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Brasil – Segundo Reinado

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Apresentação em tema: "Brasil – Segundo Reinado"— Transcrição da apresentação:

1 Brasil – Segundo Reinado

2 Política Com a antecipação da maioridade do príncipe Pedro de Alcântara, em 1840, iniciou-se o Segundo Reinado, que se estendeu até 1889. Para fazendeiros e comerciantes, a subida de D. Pedro II ao trono representava a manutenção de seus privilégios políticos e econômicos, num ambiente de tranquilidade social. Acreditavam que o imperador, com sua autoridade, liquidaria as rebeliões provinciais, submetendo os revoltosos descontentes. O imperador exerceria o poder apoiado pela mesma minoria de ricos que possuíam 95% das propriedades do país. Por isso, diziam os versos de uma trova popular: Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente. Não pode ser boa coisa, Servindo pra mesma gente.

3 Política Em 1840, os regressistas assumiram a denominação de Partido Conservador (saquaremas), e os progressistas, a de Partido Liberal (luzias). Esses dois grupos dominaram a vida pública brasileira durante todo o Segundo Reinado. Do ponto de vista ideológico, tinham poucas diferenças entre si. Suas discordâncias eram fruto da ambição pelo poder. Referindo-se a isso, o historiador Oliveira Viana ( ) afirmou: Nada mais conservador do que um liberal no poder. Nada mais liberal do que um conservador na oposição. Embora não tivessem grandes divergências, disputavam com unhas e dentes as eleições para a Câmara dos Deputados.

4 Política Após assumir o poder, D. Pedro II escolheu para seu primeiro ministério, políticos do Partido Liberal, que tinham lutado pela antecipação de sua maioridade. Como participavam do ministério os irmãos Andrada e os irmãos Cavalcanti, ele ficou conhecido como Ministério dos Irmãos. No dia da eleição (13 de outubro de 1840), bandos de capangas contratados pelos Liberais invadiram os locais de votação, distribuindo cacetadas e ameaçando de morte os adversários políticos. Além disso, houve fraudes na contagem dos votos, com a substituição de urnas autênticas por outras contendo votos falsos. Os liberais venceram na base da fraude e da violência. Por isso, essas eleições ficaram conhecidas como eleições do cacete. Os membros do Partido Conservador reagiram, exigindo que o imperador anulasse o resultado das eleições. D. Pedro II, influenciado pelos conservadores, resolveu dissolver a Câmara e convocar novas eleições.

5 Política Em 1847 foi criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros. Esse presidente (primeiro-ministro) seria o chefe do ministério e encarregado de organizar o Gabinete de governo. A criação desse cargo assinala a introdução do parlamentarismo no império. Os sistema parlamentarista no Brasil funcionava de forma peculiar. Realizada a eleição, D. Pedro II nomeava um líder do partido político vencedor para o cargo de primeiro-ministro. Esse líder formava o Gabinete ministerial que, em seguida, era apresentado à Câmara de Deputados em busca de um voto de confiança, que deveria ser dado pela maioria parlamentar. Obtida a aprovação na Câmara, o Gabinete assumia as funções de governo. Caso não fosse aprovado, cabia a D. Pedro II, através do poder moderador, demitir o Gabinete ou dissolver a Câmara e convocar novas eleições. Dessa forma, o parlamentarismo no Brasil ficou conhecido como “Parlamentarismo às Avessas”.

6 Revolução Praieira A Revolução Praieira foi a última grande revolta interna ocorrida no império. Explodiu na província de Pernambuco, em 1848. O poder político e econômico de Pernambuco era controlado pela aristocracia rural e pelos comerciantes portugueses. A população das cidades, que representava a camada média e o povo em geral, viviam em permanentes dificuldades econômicas. O Partido da Praia, constituído por liberais pernambucanos, combatia essa desigualdade da sociedade. Suas ideias eram expressas através do jornal Diário Novo, cuja sede ficava na Rua da Praia, na cidade de Recife. Os praieiros apoiavam o presidente de Pernambuco, homem não comprometido com os donos de engenho e comerciantes. Quando foi nomeado um enérgico conservador, representante da elite dominante, para substituí-lo no governo, os praieiros recusaram-se a aceitar a nova autoridade. Organizaram uma revolta, que eclodiu no dia 7 de novembro.

7 Revolução Praieira As principais propostas dos praieiros eram:
Voto livre e universal para o povo brasileiro; Total liberdade de imprensa; Garantia de trabalho para o cidadão brasileiro; Extinção do poder moderador; Comércio a varejo só para os brasileiros (os portugueses seriam impedidos de exercer essa atividade); Garantia dos direitos individuais do cidadão. O programa político dos praieiros era liberal e democrático, mas não tocava na questão da escravidão. Sem recursos militares, os praieiros não resistiram à repressão imperial.

8 A Guerra do Paraguai A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no século XIX. Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a economia e a população paraguaias. A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início  em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 

9 Causas do Conflito Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López. Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses. Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.

10 A participação inglesa
Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

11 Consequências do Conflito
Para o Paraguai, a derrota na guerra foi desastrosa. O conflito havia levado à morte cerca de 80% da população do país, na sua maioria homens. A indústria nascente foi arrasada e, com isso, o país voltou a dedicar-se quase que exclusivamente à produção agrícola. A guerra também gerou um custoso endividamento do Paraguai com o Brasil. Essa dívida foi perdoada por Getúlio Vargas, quase meio século depois. Mas os encargos da guerra e as necessidades de recursos financeiros levaram o país à dependência de capitais estrangeiros. A Guerra do Paraguai também afetou o Brasil. Economicamente, o conflito gerou muitos encargos e dívidas que só puderam ser sanados com empréstimos estrangeiros, o que fez aumentar nossa dependência em relação às grandes potências da época (principalmente a Inglaterra) e a dívida externa. Não obstante, o conflito armado provocou a modernização e o fortalecimento institucional do Exército brasileiro. Com a maioria de seus oficiais comandantes provenientes da classe média urbana, e seus soldados recrutados entre a população pobre e os escravos, o exército brasileiro tornou-se uma força política importante, apoiando os movimentos republicanos e abolicionistas que levaram ao fim do regime monárquico no Brasil.

12 Economia Café (1935) – Óleo sobre tela.

13 Expansão do café Durante o século XIX, o eixo econômico do país deslocou-se das velhas áreas agrícolas do nordeste para o Sudeste. O café tornou-se o principal produto agrícola de exportação do país, superando os demais, como açúcar, tabaco, algodão e cacau. O café foi introduzido no Brasil por volta de A princípio, era um produto sem valor comercial, uma bebida destinada apenas ao consumo local. Entretanto, a partir do século XIX, o hábito de beber café tornou-se popular na Europa e nos Estado Unidos. O clima e o tipo de solo do Sudeste brasileiro favoreciam o desenvolvimento da lavoura cafeeira. Além disso, o país dispunha de terras e contava com mão de obra escrava. Com todos esses recursos, o Brasil tornou-se em pouco tempo o principal produtor mundial de café. Os grandes lucros gerados pela exportação do café permitiram a recuperação econômica do Brasil, cujas finanças estavam abaladas desde a época da independência.

14 Surgimento das Indústrias
O capital proveniente das exportações de café não só foi aplicado na expansão da própria cafeicultura como também financiou a instalação de indústrias e a modernização do país. Além disso, duas outras importantes medidas favoreceram o crescimento da indústria: a tarifa Alves Branco (que modificou a taxa alfandegária dos produtos estrangeiros de 15% para 30% a 60%) e a extinção do tráfico negreiro (que liberou grande soma de dinheiro, até então destinada à compra de escravos, para ser aplicada em outros setores da economia. Na última década do império ( ), o Brasil já contava com 600 indústrias, que empregavam quase 55 mil operários nos setores têxtil, alimentar, químico, de madeira, vestuário e metalurgia.

15 Permanência da velha estrutura
O progresso industrial e do setor de serviços não foi suficiente para renovar amplamente a face tradicional de nossa economia. A estrutura econômica do Brasil, herdada dos tempos coloniais, continuava baseando-se em três elementos: latifúndio, agricultura de exportação e trabalho escravo. A consagração dessa estrutura tradicional pode ser observada na Lei de Terras, aprovada em Essa lei estabelecia que o meio normal de se adquirir a propriedade da terra era a compra e não a posse (ocupação) da área. Pretendia-se, assim, afastar do direito à propriedade: a população pobre, os ex-escravos e os imigrantes.

16 Operários – Tarsila do Amaral
Sociedade Operários – Tarsila do Amaral

17 O Fim do Tráfico Externo
Para reconhecer a independência do Brasil, os ingleses pressionaram o governo e conseguiram que fosse aprovada, em 1831, uma lei que declarava livres todos os escravos importados pelo Brasil a partir daquela data. Mas essa lei não foi cumprida, pois contrariava os interesses dos proprietários de escravos. A lei foi criada só “pra inglês ver”. Em 1845, para agir contra os traficantes de escravos, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen: uma lei que autorizava a marinha inglesa a aprisionar os navios negreiros e prender os traficantes de escravos. As pressões inglesas contribuíram para que o governo brasileiro assinasse, em 1850, a lei Eusébio de Queirós, que proibia, definitivamente, o tráfico de africanos para o Brasil. O fim do tráfico externo teve como consequência o início do tráfico interno: como a lavoura canavieira no nordeste encontrava-se em decadência, os cafeicultores do sudeste começaram a comprar os escravos do nordeste. Ainda assim, essa mão de obra seria insuficiente para cobrir a demanda dos cafezais.

18 Imigrantes no Brasil Com o fim do tráfico negreiro, tornou-se necessária a contratação da mão de obra livre, que no Brasil era formada por ex-escravos e afrodescendentes. Em virtude de uma elite racista e preconceituosa, os cafeicultores consideravam a mão de obra brasileira incapaz para o trabalho e desejavam realizar um “branqueamento” da população, estimulando a vinda de imigrantes europeus para o Brasil. Durante o século XIX, a Europa encontrava-se em grave crise. Muitos camponeses haviam sido expulsos de suas terras. Dezenas de milhares de europeus vieram para o Brasil, movidos pelo desejo de conseguir trabalho e uma terra própria. Esses imigrantes eram em geral pessoas pobres que se arriscavam a fazer uma viagem difícil para um país jovem, que a propaganda apresentava como um paraíso.

19 O Sistema de Parceria Os trabalhadores imigrantes eram contratados no sistema de parceria: davam ao proprietário uma parte da colheita e ficavam com a outra parte. No entanto, chegando ao Brasil, o imigrante se via em uma situação muito difícil: o valor da passagem era alto; o trabalho na lavoura era pesado e acompanhado de maus-tratos e, além disso, ele tinha de comprar roupas, remédios e alimentos no armazém da fazenda, ficando, por isso, permanentemente endividado com o fazendeiro. Por causa disso, os imigrantes se uniram e se revoltaram contra a exploração de que eram vítimas. As consequências foram o completo fracasso do sistema de parceria e o desestímulo à vinda de novos imigrantes. Somente a partir de 1871 é que a imigração começa a ser retomada.

20 Abolição da Escravatura
Após a extinção do Tráfico Negreiro, cresceu no país a campanha abolicionista, conquistando a adesão de vários setores da sociedade brasileira: parlamentares, imprensa, militares, artistas e intelectuais. Embora a escravidão fosse um regime condenado ao desaparecimento, seus defensores conseguiram sustentá-lo por bom tempo, extinguindo-o lentamente.

21 Leis Abolicionistas Lei Eusébio de Queirós (04/09/1850) – extinção do tráfico negreiro; Lei do Ventre Livre (28/09/1871) – dizia que os filhos de mulher escrava, nascidos a partir daquela data, seriam considerados livres. Mas até os oito anos de idade a criança deveria ficar sob autoridade do senhor; depois, ele podia escolher: ou recebia do governo a quantia de 600 mil-réis e lhe entregava o menor ou continuava usando os seus serviços até os 21 anos. Lei dos Sexagenários (28/09/1885) – declarava livre os escravos com mais de 60 anos – supondo que um escravo atingisse mais de 60 anos, o que era muito raro devido à forte exploração que sofriam – mas como indenização, exigia que ele trabalhasse gratuitamente por mais três anos. Lei Áurea (13/05/1888) – extinguia a escravidão no Brasil.

22 Situação dos negros libertados
Os negros tornaram-se realmente livres após 1888? Depois de mais de três séculos de escravidão, não tinham recursos financeiros para trabalhar por conta própria, não tinha instrução para buscar uma boa posição na sociedade, nem contavam com qualquer tipo de ajuda do governo. Diante dos obstáculos, a maioria dos negros continuou desempenhando os mesmos papéis subalternos. Os antigos proprietários de escravos os tratavam da mesma maneira cruel e desumana. Grande parte da sociedade dos brancos tinha para com eles atitudes de desdém, fruto de arraigado preconceito racial.

23 Fim do Segundo Reinado e Queda da Monarquia
A crise do império brasileiro resultou de fatores econômicos, sociais e políticos que, juntos, levaram diversos setores da sociedade a uma conclusão: a monarquia estava superada. A crise do império foi marcada por uma série de questões que favoreceram a proclamação da república. Caricatura de Pedro II (1890)

24 Questão Abolicionista e Questão Republicana
Os senhores de escravos não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sido indenizados pelo governo. Sentiram-se abandonados pela monarquia e acabaram, também, por abandoná-la. Passaram a apoiar a causa republicana. Por isso, eram chamados republicanos do 13 de maio. Só a partir de 1870, o movimento republicano ganhou uma formação mais sólida e concreta no Brasil. Nesse ano foi lançado no Rio de Janeiro um Manifesto Republicano que em um dos seus trechos afirmava: Somos da América e queremos ser americanos. Isso significava que no continente americano, o Brasil era o único país que mantinha o regime monárquico. Três anos depois, foi fundando o Partido Republicano Paulista que contava com o apoio dos cafeicultores de São Paulo e com seguidores no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grade do Sul.

25 Questão Religiosa Desde o período colonial, a Igreja católica era uma instituição submetida ao Estado pelo regime do padroado. Em 1872, porém, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, resolveram seguir ordens do papa Pio IX, punindo irmandades religiosas que apoiavam os maçons. D. Pedro II, influenciado pela maçonaria, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Como estes se recusaram a obedecer, foram condenados a quatro anos de prisão. Em 1875, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, o império foi perdendo a simpatia da Igreja Católica.

26 Questão Militar Depois da Guerra do Paraguai, o exército brasileiro foi adquirindo maior importância na sociedade. Entretanto, os tradicionais políticos civis do império continuavam indiferentes ao Exército. Importantes oficiais eram punidos por suas atitudes públicas quando denunciavam a corrupção ou se manifestavam contra a escravatura. Foi em meio a essa situação que surgiu, em 1884, a questão militar, provocada pela revolta de oficiais de alta patente (como o marechal Deodoro da Fonseca) contra as punições ao tenente-coronel Antônio Sena Madureira (favorável à abolição dos escravos) e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos (que denunciou a corrupção política de sua época.

27 Fim do Império A oposição de tantos setores da sociedade à monarquia tornou possível o tranquilo golpe político que implantou a república no Brasil. No dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o quartel-general do Rio de Janeiro. O gabinete imperial foi deposto. Na noite do dia 15 formou-se o Governo Provisório. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do novo governo, solicitando que se retirasse do país juntamente com sua família.


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