Marcus Cardoso - UFRJ. 1) Se for conjugada com Política Cambial, pode impedir a redução da taxa de juros; 2) Ao reduzir a poupança, gera efeitos.

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Transcrição da apresentação:

Marcus Cardoso - UFRJ

1) Se for conjugada com Política Cambial, pode impedir a redução da taxa de juros; 2) Ao reduzir a poupança, gera efeitos perversos sobre os juros 3) Vai provocar aumentos das taxas de juros; 4) Vai provocar perda do grau de investimento; 5) Vai gerar deficits externos, logo, crises de balanço de Pagamento, ampliando problema (2);

A política de esterilização (outro canal de aumento da dívida) para composição de reservas internacionais (fundamental para a redução da vulnerabilidade externa das economias periféricas) PODE gerar aumentos da taxa de juros (constrangimento à política fiscal)? (Samuel – O pensador econômico da candidata Marina Silva)

O aumento da relação dívida-PIB PODE gerar aumentos da taxa de juros (constrangimento à política fiscal)? (Tese Oreiro – Expoente Neo- Desenvolvimentista Brasileiro)

Mas e se a dívida pública aumentar para financiar a ampliação do investimento tanto público quanto privado por meio de transferências a bancos públicos (de desenvolvimento)? Também pode provocar elevações da taxa de juros?

Mas e as tranferências ao BNDES???? (fiscal) 1) Custo Fiscal estimado em R$ 184 bilhões nas próximas 4 décadas ou 0,1% do PIB !!! 2) Grande problema da tese: nao considera o impacto do investimento financiado pelo Banco sobre a arrecadação tributária (multiplicador) 3) Também desconsidera o “lucro” que o BNDES anualmente reverte para o Tesouro ! (R$ 100 bilhões apenas no período ) 4) Com estas considerações, o resultado tende a ser nulo ou até positivo !!!

Mas e as tranferências ao BNDES???? (Taxa de juros)

O aumento da relação dívida-PIB PODE gerar aumentos da taxa de juros (constrangimento à política fiscal) de longo prazo e, por esta via, gerar aumentos na taxa de juros de curto prazo? (Tese Oreiro)

O aumento da relação dívida-PIB PODE gerar aumentos da taxa de juros (constrangimento à política fiscal) via agências de risco internacionais (Tese Oreiro-De Paula -Sicsu)

KALECKI: The entrepreneurs in the slump are longing for a boom; why do they not gladly accept the synthetic boom which the government is able to offer them? It is this difficult and fascinating question with which we intend to deal in this article. The reasons for the opposition of the 'industrial leaders' to full employment achieved by government spending may be subdivided into three categories: (i) dislike of government interference in the problem of employment as such; (ii) dislike of the direction of government spending (public investment and subsidizing consumption); (iii) dislike of the social and political changes resulting from the maintenance of full employment.

O Brasileiro é bem assistido?? Em 2011, o valor médio pago pelo governo federal equivalia a apenas 9% da renda média do brasileiro, enquanto que programas de garantia de renda equivalentes correspondiam a 63% da renda média na Dinamarca, 51% na Irlanda, 45% na Bélgica, 38% na Holanda, 36% na Espanha, 28% em Portugal e França, 23% na Alemanha e 22% na Inglaterra (Marcio Pochmann) Taxa de desemprego e crescimento do salario (Serrano & Summa)