico (baseado nos princípios democráticos e igualitários da inclusão, da inserção e da provisão de uma educação de qualidade para todos alunos; deve abranger três esferas: acadêmica / socio-emocional / cidadania).

35 2. Proporcionar uma liderança forte
O diretor deve reconhecer sua responsabilidade de definir os objetivos da escola e de garantir a tomada de decisões, o enfrentamento de desafios e o apoio às interações e aos processos que se compatibilizam com a filosofia da escola.

36 3. Promover culturas no âmbito da escola
Um objetivo fundamental é ajudar as novas gerações a compreender que elas são parte de uma comunidade acolhedora.

37 4. Desenvolver redes de apoio
Devido à variedade das necessidades dos alunos nas turmas e nas escolas regulares e à recente mudança de paradigma para a prestação de serviços de apoio, é importante desenvolver as redes de apoio necessárias tanto para os professores quanto para os alunos.

38 5. Comemorar os sucessos É importante que os sistemas escolares cultivem a capacidade dos membros de seu pessoal de pensar criativamente, em vez de reativamente. Os pensadores criativos demonstram um enfoque positivo e reconhecem a importância de comemorar e confiar no sucesso.

39 6. Estar a par do processo Pesquisas têm mostrado que as mudanças de atitude não têm de preceder as mudanças de comportamento. Por isso, não é eficiente esperar que as atitudes das pessoas sobre uma determinada inovação mudem antes que a mudança seja implementada. Na verdade, alguns estudos revelaram que a única maneira de mudar atitudes é orientando os indivíduos a mudarem seu comportamento - segue-se então uma mudança de atitude.

40 www.facion.psc.br www.inapea.com


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