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Inteligência Rossano Cabral Lima

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Apresentação em tema: "Inteligência Rossano Cabral Lima"— Transcrição da apresentação:

1 Inteligência Rossano Cabral Lima
Psiquiatra; Doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ); Professor Visitante (NUPPSAM/IPUB/UFRJ)

2 Inteligência A inteligência abrange os conceitos de: compreensão, associação, elaboração de idéias, juízo, raciocínio, abstração, generalização, adaptação, criatividade.

3 Inteligência Porém, fatores “extra-intelectivos” também tomam parte nesse processo: o temperamento, o caráter, os hábitos, as emoções, a intuição, os interesses e as influências circunstanciais.

4 Inteligência Mesmo a vida instintiva, tradicionalmente tida como oposta à vida intelectiva, não lhe é de todo estranha, podendo-se considerar que a segunda se originou quando a primeira se mostrou insuficiente para enfrentar os desafios da adaptação da espécie.

5 Inteligência A inteligência é a capacidade de resolver problemas novos ou adaptar-se a novas situações. O ideal da inteligência é alcançar o máximo de efeitos funcionais com o menor dispêndio de energia possível.

6 Inteligência A inteligência é, antes de tudo, construção dos séculos XIX e XX. Binet: instrumento para identificar crianças cujas dificuldades escolares indicassem a necessidade de educação especial. Sua função original não era a de ser uma medição objetiva da inteligência, sendo um recurso eminentemente prático.

7 Inteligência Binet: “A escala, rigorosamente falando, não permite medir a inteligência, porque as qualidades intelectuais não se podem sobrepor umas às outras, e, portanto, é impossível medi-las como se medem as superfícies lineares” .

8 Inteligência Os testes não tinham função de explicar a etiologia ou mecanismos de “transmissão” da inteligência, nem função prognóstica, e muito menos a de hierarquizar indivíduos a partir de sua pontuação nos testes.

9 Inteligência A difusão dos testes, especialmente nos EUA, associou os resultados, de modo determinista, à noção de hereditariedade, e reificou o constructo da inteligência, que se transformou em “ente” mensurável a partir da pontuação nos “testes de QI”.

10 Inteligência Modelos multifatoriais da inteligência têm aparecido como contraponto à visão unifatorial, mas aguardam validação empírica abrangente. Eles incluem 2 a 8 subtipos de inteligência

11 Inteligência Inteligências múltiplas (H. Gardner): Linguística
Lógico-matemática Espacial Musical Físico-cinestésica Interpessoal Intrapessoal Naturalista

12 Inteligência 3 inteligências (Greenspan): Inteligência conceitual
Inteligência social Inteligência prática

13 Desenvolvimento da inteligência
Piaget: inteligência humana entendida como uma forma de adaptação ao meio, baseada nos mecanismos de assimilação de elementos do ambiente à estrutura do indivíduo e de acomodação da estrutura do indivíduo em resposta às mudanças do meio.

14 Desenvolvimento da inteligência
1-Período sensório-motor: ocupa os dois primeiros anos de vida. Nessa fase a inteligência é derivada dos esquemas de ação, sendo a atividade mental baseada em percepções e movimentos. Os estímulos nas diferentes esferas perceptivas são experimentados de forma desconectada, e a percepção visual é bidimensional. Até cerca de nove meses os objetos são inconsistentes, móveis, deixando de existir quando afastados do campo visual. Depois aparecem “objetos permanentes”, que mesmo ocultados são procurados pela criança. A imitação aparece como o germe da representação, que ainda não está presente, não havendo linguagem e simbolização. Não havendo clara diferenciação eu-mundo, o “egocentrismo” é uma das marcas principais dessa etapa.

15 Desenvolvimento da inteligência
2-Período pré-operatório: entre 2 e 7 anos de idade. Desenvolvimento progressivo da atividade simbólica, permitindo o desenvolvimento da linguagem e da sociabilidade. Ocorre o processo de interiorização da ação, que deixa de ser experimentada num plano basicamente perceptivo-motor, passando a alimentar experiências no plano imaginário. As atividades lúdicas se desenvolvem de forma marcante, utilizando a imitação de maneira mais sofisticada.

16 Desenvolvimento da inteligência
3-Período operatório-concreto: entre 7 e 12 anos de idade. A operatividade corresponde ao surgimento do pensamento lógico, mas as relações entre as classes, enunciados e conceitos só se dão na medida em que seus elementos estejam ao alcance do aparato perceptivo da criança. Há aqui também um maior desenvolvimento da socialização, no sentido da cooperação interpessoal e da complexidade das brincadeiras e jogos. A criança mostra-se mais descentralizada, não se limitando apenas a seu ponto de vista sobre o mundo.

17 Desenvolvimento da inteligência
4- Período operatório-formal: alcançado entre os 12 e 16 anos. Há aqui domínio pleno do pensamento lógico, abstrato e dos sistemas simbólicos, permitindo ao indivíduo o manejo de noções como a ética, a formulação matemática de problemas e hipóteses e a análise refinada do próprio pensamento, tendo como referência o pensamento alheio.

18 Desenvolvimento da inteligência
Críticas às fases de Piaget (Butterworth): Os objetos do ambiente já seriam percebidos pelo bebê de três meses com sua forma, tamanho e distância ocupando o espaço particular de cada um. Não haveria problemas com a permanência dos objetos (quando esses desaparecem do campo visual), mas a percepção é que não seria suficiente para guiar ações envolvendo múltiplas sequências de meios e fins (como as necessárias para alcançar um objeto fora do campo visual). Bebês de dois meses de idade já demonstrariam habilidades de atenção conjunta (a partir do olhar e do ato de apontar), colocando em xeque a noção de egocentrismo, na medida em que eles percebem o seu mundo visual como o mesmo de outra pessoa.

19 Inteligência Três critérios são essenciais na definição da inteligência (Butterworth, 1996): Utilização da representação interna do conhecimento para decidir qual informação é relevante e qual não é; Sempre se referir ao comportamento num determinado contexto social e físico: o que é inteligente num ambiente pode não sê-lo ou ser suplantado em outro; Distinção entre inteligência exteriorizada no comportamento e inteligência não manifesta, especialmente em crianças pequenas

20 Inteligência A inteligência não é uma função estática, sinônimo de pontuação em testes de QI e localizável numa região cerebral específica.

21 Retardo Mental: histórico
Idiotia (ou idiotismo congênito): marca a pré-história da psiquiatria infantil Esquirol: “Não se trata de uma doença, mas de um estado no qual faculdades intelectuais nunca se manifestaram, ou não puderam desenvolver-se o bastante (...). Nada poderia dar, mesmo que por alguns instantes, mais razão ou mais inteligência aos infelizes idiotas”

22 Retardo Mental: histórico
Georget (1820): “Não se deveria fazer da idiotia um tipo de delírio; um defeito original do desenvolvimento não é, propriamente falando, uma doença (...). Os idiotas devem ser classificados entre os monstros: eles verdadeiramente os são do ponto de vista intelectual”

23 Retardo Mental: histórico
Griesinger (1845): “o eu nesta idade não está ainda formado de maneira estável para apresentar uma perversão durável e radical; assim, as diversas doenças produzem nas crianças verdadeiras interrupções no desenvolvimento, que atingem a criança em todas as suas faculdades”.

24 Retardo Mental: histórico
Jean-Marc Itard e Victor, o “selvagem de Aveyron” Debate sobre o grau de irreversibilidade do retardo mental

25 Retardo Mental: definição
Nova noção: Intelectual Disabililty Deficiência intelectual + prejuízo social: “Condição de desenvolvimento interrompido ou incompleto da mente (...) caracterizada por comprometimento de (...) aptidões cognitivas, de linguagem, motoras e sociais” (CID 10 - OMS) Caráter descritivo, não etiológico

26 Retardo Mental: classificação
RM LEVE QI entre 50 e 69 (correspondendo a uma idade mental de 9 a 12 anos) Limites incertos com a inteligência subnormal e mesmo com as margens inferiores da normalidade. Pode ajudar a detectar a maior vulnerabilidade para outros quadros psiquiátricos, além de ser útil para elaborar estratégias educativas ou de trabalho mais adequadas a essa população.

27 Retardo Mental: classificação
RM LEVE Abrange cerca de 85 % dos casos de retardo. Os pacientes usam a fala adequadamente, podem ser independentes quanto aos auto-cuidados, habilidades domésticas e práticas; podem trabalhar com tarefas manuais não-especializadas ou semi-especializadas. Têm dificuldades com tarefas abstratas mais complexas, raciocínio lógico ou matemático; podem apresentar imaturidade e dificuldades no casamento e criação de filhos; podem ter problemas específicos de leitura e escrita.

28 Retardo Mental: classificação
RM MODERADO QI está entre 35 a 49 (correspondendo a uma idade mental de 6 a 9 anos). Abrange cerca de 10 % dos casos. O desenvolvimento psicomotor mostra-se lento, a aquisição escolar é limitada e mecânica. Os indivíduos realizam tarefas práticas simples sob supervisão, têm interesse social, mas raramente conquistam independência na vida adulta. Epilepsia, prejuízos neurológicos e evidência de etiologia orgânica são mais comuns que nos quadros leves.

29 Retardo Mental: classificação
RM GRAVE QI entre (idade mental de 3 a 6 anos) Abrange 3 a 4 % dos casos. O desenvolvimento psicomotor encontra-se muito retardado, havendo pequena capacidade comunicativa. Os indivíduos podem aprender tarefas básicas de higiene e cuidados pessoais, geralmente andam sem auxílio, porém necessitam de supervisão constante. Epilepsia, prejuízos neurológicos e evidência de etiologia orgânica são muito comuns.

30 Retardo Mental: classificação
RM PROFUNDO QI abaixo de 20 (e a idade mental abaixo de 3 anos) 1 a 2 % dos casos. Os pacientes neste nível de retardo apresentam pequena capacidade de entender comandos, solicitações e instruções. Comumente ficam restritos ao leito, sem fala e sem controle dos esfíncteres, precisando de supervisão permanente para sobreviver. Déficits visuais ou auditivos são freqüentes; epilepsia, prejuízos neurológicos e evidência de etiologia orgânica estão presentes na maioria dos casos.

31 Retardo Mental: classificação
Continuum é fenomênico mas também etiológico? Variante orgânica: mais comum nos casos mais graves. O QI dos parentes é normal, pois esses não compartilham do fator causal orgânico Variante normal: mais comum nos casos leves. QI dos parentes também é mais baixo

32 Retardo Mental: prevalência
Prevalência geral: 1 a 3 % da população; taxas mais altas são encontradas quando a medida do QI é tomada como único referencial diagnóstico Retardo mental leve: 2 % da população Retardo mental grave: 0,4 % da população

33 Retardo mental: aspectos psiquiátricos
O RM é fator de risco para sintomas e transtornos psiquiátricos São 3 a 4 vezes mais frequentes em RM que na população geral Presentes em 1/3 das crianças com RM leve e metade das com RM grave Na verdade, é mais comum a presença de sintomas ou síndromes parciais que transtornos psiquiátricos completos

34 Retardo mental: aspectos psiquiátricos
RM leve: transtornos emocionais/ansiosos, alterações de conduta (irritabilidade, episódios de agressividade, retraimento excessivo), hiperatividade

35 Retardo mental: aspectos psiquiátricos
RM grave: além dos acima, transtornos autísticos ou suas variantes parciais (estereotipias, inquietude grave), auto-agressões ou auto-mutilações, distúrbios do sono, auto-negligência, pica, mericismo, enurese e encoprese, masturbação excessiva. Transtornos de conduta são mais frequentes quanto mais grave o RM.

36 Retardo mental: aspectos psiquiátricos
Transtornos completos: Transtornos do humor não seriam muito mais frequentes que na população em geral Transtornos psicóticos ou esquizofrenia: levemente mais comuns que nos não retardados Transtornos ansiosos (TAG, fobias simples, fobias sociais, pânico): 26 % dos RM leves Abuso de substâncias: 2 a 20 % Alzheimer: risco aumentado em S. Down Epilepsia: 8,8 a 32 %

37 Retardo Mental: etiologia
RM de causa ambiental: Causas pré-natais: agentes infecciosos (rubéola congênita, CMV), agentes físico-químicos (radiação, síndrome alcoólica fetal), doenças maternas (diabetes, tireoidopatias)

38 Retardo Mental: etiologia
RM de causa ambiental: Causas perinatais: prematuridade, distocias, incompatibilidade materno-fetal, hiperbilirrubinemias Causas pós-natais: trauma com lesão de SNC, infecções (meningites), ações de tóxicos (chumbo), distúrbios vasculares cerebrais, má nutrição

39 Retardo Mental: etiologia
RM de etiologia genética: Causas gênicas: Herança autossômica recessiva(fenilcetonúria), herança autossômica dominante (esclerose tuberosa), herança recessiva ligada ao X

40 Retardo Mental: etiologia
RM de etiologia genética: Causas cromossômicas: Trissomias (Down), deleções, translocações, aneuploidias de cromossomas sexuais (Turner (45, X), Klinefelter (47,XXY))


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