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PublicouJoão Henrique Duarte das Neves Alterado mais de 8 anos atrás
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O BRASIL ANTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
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Que país é este? A busca por uma resposta para esta pergunta marcou a arte brasileira do século XX e perdura até hoje. Daí a preocupação de alguns autores em denunciar a realidade brasileira, revelando um Brasil não oficial, dos marginalizados, desde o sertão nordestino até os subúrbios cariocas.
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NEGANDO O BRASIL IDEALIZADO PELOS ROMÂNTICOS
Primeira obra que negou o Brasil idealizado pelos românticos foi “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. A obra “Os Sertões” faz o relato da Revolta de Canudos, liderada pela figura mística de Antônio Conselheiro.
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Os Sertões Nesta obra, Euclides da Cunha revelou os contrastes entre o Brasil europeizado e o Brasil do sertão nordestino, dos “extraordinários patrícios”.
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Canudos Em 1896, num arraial formado à beira do Rio Vaza-barris, norte da Bahia, 25 mil pessoas viviam lideradas por Antônio Conselheiro. Neste cenário, ocorreu o mais trágico episódio da jovem República Brasileira. O beato Antônio Conselheiro fazia uma pregação que concorria com a Igreja Tradicional.
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Concorrência Antônio Conselheiro arregimentava a antiga mão-de-obra de fazendeiros. Os fazendeiros e religiosos reprimiram esse movimento, que partiu do governo baiano, ganhando um contorno federal, com intervenção de tropas do exército. O movimento de repressão ao grupo liderado pelo “messias” sofreu algumas derrotas, mas venceu o arraial em outubro de 1897.
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Canudos Tropas federais com mais de 10 mil homens destruíram o arraial e degolaram os prisioneiros (adeptos de Antônio Conselheiro), matando, inclusive, o próprio beato.
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Triste Fim de Policarpo Quaresma
Em 1911, Lima Barreto publicou Triste Fim de Policarpo Quaresma, uma obra que discute o nacionalismo numa mistura de crítica, análise e humor. O governo de Floriano Peixoto e a Revolta da Armada formam o pano de fundo histórico deste romance.
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CONFLITO NA REPÚBLICA Floriano Peixoto era o vice-presidente e assumiu o governo após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. O problema era que essa tomada de posse de Floriano era inconstitucional, já que, pela lei, o vice-presidente só poderia assumir o poder caso o presidente tivesse tido uma gestão de, no mínimo, 2 anos – o que não ocorreu. Neste caso, novas eleições deveriam ter acontecido.
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FLORIANO ASSUME No entanto, Floriano Peixoto assumiu a presidência e
governou com “mãos de ferro”, colocando-se acima da Constituição.
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A REVOLTA DA ARMADA Em 1893, parte da Marinha brasileira se rebelou contra o governo de Floriano, por considerá-lo ilegal. A Revolta também refletia uma disputa entre o Exército e a Marinha. Comandados pelo Almirante Custódio de Melo, os revoltosos da Marinha dirigiram-se à Baía da Guanabara e apontaram seus canhões para a Capital Federal (que era o Rio de Janeiro).
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VITÓRIA DO GOVERNO O Governo Federal revidou os ataques e saiu vencedor dessa Revolta, em 1895.
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A REVOLTA DA VACINA
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RIO DE JANEIRO, 1904 Em 1904, no governo do presidente Rodrigues Alves, o Rio de Janeiro vivia três situações: O ENTÃO PREFEITO RESOLVEU REURBANIZAR A CIDADE, PROMOVENDO INÚMERAS DESAPROPRIAÇÕES; O MÉDICO SANITARISTA OSWALDO CRUZ INICIOU UMA CAMPANHA DE VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA (CONTRA A FEBRE AMARELA E A VARÍOLA); OS SEGUIDORES DE FLORIANO QUERIAM DERRUBAR RODRIGUES ALVES.
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O POVO CONTRA A VACINA Diziam que a vacina apenas propagava as doenças, por isso o povo recusou-se a recebê-la. A população transformou Oswaldo Cruz num vilão e gerou um campo de batalha na cidade durante 4 dias.
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