CRIAÇÃO: JANEIRO DE 2003 MEDIDA CRIADA A PARTIR DO MOVIMENTO NEGRO E DE GRUPOS SOCIAIS, LUTA INICIADA NOS ANOS DE 1960. A PARTIR DA DÉCADA DE 80, AS AÇÕES.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
SEMINÁRIO: POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Advertisements

PERÍODO: 08 E 09 DE NOVEMBRO DE 2005 LOCAL: ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE ITAQUIRAÍ/MS SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL.
Profª Simone Cabral Marinho dos Santos
Programa de Ética e Cidadania
Resolução n°51 EJA e ECONOMIA SOLIDÁRIA. Formação de Educadores Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Comissão de Educação dos Profissionais
21/09/2004 O papel da Universidade no Sistema Nacional de Direitos Humanos O papel da Universidade no Sistema Nacional de Direitos Humanos Breve histórico.
Coordenação Geral de Educação em Direitos Humanos
Projeto Educação e Relações Raciais: apostando na participação da comunidade escolar Realização: Ação Educativa Apoio: União Européia Contrapartida.
Ministério da Educação
A Construção de Políticas Públicas em Gênero e Raça
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
PNEDH e compromisso do Estado
Educação Permanente em Saúde :
CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
ASSESSORIA DE FORMAÇÃO
O Sinaes na perspectiva das Instituições Públicas e Privadas
EDUCAÇÃO PARA AS RELACÕES ÉTNICO-RACIAIS:
CONAE 2014 – Conferência Nacional de Educação
EIXO II – EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS Ementa Justiça social, Direitos humanos, diversidade e educação. Direitos.
PARECER Nº 003/ CP Políticas de Reparações, de Reconhecimento e Valorização, de ações Afirmativas necessita: Políticas de reparação voltadas para.
World Education Research Association (WERA)
José Elias de Almeida EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS Pensando Referenciais para a organização da prática pedagógica José.
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. Síntese.
O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR E O PRÊMIO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO ESCOLAR Heloísa Lück.
Ministério da Cultura.
EDUCAÇÃO Não há uma única forma de Educação, nem um único modelo – esta ocorre em diferentes espaços e ambientes sociais ( na família, meios de comunicação,
ETAPAS DE UM PLANO DE AÇÃO
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - CONDRAF Grupo Temático: Educação do Campo.
Conafor: perspectivas para o papel do Comfor na implementação e consolidação da Política Nacional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais.
EIXO - 02 – SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ECONOMIA SOLIDÁRIA: PERSPECTIVAS PARA UM OUTRO MODELO DE DESENVOLVIMENTO. Utopia Concreta1 –
Conferência Nacional de Educação Básica – Brasília.
Universidade Federal de Uberlândia
Relações Étnico-Raciais e Afro-Descendência
O profissional da gestão escolar e suas implicações
Política de Formaçã0-Seduc Sala de Educador
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
PENSANDO O LIVRO DIDÁTICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Educação Inclusão A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de sociedade inclusiva, aquela que não elege, classifica ou segrega indivíduos,
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Fórum Brasileiro de Economia Solidária= FBES
Uma Escola do Tamanho do Brasil
OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DA GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Currículo e diversidade
Seminário: Formação de professores no limiar dos 20 anos da LDB Natalino N. da Silva
UNIAFRO Política de Igualdade Racial no Ambiente Escolar - Especialização - EaD.
Campina Grande Outubro 2015
I ENCONTRO NACIONAL DE JOVENS GAYS E AIDS DA ARTAGAY JOVEM ‘Construindo uma agenda política, para uma juventude sem AIDS e livre da homofobia’ 27 de maio.
Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica
Objetivo: + Contribuir para que o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento humano seja assegurado a todos os estudantes brasileiros e estrangeiros residentes.
 Que se construam rodas de diálogo dentro das residências para que diversos temas atrelados à religiosidade sejam explanados visando a garantia do respeito.
Professora Hilda Beatriz Dmitruk
PLANOS E POLÍTICAS INSTITUCIONAIS 1. PLANO DE PASTORAL DA UNIVERSIDADE (PdU) Objetivo geral: Favorecer, segundo o carisma e a pedagogia salesiana – nos.
Lei /03 Jeruse Romão.
Política Nacional de Formação Rumo ao Sistema Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica Outubro 2009 MEC/SEB
AUDIÊNCIA PÚBLICA SENADO FEDERAL Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID.
CONSELHO ESCOLAR E DIVERSIDADE INTERSECÇÕES NECESSÁRIAS Ma. Janaina Amorim da Silva.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ana Paula Palheta PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO.
Introdução ao Estudo do Direito. Objetivo conceitual do curso de Introdução ao Estudo do direito: Compreender o Direito como uma (a) técnica de controle.
Educação em Direitos Humanos. PNEDH e compromisso do Estado Compromisso do Estado brasileiro com a garantia dos DH construção histórica de especialistas.
LEGISLAÇÃO ANTI-RACISTA NO CAMPO EDUCACIONAL BRASILEIRO A LEI Nº /2003 PARECER CNE/CP Nº 3/2004 – CP – APROVADO EM DIRETRIZES CURRICULARES.
CURRÍCULO E DIVERSIDADES: EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS HUMANOS NOS CURSOS DE LICENCIATURA.
DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES DA
NOVEMBRO AFRO-CONSCIENTE! PARIPE – SALVADOR - BAHIA PEÇA TEATRAL RECITAL POÉTICO FEIRA AFRO- BRASILEIRA CORAL AFRO RODA DE CAPOEIRA MOSTRA FOTOGRÁFICA.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA SITUAÇÃO ATUAL Brasília – DF Outubro de 2011 Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas SEPPIR-PR.
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: perspectivas internacional e nacional Virgínia Feix Mestre em Direito Coordenadora da Cátedra de Direitos Humanos/Centro.
Transcrição da apresentação:

CRIAÇÃO: JANEIRO DE 2003 MEDIDA CRIADA A PARTIR DO MOVIMENTO NEGRO E DE GRUPOS SOCIAIS, LUTA INICIADA NOS ANOS DE A PARTIR DA DÉCADA DE 80, AS AÇÕES FORAM IINTENSIFICADAS. TRIPÉ: RETRATAÇÃO RECONHECIMENTO VALORIZAÇÃO

RETRATAÇÃO: – A partir de Durban, a Nação brasileira efetua o perdão e reconhece o racismo velado, intensificando ações contra as práticas racistas. – Garantir ingresso de pessoas pretas e pardas nas instituições de ensino e trabalho, permanência e sucesso. RECONHECIMENTO: – Identificar na história as práticas racistas e preconceituosas, construídas e naturalizadas como verdadeiras, através de ações sociais, políticas e econômicas.

Justiça, igualdade de direitos sociais, políticos, culturais, civis. Palavras depreciativas e atitudes. Entender que a nossa sociedade foi criada em bases hierárquicas desiguais e de forma violenta. Existem estabelecimentos de ensino que precisam ser preparados, tanto nos instrumentos materiais, quanto capacitação para todos os indivíduos que compõem a escola: Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Merendeiras, Porteiros.

Criação de práticas pedagógicas permanentes e cotidianas, não se limitando as datas comemorativas como: 13 de maio e 20 de novembro. A História da África não se limita à pobreza, História dos anciãos, organizações pré-coloniais (Mali), processo de escravização, independências dos países, acordos políticos ou a diáspora. Exemplos positivos: Estudo sobre o Egito, universidade de Gao, Timbuktu, Djene no século XVI. Ensinamentos sobre Zumbi, Aleijadinho, André Rebouças, Clóvis Moura, entre outros.

VALORIZAÇÃO: Tendo em mente a idéia que as atitudes preconceituosas estão sendo praticadas no nosso cotidiano. A valorização é um mecanismo necessário para haver a mudança de mentalidade. As práticas valorativas podem ser aparentemente pequenas, mas não podemos nos esquecer das práticas afetivas. Patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro, diversidade, identificando a descendência africana.

BASE DO PAAF: Políticas de Ações Afirmativas /Programa Nacional dos Direitos Humanos. 2001: – Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas, em Durban. – Mudanças nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras, indígenas, asiáticas, homossexuais, portadores de deficiência, mulheres, estrangeiros, etc.

Mito da democracia racial Os negros não atingem os mesmos patamares por incompetência e ou interesse, sem levar em conta as desigualdades seculares iniciadas com o escravismo. Conhecer, valorizar e respeitar os processos de resistência pela ótica histórica sobre os mais diversos temas: comunidade remanescente de quilombos, capoeira, processo religioso, músicas, traços culturais.

Papel do Movimento Negro: Uso do termo étnico – racial na idéia de lembrar as relações tensas ( traços fisionômicos, cor da pele, visão de mundo ). População Afro- Brasileira ( pretos e pardos –IBGE) – % – % a população negra decresceu 1%, possivelmente por causa da arma de fogo. Raça - É a Humana

Criação do conceito – NEGRO - Século XV, a partir do conceito de Cã, de maneira depreciativa. Justificando a prática do escravismo e a cristianização dos grupos ditos “primitivos”. – Vinda dos Imigrantes- Política do branqueamento com o disfarce de se ter a mão-de-obra especializada ( séc. XIX). Criação da idéia que as pessoas brancas eram mais inteligentes. Reprodução do próprio preconceito.

Consciência de que: Somos diversos: étnico-raciais, pluri/culturais e historicamente; Ações: Indiferenças, injustiças e desqualificações; Desconstruir a idéia da democracia racial; Capacitação de profissionais e diálogo entre os agentes; Ações valorativas dentro das salas de aula com a participação dos alunos.

PAAF : Federais Particulares Estaduais Municipais TOTAL

PLANO NACIONAL DE IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA E AFRICANA

O presente Plano Nacional tem como objetivo central colaborar para que todo o sistema de ensino e as instituições educacionais cumpram as determinações legais com vistas a enfrentar todas as formas de preconceito, racismo e discriminação para garantir o direito de aprender e a equidade educacional a fim de promover uma sociedade mais justa e solidária.

São objetivos específicos do Plano Nacional: - Cumprir e institucionalizar a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana, conjunto formado pelo texto da Lei 10639/03, Resolução CNE/CP 01/2004 e Parecer CNE/CP 03/2004, e, onde couber, da Lei 11645/08. - Desenvolver ações estratégicas no âmbito da política de formação de professores,a fim de proporcionar o conhecimento e a valorização da história dos povos africanos e da cultura afrobrasileira e da diversidade na construção histórica e cultural do país;

São objetivos específicos do Plano Nacional Colaborar e construir com os sistemas de ensino, instituições, conselhos de educação, coordenações pedagógicas, gestores educacionais, professores e demais segmentos afins, políticas públicas e processos pedagógicos para a implementação das Leis 10639/03 e 11645/08;

Na formulação de uma política educacional de implementação da Lei /03, o MEC executou uma série de ações das quais podemos citar: formação continuada presencial e a distância de professores na temática da diversidade étnicorracial em todo o país; publicação de material didático;

realização de pesquisas na temática; fortalecimento dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEAB`s) constituídos nas Instituições Públicas de Ensino,através do Programa UNIAFRO (SECAD/SESU), os Fóruns Estaduais e Municipais de Educação e Diversidade Étnico-Racial ;

Educação superior De acordo com o Parecer CNE/CP 03/2004, as instituições de educação superior devem elaborar uma pedagogia anti-racista e antidiscriminatória e construir estratégias educacionais orientadas pelo princípio de igualdade básica da pessoa humana como sujeito de direitos, bem como se posicionar formalmente contra toda e qualquer forma de discriminação.

É importante que se opere a distribuição e divulgação sistematizada deste Plano entre as IES para que as mesmas, respeitando o princípio da autonomia universitária, incluam em seus currículos os conteúdos e disciplinas que versam sobre a educação das relações étnicorraciais.

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO Principais Ações das Instituições de Ensino Superior a) Incluir conteúdos e disciplinas curriculares relacionados à Educação para as Relações Etnicorraciais nos cursos de graduação do Ensino Superior, conforme expresso no §1° do art. 1°, da Resolução CNE /CP n. 01/2004

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO b) Desenvolver atividades acadêmicas,encontros, jornadas e seminários de promoção das relações etnicorraciais positivas para seus estudantes.

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO c) Dedicar especial atenção aos cursos de licenciatura e formação de professores,garantindo formação adequada aos professores sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e os conteúdos propostos na Lei /2008;

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO d) Desenvolver nos estudantes de seus cursos de licenciatura e formação de professores as habilidades e atitudes que os permitam contribuir para a educação das relações etnicorraciais com destaque para a capacitação dos mesmos na produção e análise critica do livro, materiais didáticos e paradidáticos que estejam em consonância com as Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- brasileira e Africanas e com a temática da Lei 11645/08;

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO e) Fomentar pesquisas, desenvolvimento e inovações tecnológicas na temática das relações etnicorraciais, contribuindo com a construção de uma escola plural e republicana; f) Estimular e contribuir para a criação e a divulgação de bolsas de iniciação científica na temática da Educação para as Relações Etnicorraciais

ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO g) Divulgar junto às secretarias estaduais e municipais de educação a existência de programas institucionais que possam contribuir com a disseminação e pesquisa da temática em associação com a educação básica.