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Prof. Fernando Pucharelli

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Apresentação em tema: "Prof. Fernando Pucharelli"— Transcrição da apresentação:

1 Prof. Fernando Pucharelli
O Pré-Modernismo Prof. Fernando Pucharelli

2 1900-1922 Contexto histórico Revolução de Canudos O ciclo do cangaço
O Misticismo de padre Cícero Revolução do Contestado O ciclo da Borracha A revolta da Vacina A revolta da Chibata Greve dos operários República do café-com-leite Primeira Guerra Mundial

3 Características Ruptura com o passado
Denúncia da realidade brasileira (há um desejo de redescoberta do Brasil- Um Brasil doente, pobre e esquecido) Regionalismo Tipos humanos marginalizados Ligações com fatos políticos, sociais e econômicos contemporâneos. ( há uma tentativa de reinterpretação social do atraso e da miséria). Não constitui “escola literária” Caráter documental

4 Influências Realismo, naturalismo e parnasianismo ( estrutura técnica)  A permanência de características realistas-naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista. Grupo Inovador.  A valorização de novos autores, uma linguagem próxima da realidade e um novo modo de encarar o país: o nacionalismo crítico .

5 Síntese DENÚNCIA DOCUMENTO ARTE: INTERESSE PELOS PROBLEMAS SOCIAIS
PROTESTO CRÍTICA

6 COMO RECONHECER UM TEXTO PRÉ-MODERNISTA?
A denúncia da realidade brasileira , negando o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo. O regionalismo , montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; o vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto. Os tipos humanos marginalizados : o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos.

7 Uma ligação com fatos políticos, econômicos o sociais contemporâneos , diminuindo a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: Triste fim de Policarpo Quaresma , de Lima Barreto (retrata o governo de Floriano e a Revolta da Armada), Os sertões , de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos), Cidades mortas , de Monteiro Lobato (mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista), e Canaã , de Graça Aranha (um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo).

8 Euclides da Cunha ( ) nasceu no Rio de Janeiro, estudou na Escola Militar e fez curso de Engenharia. De formação positivista e republicano convicto, Euclides sempre mostrou grande interesse por Ciências Naturais e por Filosofia. Viveu durante algum tempo em São Paulo e, em 1897, foi enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo ao sertão da Bahia, para cobrir, como correspondente, a guerra de Canudos. Na condição de ex-militar, Euclides pôde informar com precisão os movimentos da guerra das três últimas semanas do conflito. Suas mensagens, transmitidas pelo telégrafo, permitiram que o Sul do país acompanhasse passo a passo a campanha, mobilizando e dividindo a opinião pública. Cinco anos depois, o autor lançou Os Sertões , obra que narra e analisa os acontecimentos de Canudos à luz das teorias cientificistas da época. Inovador no tema, mas não na liguagem. ( análise sociológica, histórica, literária, jornalística e linguagem rebuscada)

9 Os Sertões Os Sertões são uma obra monumental, na qual se mesclam ciência e literatura. Escrito com o intuito de denunciar, com rigor e objetividade científica, a tragédia que foi a campanha do Exército brasileiro em Canudos, o livro acaba por superar a mera finalidade informativa, atingindo alto valor literário. Os Sertões é um livro escrito numa prosa ampla, enérgica, imaginativa e arrojada até ao exagero, num estilo que parece imitar o drama da ecologia nordestina...

10 Divide-se a obra em três partes:
“ A Terra” , em que se descreve o meio geográfico (o cenário do drama); “ O Homem” , em que se descrevem as condições da vida no Nordeste (as personagens do drama); “ A Luta”, em que se narram as peripécias da Guerra de Canudos (ou seja, o próprio drama), até o massacre final dos habitantes da cidade arrasada.

11 AS TRÊS PARTES E AS TEORIAS DETERMINISTAS:
Em razão do enfoque determinista, o autor, partindo da análise das condições do meio natural, analisa o homem, seus componentes e seu meio social e, na última parte, enfoca a guerra como resultado dessa interação entre o homem e o meio.

12 TERRA Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem um desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planu-ras francas. Ao passo que a caatinga o afoga; abre-via-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urtican-tes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado [...]. P.17

13 HOMEM O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. (...) Este contraste impõe-se ao mais leve exame. Revela-se a todo o momento, em todos os pormenores da vida sertaneja — caracterizado sempre pela intercadência impressionadora entre extremos impulsos e apatias longas. P.47

14 A LUTA A luta é desigual. A força militar decai a um plano inferior. Batem-na o homem e a terra. E quando o sertão estua nos bochornos dos estios longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. Enquanto o minotauro, impotente e possante, inerme com a sua envergadura de aço e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos primeiros sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o deserto ameaçador e estéril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo um seio carinhoso e amigo. Então — nas quadras indecisas entre a seca e o verde, quando topam os últimos fios de água no lodo das ipueiras e as últimas folhas amareladas nas ramas das baraúnas, e o forasteiro se assusta e foge ante o flagelo iminente, aquele segue feliz nas travessias longas, pelos desvios das veredas, firme na rota como quem conhece a palmo todos os recantos do imenso lar sem teto. P.103

15 Monteiro Lobato José Bento MONTEIRO LOBATO nasceu em Taubaté-SP, 1882 e faleceu em São Paulo-SP, 1948 Linguagem muito culta, boa parte das obras são contos(estrutura e linguagem tradicional). Figura do Jeca tatu (representante do caboclo/caipira) foco: situação de miséria e abandono das cidades do interior de SP (visão nacionalista) Resistência as mudanças estéticas (artigo: Paranóia ou Mistificção -1917) Duras críticas a Anita Malfatti

16 PRINCIPAIS OBRAS (Lit. Adulta)
Urupês Cidades mortas Negrinha Idéias de Jeca Tatu O presidente negro O escândalo do petróleo e Ferro A barca de Gleyre (2 volumes)

17 Graça Aranha José Pereira da Graça Aranha (São Luís, 21 de junho de 1868 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1931) considerado um autor pré-modernista no Brasil, sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Imigração Análise do Brasil Comportamento Romance de tese Sincretismo Natureza ( real, feia ou bela)

18 Lima Barreto Afonso Henriques de Lima Barreto, conhecido como Lima Barreto, nascido no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881, foi jornalista e um dos mais importantes escritores brasileiros. Autor urbano com literatura de denúncia social Linguagem coloquial, sincretismo(tema/linguagem) Personagem popular (classes baixas do Rio de Janeiro) Preconceito, subúrbios do Rio de Janeiro Brasil (Ufanismo) Humor/Ironia ( crítica e irreverência a intelectualidade e acadêmica da época) Obra: O Triste fim de Policarpo Quaresma

19 Augusto dos Anjos Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914). Linguagem culta Poesia cientificista (Analisa a morte) Existencialismo Angustias da vida. (Pensamentos filosóficos) Visão materialista. Pessimismo Obra: EU

20 Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão - esta pantera - Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!


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