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Ambiente Econômico Global

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Apresentação em tema: "Ambiente Econômico Global"— Transcrição da apresentação:

1 Ambiente Econômico Global
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados.

2 Com o fim da oposição “capitalismo versus socialismo”, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo (exceto por Cuba, China e Coréia do Sul, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo). O capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90. À essa fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do século XX, resultando na chamada “nova ordem mundial”.

3 FMI - Fundo Monetário Internacional.
Criado em 1944, pelo Acordo de Bretton Woods, é o organismo financeiro da Organização das Nações Unidas - ONU, com sede em Washington-EUA, para corrigir desequilíbrios no balanço de pagamentos dos países-membros que possam comprometer o equilíbrio do sistema econômico internacional. Geralmente, o auxílio do FMI incorre em medidas econômicas ortodoxas de equalização fiscal e cortes de gastos públicos.

4 Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente. A ascensão da economia japonesa foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico.

5 A História da Globalização
A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós II Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica. Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, com o aumento da complexidade das relações políticas européias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colônias européias.

6 É tido como início da globalização moderna o fim da II Guerra Mundial (1945), e a vontade de impedir que uma monstruosidade como ela ocorresse novamente no futuro. As nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu a Organização das Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de Bloco Econômico, com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA. Após a II guerra mundial, os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas emergiram como os grandes vitoriosos e poderosos, dividindo o mundo em nações Capitalistas e Socialistas, baseado no poder bélico e ideológico pelo melhor sistema político-econômico.

7 A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da II Guerra Mundial. A sua sede atual é na cidade de Nova Iorque. A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações (também conhecida como "Liga das Nações"), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança". Em 2008 a ONU tem representação de 192 Estados-Membros - cada um dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, exceto a Santa Sé (Roma), que tem qualidade de observadora, e países sem reconhecimento pleno (como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento soberano por outros países). Um dos feitos mais destacáveis da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.

8 Plano Marshall e COMECON
A fragilização das nações européias, após uma guerra violenta, permitiu que os Estados Unidos estendessem uma série de apoios econômicos à Europa aliada, para que estes países pudessem se reerguer e mostrar as vantagens do capitalismo. Assim, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, George Marshall, propõe a criação de um amplo plano econômico, que veio a ser conhecido como Plano Marshall. Tratava-se da concessão de uma série de empréstimos a baixos juros e investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do socialismo entre a população descontente. Durante os primeiros anos da Guerra Fria, principalmente os Estados Unidos fizeram substanciais investimentos nos países aliados, com notável destaque para o Reino Unido, a França e a Alemanha Ocidental. Em resposta ao plano econômico americano, a União Soviética propôs-se a ajudar também seus países aliados, com a criação do COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua). O COMECON fora proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou.

9 A Guerra Fria A Guerra Fria foi a designação atribuída ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da II Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Com o final da II Guerra Mundial, estabeleceu-se uma política global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes pólos (denominadas na época superpotências): EUA e URSS. Formadas por ideais distintos, ambos os pólos de poder tinham como principal meta a difusão de seus sistemas políticos e culturais no resto do mundo. Os EUA defendiam a política capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais.

10 Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma das superpotências: a Europa Ocidental e a América Central e do Sul sob influência cultural, ideológica e econômica estadunidense, e a maior parte da Ásia e o leste europeu, sob domínio soviético. O mundo estava assim polarizado em duas ideologias opostas: O Capitalismo e o Socialismo Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo aliado aos EUA, logo receberia apoio soviético.

11 A Era Gorbachev - o fim da Guerra Fria (1985-1991)
Depois da de Brezhnev, a União Soviética teve duas rápidas governanças (Yuri Andropov e Konstantin Tchernenko), mas estes morreram pouco tempo depois de chegar ao cargo político máximo. Após Tchernenko, foi eleito Mikhail Gorbachev, cuja plataforma política defendida era a necessidade de reformar a União Soviética, para que ela se adequasse à realidade mundial. Em seu governo, uma nova geração de políticos tecnocratas - que vinham ganhando espaço desde o governo Khrushchov - se firmou, e impulsionou a dinâmica de reformas na URSS e a aproximação diplomática com o mundo ocidental.

12 Gorbachev, embora defensor de Karl Marx, defendeu o liberalismo econômico na URSS como a única saída viável para os graves problemas econômicos e sociais. A União Soviética, desde o início dos anos 70, passava por grande fragilidade, evidenciada na queda da produtividade dos trabalhadores, a queda da expectativa de vida e, finalmente, o acidente nuclear de Chernobil em 1986, evento que mostrou a deficiência pela qual a URSS passava. Os gastos militares estavam tornando-se muito altos para a União Soviética, por culpa do socialismo. O livre mercado oferecia aos EUA o que eles necessitavam como foguetes e armamento, o que saia mais barato. Já a URSS precisava procurar mão-de-obra, matéria-prima, fazer licitações, etc. O Estado é burocrático e por isso não conseguiu manter a corrida armamentista e nuclear, que estava saindo muito caro para a URSS.

13 Frente a estes problemas, Mikhail Gorbachev aplicou dois planos de reforma na URSS: a perestroika e a glasnost. Perestroika: série de medidas de reforma econômicas. Para Gorbachev, não seria necessário erradicar o sistema socialista, mas uma reformulação deste seria inevitável. Para tanto, ele passou a diminuir o orçamento militar da União Soviética, o que implicou em diminuição de armamentos e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão. Glasnost: a "liberdade de expressão" à imprensa soviética e a transparência do governo para a população, retirando a forte censura que o governo comunista impunha.

14 A nova situação de liberdade na União Soviética possibilitou um afrouxamento na ditadura que Moscou impunha aos outros países. Pouco a pouco, o Pacto de Varsóvia começou a enfraquecer, e cada vez mais o Ocidente e o Oriente caminhavam para vias pacíficas. Em 1986, Ronald Reagan encontrou Gorbachev em Reykjavík, Islândia, para discutir novas medidas de desarmamento dos mísseis estacionados na Europa. Assim, os regimes socialistas, país após país, começaram a cair. O ponto culminante foi a queda do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989, que pôs fim à Cortina de Ferro e, para alguns historiadores, à Guerra Fria em si.

15 A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo. Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com grandes economias de exportação, grandes mercados internos e uma presença mundial cada vez maior. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970.

16 Conceitos de Globalização
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica e social dos países do Mundo no final do Século XX, é um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados. O conceito globalização começou a ser empregado desde meados da década de 1980, em substituição a conceitos como internacionalização e transnacionalização. O termo globalização veio a ser empregado principalmente em dois sentidos: um positivo, descrevendo o processo de integração da economia mundial; e um normativo prescrevendo uma estratégia de desenvolvimento baseado na rápida integração com a economia mundial.

17 Como todo conceito imperfeitamente definido, Globalização significa coisas distintas para diferentes pessoas: GLOBALIZAÇÃO: refere-se à todos os processos que, nas práticas e nas normas, não são obstaculizados nem impedidos pelas fronteiras territoriais e jurisdicionais dos Estados soberanos. GLOBALIZAÇÃO: conjunto de ações políticas, econômicas e culturais que objetivam a integração do mundo e do pensamento em um só mercado. GLOBALIZAÇÃO: um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos que permitem a transmissão de informações com extrema rapidez de uma parte a outra do planeta. A GLOBALIZAÇÃO: financeira se refere à possibilidade de que o capital possa circular pelo planeta em segundos e suas conseqüências sobre a economia dos países.

18 GLOBALIZAÇÃO: é um processo de integração mundial, baseado nos avanços tecnológicos e das telecomunicações. Tem por base a eliminação das barreiras tarifárias e a formação de blocos econômicos. Embora muitas pessoas só vejam vantagens na globalização podemos observar prejuízos também, principalmente para os países pobres, que não detêm as tecnologias mais avançadas, tornando-se mais dependentes, a cada dia que passa, dos países ricos. GLOBALIZAÇÃO: é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.

19 GLOBALIZAÇÃO: a expansão do capitalismo, no início do século XIX, pode ser representada como o marco histórico do início do processo de internacionalização. Processo este que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no que tange à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, e à difusão de informações. GLOBALIZAÇÃO: designa o fenômeno de abertura das economias e das fronteiras, resultante do crescimento das trocas comerciais e dos movimentos de capitais, da circulação dos homens e das idéias, da divulgação da informação, dos conhecimentos e das técnicas. Simultaneamente geográfico e setorial, este processo não é recente, mas tem vindo a intensificar-se nos últimos anos.

20 GLOBALIZAÇÃO: Conjunto dos processos e tendências de internacionalização da economia, da política e da cultura. Exemplos: a criação de mercados e blocos políticos continentais e mundiais; o surgimento de empresas multinacionais; a preferência generalizada de jovens de todo o mundo pela música e cinema ocidentais.

21 O Processo de Globalização
O fenômeno hoje entendido como globalização é na verdade multifacetado, apresentando dimensões econômicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas de modo complexo. Por isso, não se pode elaborar uma explicação para tal fenômeno baseado em uma única causa. A globalização apresenta um grande conflito entre os campos hegemônico e contra-hegemônico. O consenso hegemônico, que confere à globalização suas características dominantes, é baseado no Consenso de Washington. Sua idéia principal é a de que estamos num período em que as divergências políticas profundas desapareceram. Nesse sentido, as rivalidades imperialistas da primeira metade do século XX teriam sido substituídas por uma grande interdependência entre as grandes potências, aliada aos processos de cooperação e integração regional.

22 A globalização econômica e o neoliberalismo
Observa-se atualmente uma nova divisão internacional do trabalho (forjada no Consenso de Washington) cujas transformações afetam todo o sistema mundial, ainda que em graus desiguais de acordo com a posição dos países. Suas características principais são: domínio do sistema financeiro na economia; revolução nos tecnologias de informação e comunicação; desregulação das economias nacionais; proeminência de agências financeiras multilaterais; emergência de três grandes capitalismos transnacionais (liderados por EUA, União Européia e Japão). As empresas multinacionais passam a ter papel essencial na economia internacional atual. Os países periféricos são os mais afetados pelas imposições do receituário neoliberal, uma vez que elas passam a ser uma condição para a renegociação de suas dívidas externas.

23 A globalização social e as desigualdades
Atualmente observa-se a emergência de uma classe capitalista transnacional que atua no âmbito das empresas multinacionais. As idéias do Consenso de Washington fazem com que a riqueza mundial passe cada vez mais da massa da população para essa nova classe (aumento da concentração da riqueza no mundo). As desigualdades provocadas pelo modelo neoliberal podem ser observadas tanto no plano internacional quanto no plano interno (nos EUA, por exemplo). Órgãos como o FMI e o Banco Mundial impõem idéias neoliberais (como a desregulação do mercado de trabalho) aos países periféricos através do processo de renegociação da dívida externa.

24 A globalização política e o Estado-nação
A nova divisão internacional do trabalho gerou algumas mudanças no sistema interestatal, dentre elas: o controle cada vez maior que os Estados hegemônicos exercem (direta ou indiretamente, ou seja, através de Organismos Internacionais) sobre os Estados periféricos; a tendência para acordos políticos interestatais; perda da centralidade tradicional do Estado-nação enquanto unidade privilegiada de iniciativa econômica, social e política. Apesar de o impacto do contexto internacional na regulação do Estado-nação não ser um fenômeno novo, o processo atual de globalização pode ser considerado inédito por dois motivos:

25 amplitude do campo que deixa de ser regulado pelo Estado (havendo um modelo a seguir: o Consenso de Washington); acentuação das assimetrias entre o centro e a periferia do sistema mundial. É com campo da economia que se observa mais facilmente o processo de transnacionalização da regulação estatal. As exigências do Consenso de Washington surgem após um momento de forte regulação estatal na vida econômica e social. Nesse sentido, o Estado deve comandar o processo de desregulação (regular sua desregulação).

26 A globalização política (hegemônica) tem suas bases em três componentes do Consenso de Washington: consenso do Estado fraco (o Estado deve ser fraco para que a sociedade civil seja forte, ainda que, para que isso aconteça, o Estado deva regular sua desregulação criando as normas e instituições que futuramente irão reger o novo modelo de regulação social); consenso da democracia liberal (idéias de liberdade individual política e econômica que devem ser impostas a diferentes culturas); consenso sobre o primado do direito e do sistema judicial (é preciso que haja instituições independentes e universais que gerem ordem e previsibilidade às relações do sistema internacional). Segundo o Consenso de Washington, o papel do Estado é criar o quadro legal e as condições de funcionamento das instituições que permitirão o funcionamento das interações entre os atores internacionais. Apesar de não serem inteiramente novas, as organizações internacionais vêm apresentando uma institucionalização transnacional cada vez maior.

27 Globalização Comercial
Globalização Comercial é a integração dos mercados nacionais através do comércio internacional. A globalização comercial é mais facilmente mensurável, e sua discussão não é particularmente controversa: se o crescimento do comércio mundial provoca uma taxa de crescimento média anual mais elevada do que a do PIB mundial pode-se afirmar que há globalização comercial. O processo de globalização pode dar-se mundialmente ou regionalmente. Podemos, também, afirmar que uma região passa por processo de globalização comercial em determinado período se o comércio exterior regional crescer a uma taxa superior ao crescimento do PIB regional. Se este fenômeno for exclusivamente regional e explicado por políticas econômicas dos países da região, este processo pode ser chamado de integração econômica. Finalmente, este mesmo método pode ser usado para medir a velocidade de integração de um determinado país ou região ao mundo através do comércio internacional.

28 Globalização Tecnológica
A tecnologia desenvolvida durante a II Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção. O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida em que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.

29 Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União Européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do “mundo subdesenvolvido” da Ásia.

30 Globalização Financeira
A globalização financeira representa a integração dos mercados financeiros nacionais em um grande mercado financeiro internacional. A globalização financeira é um fenômeno relativamente recente, ocasionado pelas políticas de desregulamentação cambial e financeira impostas pelas políticas neoliberais das autoridades econômicas norte-americanas. Não se trata de um processo espontâneo ou "natural", mas sim de um conjunto de políticas deliberadas dos EUA, que – a partir da forte reversão da liquidez internacional em sua direção, iniciada em fins de 1979 como resultado da "diplomacia do dólar" – obrigaram o restante do mundo capitalista a liberalizar os fluxos internacionais de capital (a chamada desregulamentação financeira). A integração ou globalização dos mercados cambiais e financeiros resultante induziu por toda parte a adoção de políticas deflacionistas e inibidoras do crescimento, desorganizou parte da divisão regional do trabalho e da grande indústria, aumentando os fluxos de capital financeiro "desterritorializados".

31 A ruptura do sistema de Bretton Woods foi o passo prévio que possibilitou essa mobilidade do capital financeiro. O papel financeiro do dólar como moeda "virtual" de referência internacional (sem paridade fixa) e a crescente dívida pública norte-americana, como lastro de segurança dos mercados financeiros e monetários mundiais, são as molas-mestras do novo "sistema" desregulado. Pressupõem a movimentação irrestrita dos capitais pelas praças do mundo, com uma "coordenação" dos riscos maiores de ruptura feita informalmente pela ação conjunta dos principais bancos centrais, capitaneados pelo Federal Reserve americano. Para a maioria dos países da Europa e da América Latina, por exemplo, a globalização financeira não tem sido benéfica, nem em termos econômicos nacionais nem em termos sociais. A sobrevalorização das suas moedas em relação ao dólar só fez diminuírem suas vantagens competitivas e de crescimento em favor da economia americana e de alguns países asiáticos – que, além de serem os que apresentaram maior poder de comando do estado sobre a economia, mantêm as moedas mais "desvalorizadas" do mundo, como a China, um dos maiores espaços de expansão contemporâneos.

32 O Brasil está inserido de forma subordinada neste novo quadro mundial desde o começo da década 90, quando começou um processo de liberalização financeira e comercial e de desregulamentação cambial. Fomos um dos últimos países a entrar na "ciranda financeira global". O Brasil, como país continental e relativamente industrializado, em princípio teria condições de posicionar-se frente ao quadro da globalização segundo critérios relativamente autônomos, como fizeram a Índia e a China. Aparentemente optou por uma adesão pura e simples aos ditames do capital financeiro externo com o objetivo de promover uma estabilização monetária interna "milagrosa" da noite para o dia. O resultado é que somos hoje prisioneiros do câmbio e dos juros, e mais dependentes das oscilações dos mercados internacionais, do que qualquer país menor de economia aberta – com o detalhe de que ao contrário dos países mais avançados de moeda historicamente conversível, não temos a mesma capacidade de resposta comercial ou financeira, ou a mesma influência nos foros internacionais.

33 Globalização Produtiva
E a Globalização Produtiva é o processo de integração das estruturas produtivas domésticas, em uma estrutura produtiva internacional. A dimensão produtiva da globalização é um de seus aspectos mais complexos e difíceis de ser tratado. Chamamos de globalização produtiva o processo de integração das estruturas produtivas domésticas em uma estrutura produtiva internacional. Uma outra forma de apresentar o mesmo fenômeno seria vê-lo como a relação entre a parcela da produção internacionalizada e o PIB mundial. Vemos que este fenômeno está diretamente vinculado a questões de tecnologia, organização industrial e investimento internacional. O processo de globalização produtiva dá-se:

34 pelo investimento direto internacional e a reversão dos lucros desses investimentos,
pela difusão de padrões tecnológicos e modelos de organização industrial, e pela internacionalização das estruturas de mercado e da competição empresarial Observe que o que caracteriza o investimento direto é o controle. Este pode se dar através da aquisição de uma empresa existente, pela criação de uma companhia nova, ou novos investimentos em empresas coligadas. Mas a essência dessas operações é o controle da gestão empresarial.

35 A globalização produtiva é caracterizada por sua estrutura fundada na existência de várias unidades operacionais distintas, com diferentes funções produtivas, que opera em conjunção atividades de distribuição e pesquisa, administradas por uma hierarquia de executivos. Com o passar do tempo, o resultado de como as empresas reagem aos desafios e oportunidades criadas pelas transformações na ordem econômica internacional, resultaram na aceleração do progresso técnico e no processo de convergência dos níveis de renda per capita das principais economias industrializadas, mostrando oportunidades crescentes. Com o declínio dos mecanismos de regulação do investimento internacional a partir da década de 1970, a redução dos preços e a maior eficiência dos meios de comunicação e transporte, conduziram aos ganhos de escala e escopo gerados com o crescimento e diversificação dos mercados. Mas as ameaças, que também forçavam as empresas a reagir, foram igualmente crescentes, na medida em que a maior competição internacional, a velocidade da introdução de novas tecnologias e a rápida obsolescência levaram, em alguns casos, ao desaparecimento do mercado de alguns produtos (como por exemplo, as máquinas de escrever, o telex) obrigavam as empresas a manter elevado nível de eficiência e desempenho para não correr o risco de desaparecerem.

36 No seu processo de crescimento, uma indústria pode atender o mercado internacional a partir de três estratégias: a exportação; a oferta local ou o licenciamento. Em função desse estilo de concorrência global, as empresas européias e norte-americanas ampliaram o grau de integração e divisão de trabalho da estrutura produtiva da matriz e de suas afiliadas. Estas deixaram de ser multi-domésticas, isto é, réplicas em menor escala da empresa matriz, organizando-se em cada mercado em função de seus custos locais e da estratégia global formulada no seu centro de decisão. Nesta nova situação, os diversos componentes passaram a ser fabricados diretamente, ou através de licenciamento ou terceirização em um ou mais países, segundo uma estratégia de market e um padrão tecnológico global.

37 Qualquer parte da produção, ou mesmo todo o ciclo produtivo, poderia ser feito em um ou mais países em que a filial local da empresa transnacional fosse competitiva no mercado interno da empresa.

38 Obstáculos à Globalização e a Sociedade Global
No atual contexto, o processo de globalização, impulsionado pela necessidade de surgimento de um mercado mundial único, quebra as distâncias entre as nações e, mediante um processo ágil de transferência de capital em todo o mundo, internacionaliza, de forma ampliada, a atividade econômica. Destarte, o cenário internacional passa a ser cada vez mais importante que a instância nacional, A globalização, desse modo, representa um desafio para os países em desenvolvimento, principalmente, em função de sua reduzida capacidade de tomar decisões de forma relativamente autônoma, já que, no âmbito da sociedade global, existem organizações públicas e privadas que influenciam o contexto doméstico, obstruindo a autodeterminação dos governos nacionais.

39 O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e as empresas transnacionais são exemplos de organizações que determinam as regras em âmbito internacional, gerando várias conseqüências na esfera nacional, especialmente de ordem econômica. A globalização ou “mundialização”, no entanto, constitui um processo inacabado, cujo perfil definitivo ainda está sendo construído, ou seja, mesmo diante de vários conceitos imprecisos, é possível verificar que o fenômeno ora analisado reflete uma nova etapa capitalista gerada nas últimas décadas, através do incessante processo de acumulação e internacionalização do capital financeiro decorrente, inclusive, da ideologia neoliberal que fundamenta todo esse processo. Portanto, essa nova formação econômica, resultado também da evolução tecnológica, envolve aspectos culturais, ambientais, comerciais e financeiros que se relacionam de maneira dinâmica, produzindo uma nova reorganização da atividade econômica mundial, caracterizada pela crescente centralização e concentração da riqueza produzida em nível global.

40 Assim, a globalização entendida como uma nova etapa do capitalismo, vem estabelecer o atual movimento de reordenação das relações internacionais, caracterizado por processos de integração econômica supranacionais (embora em escala regional), dentro de uma economia internacional interdependente. Este ciclo está baseado em uma nova revolução dos processos produtivos, que têm como base o acelerado desenvolvimento tecnológico, caracterizado pela microeletrônica, robótica, engenharia genética e informática. Todavia, a nova gestão dos processos de produção impõe profundas transformações socioeconômicas, que se materializam na necessidade de flexibilização das relações entre capital e trabalho.

41 O fato é que o acentuado índice de automação, aliado a “mundialização” da mão-de-obra, fez com que os trabalhadores perdessem espaço na disputa com os detentores do poder econômico, hoje mais interessados nos ganhos com o mercado financeiro do que propriamente com a produção. Assim, a nova lógica capitalista, na medida em que afastou os trabalhadores das instâncias decisórias, tornou sem sentido a manutenção das garantias concedidas pelo Welfare State.

42 As manifestações de trabalhadores contra a flexibilização dessas garantias sociais, ocorridas em vários países, inclusive, do primeiro mundo (Itália, por exemplo), devem ser entendidas como resposta à pressão que o poder econômico vem exercendo sobre o Estado, com vistas a garantir a supremacia de seus interesses (leia-se: lucro) em detrimento dos direitos da classe trabalhadora.

43 Globalização e transformação das relações de trabalho: desemprego e exclusão social
Atualmente, percebe-se várias transformações no mercado de trabalho que são devidas a diferentes fatores, entre eles: as mudanças na economia mundial, a reorganização da produção, a revolução tecnológica e o desemprego.

44 O capitalismo está atualmente causando ampla transformação nas relações de trabalho desencadeada pela “desindustrialização” e pelo “desassalariamento”. A diminuição dos postos de trabalho e o crescimento desenfreado dos índices de desemprego fazem parte da nova realidade social que atinge não só os países das economias periféricas, mas também, os desenvolvidos. Em verdade, observa-se que as grandes empresas capitalistas, estão promovendo uma reestruturação organizacional em seus quadros funcionais, que privilegia apenas uma minoria de trabalhadores: os que detêm elevada qualificação técnica.

45 Somente a estes é conferido o status de empregado
Somente a estes é conferido o status de empregado. Aqueles que possuem grau médio de capacitação são divididos em duas categorias: fornecedor eventual ou trabalhador temporário (subcontrato). Os demais são descartados. Assim, é possível diagnosticar que esse espaço globalizado contemporâneo trouxe à classe trabalhadora, além do desemprego, a exigência voraz de mão-de-obra especializada, fazendo com que essa classe tenha um perfil inteiramente novo. A informação especializada faz parte da nova era do capitalismo. Detém o poder, quem possui o saber. Neste prisma é inevitável a exclusão social, pois não há como exigir dos trabalhadores das economias periféricas mão-de-obra qualificada, já que a maioria desses trabalhadores quando não é analfabeta, possui baixo nível de escolaridade.

46 A estratégia do empresariado consiste na flexibilização das relações de trabalho, traduzidas como relações “incompletas”. Assim, existe a preocupação em ajustar o trabalhador de acordo com as necessidades do mercado. O panorama que se apresenta, portanto, é que o emprego estável só será assegurado a um núcleo de trabalhadores de difícil substituição, em função de suas qualificações técnicas. Ao redor deste núcleo estável gravitará um número variável de trabalhadores periféricos, que por sua vez, estarão rodeados pela massa trabalhadora desempregada, excluída desse processo pela lógica imposta pelo mercado. Este macro processo global expõe maior número de perdedores do que de vencedores, uma vez que a educação de excelência e a alta tecnologia não são instrumentos uniformemente acessíveis a todas regiões do planeta. É desse modo, que a globalização exclui e marginaliza as pessoas que estão fora do padrão de qualidade exigido pelo mercado, restando-lhes poucas alternativas de trabalho. No horizonte deste “tempo novo”, a economia informal se consolida como alternativa de sobrevivência, uma vez que parcelas significativas do contingente de desempregados passam a integrar este setor da economia.


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