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A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM DAS CRIANÇAS SURDAS

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Apresentação em tema: "A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM DAS CRIANÇAS SURDAS"— Transcrição da apresentação:

1 A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM DAS CRIANÇAS SURDAS
Adriano Inácio. Karla Pintar. Mariani Melo. Pedro Macedo. Sandra Carvalho.

2 INTRODUÇÃO Repensar e fazer uma reflexão crítica sobre a condição da pessoa surda na sociedade, através da aquisição da linguagem nas crianças surdas. Fundamentação do artigo: teoria gerativa Todo indivíduo nasce com uma capacidade para desenvolver a linguagem e esta capacidade é uma habilidade presente no cérebro/mente. Desenvolvimento, então, seria: capacidade inata + meio

3 1 - A LÍNGUA, LINGUAGEM E SIGNOS
Saussure (1991): linguagem = língua + fala Linguagem como um elemento social, é compartilhada pelos indivíduos de uma comunidade linguística. Vygotsky (1998): linguagem = forma de comunicação e função reguladora do pensamento Linguagem como sendo tudo o que envolve significação.

4 Bakhtin (1990): vai contra a teoria de Saussure e diz que a linguagem tem aspectos normativos, contextuais e sociais A linguagem está sempre presente no sujeito (independente de estabelecer diretamente a comunicação com o outro ou não). O indivíduo constitui-se socialmente e influencia o meio social através de sua fala, suas interações.

5 Para Saussure: Conceito de signo: significado (conceito) + significante (imagem acústica). Princípios: Arbitrariedade: não há relação a priori entre os componentes do signo, significado e significante; Linearidade: significante, imagem acústica que se desenvolve no tempo;

6 Mutabilidade: processo de mudanças das línguas (com exceção das línguas mortas)
as mudanças levam sempre a um deslocamento da relação entre significado e significante; evolução da língua como fato social Imutabilidade: individualmente, os seres de uma comunidade não podem modificar a língua.

7 Vygotsky contraria o conceito de imutabilidade de Saussure e diz que o signo não é imutável (o significado difere no decorrer do desenvolvimento do indivíduo) Vygotsky também introduz a noção de sentido, o qual seria formado pelas relações interpessoais vivenciadas pelos indivíduos e da sua história.

8 2 - A HISTÓRIA DA LINGUAGEM E EDUCAÇÃO DOS SURDOS
Na antiguidade os surdos foram vistos de formas variadas: com piedade e compaixão; como pessoas castigadas pelos deuses ou enfeitiçadas, sendo por isso abandonadas ou sacrificadas;

9 “A condição sub-humana dos mundos era parte do código mosaico e foi reforçada pela exaltação bíblica da voz e do ouvido como a única e verdadeira maneira pela qual o homem e Deus podiam se falar.” (Sacks, p. 31)

10 Até o século XV: ideia de que o surdo era um ser primitivo, negava-lhe o direito à educação.
A partir do século XVI: surgem os primeiros educadores de surdos, criando diferentes metodologias para ensiná-los: alguns se baseavam apenas na língua oral, ou seja, a língua auditiva oral; outros pesquisaram e defenderam a língua de sinais, que é uma língua espaço-visual; outros criaram códigos visuais que não se configuram como uma língua.

11 Em , o monge Beneditino Pedro Ponce de Leon, ensinou quatro surdos, filhos de nobres, através da apresentação manual do alfabeto, escrita e oralização além de criar uma escola de professores de surdos. Em J. Bulwer publicou o primeiro livro sobre a língua de sinais e depois em publicou Philocopus, o livro onde afirma ser a língua de sinais capaz de expressar os mesmos conceitos que a língua oral. Na França, em 1750, o Abade Charles Michel aprende com os surdos a língua de sinais e cria os “Sinais Metódicos” , uma combinação da língua de sinais com a gramática sinalizada francesa. No mesmo período na Alemanha, Samuel Heinick defende a língua oral, filosofia educacional oralista, utilizando apenas a língua oral na educação das crianças surdas.

12 Na França, em 1750, o Abade Charles Michel aprende com os surdos a língua de sinais e cria os “Sinais Metódicos” , uma combinação da língua de sinais com a gramática sinalizada francesa. No mesmo período na Alemanha, Samuel Heinick defende a língua oral, filosofia educacional oralista, utilizando apenas a língua oral na educação das crianças surdas.

13 O século XVIII foi o mais fértil para os surdos devido ao aumento de escolas e a qualidade de ensino, pois através da língua de sinais os surdos podiam aprender assuntos e exercer várias funções.

14 A partir de 1860, o método oral, que percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada através da estimulação auditiva, começa a ganhar força e diversos profissionais defendiam que a Língua de Sinais seria prejudicial para a aprendizagem da língua oral, sendo o mais importante defensor da oralidade o célebre inventor do telefone, Alexandre Graham Bell. Com a influência de Bell o Congresso Internacional de Educadores de Surdos votou pela proibição da língua de sinais.

15 Houve queda no nível de escolarização dos surdos até os anos 60; William Stoke publicou seu artigo demonstrando que a ALS – Língua de Sinais Americana – é uma língua com todas as características das línguas orais. Nessa década, Dorothy Schifflet, professora e mãe de surdo, começou a utilizar um método que combinava língua de sinais em adição à língua oral, leitura labial, treino auditivo e alfabeto manual, designando-o de “Abordagem Total”.

16 No Brasil, a Comunicação Total chega na década de setenta; na década seguinte começa o Bilinguismo sendo designado de LSCB (Língua de Sinais dos Centros Urbanos brasileiros) para diferenciá-lo da LSKB (Língua de Sinais Kaapor Brasileira) utilizada pelos índios Urubu – Kaapor no estado do Maranhão. A partir de 1994, Brito passa a utilizar a abreviação de LIBRAS (Língua brasileira de Sinais).

17 3 - SÓCIO – INTERACIONISMO E A LINGUAGEM
Sócio-interacionismo X objetivismo abstrato

18 Vygotsky e seus discípulos, Luria, Leontiev e Yudovich e Bakhtin – linguagem sob uma ótica social e que reflete no desenvolvimento cognitivo da criança

19 “A consciência humana não só nada pode explicar, mas, ao contrário, deve ela própria ser explicada a partir do meio ideológico e social.”(BAKHTIN;1990,p.35) Vygotsky – Estudos sobre aquisição de linguagem com foco nas relações interpessoais e meio social do qual a criança surda participa.

20 A linguagem, além da função comunicativa também constitui o pensamento.    A criança surda deve adquirir a linguagem da mesma forma que crianças ouvintes, seguindo as mesmas etapas de desenvolvimento. As dificuldades que o surdo casualmente tem é reflexo de deficiências sociais e não de uma suposta incapacidade orgânica.

21 4 - SEMELHANÇAS DA LÍNGUA ORAL E DA LÍNGUA VISUAL
A Língua de Sinais é altamente estruturada e complexa. A principal diferença entre línguas de sinal e faladas diz respeito à estrutura simultânea de organização dos elementos das línguas de sinais. Há criação de novos lexemas em ambas as línguas.

22 Há pronomes e verbos com concordância.
A ordem das palavras em Libras é semelhante a línguas orais. E ambas apresentam várias formas de ordenação, dependendo do contexto. Assim como a língua oral, ensinar as crianças desde é benéfico para seu desenvolvimento.

23 5 - AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NAS CRIANÇAS SURDAS E OUVINTES

24 O período pré-lingüístico se estende do nascimento ao início dos primeiros sinais, sendo o balbúcio uma manifestação que ocorre tanto em bebês surdos e ouvintes; como consequência da capacidade inata para a comunicação; é constatado que tal capacidade manifesta-se não só por meio de sons, mas também de sinais

25 Nos bebês surdos são detectados duas formas de balbúcio; sendo uma a manual silábica e a outra a gesticulação. O balbúcio manual silábico apresenta combinações que fazem parte do sistema linguístico da Língua de Sinais, já a gesticulação não apresenta organização interna.

26 Estudos afirmam que as crianças surdas balbuciam (oralmente) até um determinado período e este desenvolvimento (oral e manual) é paralelo nas crianças surdas e ouvintes. As vocalizações são interrompidas nos bebês surdos assim como as produções manuais são nos bebês ouvintes, pois o input favorece o desenvolvimento de um dos modos de balbuciar. Os estímulos visuais são importantes para que o bebê avance no desenvolvimento da linguagem.

27 A interação entre o bebê e a mãe, no processo de aquisição da linguagem, salienta as principais diferenças do comportamento lingüístico entre mães surdas e mães ouvintes na comunicação/ interação com suas crianças no primeiro ano de vida. Mães surdas misturam vocalizações e sinais mesmo quando o bebê é surdo, mas esse input apresenta variações de acordo com as diferentes fases do desenvolvimento da criança, à medida que a criança vai aumentando o repertório produtivo, a mãe surda começa a usar mais sinais e a utilizar mais estratégias específicas de atenção visual.

28 Surdos e ouvintes também produzem gestos manuais (gestos simbólicos) muito similares durante o primeiro ano, tornando-se difícil a distinção entre o balbucio manual compartilhado entre bebês surdos e ouvintes, e as produções manuais que são específicas dos bebês surdos, situações em que as crianças produzem gestos que representam algum objeto ou evento aos quais elas se referem tais como abrir e fechar a mão para pedir algo ou mover os braços para indicar um pássaro são comuns nas crianças surdas e ouvintes.

29 Pode-se registrar que, apesar das diferenças individuais dos informantes, das diferenças entre as línguas e as modalidades de línguas, há um certo paralelo no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem que independe da distinção línguo-gestual ou oral-auditiva.

30 Considerações Finais A Língua de Sinais tem sua legitimidade confirmada, tendo seus estágios e características de aquisição comparados a língua oral por ouvintes. A criança não adquire uma língua simplesmente ouvindo, a aquisição é resultado da língua numa conversação facilitada, mente e experiências unidas construindo a gramática.


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