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EDIN – Introdução à Educação Inclusiva com Tecnologia Prof. José Antonio Borges PGTIAE – NCE/UFRJ – 2008.

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1 EDIN – Introdução à Educação Inclusiva com Tecnologia Prof. José Antonio Borges PGTIAE – NCE/UFRJ – 2008

2 Joana é professora, e em mais de 25 anos alfabetizou centenas de crianças naquela sofisticada escola da Zona Sul do Rio de Janeiro. Alguns de seus alunos hoje são muito bem sucedidos, alguns famosos, a maioria deles ricos. Hoje é o primeiro dia de aula. As crianças estão em fila no pátio. As mães estão próximas, no lado direito do pátio, orgulhosas de seus filhinhos em lindos uniformes azuis e brancos. Mas esta fila não tem só crianças pequenas: uma única mãe está no fim desta fila, e do lado dela, uma criança sorri olhando para o vazio.

3 – Oh, meu Deus, o garoto é cego!... E agora o que é que eu faço???

4 Joana é professora do ensino fundamental, mas poderia ser do ensino médio, superior ou pós graduação - sua surpresa provavelmente seria idêntica. Então reflita sobre isso! Como professor, o que eu realmente quero (ou preciso) saber sobre deficiências?

5 Deficientes e história "Pois, quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isto não é mal? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isto não é mal?" [Bíblia Sagrada, Mal., 1:7,8].... tanto que já no final do século XVII há pedido de providências ao Rei de Portugal, feito pelo governador da Província do Rio de Janeiro, Antonio Paes de Sande, "contra os atos desumanos de se abandonar crianças pelas ruas, onde eram comidas por cães, mortas por frio, fome e sede" [Jannuzzi, 2004, p. 9]. China hoje?

6 Hauÿ, Braille, cegos e o início da integração pelo estudo

7 Adèle Brasil...

8 Benjamin Constant relata... ”... matricularam-se 64 cegos de ambos os sexos. Faleceram de diversas moléstias, 11; saíram por incapacidade de instrução em conseqüência de graves moléstias físicas e mentais, 6; foram expulsos por serem de péssima conduta e incorrigíveis, 2; deixaram a condição de alunos por terem concluído o curso dos seus estudos....” "Dos 16 cegos que deixaram o Instituto por terem concluído seus estudos, 13 viveram e 10 ainda vivem sobre si com os recursos tirados da instrução teórica e prática aqui recebida, exercendo profissões úteis."

9 Profissoes: empalhador, vassoureiro, afinador de pianos, professor. “no Brasil, durante muito tempo no século XX, o ensino de cegos foi feito em regime de internato, e uma grande parcela deste ensino se resumia ao da música, porque a sociedade entendia ser uma saída profissional para os cegos...” (Thome, 2001)

10 Primeiras instituições para educação de deficientes Caráter assistencial suporte financeiro de beneméritos e do governo Profissionalização muito limitada sem tecnologia Indivíduos isolados, super-protegidos Internato quando saíam, não se adaptavam, voltavam

11 Controvérsias: Educação como um asilo de inválidos Alguns ensaiam vôos tímidos. (...) E ficam no Instituto. Ensinam ali de graça, anos e anos, à espera de um lugar que tarda sempre. Transmitem bem o que sabem, porque se valem das próprias experiências, mas o ensino é morto. Falta-lhe a seiva do contato com a realidade da vida, o sopro das idéias que se agitam pelo mundo. Remunerado com o teto e o prato de comida, o professor não pode fazer senão repetir o que aprendeu e seguir a didática formal, há muito embolorada pelo tempo, moendo e remoendo os conceitos arcaicos abrigados, no casarão vetusto, contra o vento renovador que sopra lá fora (Espínola Veiga 1946 - p.31).

12 Regresso dos soldados feridos na Guerra do Vietnã aos Estados Unidos. Provocaram ações muito sérias e de grande repercussão e visibilidade contra o governo americano, já altamente impopular com a perda da guerra. pedidos de indenização motivar o governo a criar leis específicas para garantia de participação social e de trabalho financiar pesquisas e apoiar ações para melhorar a vida dos deficientes em conseqüência da guerra. Anos 70

13 Mudança de paradigma O que ele não pode fazer X O que ele pode fazer A visão segregacionista em relação aos deficientes foi substituída por uma visão inclusiva.

14 Os seres humanos não são fisicamente todos iguais - cada um de nós tem seu peso, sua altura, sua cor de pele. As pessoas deficientes talvez sejam um pouco mais diferentes, já que podem possuir sinais ou seqüelas mais notáveis. Mas não podemos meramente transpor a realidade natural para a realidade social: esta é por nós construída... Pensar numa sociedade melhor para as pessoas deficientes é necessariamente pensar numa sociedade melhor para todos.

15 Hoje as pessoas deficientes estão deixando de ser invisíveis

16 Algumas entidades calculam que cerca de 70% dos deficientes são mantidos "fechados" pelas famílias. Por um lado, falta paciência para levá- los a passear ou realizar outras atividades; por outro, há dificuldades urbanísticas imensas – como calçadas esburacadas, falta de elevadores, de rampas e de acessos especiais para cadeiras de rodas e carência de transporte adaptado.

17 Envelhecimento e deficiência Todos ficaremos (mais) deficientes Número de deficientes se amplia enormemente com a expectativa de vida de hoje.

18 Classificação informal dos deficientes deficientes visuais deficientes físicos deficientes auditivos deficientes mentais

19 Deficiência sensorial DV - deficiente visual Cego com visão sub-normal DA - deficiente auditivo Surdo Deficiente auditivo médio ou leve Deficiência física DF - deficiente físico. Paraplégico – deficiência da cintura para baixo Tetraplégico – deficiência do pescoço para baixo Hemiplégico – todos os membros de um lado do corpo têm deficiência Mutilado – falta de um membro ou parte dele Deficiência mental DM - deficiente mental. síndrome de Down síndrome de Asperger Autismo e muitos outros... Distúrbios de aprendizagem Disléxico – dificuldade de expressar-se oralmente Disgráfico – dificuldade de expressar-se por escrita Gago Com baixo nível de cognição.

20 Dentro de uma mesma deficiência há muitas variantes níveis e formas de manifestação da deficiência Alguns seriam melhor classificados como paralisados cerebrais super-dotados deficientes múltiplos portadores de deformidades físicas apresentando TDAH transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.... e muitos outros....

21 Quantos deficientes existem no Brasil? Deficiências no Brasil em Números (Censo 2000) População Brasileira 169.799.170 100% Total de deficientes 24.537.984 14.5%

22 Deficiência visual 16.573.937 9.8% Alguma dificuldade 14.015.641 8.3% Grande dificuldade 2.398.472 1.4% Incapaz de enxergar 159.8240.1% Deficiência motora 7.879.601 4.6% Plegias severas 955.287 0.6% Deficiência auditiva 5.750.809 3.4% Alguma dificuldade 4.713.8542.8% Grande dificuldade 860.889 0.5% Incapaz de ouvir 176.067 0.1% Deficiência mental permanente 2.848.684 1.7%

23 Cada deficiência tem demandas específicas Visuais: orientação e mobilidade leitura e escrita convencional interpretação gráfica Motores ajuda em movimentação, higiene, alimentação... acessibilidade física mas ler com os olhos: funciona.

24 Auditivos Graves ou leves? Surdos de nascença: português é tão complicado como Húngaro para nós. Necessidade de tradutor-intérprete de Libras Texto impresso em Português - quais seriam as alternativas? Cognitivos encontrar estratégias que maximizem o potencial do indivíduo, dentro do tempo e das limitações particularizadas.

25 Paralisados cerebrais espasmos dificuldade imensa (ou impossibilidade) de articular a fala movimentação mas frequentemente aspectos cognitivos totalmente OK. Super-dotados aprendizado segue outros parâmetros, especialmente de tempo e complexidade.

26 As especificidades são muito distintas! Grande dificuldade de definir estratégias gerais

27 Para a maioria dos deficientes... desde sempre... Pobreza e mendicância Assistencialismo Segregação Cultura só oral Preconceito O caso da família rica do Nordeste

28 Alguns deficientes bem sucedidos...

29 Filme: Um pequeno depoimento de Ricardo Souza, “1º Aluno” do curso de Biologia à distância do CEDERJ

30 Barreiras arquitetônicas Estratégias de ensino inadequadas materiais didáticos e de apoio diferenciados Acesso precário aos meios de comunicação Desconhecimento ou falta de acesso às tecnologias assistivas da pessoa, da família e do professor Preconceito Elas conseguiram que vencer um mundo nada amigável...

31 Elas venceram muitos desafios Desafios demais! Não precisaria serem tantos, se houvesse... Apoio e oportunidade Disponibilidade financeira adequada Políticas que lhes garantissem seus “DIREITOS ESPECIAIS”

32 Que direitos especiais? Direito ao acesso físico amplo sem barreiras arquitetônicas Direito ao acesso à informação sem barreiras Direito ao trabalho independente da condição física ou mental. Direito à saúde pública diferenciada Direito à educação diferenciada Direito às tecnologias assistivas

33 Em particular... Direitos educativos especiais PD vai apresentar dificuldades maiores que o restante dos alunos precisa, assim, de caminhos alternativos para conseguir estudar com eficiência Educação Diferenciada há muitos caminhos inclusiva, exclusiva... no Brasil: momento de transição

34 A essência desses postulados é baseada no direito de cada criança a educação, proclamado inicialmente na Declaração Universal de Direitos Humanos, e fortemente reconfirmado pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser realizados. Os pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriadas às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças. Brasil – a opção pela inclusão Concordou com a Declaração Mundial de Educação para Todos, Jomtien, Tailândia (1990) Declaração de Salamanca (1994).

35 Será a inclusão possível? O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. As escolas deveriam incluir todas as crianças, deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos em desvantagem social ou marginalizados. 10 minutos para discutir isso...

36 Deficiência e legislação no Brasil Muito avançada Acessibilidade e direitos: Plenamente regulamentados Mais importante hoje: Decreto 5296 / 2004 estabelece regras muito claras para Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística, aos Transportes Coletivos, à Informação e Comunicação e às Ajudas Técnicas O maior desafio é o da mudança cultural, e esta não se realiza por decreto.

37 Dificuldade: o indivíduo recebe múltiplas visões da lei Para a educação, o sujeito com deficiência é um "aluno especial“ cujas necessidades específicas demandam recursos, equipamentos e níveis de especialização definidos de acordo com a condição física, sensorial ou mental. No âmbito da saúde, o mesmo aluno é tratado como "paciente", sujeito a intervenções tardias e de cunho curativo No campo da assistência social ele é um "beneficiário" desprovido de recursos essenciais à sua sobrevivência e sujeito a formas de concessão de benefícios temporários ou permanentes de caráter restritivo.

38 Tecnologia Há muito tecnologia disponível... não para todos os casos.... mas o avanço é muito rápido. "Para as pessoas normais, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas deficientes a tecnologia torna as coisas possíveis."

39 Tecnologias Assistivas Tornam a pessoa “mais eficiente” Menos deficiente Facilitam integração / inclusão Quase todas envolvem o uso da computação, eletrônica e seus derivados

40 Tecnologias mudam tudo... Estudo alfabetização, nível médio, superior, pós... Trabalho suporte às profissões usuais atividades com uso direto da tecnologia ex.: Computação: Telemarketing e Telecontrole Lazer Novas opções de diversão Diversões usuais de não deficientes adaptadas

41 Tecnologia no Brasil não é fácil de ser usada amplamente... Pobreza dos deficientes no país Quase sempre: educação precária devida à condição social e física Acesso às telecomunicações precário Analfabetismo digital

42 Papel do Estado Garantir a todos o acesso às T.A. com respeito às diferenças Capacitar os deficientes é fundamental + professores, família, terapeutas... Remover as barreiras não apenas arquitetônicas... dos itens comuns das comunicações do governo eletrônico e outros

43 Garantir acesso a todos implica... Isenção/diferenciação de impostos em tecnologias assistivas. Barateamento dos bens Fomento à criação e disseminação de novas soluções tecnológicas Fomento a projetos educacionais inclusivos

44 Cena 1: Pedro fala para Márcia: - "Não acredito! O prédio está sem luz! Haja pernas para subir até o 7 º andar!" Marcia retruca - "Deixa de preguiça, homem! Problemão tem aquela ali com o carrinho de bebê! Olha a cara dela, de desânimo. Ela mora no 12 º..."

45 Cena 2: Primeiro dia de aula, ela empolgada chega à faculdade. O porteiro informa: "É caloura, não é? A aula de vocês é no auditório velho. A entrada é pela escada em caracol. Só que hoje não tem ninguém para carregar você até lá, na cadeira de rodas."

46 Acessibilidade Poder ter acesso aos lugares e informações tem que ser direito de todo cidadão Lugares físicos e virtuais Vamos ver um filminho agora...

47 Computação e Internet Computador: uma convergência de mídias Escrita Imagens Filmes Sons Comunicação Manipulação

48 “...um dos períodos mais tristes de minha vida foi quando passei vários dias sem poder acessar a Internet. Nestes dias voltei a ser cego, vivendo um domingo de cego solitário, sozinho em meu quarto, sem ninguém para conversar.” (depoimento de um cego desconhecido na platéia do Encontro de Usuários Dosvox – 2000 gravado em áudio-cassete).

49 Internet e deficientes Acesso infinitamente maior a informações Do outro lado da Internet está um deficiente? Solidão Busca de nova identidade Crise de identidade Conflitos religiosos Sexualidade Defesa da personalidade e cultura

50 Computador é capaz de: exibir textos, imagens, sons, fala e música ser comandado de muitas maneiras, inclusive pela voz para controlar objetos do ambiente interagir com o entorno físico, modificando-o agir como um servo robotizado que atende a inúmeros desejos. transformar, manipular, arquivar e transmitir informações a velocidades espantosas. simular (parcialmente) a inteligência humana

51 Acessibilidade digital Em particular na Web Regras do W3C Necessário para que TODOS possam aceder a TODAS as informações Independente da situação física Como poderia alguém que não mexe nenhum músculo do corpo ter acesso à Internet? Como pode alguém que não enxerga ter acesso à Internet?

52 Um pequeno filme Bernard, cegueira, mestrado e Internet

53 Mensagem final Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência quem é o cego? Se você deixa de ouvir o grito do seu irmão para a justiça, quem é o surdo? Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa, quem é o mudo? Se sua mente não permite que seu coração alcance seu vizinho, quem é o deficiente mental? Se você não se levanta para defender os direitos de todos, quem é o aleijado? (Autor desconhecido)

54 EDIN – fim da aula #1 José Antonio Borges antonio2@nce.ufrj.br (021) 2598-3339


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