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TRANSTORNOS ALIMENTARES

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Apresentação em tema: "TRANSTORNOS ALIMENTARES"— Transcrição da apresentação:

1 TRANSTORNOS ALIMENTARES
Profª Lina Sue Matsumoto Psicóloga e Psicoterapeuta. Professora de TCC, Psicoterapia Cognitiva Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC ( ). Aprimorada em Transtornos Alimentares (IPq-HC-FMUSP) e Psicóloga colaboradora AMBULIM ( ). Professora de Psicologia Cognitiva e Construtivismo, PPB, Teste de Rorschach - Universidade Paulista - UNIP ( ). Celular (11)

2 Transtornos Alimentares
Transtornos Alimentares (TA)  distúrbios psiquiátricos graves que acometem principalmente adolescentes e mulheres jovens = é a mais letal de todas as doenças psiquiátricas = TA não são escolhas. Estes distúrbios têm em comum: a preocupação obsessiva com o peso e a forma corporal; a avaliação distorcida da imagem do próprio corpo; o comportamento alimentar absolutamente inadequado; uso de métodos purgativos com o intuito de emagrecer; prática de atividades físicas claramente excessivas, com o intuito de perder peso (ou de não ganhar peso). Ainda raros = aumentos nas sociedades industrializadas. Quadros psicopatológicos de difícil tratamento. Todas as raças = Todos os estratos sócioeconômicos. Mais prevalente em mulheres do que homens (10:1)  (8:2) ?

3 Transtornos Alimentares
Etiologia complexa = multifatorial = integração de vários fatores: Genéticos (estudos com gêmeos e neuroimagem), Físicos (alteração neurotransmissores, outros T. Psiquiátricos), Psicológicos (Personalidade, Dinâmica Familiar, Infância), Sociais (ditadura da magreza = bem-estar e felicidade), Culturais (hábitos alimentares, tabus religiosos, mitos). Integração várias estratégias no tratamento do TA: Orientação nutricional, Psicofármacos, Psicoeducação, TCC, Terapia familiar e grupo, Avaliação neuropsicológica, Avaliação médica (psiquiatra, neurologista, ginecologista, endocrinologista, gastroenterologista, ortopedista, etc...).

4 Tipos de Transtornos Alimentares
Os quadros típicos, classificados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) são: a anorexia nervosa (AN) e a bulimia nervosa (BN). O Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) foi incluída no apêndice do DSM-IV-TR. Quando não preenchem os critérios acima  Transtorno Alimentar Sem Outra Especificação (TASOE) ou Transtorno Alimentar Não Especificado (TANE). Síndrome do Comer Noturno (SCN) Transtorno de Pica, Vigorexia, Ortorexia, Drunkorexia, Fatorexia...

5 Tipos de Transtornos Alimentares
AN (Anorexia Nervosa): Medo mórbido em ganhar peso, mesmo estando com peso abaixo ou no limite mínimo aceitável (busca incessante pela magreza), Perturbação significativa com a forma corporal = distorção na maneira de percebê-lo. Nas mulheres pós-menarca, quadro de amenorréia (3 meses), Apresentam IMC < 17,5 kg/m²  acham-se gordas e mostram-se insatisfeitas com o seu peso = recusa em se alimentar. Tipo Restritivo ou Purgativo. Rigidez e controle excessivo  onipotência em acreditar que, ao controlar o peso, tem o controle das próprias emoções (da vida). Distorção da imagem corporal  insatisfação com outros aspectos da vida recaem no próprio corpo, na recusa em comer. Obsessão pelo ideal da magreza  pensamentos irracionais, não aceitando nenhuma evidência sobre a gravidade de sua condição. Prevalência: AN = 0,5 e 3,7%

6 Tipos de Transtornos Alimentares
BN (Bulimia Nervosa): Episódios de hiperfagia (pelo menos 2x semana, nos últimos 3 meses), isto é, compulsão alimentar, ingerindo num curto espaço de tempo, uma quantidade considerada muito maior do que aquela ingerida por uma pessoa em condições de “normalidade” Estes episódios de compulsão alimentar (binge-eating) são acompanhados por sentimentos de culpa e a percepção de total descontrole. Busca pela magreza, através de métodos compensatórios – purgativos – vômitos autoinduzidos, uso de diuréticos e laxantes. Pensamento “8-80” ou “Tudo ou Nada”, não conseguindo se controlar = a grande dificuldade está em se alimentar em padrões regulares  impulsividade e descontrole. Ao restringirem demais, acabam “compensando” o jejum depois tendo episódios de compulsão alimentar, que gera culpa, que gera purgação, estabelecendo-se assim um ciclo difícil de interromper. Prevalência: BN = 1,1% a 4,2%.

7 Tipos de Transtornos Alimentares
TCAP (Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica): Episódios recorrentes de consumo descontrolado de grandes quantias de comida, não seguidos de qualquer comportamento compensatório não apropriado. A compulsão alimentar é acompanhada de culpa, vergonha, nojo e muita angústia. Prevalência na população geral: 2% a 3 % adultos. Prevalência em obesos: 30% obesos (tratamento p/emagrecer). SCN (Síndrome do Comer Noturno): Anorexia matutina e hiperfagia vespertina ou noturna. Muitas vezes desencadeada pelo estresse. Prevalência na população adulta: 1,5% Prevalência entre obesos é 10% e após gastroplastia é 27%.

8 Tipos de Transtornos Alimentares (TA)
Transtorno de PICA: Desejo anormal por comer substâncias não comestíveis (1638 – já havia a diferenciação entre gula x pica)  Geofagia (terra), Tricofagia (cabelo), Geomelofagia (batata crua), Fezes (coprofagia), Lectofagia (alface), etc... Ortorexia: Preocupação exagerada com tipo ou procedência = obstinados na escolha, compra e preparo do alimento isolamento social. Vigorexia: Prática de exercícios físicos de forma contínua e exagerada  valorização do corpo e da performance física (fanatismo). Drunkorexia: Anorexia alcoólica. Fatorexia: Oposto a AN  a pessoa está obesa, mas se vê muito magra.

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10 Transtornos Alimentares - http://www.youtube.com/watch?v=uzfdKM_Cu30

11 Anorexia Nervosa (AN) Incidência anual  18,5/ mulheres e 2,25/ homens. Aumento nas sociedades industrializadas ( ). 1995 – Estudo Ilhas Fiji (Universidade de Harvard). Profissões que exigem magreza (modelos, bailarinos, ginastas...). Homossexualidade  40-50% pop. com TA e 6% população geral. Sinais-Sintomas  irritabilidade, constipação, intolerância ao frio, hiperatividade, dor abdominal, distúrbios do sono, cefaleia, tontura, letargia, bradicardia, hipotensão, edemas. Diagnóstico diferencial Doença gastrointestinal, Problemas tireoide, Tumor cerebral, Transtornos do Humor, TOC. Evolução variável  1) Remissão com resquícios (nos casos mais simples), 2) Quadro crônico (remissão/recaída) ou 3) Evolução do quadro (não remissão): óbitos (20%), suicídio, consequência da desnutrição e complicações diversas.

12 Anorexia Nervosa (AN) Farmacologia não existe nenhuma medicação específica p/AN. Terapêutica nutricional fase aguda: recuperar o peso e reduzir sintomas nucleares (restrição alimentar, distorção IC, purgação). Componentes nutricionais 1) Padrão: estrutura, nº refeições, horários, 2) Consumo: ingestão de volume e nutrientes adequados 3) Atitude: sentimentos associados ao alimento. Alteração de fâneros  pele pálida, seca, sem brilho, lanugo, cabelo ralo, fino, opaco, quebradiço, avermelhado, unhas quebradiças e crescimento lento. Alterações Metabólicas Hipoglicemia, Hipercolesterolemia... Alterações Endócrinas Alteração nas características sexuais secundárias, amenorréia, < FSH, < LH, < T3 e T4 (TSH normal) > cortisol (rosto inchado). Alterações Ósseas Anemia (30%), Leucopenia, Osteopenia e Osteoporose (qto > tempo amenorréia, > risco ósseo e sequelas a longo prazo).

13 Anorexia Nervosa (AN) Complicações Clínicas > mortalidade (entre todos os Transtornos Psiquiátricos), Insuficiência renal, gastrointestinal, cardiovasculares e suicídio (21%?). Estratégias e Comportamentos Compensatórios: Diminui a ingesta total (Dietas da moda), Reduz alimentos calóricos ou Faz jejum completo, Mastiga lentamente ou Esfarela os alimentos até virar pó, Esconde ou guarda alimentos, Realiza rituais alimentares, Interesse por culinária e receitas, Fiscaliza a despensa /idas ao supermercado, Prepara alimentos para outros sem provar nada, Insiste que comam tudo o que cozinhou, Observa a refeição alheia, Evita comer na presença do outro (isolamento), Incapacidade de se alimentar fora de casa.

14 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Anorexia Nervosa (AN)

15 ANOREXIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
Recusa de manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado idade e altura; B Medo intenso de ganhar peso ou de ficar gordo, ainda que o índice seja inferior ao normal. C Alteração da percepção do peso ou da forma do próprio corpo, influência excessiva do peso ou da forma corporal sobre a autoestima, negação da gravidade da magreza. D Nas mulheres pós-púberes, amenorreia, isto é, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos. (Um mulher é assim considerada se a menstruação só vem após a administração de hormônios, como estrógenos.)

16 ANOREXIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
TIPO RESTRITIVO: durante o episódio de anorexia nervosa, o indivíduo não apresentou, de maneira regular, crise de bulimia, nem recorreu aos vômitos provocados ou à utilização de purgativos. TIPO PURGATIVO / COMPULSÃO PERIÓDICA: durante o episódio atual de anorexia nervosa, o indivíduo apresentou, de maneira regular, crises de bulimia e/ou recorreu aos vômitos provocados ou à utilização de purgativos.

17 ANOREXIA NERVOSA (CID-10)
A – Perda ou incapacidade de ganhar peso, levando a um índice inferior a pelo menos 15% do peso normal ou esperado, consideradas a idade e a altura. B - A perda de peso é provocada pelo indivíduo, que evita os “alimentos que engordam”, C – Percepção de si como sendo muito gordo(a), com medo intenso de engordar, levando o indivíduo a se impor um peso limite baixo. D – Presença de um transtorno endócrino difuso do eixo hipotálamo-hipófise-gônada, com amenorreia na mulher e perde de interesse sexual e impotência no homem. E – Não responde aos critérios A ou B da bulimia.

18 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Bulimia Nervosa (BN)

19 BULIMIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
Surgimento recorrente de crises de bulimia. Uma crise de bulimia responde às duas características seguintes: 1. Ingestão em um período de tempo limitado (menos 2 hs) de uma quantidade de alimento nitidamente superior ao que a maioria das pessoas absorveria em um período de tempo similar e nas mesmas circunstâncias. 2. Sensação de perda de controle sobre o comportamento alimentar durante a crise (sentimento de não conseguir mais parar de comer ou de não conseguir controlar o que se come ou a quantidade que se come).

20 BULIMIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
Comportamentos compensatório inapropriados e recorrentes visando a prevenir o ganho de peso, como vômitos provocados, uso abusivo de laxantes, diuréticos, lavagens ou outros medicamentos, jejum e exercício físico excessivo. C As crises de bulimia e os comportamentos compensatórios ocorrem ambos, em média, duas vezes por semana, durante três meses. D A autoestima é influenciada de maneira excessiva pelo peso e pela forma corporal. E O transtorno não sobrevém exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.

21 BULIMIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
TIPO PURGATIVO: durante o episódio atual de bulimia, o indivíduo recorreu regularmente aos vômitos provocados ou ao uso abusivo de laxantes, diuréticos, lavagens. TIPO NÃO PURGATIVO: durante o episódio atual de bulimia, o indivíduo apresentou outros comportamentos compensatórios inapropriados, como jejum ou exercício físico excessivo, mas não recorreu regularmente aos vômitos provocados ou ao uso abusivo de laxantes, diuréticos, lavagens.

22 BULIMIA NERVOSA (CID-10)
A – Episódios repetidos de hiperfagia (duas vezes por semana no mínimo durante um mês) com consumo rápido de grandes quantidades de alimento em um tempo limitado. B – Preocupação persistente com o fato de comer, associado a um desejo intenso ou a uma necessidade irresistível de alimento. C – O indivíduo tenta neutralizar o ganho de peso ligado ao alimento, como atesta a presença de pelo menos uma das seguintes manifestações: 1. Vômito provocado; 2. Utilização de laxantes; 3. Alternância com períodos de jejum; 4. Utilização de inibidores de apetite e diuréticos. D – Percepção de si mesmo como sendo muito gordo(a), com medo intenso de engordar.

23 BULIMIA NERVOSA (DSM-IV-TR)
TIPO PURGATIVO: durante o episódio atual de bulimia, o indivíduo recorreu regularmente aos vômitos provocados ou ao uso abusivo de laxantes, diuréticos, lavagens. TIPO NÃO PURGATIVO: durante o episódio atual de bulimia, o indivíduo apresentou outros comportamentos compensatórios inapropriados, como jejum ou exercício físico excessivo, mas não recorreu regularmente aos vômitos provocados ou ao uso abusivo de laxantes, diuréticos, lavagens.

24 BULIMIA MULTI-IMPULSIVA
Ocorre quando, além dos sintomas bulímicos, os pacientes também apresentam outros comportamentos impulsivos: Abuso álcool ou drogas Tentativa de suicídio, Automutilação repetida, Desinibição sexual, Cleptomania / Oniomania / Tricotilomania / Jogo patológico, Transtorno explosivo intermitente (TEI) 20-40% = MULTI+ crônico + grave > recaídas < adesão tratamento BN = Comorbidades: 19% = Transtorno Personalidade Borderline, 9% = Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) 30% = Cleptomania 18% = Abuso álcool 69% = Um ou mais diagnóstico psiquiátrico além do TA 58% = Transtorno Afetivo Bipolar (TAB II)

25 BULIMIA NERVOSA: “Comer...”
“se eu conseguisse comer um pouquinho eu não tava aqui... Eu taria em casa” “esse tipo de fome que a gente sente, a gente vai burlando ela, toma água, masca chiclete” “eu como sozinha, sem fome nenhuma, até matar toda a vontade, até ir lá e vomitar tudo...até limpar tudo” “toda vez que eu tô triste, com raiva de alguém, eu como aquela coisa... Eu vou atravessar o mundo e aí tem que ser aquela coisa...” “eu como, como, como, e aí me dá coragem de ir lá e brigar” “covardia, medo de magoar o outro, então eu prefiro me magoar, me ferir” “eu tenho de perder as pessoas, eu fico valente com a comida” “eu passo muito nervoso e desconto na comida” “se eu tô nervosa, eu não como” “só tenho fome emocional, quanto eu tô ansiosa eu não como, aí eu fico com medo de comer” “eu faço muita restrição, seguro no limite, mas aí tenho compulsão e como o que tem na frente”

26 BULIMIA NERVOSA: “Compulsão...”
“Fiz greve de fome, tomei o café da manhã e não comi mais nada... Quando ela faz isso, me fala não, eu fico com muita raiva. O não prá mim já é saboroso, minha mãe põe a comida e eu falo não!” “Quando eu tô ansiosa, quando tô sozinha, ou tô triste... Eu aproveitei prá comer tudo... Bife mal passado, arroz, batata, uma porção grande de batata, farofa, uma coca-cola inteira... Me senti super mal e gorda e aí eu vomitei tudo...” “Tenho compulsão ligada á raiva, quando a pessoa me machuca muito, aí eu fico com tristeza... Eu não tenho controle de mim mesma, tenho vontade de desistir de tudo...” “Quando eu tenho compulsão eu como meia melancia, como 5 pãezinhos, 2 pacotes de bolacha, meio litro de refri, e assim vai... Eu comi 3 cachorros quentes... E aí vem aquele desespero..” “Prá mim é pizza e refri, eu como uma inteira e 2 litros de refri... Mesmo assim eu tomo laxante e vomito... Eu só tenho compulsão se eu brigo com alguém...parece que eu tô mastigando a pessoa, tô mordendo ela...”

27 BULIMIA NERVOSA: “Culpa...”
“quando meu marido soube... Minha família ajudou bastante, é muito difícil, sofri mesmo, a sua carne, vc dominar ela é muito difícil... Cabelo caindo, dente que eu mesma arranquei, coceira na pele, anemia, não consigo estudar, me sinto mal, com vergonha, a mente fica tipo vazia, ainda continuo vomitando (15-20x dia) é horrível, não sinto fome e nem vontade, vc se sente uma pessoa desgostosa da vida, será que eu nunca vou sair disso?” “Não gosto muito de falar nesse assunto, demorei muito pra aceitar, tava doente e não sabia... É raro algo que eu coma e não vomite, mas agora tô sentindo muita fome, tô comendo demais, tenho pavor de imaginar que eu possa engordar... Na janta é mais difícil eu vomitar (marido) ele tá em casa, mas eu dou uma disfarçada, eu engano todo mundo” “com esses problemas eu tô matando o meu pai... Eu não queria estar aqui, eu sinto que é invasão de privacidade, acho que eu posso resolver isso sozinha um dia, mas hoje ainda não... Eu sofro muito com isso tudo” “eu só não faço besteira por causa da minha família, mas por mim, tanto faz e tanto fez”

28 BULIMIA NERVOSA: “Família...”
“eu vejo que eu tô me recuperando e ela fica me falando que eu tô pior...a minha mãe acha que eu sou uma nenezinha e o papel de mãe é cuidar...é complicado, sempre foi complicado” “vc engole sapo de perna aberta... Não dá prá engolir, tem que vomitar” “meu pai sempre me chamava de louca, minha doença serviu de alguma coisa, agora ele tá mansinho” “a minha doença serviu no começo, mas agora a minha mãe já tá carrasquinha de novo” “por causa da minha irmã, ela fala que é pura frescura, que eu quero me aparecer... Eu vomito sempre, sempre vomitei... Dói aqui sabe, a garganta, eu já comprei uma escova de vomitar” “depois que ele (irmão) ficou doente (câncer) e daí melhorou... Eu tenho medo de magoar, eu já disse pra ele que cada um é doente do seu jeito...a gente é muito amigo, eu procuro ajudar ele o tempo todo”

29 ERROS COGNITIVOS “Se não estou completamente sob controle, isso significa que perdi todo o controle”  PENSAMENTO DICOTÔMICO “Se parar de achar que estou gordo, significa que estou perdendo a vontade de ser magro”  PENSAMENTO SUPERSTICIOSO “Se ela comentar sobre meu peso, não suportarei”  MAGNIFICAÇÃO “Se estou sem ninguém, isso significa que sou pouco atraente para conquistar alguém”  ABSTRAÇÃO SELETIVA “Elas riram e comentaram algo quando passei. Estavam dizendo o quanto sou gorda e feia”  PERSONALIZAÇÃO “Fico embaraçada quando os outros me veem comendo, pois eles ficam reparando no que eu como”  AUTOREFERÊNCIA

30 TÉCNICAS TCC AUTOMONITORAMENTO = melhorar percepção de si mesmo,
RPD = registro dos pensamentos associados ao ato de comer, DIÁLOGO SOCRÁTICO = busca do significado dos alimentos, hábitos, regras... AUTOAVALIAÇÃO = identificar diferentes tipos de fome/emoções DISTRAÇÃO = mudar hábitos alimentares, frequência, temperos, etc. CARTÕES DE ENFRENTAMENTO = auxílio na mudança de hábitos alimentares FLECHA DESCENDENTE = identificar crenças associadas aos alimentos TREINO EM SOLUÇÃO DE PROBLEMAS = necessidade de comer fora de casa IMITAÇÃO = utilizar exemplos positivos no seu convívio social ROLE-PLAY = treino e fortalecimento de novos hábitos alimentares TREINO DE HABILIDADES SOCIAIS = encontrar prazer em outras atividades ROTULAÇÃO DAS DISTORÇÕES COGNITIVAS = identificar pensamentos distorcidos em relação a mitos/crenças sobre determinados alimentos.

31 Aspectos centrais “TCC-E” Especial ênfase na preparação dos pacientes
Transdiagnostic cognitive behaviour therapy for eating disorders (CBT-E): a clinical overview Professor Christopher G. Fairburn (UK) Situação atual TCC x TA Aspectos centrais “TCC-E” Especial ênfase na preparação dos pacientes Alcançar mudanças no início do tratamento Minimizar o risco de recaídas Diagramas explicativos.

32 TCC-E: Modelo para Transtorno Alimentar
TA=AN+BN+TANE 10-15%  Pouca pesquisa; Nenhum tratamento empiricamente testado; 25-30%  Muitas pesquisas; Protocolo TCC-BN é o padrão-ouro para BN. 50-60%  Sem pesquisas; Estados mistos;

33 TCC-E: Modelo Transdiagnóstico para os TA
DOIS PROBLEMAS: Não evidência nos tratamentos de AN e TANE TCC-BN não é suficientemente potente TCC-E Formulada para atender esses problemas: É transdiagnóstica É mais potente do que TCC-BN O que é mais notável sobre AN, BN e TANE é: O quanto eles tem em comum, e não o que os distingue. Eles compartilham a mesma psicopatologia. O fenômeno da migração de diagnóstico. Há mecanismos transdiagnósticos que “aprisionam” os pacientes na psicopatologia dos TA (não em um diagnóstico em particular). TCC-E  É um tratamento para a psicopatologia dos TA (e não um tratamento para o diagnóstico do DSM-IV) e é desenhado para ser individualizado.

34 Principais pontos da TCC–E para os pacientes
TCC: comprovadamente tratamento de ponta para adultos com TA. Cerca 2/3 pessoas completam o tratamento = excelente resposta. Boa razão para fazer tratamento = se comprometer/dar prioridade. TCC-E é tipo “olho no olho” = Inicialmente foca no que faz TA continuar se manifestando = Depois é mais focado no presente e futuro (foca nas origens do problema, se necessário). Sob medida para seu tipo TA e suas necessidades (experts no TA). IMC > 17,5 Terá 20 sessões em 20 semanas (+1 sessão inicial avaliação) = as 8 primeiras sessões 2 x semana, as outras 10 sessões semanais, últimas 3 sessões serão quinzenais. IMC >15 e <17,5 Terá em torno 40 sessões por aprox. 40 semanas (as primeiras 20 sessões serão 2 x semana, depois semanais). Menor nº de intervalos durante TCC-E quebras na sequência do tratamento provocam rupturas e este “momento” pode ser perdido = avaliar quando será o melhor momento para iniciar o tratamento.

35 Principais pontos da TCC–E para os pacientes
Cada sessão terá duração máx.1 hora (exceção = sessão avaliação). É muito importante que as sessões se iniciem/terminem no horário. Se não puder comparecer, informe assim que possível (remarcação). Você + terapeuta  time, para superar o seu problema alimentar = um acordo sobre algumas tarefas especificas (próximos passos). Estas tarefas são muito importantes e precisam ser tratadas como prioridade e com seriedade. É a sua dedicação e o que você faz entre as sessões que determinarão a maneira que você se beneficiará com a TCC-E. Já que você vem lidando com o problema alimentar há algum tempo, é realmente importante que você utilize esta oportunidade para mudar, senão este problema tende a persistir. O tratamento é uma tarefa árdua, mas ela valerá a pena. O quanto mais você se dedicar, mais você terá em retorno.

36 TCC-E: Modelo Transdiagnóstico para o TA
ESTÁGIO 1: “Comece bem” Estabeleça os fundamentos do tratamento; Promova mudança logo no início. ESTÁGIO 2: Avalie o progresso realizado; Identifique as barreiras para a mudança; Preparação para o Estágio 3; ESTÁGIO 3: O que mantém o TA ? Pontue os principais mecanismos mantenedores; ESTÁGIO 4: “Termine bem” Mantenha as mudanças conquistadas; Minimize o risco de recaídas.

37 A TEORIA DA TCC-E SOBRE A BULIMIA NERVOSA (BN) http://www. psychiatry
Super avaliação da forma e do peso, e seu controle Dieta rigorosa e restritiva (SEM estratégias compensatórias para controle de peso) Episódio de Compulsão Alimentar Comportamentos compensatórios (vômitos /laxantes/diuréticos) Eventos e mudanças de humor associadas A B C D E F

38 A TEORIA DA TCC-E SOBRE A ANOREXIA NERVOSA (AN) http://www. psychiatry
Super avaliação da forma e do peso, e seu controle Dieta rigorosa e restritiva (SEM estratégias compensatórias para controle de peso) Baixo peso com efeitos secundários A B C D E Preocupação em se alimentar Isolamento social Obsessividade

39 A TEORIA DA TCC-E TRANSDIAGNÓSTICA http://www. psych. ox. ac
Super avaliação da forma e do peso, e seu controle Dieta rigorosa e restritiva (SEM estratégias compensatórias para controle de peso) Episódio de Compulsão Alimentar Comportamentos compensatórios (vômitos /laxantes/diuréticos) Eventos e mudanças de humor associadas Baixo peso significativo

40 CASO CLÍNICO “Me sinto realmente mal em relação ao meu peso e minha aparência” “Vivo fazendo dieta” “Vivo passando fome” “Vivo me exercitando” “Tenho compulsão alimentar” “Me sinto culpada” “Vômito tudo que eu como” “Tomo a cartela de laxante” “Me sinto infeliz” “Tô muito magra?”

41 “COMER NORMAL” PADRÃO DE ALIMENTAÇÃO DIÁRIO: CAFÉ DA MANHÃ
Lanche da manhã ALMOÇO Lanche da tarde JANTAR Lanche da noite PONTOS IMPORTANTES: Coma as 6 refeições acima (mas não coma no intervalo entre elas), Não pule nenhuma das 6 refeições acima, Não fique mais do que 4 horas sem se alimentar, Coma o que você desejar nas refeições/lanches, desde que você não vomite ou tome laxantes ou diuréticos para compensar. Sempre saiba o que você vai comer na próxima refeição.

42 “Sentimentos de estar gorda”
Peso real Tempo

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44 Profª Lina Sue – lina.sue@hotmail.com – celular (11) 8660-1234
Namastê! Profª Lina Sue – – celular (11)


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