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Síndromes Geriátricos

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Apresentação em tema: "Síndromes Geriátricos"— Transcrição da apresentação:

1 Síndromes Geriátricos
PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO Formação Clínica Básica Formador Pedro Duarte Janeiro 2011 Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

2 s Capítulo I Introdução aos conceitos de: - Envelhecimento; - Problemas associados ao envelhecimento; - Características das doenças na pessoa idosa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

3 Envelhecimento Com o crescimento constante da população envelhecida, a sociedade enfrenta cada vez mais de perto um grande número de problemas emergentes, nomeadamente, a escassez de recursos para que se assegurem a todos os indivíduos um nível de vida digno. A crescente tendência de envelhecimento da população, paralelamente à alteração das suas dinâmicas patológicas, conjugam-se criando situações de dependência e de fragilidade. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

4 Envelhecimento Enigmas difíceis de solucionar no que respeita ao suporte e adequação de respostas diferentes das que tradicionalmente têm sido oferecidas. Quais as respostas existentes Qualidade das respostas Relação Procura vs. Oferta A evolução recente… O futuro próximo Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

5 Envelhecimento Necessidade sentida internacionalmente, uma lacuna que exigia a tomada de medidas particularmente no cerne dos sistemas de saúde e apoio social dos países Europeus objectando a população idosa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

6 Envelhecimento Desde sempre as FAMÍLIAS são reconhecidas como a principal entidade interveniente na promoção e manutenção da independência e saúde dos seus membros e, como a principal prestadora de cuidados informais aos indivíduos na última fase da sua vida. Principal fonte de apoio nos cuidados directos, no apoio psicológico e nos contactos sociais à pessoa idosa dependente Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

7 Envelhecimento *Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

8 Envelhecimento *Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

9 Envelhecimento Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

10 Envelhecimento *Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

11 Envelhecimento *Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

12 Envelhecimento Entre 1991 e 2001, verificou-se um incremento da idade média da população portuguesa de 38,2 anos para 40,9 anos, tendo a população idosa aumentado de 13,6 para 16,4%. Em meados do século XXI, a proporção de idosos representará cerca de 32% do total da população portuguesa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

13 Envelhecimento Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

14 Envelhecimento A Figura, proveniente do Eurostat, demonstra que no nosso país a percentagem de indivíduos dependente na 3ª Idade, para dados do ano 2008, era já superior a 22%. Para além deste facto, se analisarmos a realidade dos restantes países parece desenhar-se uma tendência, particularmente nos países mais desenvolvidos. Necessidade premente de criação de respostas e uma alteração de posturas e estratégias dos intervenientes para enfrentar este novo desafio das sociedades contemporâneas e desenvolvidas. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

15 Envelhecimento Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

16 Problemas Associados ao Envelhecimento
Transformações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais “O ser humano não envelhece de uma forma brusca mas sim paulatinamente” Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

17 Problemas Associados ao Envelhecimento
Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados contextos sociais e históricos. O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais próprias desta fase da vida mediante a análise de vários. Importância de conhecer o passado do Idoso Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

18 Problemas Associados ao Envelhecimento
Envelhecimento Biológico O envelhecimento biológico diz respeito a uma série de alterações nas funções orgânicas devido aos efeitos do avançar da idade sobre o organismo, fazendo com que este perca a capacidade de manutenção do equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas comecem a declinar. Redução progressiva do metabolismo inicia-se a partir da década dos 20 anos e vai declinando lenta e progressivamente ao longo de toda a vida. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

19 Problemas Associados ao Envelhecimento
O nível de funcionamento biológico influencia o padrão global de saúde (funcionamento físico, cognitivo, psicológico e social). Existem diversos estudos e teorias que procuram explicar o fenómeno do envelhecimento biológico: Células humanas normais têm um limite máximo de divisões celulares; A divisão celular os telómeros (estruturas que constituem a região terminal dos cromossomas das células eucarióticas) ficam progressivamente mais curtos até que a divisão celular deixa de ocorrer; Alteração de várias hormonas que controlam o sistema reprodutor, o metabolismo e outros aspectos do funcionamento normal; acumulação de lesões consecutivas à acção do meio sobre o organismo Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

20 Problemas Associados ao Envelhecimento
A visão é uma modalidade sensorial particularmente sensível à idade Estreitamento do campo visual Diminuição da adaptação à obscuridade e à luz Decréscimo da acuidade (capacidade de resolução e de discriminação), Decréscimo da sensibilidade às cores, da percepção da profundidade e da percepção visual do movimento Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

21 Problemas Associados ao Envelhecimento
A presbiacusia corresponde à diminuição auditiva relacionada com o envelhecimento devido a alterações degenerativas, pelo que a pessoa vai perdendo a percepção às frequências elevadas e a capacidade de localização dos sinais sonoros; Os efeitos da idade também se verificam a nível do tacto, dando-se uma diminuição da sensibilidade e percepção dos estímulos dolorosos O olfacto e o gosto são, talvez, os órgãos dos sentidos que mantêm uma maior independência em relação à idade. Ainda assim, as pessoas idosas apresentam uma atrofia das papilas gustativas. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

22 Problemas Associados ao Envelhecimento
O sistema cardiovascular sofre também modificações progressivas, uma vez que o débito e a frequência cardíaca diminuem. O sistema respiratório apresenta um declínio gradual da sua capacidade ventilatória, especialmente durante o exercício físico. Aumento de obstipação e de dificuldade de eliminação e de esvaziamento da bexiga e de metabolização de fármacos. A densidade dos ossos longos e das vértebras diminui e a massa muscular e os níveis hormonais apresentam igualmente um declínio. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

23 Problemas Associados ao Envelhecimento
Envelhecimento Cognitivo As aptidões cognitivas, como sejam as funções executivas (capacidade de planeamento), a atenção e vigilância, as funções mnésicas, as funções intelectuais e as funções sensório-motoras, alcançam a sua melhor performance entre os 20 e os 30 anos, mantêm-se estáveis até à década dos 50 começando, então, a declinar lentamente. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

24 Problemas Associados ao Envelhecimento
Envelhecimento Psicológico O domínio psicológico enquadra um conjunto de fenómenos, tais como as reacções emocionais, a personalidade, o controlo, o auto-conceito, os estilos de coping, entre outros. O equilíbrio psíquico do idoso depende da sua capacidade de adaptação à sua existência presente e passada e das condições do meio que o cercam. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

25 Problemas Associados ao Envelhecimento
Envelhecimento Social A pessoa idosa é submetida a várias mudanças de papéis e, muitas vezes, a perda de papéis em função da idade. A exclusão social fomenta uma quebra dos laços entre a sociedade e o indivíduo, levando assim a uma quebra na própria unidade social. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

26 Problemas Associados ao Envelhecimento
Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

27 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Envelhecer com saúde, autonomia e independência, o mais tempo possível, constitui assim, hoje, um desafio à responsabilidade individual e colectiva, com tradução significativa no desenvolvimento económico dos países. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

28 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Atitude mais preventiva e promotora da saúde e da autonomia: Prática de actividade física moderada e regular Alimentação saudável Não fumar Consumo moderado de álcool Promoção dos factores de segurança Manutenção da participação social são aspectos indissociáveis. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

29 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Reduzir as incapacidades Atitude de recuperação global precoce e adequada às necessidades individuais e familiares Envolver a comunidade, numa responsabilidade partilhada, potenciadora dos recursos existentes e dinamizadora de acções cada vez mais próximas dos cidadãos. s A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou diminuindo a sua gravidade é uma componente fundamental do envelhecimento saudável. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

30 Características das Doenças na Pessoa Idosa
As doenças não transmissíveis e de evolução prolongada, fruto das suas características insidiosas, incapacitantes e tendentes para a cronicidade, tornam-se as principais causas de morbilidade e mortalidade das pessoas idosas, com enormes custos individuais, familiares e sociais. Sabe-se, no entanto, que grande parte das complicações destas doenças, pode não apenas ser retardada no seu aparecimento, como minorada. Acções Práticas ? Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

31 Características das Doenças na Pessoa Idosa
As deficiências visuais e auditivas, assim como os problemas de saúde oral têm importante repercussão negativa, nomeadamente no isolamento e estado de nutrição destas pessoas bem como em todo o seu equilíbrio bio-psico-social. No que se refere à doença de Parkinson, a sua prevalência aumenta de 0,6% aos 65 anos, para 3,5% aos 85 e mais anos, sendo uma das doenças crónicas neurodegenerativas mais comuns na população idosa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

32 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Há que referir que a prevalência da demência aumenta, de 1% aos 65 anos, para 30% aos 85 anos de idade, duplicando, entre os 60 e os 95 anos, em cada cinco anos e sobrevivendo as mulheres com demência mais tempo do que os homens. A doença de Alzheimer uma das demências mais representativas. De igual modo, a prevalência de acidente vascular cerebral aumenta com a idade, de 3% aos 65 anos para 30% aos 85 e mais anos, sendo o AVC uma importante causa de morte e de séria deficiência na União Europeia. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

33 Características das Doenças na Pessoa Idosa
É de realçar o facto de Portugal ser o País da União Europeia com a mais elevada mortalidade masculina e feminina, acima dos 65 anos. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

34 Características das Doenças na Pessoa Idosa
A patologia crónica múltipla, a polimedicação, os acidentes domésticos e de viação, o luto, os internamentos institucionais, o isolamento social, os fenómenos de desertificação, as fragilidades económicas, as alterações da estrutura familiar e as inadaptações do meio habitacional, são alguns dos factores que, ocorrendo frequentemente na população idosa, condicionam a sua saúde, a sua autonomia e independência e a sua qualidade de vida. s AVALIAÇÃO E ACTUAÇÃO MULTIDISCIPLINARES, AOS NÍVEIS LOCAL, REGIONAL E NACIONAL, INTEGRADA E DE TRABALHO EM EQUIPA. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

35 Características das Doenças na Pessoa Idosa
A INFORMAÇÃO sobre as doenças crónicas mais prevalentes e o modo de as controlar, é fundamental à capacitação das pessoas idosas para lidarem com a sua evolução e para a prevenção do aparecimento das suas complicações. A organização e funcionamento dos serviços de saúde não estão, em muitos casos, adaptados às actuais necessidades da população idosa, decorrentes das novas realidades demográficas e sociais, constituindo muitas vezes barreiras à promoção ou manutenção da qualidade de vida destas pessoas e das suas famílias. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

36 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Apesar da maioria das pessoas idosas não ser doente nem dependente, há que ter em conta as múltiplas necessidades decorrentes de um contexto específico de patologia crónica múltipla, mais frequente à medida que a idade avança, sendo necessário um modelo coordenado e compreensivo de continuidade de cuidados, que respeite o princípio da proximidade aplicado a uma população a envelhecer rapidamente. CONTINUIDADE DE CUIDADOS ? Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

37 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Abordagem preconizada assenta numa visão multidisciplinar e multisectorial de actuação integrada, procurando complementar as acções desenvolvidas pelos diversos sectores, cuja acção influencia a melhoria da saúde e do bem-estar das pessoas idosas. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

38 Características das Doenças na Pessoa Idosa
O modelo actual de prestação de cuidados de saúde, ainda muitas vezes mais organizado para responder aos episódios agudos de doença, torna-se portanto desadequado, para responder às necessidades de saúde de uma população em envelhecimento. De facto, gerando internamentos evitáveis, com desperdício de recursos, acaba por determinar o aparecimento de dependências e, até, o esgotamento das famílias, cujos recursos e disponibilidade não encontram suporte em serviços de proximidade e de apoio ao domicílio. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

39 Características das Doenças na Pessoa Idosa
A continua construção de um novo paradigma deverá assentar na cooperação, através do estabelecimento de parcerias, que criem sinergias entre experiências, competências e recursos, entre os diferentes sectores da sociedade e com respeito pelos princípios éticos da transparência, responsabilidade e compreensão mútuos. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

40 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados contextos sociais e históricos. O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais próprias desta fase da vida mediante a análise de vários. Importância de conhecer o passado do Idoso Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

41 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados contextos sociais e históricos. O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais próprias desta fase da vida mediante a análise de vários. Importância de conhecer o passado do Idoso Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

42 Características das Doenças na Pessoa Idosa
Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados contextos sociais e históricos. O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais próprias desta fase da vida mediante a análise de vários. Importância de conhecer o passado do Idoso Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

43 S Capítulo III - Parte I “Grandes síndromes geriátricas” Definição, características e abordagem clínica da: Síndrome confusional aguda; Deterioração cognitiva; Demências. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

44 Síndrome confusional aguda
A Síndrome confusional aguda, também descrita como Amência, descreve um síndrome de pensamento muito confuso (incoerente), com desorientação geral, alucinações e delírio. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

45 Síndrome confusional aguda
O processo de envelhecimento é, na sua essência, multifactorial. O envelhecimento cerebral fisiológico ocorre através de mudanças morfofuncionais, bioquímicas e nos próprios neurotransmissores quando ocorre a perda ponderal do cérebro, diminuição do número de neurónios em certas áreas, ateromatose de vasos cerebrais, formação de placas neuríticas e a diminuição de neurotrasmissores/enzimas como a acetilcolina, serotonina e catecolaminas. São tantas as perdas, que fica difícil diferir o “normal” do que é patológico no processo de envelhecer. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

46 Síndrome confusional aguda
O síndrome confusional agudo, como o próprio nome indica, corresponde a uma alteração do estado mental que se caracteriza por ser reversível. É uma das doenças mais importantes do foro cognitivo em idosos, devido à sua prevalência e implicação prognóstica. O desenvolvimento do síndrome confusional agudo é por vezes o primeiro sinal de comprometimento da função cerebral e também pode ser uma apresentação clínica de uma doença física grave ou aparecer como uma grave complicação de uma doença ou seu tratamento. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

47 Síndrome confusional aguda
Implicações importantes para os aspectos económicos e sociais. Custos elevados, a nível individual, para a esfera familiar do utente, e a nível geral para a sociedade. Nos idosos o limiar de confusão é muito menor do que nos jovens, e em indivíduos com demência este limiar é ainda menor. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

48 Síndrome confusional aguda
O síndrome confusional em idosos é muitas vezes um sintoma e, por essa razão, exige-se aos profissionais de saúde que estejam alerta para que sejam agentes da procura da doença subjacente. A demora no diagnóstico pode trazer consequências fatais. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

49 Síndrome confusional aguda
Quadro Clínico Por definição, trata-se de um processo agudo, que pode ser desenvolvido em horas e remanescer até 3 meses. Intranquilidade, hipersensibilidade a estímulos visuais e auditivos e inversão do ritmo de sono/vigília (também insónias e pesadelos). Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

50 Síndrome confusional aguda
Factores Predisponentes ao Síndrome Confusional: Multifactorial. Envelhecimento – Quanto maior a idade, maior o risco Diminuição da visão e/ou audição Doença mental ou física crónica (Parkinson, Alzheimer, Depressão, Doenças Psiquiátricas, etc.) A demência aumenta o risco em 2-3 vezes Reacções adversas a drogas/medicamentos ( Álcool, benzodiazepinas, etc.) Factores Ambientais (excesso de estímulos, falta de sono, fadiga, etc.) Trauma ou cirurgia recente Insuficiência renal ou hepática, alterações electrolíticas, infecções. Efeito multiplicador em vez de somatório Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

51 Síndrome confusional aguda
Prognóstico A idade avançada e a duração da afecção contribuem para um prognóstico mais reservado, sendo que a conjugação desse dois pontos negativo de prognóstico se traduzem numa taxa de mortalidade na ordem dos 30%. O Síndrome Confusional Agudo ocorre normalmente em pessoas com doenças graves, por isso não surpreende que esteja associado a alta mortalidade. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

52 Síndrome confusional aguda
Tratamento O tratamento deve dividir-se em três aspectos principais: prevenção, tratamento da doença base e tratamento dos sinais sintomáticos do síndrome confusional agudo.  Prevenção: Na maioria das doenças geriátricas, especialmente naqueles com factores de risco de desenvolvimento de confusão, deve-se minimizar o uso de drogas, manter uma boa hidratação e oxigenação e tratar precocemente qualquer complicação médica. Ambiente físico tranquilo e com elementos de orientação (relógio de parede, calendário, etc.). A presença de familiares também indispensável. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

53 Síndrome confusional aguda
Tratamento específico: O foco de atenção principal deve incidir na afecção base pois, na maioria dos casos, a confusão mental evolui de forma paralela à patologia de base. Tratamento do síndrome confusional agudo: Em grande parte das situações, as medidas não farmacológicas são suficientes. Alimentação, hidratação e aporte de vitaminas adequados; Espaço e calmo e o ambiente adequado, tão tranquilo quanto possível, sem estímulos excessivos; Evitar restrição física; Apoio psicológico e terapia de ocupação sócio-cultural e profissional Quando a agitação psico-motora esta mais demarcada poderão ser adoptadas medidas farmacológicas para suavizar essa agitação. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

54 Deterioração Cognitiva
Assim como outras funções do organismo humano, também na velhice se verificam alguns deficits com perda de vitalidade no que concerne à cognição. É muitas vezes difícil despistar em cada situação, que tipo de perdas deverão ser consideradas normais ou patológicas pois o próprio envelhecimento implica um certo grau deteriorativo. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

55 Deterioração Cognitiva
Envelhecimento Cognitivo A capacidade de planear, antecipar e organizar, a atenção e vigilância, as funções mnésicas, as funções intelectuais e as funções sensório- motoras, atingem o seu expoente máximo entre 20 e os 30 anos e permanecem inalteradas até à década dos 50 começando, então, a declinar lentamente; Aproximadamente 80% das pessoas idosas nunca experimentaram uma alteração da memória significativa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

56 Deterioração Cognitiva
Existem variáveis que influenciam o grau de alteração cognitiva: - os factores genéticos que explicam cerca de 50% da variabilidade cognitiva na chamada terceira idade; - a saúde, uma vez que as pessoas saudáveis apresentam menos alterações cognitivas; - o nível de instrução, pois é sabido que um nível de instrução mais elevado funciona como um factor protector das funções cognitivas; - a actividade mental, visto que as actividades mentalmente estimulantes apresentam uma correlação com melhor desempenho cognitivo; - a actividade física, pois a boa forma aeróbica está relacionada com uma melhor preservação das aptidões cognitivas; - a personalidade e o humor podem também influenciar positiva ou negativamente áreas como a memória ou a atenção. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

57 Deterioração Cognitiva
Queixas de memória são frequentes entre os idosos; Maior dificuldade na compreensão de mensagens longas ou complexas e em recuperarem e reproduzirem rapidamente nomes ou termos específicos; Dificuldades para repartirem a atenção por vários tópicos; Ligeiro declínio nas funções executivas (planeamento e comportamentos complexos); a mudança cognitiva mais frequentemente produzida durante o envelhecimento é a diminuição da velocidade de processamento de informação e da acção, o que pode ter repercussões na atenção e na memória. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

58 Deterioração Cognitiva
Envelhecimento Psicológico As reacções emocionais, a personalidade, o controlo, o auto- conceito, os estilos de coping, são alguns dos mecanismos psicológicos que sofrem mutações ao longo da idade do indivíduo. Alterações afectivas: Incontinência emocional Labilidade emocional Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

59 Deterioração Cognitiva
Pessoas mais idosas tendem a lidar com os eventos stressantes de uma forma mais orientada pela emoção, em vez de adoptarem abordagens activas de resolução de problemas. A depressão pode ampliar a percepção de incapacidade do sujeito, nomeadamente quando associada a perturbações de foro físico ou cognitivo. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

60 Deterioração Cognitiva
Envelhecimento Social A qualidade de vida, o bem-estar subjectivo e a satisfação de viver dependem, então, da manutenção das relações sociais e da prática de actividades produtivas. Os idosos tendem a ter redes sociais mais pequenas e contactos interpessoais menos frequentes, investindo activa e profundamente nas relações interpessoais. Atribuindo um maior valor à família e aos amigos de longa data, uma vez que as relações de confiança e de maior intimidade são de grande importância para a manutenção da saúde mental e do bem-estar da pessoa idosa. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

61 Demências Declínio adquirido das funções cognitivas, geralmente associado a alterações de personalidade e/ou do comportamento, de gravidade suficiente para interferir no desempenho das actividades de vida diária e na qualidade de vida do indivíduo. Depois dos 65 anos de idade, a prevalência de demência aumenta exponencialmente, duplicando a cada cinco anos, pelo que de um valor de 0,8% no grupo etário dos 65 aos 69 anos passa para 28,5% acima dos 90 anos de idade. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

62 Demências Na Europa, foi determinada uma prevalência global de demência de 6,4% entre as pessoas com mais de 65 anos. O diagnóstico e a orientação precoces da síndrome demencial revestem-se de uma enorme importância: Determinação da etiologia subjacente; Permite o planeamento dos cuidados a prestar; Reduzir a sobrecarga do cuidador; Mais de metade dos casos de síndrome demencial permanecem subdiagnosticados. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

63 Demências Obstáculos ao reconhecimento precoce da síndrome demencial:
Os vagos sintomas que caracterizam as fases iniciais A baixa confiança dos profissionais relativamente às suas capacidades diagnósticas, bem como a crença de que o diagnóstico da demência deve ficar a cargo de especialistas. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

64 Demências De acordo com a O.M.S., a demência é “uma alteração progressiva da memória (…), suficientemente grave para limitar as actividades da vida diária, que dura por um período mínimo de seis meses e está associada à perturbação de pelo menos uma das funções seguintes: linguagem, cálculo, julgamento, alteração do pensamento abstracto, praxia, gnosia ou modificação da personalidade”. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

65 Demências Manifestações Comportamentais e Psicológicas na Demência:
Comportamentos observáveis como agitação psicomotora, agressividade (física e / ou verbal), deambulação, perturbações do comportamento alimentar, desinibição sexual, comportamentos repetitivos e apatia, e a sintomas psicológicos como depressão, ansiedade, pensamentos delirantes, alucinações e perturbações do sono. Estas manifestações resultam, muitas vezes, da confusão e da desorientação do doente, agravando-se com a evolução da doença. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

66 Demências 20 a 50% assume-se como demência de Alzheimer
A consciência das falhas cometidas, principalmente nos estádios iniciais da doença, contribui em larga medida para o desenvolvimento de um humor depressivo Problemas de sono Sintomas psicóticos Também a frequência da agitação psicomotora aumenta com a severidade da demência Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

67 Demências Diversas formas de classificação das demências:
Demências pré-senis, que aparecem antes dos 65 anos de idade. Demências senis, que aparecem depois desta idade. Outro tipo de classificação distingue as demências irreversíveis das demências reversíveis. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

68 Demências Etiologia das Demências Causas de Demência
Demências Primárias: Demências Degenerativas Demência do Tipo Alzheimer; Demência de Corpos de Lewy; Demência Fronto-Temporal; Doença de Parkinson; Doença de Huntington. Demências Vasculares Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

69 Demências Secundárias:
Carência de Ácido Fólico; Pelagra. Doenças Metabólicas Doenças da Tiróide e Paratiróide; Doenças da Hipófise e Suprarrenais; Insuficiência Renal Crónica. Origem Tóxica Associada ao Álcool (Síndrome de Korsakoff); Induzida por Medicamentos (Sedativos / Hipnóticos / Ansiolíticos). Outras Causas Demências Secundárias: Origem Intracraniana Infecções Doença Creutzfeldt-Jakob; Doença HIV. Hidrocéfalo de Pressão Normal Tumores Traumatismos Cranianos Demência Pós-Traumática; Hematoma Sub-dural Crónico. Estados Carenciais Carência de Vitamina B12; Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)

70 Demências Declínio adquirido das funções cognitivas, geralmente associado a alterações de personalidade e/ou do comportamento, de gravidade suficiente para interferir no desempenho das actividades de vida diária e na qualidade de vida do indivíduo. Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)


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